quinta-feira, 2 de junho de 2011

"Filhos? Por que tê-los?


Filhos? Por que tê-los?


Diácono Leandro Guerra & Naiá Guerra

"Vede os filhos são um dom de Deus, é uma recompensa o fruto das entranhas. Tais como flechas nas mãos do guerreiro, Assim são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que assim encheu a sua aljava." (Sl 126, 3,4)"

Vivemos em uma época em que a mentalidade antinatalícia é largamente difundida e alimentada. Hoje, para a maioria das pessoas, a ideia de ter filhos deixou de ser uma bênção para se tornar um grande fardo. Chegamos a encontrar, até mesmo entre católicos, inúmeros casais que optam, por motivos diversos, não ter filhos, descaracterizando, assim, a vocação fudamental da família, que é gerar a vida.

Na atual sociedade que se norteia em valores como consumismo, individualismo, metas a serem alcançadas, busca de status e posição social, o mais facil, o prazer sem limites é fundado na simples satisfação a qualquer custo, estética e tantos outros valores que fazem a ideia de ter filhos parecer assustadora.

Como católicos, somos chamados a viver um grande desafio, poque buscamos ser uma contradição para esse modelo de família. Nos contrapomos a mostrar uma família que vive a sua plenitude na realização da fecundidade, dom de Deus, que para nós traz vários exercícios, pois é preciso vencer a pressão do ter; é preciso vencer o conceito de que filho é só trabalho, despesa, custo; é preciso vencer a pobreza de se colocar em primeiro lugar, e diante da pobreza humana de querer ter a qualquer custo um corpo "sarado"; é preciso vencer o comodismo de ficar parado em casa, fazer o que quer, a hora que quer, sem ter que doar seu sono, sem ter que se preocupar com uma vida colocada em suas mãos por amor, para que você ajude a construir um novo homem, uma nova mulher.

Nos deparamos como pai e mãe, como homem e mulher, com discussão de sermos realizados na graça de Deus em sua plenitude, gerando ao outro. Aqui devemos pensar que não se trata somente de gerar cosanguineamente, mas gerar no todo, nos seus primeiros passos, na sua formação humana, sendo espelhos verdadeiros de homem e mulher, formando histórias de vida que demonstram a grandiosidade que é ser imagem e semelhança de Deus.

Antes de nós, Deus ama a nossos fillhos, realiza seu amor e permite que ele passe através de nós, nos dando a graça de ser pai e mãe. E uma vez que nele nos realizamos e reconhecemos a sua graça, jamais o negaremos.

Somos cada um convidados a refletir sobre o grande chamado, desafiador dos dias de hoje de ser contradição para o mundo, de formar famílias, conscientes de sua missão, realizadas no projeto de Deus, que é nos dar a sua plenitude de verdadeiros filhos amados.

Ser pai e mãe nos desacomoda, nos coloca em segundo plano, nos faz pensar no filho sempre antes de nos mesmos. Porém, das aventuras da vida, é a mais gratificante. Deus abençoe a todos.

Fonte: Voz de Nazaré.

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