domingo, 19 de fevereiro de 2012

A IGREJA PRECISA DE SACERDOTES FIDEDIGNO, DIZ PAPA BENTO.

A Igreja necessita que os sacerdotes dêem testemunho fidedigno de santidade
O Papa Bento XVI disse que a Igreja necessita mais do que nunca de sacerdotes que com sua vida dêem um testemunho fidedigno de santidade e explicou que é urgente que os seminaristas recebam uma formação aprofundada em matéria de fé e que tenham uma vida espiritual intensa. (...)
Em seu discurso, o Papa recordou algumas palavras do beato Papa João XXIII “Antes de sacerdotes cultos, eloquentes e informados, requer-se sacerdotes santos e santificadores”. (...)


Referindo-se à formação dos seminaristas Bento XVI salientou que o contexto cultural de hoje exige "uma sólida preparação filosófica e teológica”. Devem conhecer e compreender “a estrutura interna da fé em sua totalidade, de modo que esta se converta em respostas às perguntas dos homens”.
“Além disso, o estudo da teologia deve sempre manter uma forte ligação com a vida de oração. Esta é indispensável para a integração harmoniosa do ministério, com suas múltiplas atividades, e da sua vida espiritual do sacerdote”, disse ele.


Neste ponto, ele citou sua Carta aos seminaristas de outubro de 2010, na qual escreveu que “para o sacerdote, é preciso acompanhar os demais ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante colocar em equilíbrio o coração e o intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e ser humano íntegro.”




Gostou? Clique no link abaixo e conheça o blog que publicou essa postagem!
A Igreja necessita que os sacerdotes dêem testemunho fidedigno de santidade
Postado por Danilo Badaró

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM.

"SÉTIMO DOMINGO TEMPO COMUM"

(MARCOS 2,1-12)

19/FEV/2012

BREVE REFLEXÃO

UM DEFICIENTE PRECISA DE AMIGOS MAIS DO QUE QUALQUER OUTRA COISA, SEJAM ELES CONHECIDOS, COLEGAS, COMPANHEIROS MUITOS CHEGADOS OU PARTICULARMENTE ÍNTIMOS. nÃO IMPORTA QUAL SEJA A DEFICIÊNCIA DA PESSOA, ELA PRECISA DO AMOR INCONDICIONAL DE SEUS AMIGOS.
A FÉ, A CRIATIVIDADE E A DEDICAÇÃO DE SEUS QUATROS AMIGOS PERMITIRAM QUE O PARALÍTICO EXPERIMENTASSE O PODER CURADOR DE JESUS.
MOVIDOS PELO INTERESSE SINCERO DE AJUDAR AQUELE HOMEM, ELES O LEVARAM PARA VER JESUS. DEPOIS DE VENCER UM OBSTÁCULO APARENTEMENTE INTRANSPONÍVEL, ELES O COLOCARAM AOS PÉS DE JESUS.
AO CURAR O PARALÍTICO, O SENHOR RESSAUTOU A DEMONSTRAÇÃO DE FÉ DAQUELES QUATRO AMIGOS.
PESSOAS COM DEFEITOS FÍSICOS PRECISAM DE AMIGOS QUE DÊM MAIS CONFORTO E ATENÇÃO DO QUE CONSELHOS.
AS BARREIRAS TANTO AS DE NATUREZA ARQUITETÔNICA QUANTO AS EMOCIONAIS NÃO DEVEM SER IMPECILHOS PARA O ENVOLVIMENTO DOS DEFICIENTES NO MINISTÉRIO, NEM PARA A SUA INTEGRAÇÃO NAS MAIS VARIADAS ATIVIDADES.
É PRECISO PROCURAR FAZER COM QUE O DEFICIENTE PARTICIPE DA ADORAÇÃO E DAS DEMAIS CELEBRAÇÕES JUNTAMENTE COM AS OUTRAS PESSOAS.
É NECESSÁRIO EVANGELIZAR NOSSOS AMIGOS DEFICIENTES E TER SEMPRE EM VISTA QUE ESTAMOS LIDANDO COM UMA PESSOA E NÃO COM APARELHOS, EQUIPAMENTOS E MOTORES ELÉTRICOS.
HÁ UMA PERGUNTA QUE DEVE ESTAR SEMPRE EM NOSSA MENTE: "sE EU NÃO DEMONSTRAR O AMOR DE DEUS E NÃO LEVAR AS BOAS NOVAS A ESSA PESSOA, QUEM O FARÁ?"
ESTABELECER LAÇOS DE AMIZADE COM UM DEFICIENTE REQUER TERMOS AFETOS DE MISERICÓRDIA, BONDADE, HUMILDADE, MANSIDÃO E LONGAMINIDADE, POR CAUSA DAS BARREIRAS E DIFICULDADES EXISTENTES.
CONTUDO, OS CRISTÃOS FISICAMENTE APTOS PRECISAM ULTRAPASSAR TODOS OS OBSTÁCULOS, POIS ACIMA DE TUDO DEVE ESTAR O AMOR (cOL.3,12-14).
O AMOR INCONDICIONAL DEIXA DE LADO OS PROBLEMAS FÍSICOS E MENTAIS E SE VOLTA PARA A PESSOA, O SER, CRIADO A IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS.
VOLTA-SE PARA A SUA DIGNIDADE E INTEGRIDADE COMO SER CRIADO POR DEUS QUE É OBJETO DE SEU CUIDADO E DE SEU AMOR.
O RELACIONAMENTO ÍNTIMO COM UM AMIGO OU PARENTE DEFICIENTE PODE SER UMA FORMA MUITO ESPECIAL DE DESCOBRIR O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO AMOR.

DIÁCONO LUIZ GONZAGA

ARQUIDIOCESE DE BELÉM - PARÁ - AMAZÔNIA - BRASIL.
diaconoluizgonzaga@gmail.com

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

AS VEZES OS AMIGOS DECEPCIONAM.

AS VEZES OS AMIGOS DECEPCIONAM.

Texto: II Timóteo 4:9-18

A amizade nos traz algumas das maiores alegrias na vida, mas também pode causar dor imensa. Se você ainda não experimentou rejeição ou traição, você provavelmente algum dia irá experimentar. O apóstolo Paulo aprendeu a perdoar os outros por seus fracassos e reconciliar-se com eles, quando necessário. Vamos descobrir como ele lidou com a traição e o abandono por parte de amigos de confiança.
Amigos às vezes falham conosco.
A. Apesar da fidelidade de Paulo ao Senhor, seus amigos falharam. Eles não foram fiáveis, quando ele precisava desesperadamente deles (II Timóteo 1:15, 4:14-16).
B. Quais são algumas razões pelas quais amigos podem te abandonar em tempos de angústia? Eles…
1. Sentem-se inadequados e / ou não tem certeza de como ajudar.
2. Não querem ser identificados com você em um conflito, por medo de que poderiam acabar no lado perdedor.
3. São ciumentos e esperam vê-lo falhar.
4. Egoisticamente não querem sacrificar seu tempo para apoiá-lo.
5. Julgam você e, assim, desculpam-se da responsabilidade de ajudá-lo.

O perdão deve prevalecer.
A. Paulo respondeu à traição e o abandono com o perdão: “Na minha primeira defesa ninguém me apoiou, mas todos me abandonaram…” (II Timóteo 4:16). Tanto Jesus como Estevão disse algo semelhante nos momentos finais de suas vidas (Lucas 23:34, Atos 7:60).
B. Paulo praticava o que pregava; a importância do perdão. Não seja um amigo bons tempos, interessado apenas no que você pode obter de outra pessoa. Esteja disposto a ajudar mesmo aqueles que o maltrataram no passado. Esperar por uma chance de retribuir o que eles fizeram para você, indica que você tem um espírito que não perdoa.
A presença do Senhor nos sustenta.
A. Paulo foi capaz de perdoar, porque ele sabia que Deus nunca iria deixá-lo: “O Senhor esteve comigo” (II Timóteo 4:17). Embora os amigos de Paulo se foram, ele sabia que o Senhor estava com ele. Cristo promete a todos os crentes, “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5).
B. O apóstolo foi capaz de perdoar, porque ele confiou em Deus para capacitá-lo: “O Senhor. . . fortaleceu-me, para que através de mim a pregação fosse cumprida, e todos os gentios a ouvissem” (II Timóteo 4:17). Paulo podia contar com a presença de Deus para cumprir sua vocação de anunciar o evangelho ao mundo (Filipenses 2:13). É bem provável que, as pessoas perseguirão a vós, e alguns de seus amigos vão abandoná-lo em tempos difíceis. Mas Deus prometeu que todas as adversidades com o tempo chegará a um fim (1 Pedro 5:10).
C. Ele foi capaz de perdoar, porque ele estava confiante de que Deus iria livrá-lo: “O Senhor me livrará de toda obra do mal, e me levará salvo para o seu reino celestial” (II Timóteo 4:18). O Pai pode nos livrar das dificuldades ou nas dificuldades (Isaías 43:1-4). Ele também nos resgata, trazendo-nos para casa para estar com Ele. Deus livrou Paulo, não permitindo que Nero o executasse. Quatro anos mais tarde, o governador cometeu suicídio. Ninguém pode violar os princípios de Deus e evitar o seu juízo.

Que tipo de amigo você é? Você é dedicado a todos aqueles que você ama? Ou você muitas vezes os decepciona? Talvez você é fiel, mas seus amigos sempre falham com você quando o problema vem. Feridas e rejeição são partes dolorosas, mas inevitável da vida. A cura está sempre disponível se você estiver disposto a perdoar. Você e eu podemos ter conforto em saber que o mais fiel amigo, o Senhor Jesus, nunca sai do nosso lado, ainda que todo mundo nos abandone.

DIÁC. LUIZ GONZAGA.

OBSTÁCULOS A ADORAÇÃO.

OBSTÁCULOS A ADORAÇÃO.

Quantas vezes sentimos que a nossa adoração não passa do “teto”, enfrentamos constantemente barreiras que podem impedir a nossa adoração ao Senhor. Eu gostaria de compartilhar um pouquinho a respeito disto com você. E espero que através desta pequena meditação você possa romper em adoração ao Senhor. O mais importante de tudo é manter o foco NEle e então encontraremos sempre a vitória.

1. Pecado – O pecado é aquilo que nos torna impuros, e o mesmo não confessado impede a nossa comunhão com Deus. O pecado e a iniqüidade nos separam de Deus. (Is 59:2 Sl 15; Sl 24:3,4; Sl 66:18). Jesus pagou um preço precioso por nós na cruz, para que tivéssemos condições de nos aproximar de Deus.(Hb 10:19-22).

2. Auto-condenação – Mesmo mediante o perdão do Senhor, nem sempre é fácil aceitar este perdão por completo. Ou seja a culpa já foi retirada pelo Senhor, mas fica difícil de aceitar este perdão, continuamos a nos sentir culpados assim mesmo. Esta espécie de atitude tem sua origem no fato de alguém ser demasiadamente consciente de si mesmo, ao invés de ter a consciência de Deus. Não devemos nos esquecer de que o pecado perdoado é lançado no mar do esquecimento e que as misericórdias do Senhor triunfam sobre o juízo. (Sl 32:5; Sl 78:18; Sl 103:2,3; Hb 8:12).

3. Religiosidade – É quando oferecemos a Deus um culto sem vida e sem envolvimento de coração, algo apenas do exterior. São tradições religiosas dos homens, que colocam em uma fôrma aquilo que nasce genuinamente em Deus. A religiosidade oprime, mas a Redenção libera. (Mc 7:6-9; Is 29:13).

4. Orgulho – O orgulho se refere à: soberba, espírito independente, centralidade no “eu”, auto-suficiência, falta de humildade, concentração excessiva em si mesmo. (Sl 51:16,17; Is 57:15, Tg 4:6).

5. Mundanismo – É a condição predominante da nossa mente quando os nossos pensamentos e ações estão centralizados nas coisas deste mundo, ao invés de Deus e seu Reino. Pessoas que tem este comportamento, tem muita dificuldade de adorar a Deus, por achar que isto é embaraçoso. Porém a cura para este problema é tornar-se cada vez mais centralizado em Cristo. (Tg 1:27; 1Jo 2:15,17).

6. Temor de homens – Esta é uma grande barreira à adoração, pois, muitas vezes permitimos que as opiniões dos homens criem uma barreira e isto é uma armadilha onde muitos são apanhados. Se realmente reverenciamos o Senhor, nunca é preciso temermos ao homens. Precisamos ter sempre os nossos olhos firmados em Jesus. (Pv 29:25; Jo 12:41,42; Pv 9:10)

7. Falta de amor – O maior de todos os mandamentos está ligado ao amor a Deus, ou seja, a nossa motivação deve ser a de responder ao amor de Deus com amor. E o segundo mandamento está ligado ao amor ao nosso próximo. A Bíblia sempre enfatiza o valor e o poder do amor de Deus em nós e através de nós (1Co 13:1-3). Se dizemos que amamos a Deus e não amamos os nossos irmãos (1Jo 4:19-21,MT 5:23,24; 1Jo 4:7-10).

Conclusão:

Sempre que você tiver dificuldade de adorar ao Senhor, faça uma sondagem sincera e honesta do coração, e ore a Deus pedindo a ele que lhe revele a natureza do seu problema, o qual está restringindo ou bloqueando o fluir da adoração. Depois que isto for descoberto é necessário que haja um posicionamento de arrependimento e o abandono deste impedimento.

Continue buscando a Deus sem cessar de todo o seu coração, seja obediente ao Senhor, para que rios de adoração fluam do seu interior.

Diác. Luiz Gonzaga

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O AÇÃO METRÓPOLE VAI MESMO SAIR DO PAPEL.

Governo negocia adesão da PMB ao projeto Ação Metrópole.

Postado por Ronaldo Brasiliense
Seg, 13 de Fevereiro de 2012 13:34

O governo do Pará quer a adesão da Prefeitura de Belém ao projeto Ação Metrópole...

Após o sucesso das negociações em Brasília, que garantiram ao Governo do Pará a assinatura do acordo de R$ 320 milhões com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), para implantação da segunda etapa do Ação Metrópole, o governo se prepara agora para um novo desafio. Conseguir a adesão da Prefeitura de Belém, fundamental para execução das obras. Otimista, o secretário especial de Infraestrutura, Sérgio Leão, acredita que o bom senso vai prevalecer, para o bem da população que hoje sofre com a péssima qualidade do transporte público na Região Metropolitana de Belém. Em entrevista, ele explica detalhes sobre o projeto.

- O que representa a assinatura desse pré-acordo com a Jica?

Representa um passo muito avançado na implantação da segunda fase do Ação Metrópole. Ele sinaliza a vontade e a decisão do governo brasileiro de apoiar o Estado no empreendimento que vai melhorar a qualidade e a eficiência do transporte público na Grande Belém. O que foi assinado é um pré-acordo onde o Governo Federal aparece como o grande avalista dessa operação. Tanto é que as negociações tiveram a participação direta da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria da Fazenda Nacional, que se manifestaram favoráveis a operação e aos termos do contrato.

- Quais os próximos passos para a efetivação desse empréstimo?

O próximo passo é esse contrato ser avaliado pelo Senado Federal para depois ser assinado entre o Governador do Estado, Simão Jatene, e o presidente da Jica. A solenidade de assinatura será em Tóquio, no Japão, até o final de março.

- E qual a previsão para o início das obras?

Após a assinatura o Governo começa a fase de contratação dos projetos executivos para que possam ser feitas as licitações. Isso deve ocupar esse ano de 2012. A meta é começar o processo de licitação em 2013 para que as obras na BR-316 e na avenida Almirante Barroso possam ser iniciadas em 2014.

- Por que só em 2014?

Porque precisamos criar alternativas de entrada e saída de Belém, antes de fazer as intervenções nos dois principais corredores - BR-316 e Almirante Barroso. Você imagina o caos que seria executar uma obra desse porte, sem o devido cuidado. Para isso, a equipe do Ação Metrópole já está trabalhando nos projetos de extensão da Avenida João Paulo II, até o elevado do Coqueiro, e também na continuidade da avenida Independência até a ligação com a Alça Viária. As licitações para essas obras serão feitas ainda este ano e a execução começa em 2013.

- Mas para que isso aconteça, não é necessário um acordo com a prefeitura de Belém, que também estaria desenvolvendo um projeto para a avenida Almirante Barroso? Como resolver essa polêmica?

O nosso projeto tem uma área de superposição de cerca de 6 km com o projeto da prefeitura, que é justamente o trecho da Almirante Barroso que vai de São Brás até o Entroncamento. Nós estamos conversando com a prefeitura. O ideal é que cheguemos a um bom termo e nós acreditamos nisso. Já fizemos uma longa reunião com o prefeito, temos outras marcadas pra semana que vem e nós achamos que vamos encontrar um mecanismo para assegurar que Prefeitura e Governo do Estado vão estar juntos numa solução pra RMB, naquilo que diz respeito ao transporte metropolitano.

- Mas se não houver o acordo, isso inviabiliza a projeto com a Jica?

Eu diria o seguinte: não há forma de o Estado implantar o corredor completo que envolve obras na BR-316, Almirante Barroso e centro de Belém, sem que a prefeitura participe dele, tenha adesão a ele. Não vamos conseguir fazer só um pedaço, isso é uma condição da Jica. O contrato prevê apenas um órgão executor, que no caso é o Governo do Estado. Isso não pode ser mudado de uma hora pra outra, até porque esse projeto é antigo, já tem mais de 20 anos. Já foram feitas revisões no projeto em 2003 e 2006 e agora ele está pronto pra realmente ser implantado. Não podemos perder essa oportunidade porque não sabemos quanto tempo mais vamos levar pra resolver o problema do transporte público na nossa região. Infelizmente, se não houver uma adesão da prefeitura provavelmente nós não vamos conseguir implantar esse projeto e podemos perder os recursos da Jica.

- Qual a principal diferença entre o Ação Metrópole e o projeto da Prefeitura de Belém?

A mais importante é que o nosso projeto tem esse apelo metropolitano, ele atinge os seis municípios da RMB e não apenas a capital. É preciso lembrar que hoje temos mais de 200 viagens na hora do pico feitas por ônibus que vêm de outros municípios até Belém. Ou seja: se nós não considerarmos esse volume de tráfego nesse sistema nós não vamos conseguir responder a essa demanda da população que depende do transporte público. E isso a prefeitura de Belém não pode resolver sozinha, essa é uma atribuição do estado.

- Existe uma linha de negociação com a prefeitura?

Estamos negociando. Nesta segunda-feira está marcada mais uma reunião para tentarmos ajustar os projetos e encontrar um mecanismo onde a prefeitura possa desenvolver uma parte, provavelmente a Augusto Montenegro, e o estado possa assumir a Almirante Barroso. Não há como nessa negociação que estamos fazendo, a prefeitura ficar com o corredor da Almirante Barroso e o Estado ficar com o restante do corredor. Ou nós assumimos todo o corredor ou nós não vamos estar presentes no contrato. É um risco que nós corremos. Mas acreditamos que o mais difícil já conseguimos, que são os recursos. Além dos R$ 320 milhões da Jica, o governo do estado vai investir mais R$ 160 milhões no projeto, por isso eu acredito que o bom senso vai prevalecer para o bem da população que sonha com um transporte público de qualidade.
Texto:
Marlicy Bemerguy-SEINFRA

CNBB CADASTRA CATEQUISTAS DE TODO BRASIL.

Comissão da CNBB cadastra catequistas de todo o Brasil

Com a finalidade de obter dados concretos sobre os catequistas no Brasil, e de como está sendo sua presença nas paróquias, dioceses e Regionais, que a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico–catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), montou uma plataforma para cadastrar os catequistas do Brasil através do site da CNBB.


“A proposta nasce da necessidade de termos um banco de dados da catequese, que possa contribuir na dinamização do trabalho de evangelização”, explicou a assessora da Comissão, Cecília Rover. As informações deste cadastro de catequistas serão processadas e permitirão a elaboração dos distintos projetos de evangelização com maior aproveitamento, partindo de uma realidade concreta de cada região. “É importante que você, catequista, faça o seu cadastro, na certeza de que está contribuindo para o crescimento do saber catequético em vista de uma catequese que forma para o discipulado”, sublinhou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, dom Jacinto Bergmann, que é arcebispo de Pelotas (RS). Para realizar o cadastro, o interessado pode acessar o site da CNBB ou clicar aqui.

Fonte: CNBB

sábado, 11 de fevereiro de 2012

AÇÃO METRÓPOLE REDUZIRÁ TRAJETO DE MARITUBA A BELÉM PARA MEIA HORA.

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 11/02/2012 às 09:37

Em menos de três anos, a viagem de Marituba (município da Região Metropolitana) ao centro de Belém deverá durar apenas 30 minutos, mesmo nos horários de pico, graças ao projeto Ação Metrópole, que prevê a realização de obras para instalação de um sistema de transporte metropolitano utilizando o BRT (sigla em inglês de Bus Rapid Transit), um ônibus rápido, com capacidade para 200 passageiros, que transitará em uma via exclusiva.

O projeto de construção de um corredor viário restrito ao transporte de passageiros, que vai da Rodovia BR-316, próximo à Alça Viária, até o Ver-o-Peso, no centro da capital, ganhou impulso na quinta-feira (09), após a assinatura da minuta de contrato de um empréstimo internacional, no valor de R$ 320 milhões, para o governo do Pará. O recurso será assegurado pela Agência de Cooperação Técnica e Financeira Internacional do Japão (Jica), instituição de suporte técnico e prestação de crédito do governo japonês, com o aval do governo federal. Os outros R$ 166 milhões que completam o valor total do projeto - R$ 486 milhões -, sairão do Tesouro estadual.

Após meses de reuniões e quatro dias seguidos de negociações em Brasília (DF), nesta semana, a minuta de contrato definindo o acordo técnico, jurídico e financeiro foi assinado por todos os envolvidos na gestão do projeto, e já foi entregue ao diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, Cesar Meira. “A minuta de contrato confirma que as partes envolvidas estão de acordo em todas as negociações propostas. Agora, o acordo seguirá para análise do Ministério da Fazenda e passará pela aprovação do Senado, para então ser transformado em um contrato final, que deverá ser assinado no fim de março, pelo governador do Estado, Simão Jatene, no Japão. Somos o segundo projeto brasileiro a receber recursos da Jica. É uma grande conquista”, ressaltou Cesar Meira.

Soluções - O "Ação Metrópole" foi criado há quase 21 anos, visando o planejamento de soluções para o trânsito de Belém ao longo desses anos. Desde o início, assessoria técnica do projeto é realizada pela Jica. A primeira etapa constituiu o prolongamento da Avenida Independência e na implantação do elevado na Avenida Júlio César, para criar uma nova via de acesso a capital. A segunda etapa é formada pelo corredor alimentador, que diminuirá o tempo de viagem na Região Metropolitana.

Em 2006, o estudo foi reavaliado e ajustado, e está pronto para execução. Os municípios da Região Metropolitana de Belém aprovaram o projeto, com exceção da Prefeitura Municipal de Belém, que possui um plano de transporte municipal que vai da Rodovia Augusto Montenegro ao bairro de São Braz, também utilizando os ônibus BRT. Os projetos municipal e estadual se sobrepõe na faixa da Almirante Barroso, e a divergência entre os executores pode prejudicar a implantação da solução do transporte que beneficiará todos os municípios da RMB.

Mas o governo do Estado já iniciou as negociações com a Prefeitura, acreditando que o bom senso prevalecerá, já que o "Ação Metrópole" abrange toda a Região Metropolitana, e não apenas a capital.

Ampliação - Além de implantar um sistema de ônibus de alta capacidade, com serviço rápido e de qualidade, está prevista no "Ação Metrópole" a ampliação da Avenida João Paulo II até a Rodovia Mário Covas, obra que deverá ser concluída no fim de 2013. Apesar de não fazerem parte do "Ação Metrópole", outras intervenções urbanas estão previstas para completar o projeto. Uma delas é o prolongamento da Avenida Independência até a Alça Viária. A Avenida Júlio César ganhará mais uma faixa de carros, no trecho entre os dois elevados, resolvendo o congestionamento no local nos horários de grande movimento. O Terminal Rodoviário de Belém também deverá ser transferido para a entrada da Região Metropolitana, retirando os ônibus interestaduais das ruas da capital.

As modificações previstas terão um impacto positivo tanto no trânsito quanto no meio ambiente. A Jica realizou um pré estudo, simulando o funcionamento do novo sistema de tranporte, e constatou a diminuição significativa da emissão de gases poluentes na atmosfera. Segundo Cesar Meira, em função da redução de poluentes, existe a possibilidade de inscrever o projeto no Protocolo de Kyoto. “Nada melhor do que um projeto no coração da Amazônia com uma contribuição efetiva para a diminuição da poluição no planeta”, ressaltou.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ALERTA PARA AQUELES QUE GOSTAM DE DAR O SEU "SHOWZINHO"

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Abusos nos grupos de oração!!! CUIDADO!

Hoje quero fazer um alerta a todos que estão dentro da Igreja, para com os abusos que andam acontecendo dentro de grupos de oração, missas, enfim os dons que Deus nos dá que estão sendo utilizados de forma errada.
Meus irmãos, o Senhor nos convida a sermos humildes e mansos de coração. E por isso nos escolhe para edificar o reino entre os homens. Para que por meio de nossa pregação, aquele que recebe a palavra, deixe o coração duro de lado, para acolher a mansidão do Senhor.
Jesus veio , e entregou aos discípulos uma missão, Ide pelo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. E por meio dessa pregação, após sua ascenção renovou a vida de cada apostólo, com a descida do Espírito Santo, e dessa experiência brotaram-se os dons de serviço. Mas o que tem acontecido?
Esses dons foram feito para se agir por intermédio de Deus, o Espírito Santo. Somos apenas instrumentos que ele se utiliza para levar a graça aqueles que necessitam. Os dons não foram feitos para serem usados de qualquer forma, como muitos tem feito. Não permitem que o Senhor faça da sua maneira. Têm servos que estão abusando, e fazendo da Igreja um espetáculo. O problema é quando chamam a atenção, dizem que é o demônio tentando atrapalhar a obra do Senhor.
Isso é hipocrisia. Precisamos ser dóceis as correções, e precisamos aprender a sermos dóceis a vontade de Deus, permitindo-lhe agir por conta própria, sem forçar nada. O Senhor é manso, e nós assim precisamos ser. Os dons são extraordinários, para que Deus conquiste o coração do homem. Mas de forma dócil.
Chega de estrelismo, chega de show. Deixe Deus agir,não somos nós quem fazemos nada. Simplesmente é graça e dom do céu. Não faça do seu grupo de oração, algo privado, porque não é! Se Deus não tem liberdade para agir, nada vai acontecer, com o tempo o grupo vai se esfriando, vai apagando o fogo da santidade. Os dons já estão se perdendo no tempo, porque o tem pessoas que profetizam sem ter inspiração, proclamam curas sem saber se é vontade de Deus. Tem pessoas que se acham exorcistas sem serem padres, ou mesmo autorizadas. Tem pessoas que estão afrontando o demônio achando que são Deus. O repouso no Espírito está virando brincadeira, acham que é somente empurrar a cabeça do outro para ele cair. Assim qualquer um repousa! As pessoas fazem isso por achar que Deus não vai agir, que ele não vai fazer. Isso é falta de fé! Algumas fazem para que a assembléia vejam que elas são ungidas. Não é preciso. Nós não valemos de nada. Somos apenas instrumentos!É Deus quem precisa agir, ele precisa falar , fazer, repousar, e não somos nós que cuidamos disso ! Isso é medicridade!
Ser Renovação Carismática, não é mudar o rumo da Igreja, mais é ser dócil aos dons do Espírito Santo, permitindo-lhe agir conforme sua vontade, sem abuso, sem estrelismo, sem show.
Se não for para ser na vontade de Deus, não compesa continuar!
Postado por Daniel Mendes Alvim Lepesqueur às 02:35

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

OUVINDO JESUS FALAR.

ÀS MARGENS DO LAGO OUVINDO JESUS FALAR
SOBRE O REINO DOS CÉUS


Bíblia aberta, Novo Testamento, Livro de Mateus, Capítulo 13.
Encontro-me na Galiléia, perto da cidade de Cafarnaum, às margens do lago Tiberíades, também chamado de Genesaré ou Mar da Galiléia, no meio de uma multidão que se comprime para ouvir Jesus, sentado na proa de uma barca de pesca, falar sobre o Reino dos céus.
Estou mais ou menos a cinco braças de Jesus e posso ver perfeitamente o brilho de seus olhos castanhos claros iluminando seu rosto. Teve uma hora que ele botou o olhos em cima de mim e, parece-me, viu toda a minha vida e sorriu-me. Tremi. Senti-me estranho. Jesus é um homem extremamente poderoso, belo e cativante, é realmente o Filho de Deus!...
Encontro-me na Galiléia, perto da cidade de Cafarnaum, às margens do lago Tiberíades, também chamado de Genesaré ou Mar da Galiléia, no meio de uma multidão que se comprime para ouvir Jesus, sentado na proa de uma barca de pesca, falar sobre o Reino dos céus.
Estou mais ou menos a cinco braças de Jesus e posso ver perfeitamente o brilho de seus olhos castanhos claros iluminando seu rosto. Teve uma hora que ele botou o olhos em cima de mim e, parece-me, viu toda a minha vida e sorriu-me. Tremi. Senti-me estranho. Jesus é um homem extremamente poderoso, belo e cativante, é realmente o Filho de Deus!...
Muitas barcas navegam no lago, umas pescando, outras já aportando, mais outras ainda saindo para pescar. Jesus está numa das que tinham chegado e ainda estava com os peixes pescados e as redes amontoadas pelo convés. Era da família de Pedro.
O vento que vem do lago é suave, por isso, as águas estão calmas, porém, o ruído de suas ondas quebrando na areia cadenciam o cantar das gaivotas que sobrevoam o local. Vez em quando alguns desses pássaros mais afoitas voam em direção a Jesus como a querer beijar sua cabeça santa. É fim de dia, céu azul acinzentado luminoso com nuvens escuras para a banda da região da antiga Babilônia.
A praia está tomada de gente, homens e mulheres todas as idades, com os olhares fixos na barca onde está Jesus e atentos às suas palavras... Os discípulos e as mulheres que o acompanham estão espalhados entre a multidão, inclusive a Virgem, sua Mãe, que não lhe tira os olhos. Só Jesus está dentro da barca...
Quando cheguei, Jesus estava começando a parábola da comparação do Reino dos céus com um tesouro escondido num campo... Já tinha falado da do Semeador(1-23), do Joio(24-30) , Grão de mostarda(31-32), Fermento(33)...
Voz firme e cheia de compaixão, transmitindo esperança, Jesus continua sua pregação:
“O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
“O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.
“O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meios dos justos e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isto?”
- “Sim, Senhor”, responderam eles.
- “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas velhas e novas.”
A vida humana é um dom de Deus que deve se desenvolver individual e comunitariamente até a sua concretização plena, prenunciando a vida celestial na terra, que é a Felicidade, a vida no aconchego de Deus.
Deus criou o homem para ser feliz eternamente. O contrário disto é fruto da mentalidade secularizada formada pelo joio plantado pelo maligno. Por isso, esta Felicidade é difícil aos egoístas, pois ela exige o desprendimento dos bens materiais e o culto ao Espírito.
Isto quer dizer que devemos estar conscientes da importância desse dom que Deus nos deu e, tendo o Amor como seu principal promotor dentro de nós, vivermos sempre com o propósito de realizá-lo idealmente em comunhão com os irmãos.
Jesus Cristo diz que o homem, para conseguir o seu Ideal de vida, deve desfazer-se de tudo o que lhe prende no mundo, pois este ideal é a Felicidade que procura e para a qual foi criado, o Reino dos céus.

Diácono Eliezer de Oliveira Martins

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O DEVOTO CHICO.

COISAS DE SANTO ANTÔNIO DE ANLENQUER
O devoto Chico

Caboclo moreno, solteiro, estatura média, esperto, Chico vivia por viver, mas era companheiro fiel nos trabalhos rurais do agricultor Rivail Figueiredo, de quem era afilhado. Não sei se chegou a acalentar algum sonho, a lembrança que tenho dele é de uma criança num corpo adulto sempre sorridente...
Por sua vez, o agricultor era casado, antes tinha sido seminarista, exemplar chefe de família, católico fervoroso desses de assistir Missa com adoremus na mão, e cidadão respeitado em Alenquer, onde tinha a fama de caçador e excelente atirador de rifle 22, a uma distância de 30 metros não errava alvo algum. Era um homem destemido, pacífico, um idealista...
Num certo dia do mês de março, tempo chuvoso dos idos da década de sessenta do século passado, estavam os dois no retiro São João. Após cansativo dia de trabalho na lavoura de tomate, Chico avisou ao padrinho, que ía comprar tabaco e abade numa taberna que ficava a uma certa distância na estrada que liga os retiros São Francisco, do Luis Martins, e o Santa Cruz, do Azaury Valente, e segue para o Cuipéua. O São João é o ponto intermédio entre os dois retiros. Rivail sabia que o afilhado era chegado a uma pinga e, vez por outra, abusava da malvada.
A noite arriou de vez, o tempo continuou fechado, com relâmpagos alumiando a mata até bem longe, e nada de Chico voltar. Cansado de esperar pelo afilhado, Rivail adormeceu.
Por volta de meia noite, Rivail acordou ouvindo urros de onça. Sobressaltado, pulou da rede e foi ver se Chico tinha chegado. Nem sombra. Preocupado, pegou a lanterna, o terçado na bainha, a cartucheira 44, botou o chapéu de palha na cabeça, e rumou para a taberna sob o céu fechado.
Ainda não estava na metade do caminho e Rivail encontrou o afilhado estirado no tronco de um ingazeiro, totalmente bêbado, cantarolando uma cantiga que só ele mesmo entendia.
- Que vergonha, Chico, falou rispidamente Rivail, se eu soubesse que era bebida que estava causando a tua demora, eu tinha deixado a onça te comer!...
- Eu conheço seu coração, padrinho, respondeu Chico tropegamente levantando-se do tronco da árvore, quando senti que não me aguentava mais em pé e ouvia o urro da onça chegando mais perto, pedi pra Santo Antônio lhe acordar e que depressa viesse me socorrer...
Dias mais tarde, Rivail matou a onça que andava atormentando os moradores da redondeza...
Este fato me foi contado pelo meu primo Waldinor Batista. Aliás, hoje, estes três personagens Rival, Chico e Waldinor são falecidos. Que Deus os tenha em seu aconchego de misericórdia e luz!...

Diácono Eliezer Martins
Arquidiocese de Belém, Pará, Amazônia do Brasil

O BOI DO MANEZINHO.

COISAS DE SANTO ANTÔNIO DE ANLENQUER
O boi do Manezinho

O rol das historinhas sobre Santo Antônio e seus devotos alenquerenses é gigantesco e cheio de humor alegre. De um modo geral, os fatos contados transmitem um sentimento profundo de segurança e liberdade do devoto, assim como a presteza imediata do Santo. Este relacionamento do Santo com o Homem ou do Homem com o Santo, mostra um processo espiritual de convivência familiar íntima, fraterna, respeitosa, sincera, de igual para igual, que não leva em conta o nível cultural, nem social, tampouco riqueza. Só confiança no amigo e pronto. Veja o fato a seguir:
A festa de Santo Antônio, ao longo do tempo, passou por inúmeras modificações na parte profana. Diziam os alenquerenses mais antigos que o evento começou a ser festejado anualmente na cidade a partir da chegada do padre italiano Secundo Bruzzi, em 1900, e a animação do arraial dependia da safra de Castanha. Se a safra fosse maior do que a anterior, assim também seria a participação popular nas festividades.
Em 1918 o mundo inteiro vivia os horrores da I Guerra Mundial e o governo do Brasil, que se conservara neutro até 1917, resolveu entrar no conflito, deflagrando em todo território nacional a convocação através de sorteio dos jovens até 21 anos para o serviço militar. Além da guerra havia o temor da gripe espanhola, que estava matando muita gente e se alastrava no país. Esses dois flagelos, que castigavam o mundo inteiro, influenciaram sobremaneira o povo pacato e hospitaleiro de Alenquer, principalmente os pais com filhos em idade de serviço militar.
Nesse ano a safra de castanha foi recorde no município, em compensação a enchente do Rio Amazonas foi forte demais, que alagou fazendas inteiras de gado e entrou na frente da cidade deixando em polvorosa a população ribeirinha. Os abastados comerciantes da rua da frente costumavam construir banheiros flutuantes para acompanhar a subida e a descida do rio exclusivamente para uso de seus familiares.
Manuel Bentes da Silva, um jovem de 18 anos, para fugir de uma provável convocação do exército, pois como soldado poderia ir para a guerra, e se não morresse na guerra poderia contrair a gripe espanhola, incentivado pela mãe, prometeu a Santo Antônio que se o livrasse do sorteio da convocação ofertaria um boi para o leilão do dia 13 de junho, o que era costume acontecer logo após da missa solene das oito horas da manhã.
Os interessados pelas ofertas a Santo Antônio compareciam ao leilão de terno e gravata, chapéu panamá na cabeça, sapatos engraxados, e, se casados, acompanhados das respectivas esposas e filhos também trajados a rigor. Os ditos, enquanto aguardavam o desfile dos animais para serem leiloados, concentravam-se sob uma ramada erguida provisoriamente em frente à capela, saboreando chocolate quente e bolo engorda-marido, que eram servidos em xícaras de porcelana.
Como não foi convocado, Manezinho "Couro Seco", como era também conhecido o jovem Manuel, trouxe do Cucuí o maior boi da região, que na hora de desfilar na frente dos arrematadores, causou o maior alvoroço até então acontecido durante um leilão do Santo. Pois, mesmo preso em duas cordas de couro trançado, com facilidade dominou os vaqueiros, sendo um o próprio Manezinho.
O "Boi Araçá", assim era chamado o prometido, derrubou uma parte da capela, destruiu postes de lampeões de gás carbureto, que servia para iluminar o arraial durante a noite, arrancou a ramada derrubando mesa de bolo e chocolate no chão, botando todo mundo para correr, e rumou na direção do rio, pondo abaixo um banheiro construído do meio da rua alagada e onde duas donzelas tomavam banho. A multidão dispersa e protegida por trás ou em cima das árvores do largo, assistia apavorada aos estragos que o boi fazia...
O boi continuou sua rebeldia no rumo do bairro da Luanda com os vaqueiros e a meninada gritando e correndo atrás. Raimundo Coroca, vaqueiro que jamais se afastava do cavalo mesmo em tempo de festa, tomou para si aquela empreita e saiu atrás. Finalmente, o bovino foi dominado e conduzido pelo experiente vaqueiro para o local do leilão, onde os arrematadores tornaram a se concentrar.
Manezinho, molhado e sujo de lama, cansado de tanto correr atrás do boi, humildemente, aproximou-se do padre e disse:
- Padre mestre, pode providenciar o leilão que o bitelo já está preso!...
- Meu filho, respondeu o padre com cara de compreensão, da próxima vez que fizeres promessa a Santo Antônio, promete uma rês, que seja fácil de se dominar, como um mamote, quem sabe uma vitela, até mesmo um bezerro...
Os problemas causados pelo boi do Manezinho foram de significativa importância para o futuro religioso e visual da cidade. A partir desse incidente o padre lançou uma campanha para a construção da nova igreja. O povo logo aderiu à campanha e em 1926 foi inaugurada a imponente igreja matriz de Santo Antônio de Alenquer.
Esta é uma homenagem a estes nossos fervorosos antepassados. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo eternamente!...

Diácono Eliezer Martins
Arquidiocese de Belém, Pará, Amazônia do Brasil

FÉ, UMA AMIZADE SANTA.

COISAS DE SANTO ANTÔNIO DE ANLENQUER
Fé, uma amizade santa

É densa a devoção do povo alenquerense pelo seu Padroeiro Santo Antônio e são incontáveis as provas disso. Não será exagero afirmar que é quase impossível encontrar um alenquerense ao qual o santo não tenha intermediado perante Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sim, Santo Antônio é um grande amigo do peito do povo alenquerense, também conhecido como ximango! As graças que consegue vão desde harmonia no matrimônio, bom parto, escolha da mulher ou do homem certo, cura de doenças, solução de desemprego, melhoria nos negócios, classificação no vestibular, viagem tranquila, aumento do rebanho, boa colheita, pesca abundante, achado o perdido, fé reencontrada...
Como consequência disso e numa prova de reconhecimento amoroso, tem o nome grafado em todo lugar, principalmente como nome de pessoas, casa comercial, escola, hospital, barco, praça, boteco, bar, etc.
O alenquerense tem um costume singelo, quando manda correspondência ou encomenda para algum lugar, geralmente escreve S.A.T.G. sobre o envelope, embrulho, ou na etiqueta da bagagem, que quer dizer Santo Antônio Te Guie. Mamãe sempre usava esse termo quando enviava algo aos filhos que estudavam ou trabalhavam em outras cidades. Para mim, uma prova sublime de amizade entre o fiel, o padroeiro e Deus, e de amor da mãe pelos filhos!...
Segundo alguns devotos mais íntimos, Antônio de Lisboa, Pádua, ou de Alenquer, é um santo brincalhão, que gosta de brincar antes de interceder pelo pedido; prega peças cômicas no amigo devoto, que acha que o santo está testando sua fé, por isso, corrige-se penitenciando-se, fato que mais fortalece o elo de amizade entre os dois...
Durante o tempo de sua festa, que vai do dia 1 a 13 de junho, os alenquerenses onde quer que estejam no mundo inteiro ficam mais alegres e espirituosos, acesos mesmo, comem do melhor e usam tudo novo, especialmente nos dias 12 e 13.
Como os festejos acontecem no tempo da enchente do Rio Amazonas, que transborda o Surubiú, que transborda o minúsculo Itacarará, banhador da cidade, inundando e arrasando casas e lavouras inteiras, embarcações locais e de quase todas as paragens da Amazônia, atravancam-se no caiszinho da frente, disputando lugar para melhor desembarcar as multidões de peregrinos que chegam.
Gente de todas as classes, dos abastados aos humildes, entra e sai da igreja num movimento admirável, constituindo um corpo único de fé voltado para Jesus Cristo, através do Santo português. O largo da Igreja, todo enfeitado de bandeirolas, fica bordado de barracas que vendem artigos regionais, confecções, quinquilharias, comidas típicas, como pirarucu no leite de castanha do Pará, acari assado e no tucupi, bolinhos de piracuí. Espocar de fogos de artifício são ouvidos por toda parte da cidade toda hora do dia.
Todo ano, Santo Antônio ganha dos pecuaristas, agricultores, comerciantes, do povo em geral, uma média de 80 reses/festividade, além de outros animais menores e objetos de valor, para serem leiloadas no dia 13. Em 1998, ele ganhou 135 reses. O recurso adquirido com o leilão é revertido em obras de manutenção da igreja, evangelização, catequese, obras sociais, nas comunidades no interior do município.
Jesus Cristo ama Santo Antônio de modo especial, de quem é amicíssimo, tanto que se fez criança para brincar em seu colo em sua cela conventual. São muitas as graças que Deus derrama no seio do povo alenquerense através de seu Padroeiro!...
Não seja passivo, testemunhe sua fé, ela anima e fortalece a vida e edifica o irmão. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo eternamente!...

Diácono Eliezer Martins
Arquidiocese de Belém, Pará, Amazônia do Brasil

EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

COISAS DE SANTO ANTÔNIO DE ANLENQUER
O testemunho da misericórdia de deus

O crente católico não tem costume de testemunhar as graças que recebe misericordiosamente de Deus através da mediação de seu santo de devoção, guarda o fato só para si. Assim, dá a impressão de que ignora a graça ou tem medo de torná-la pública.
Até que algumas vezes chega a contá-lo em conversas triviais, mas sem a consciência religiosa de estímulo à sua fé espiritual ou à edificação do irmão, o que devia ser uma obrigação contar nesse sentido também nas celebrações e/ou assembléias em espaços e momentos adequados...
Ora, naquele tempo, todas as obras que Jesus operou tornaram-se conhecidas sob o céu humano e a evangelização alastrou-se a ponto de Jesus não poder sair mais livremente em público. Estava revelado o Filho de Deus labutando como nós, no meio de nós, por nós!
E como ficamos sabendo do poder divino de Jesus Cristo? Os próprios agraciados, ou as testemunhas oculares, faziam questão de proclamar de “cima dos telhados” os benefícios recebidos em reconhecimento ao Benfeitor.
Os primeiros cristãos, tanto apóstolos como discípulos, nos contaram as graças através de suas narrações escritas, os evangelhos e as epístolas: cego de nascença que passou a ver, paralítico que levantou e andou, leprosos que ficaram limpos, fome de milhares saciada, ressurreição...
Já pensou se todas essas obras ficassem na obscuridade? Será que Jesus Cristo não seria apenas mais um profeta judaico como Elias, Isaías, Jeremias, ou um filósofo como Sócrates, Platão, Parmênides, pois são estas obras que instrumentalizam o poder divino de sua Palavra?...
Os padres não estimulam os fiéis a darem esses testemunhos de vida que, segundo Michel Quoist, que li em minha juventude, cimentam e fortalecem a estrutura religiosa do crente. Dessa maneira, muita substância que poderia fortalecer espiritualmente a fé do cristão católico e aconchegar mais os irmãos entre si, assim como o cimento entre os tijolos de uma construção, perde-se nas trevas da ignorância como reforço à tibieza do seu comportamento.
Você, Osberto, nunca recebeu uma graça de Deus? A quantos testemunhou-a como um fruto de sua amizade com Deus através de um seu escolhido? Testemunhando-a, você compartilha-a, e isso também é comunhão eclesial...
Um testemunho dessa natureza é fruto de fé, fé mesmo, de crença e amor a Deus, e não fruto da imaginação, nem de magia. Um crente católico que recebe uma graça, na verdade sua devoção está sendo premiada, que é o chamado de Deus em bom tom à evangelização do mundo que está envolvido demais pelo materialismo, foi por isso que Cristo veio e continua no meio de nós...

Diácono Eliezer Martins
Arquidiocese de Belém, Pará, Amazônia do Brasil