sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

AMÉM! POR D. ALBERTO TAVEIRA.


Amém!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

O Anjo do Senhor anunciou a Maria! - E ela concebeu do Espírito Santo. Eis a escrava do Senhor! - Faça-se em mim segundo a tua Palavra. O Verbo se fez Carne! E habitou entre nós. A Igreja põe em nossos lábios, na oração do "Angelus" estas belíssimas expressões, intercaladas pela "Ave-Maria", para recordarmos continuamente, três vezes ao dia, o mistério da Encarnação do Verbo de Deus no ventre puríssimo da Virgem Maria. É tanto verdade, que não nos é estranho ouvir os sinos de igrejas que convidam às "Ave-Marias". Que tais badaladas continuem a ritmar de serenidade nossos passos tantas vezes agitados, mas sedentos de Deus!

O Anjo Gabriel anunciou a Maria! Os anjos são criaturas espirituais que assim são chamadas quando encarregadas de tarefas importantes. Aquele cujo nome significa "Força de Deus" veio à humilde cidade de Nazaré para comunicar a notícia dentre todas mais aguardada, objeto da esperança de séculos, alimentada pelos profetas. Com este anúncio, irrompe a maturidade dos tempos (Cf. Gl 4, 4), contando Deus apenas com a resposta daquela jovenzinha simples e aparentemente frágil. A coragem de sua resposta mudou a história (Lc 1, 26-38).

Maria nunca pronunciou a palavra latina "fiat", pois não conhecia tal língua, como não sabia grego. Que palavra terá pronunciado naquele momento? Trata-se de uma palavra que todos conhecemos e repetimos com freqüência. Ela disse "Amém", a palavra com que um hebreu exprimia seu assentimento a Deus. Ao lado das palavras "Abbá" ou "Maranatha", também o "amém" foi conservado na língua falada por Jesus e Maria. Com esta palavrinha se diz tanta coisa a Deus: "se assim te agrada Senhor, eu também quero". É como o sim total e alegre que os noivos são chamados a pronunciar no matrimônio.

Sua resposta não foi de resignação passiva. O verbo que o evangelista usa serve para demonstrar alegria, desejo, sadia ansiedade de que algo aconteça. Os fatos que se seguiram, quando visitou sua prima Isabel, nos fazem ver uma jovem que exulta, explode de felicidade. É que a fé faz as pessoas felizes. Crer é o que existe de mais bonito. É nossa maior honra e realização, que grita por um Amém!

Mas justamente aqui se encontra a dificuldade de nosso tempo. Dizer amém a qualquer realidade, mesmo se esta é o próprio Deus, parece lesivo à liberdade. Não consentir, protestar, brigar, fazer cara feia, revoltar-se, parece ser a palavra de ordem. No entanto, acaba-se dizendo algum amém, nem que seja à própria amargura e à briga sistemática com tudo e todos.

Mas voltemos à nossa capacidade de crer. O mistério que se desdobra diante de nossos olhos durante os dias que passam parece incrível, "não acreditável", mas nos move as raízes mais profundas. Olhar para a cena do presépio é o apelo da fé: contemplar a pequenez que se faz imensa, uma mãe com um recém-nascido ao colo, amamentado para depois repousar numa manjedoura, um José da vida que é São José, animais como testemunhas, pastores que representam os pobres e pequenos para que pequenos sejamos, reis magos vindos de longe atrás da estrela. É inesgotável a riqueza do que se descortina aos nossos olhos. E tudo começou com um amém!

E o Verbo feito Carne habitou entre nós! Ele vem de novo, como visitante que de pequeno se fez grande, é Senhor e Salvador, morreu e ressuscitou, nele estão todas as nossas esperanças, nele se encontra o rumo da existência humana. Em torno dele a história se desenvolve! Malgrado todas as nossas marchas e retrocessos, Ele é o Senhor da história, é princípio e fim de tudo! Amém!

A poucos dias do Natal, em tempo de presentes, uma oração antiga da liturgia ortodoxa (Cf. Raniero Cantalamessa, Gettate le reti, Ano B, PIEMME, 2004) ajuda a preparar um belo e enfeitado pacote para o aniversariante: "O que podemos oferecer-te, ó Cristo, em troca por te fizeres homem por nós? Todas as criaturas te trouxeram o testemunho de sua gratidão: os anjos com seu canto, os céus com a estrela, os Magos com seus dons, os pastores com a adoração, os céus deram as estrelas, a terra uma gruta, o deserto a manjedoura. Mas nós te oferecemos uma Mãe Virgem!" Amém!

A oração do Angelus, ao badalar das Ave-Marias, assim se conclui: "Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da Ressurreição!" E nós dizemos Amém!

Fonte: Conversa com meu povo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MERCADO JAPONÊS ESTREITA LAÇOS COM O PARÁ.


Mercado japonês estreita laços com o Pará.

Terça-Feira, 13/12/2011, 18:50:09.

Para conhecer o novo ramo de negócios em fabricação de vagões no Pará, na manhã de ontem, o cônsul-geral do Japão, Yukio Numata, visitou a sede da Oyamota em Castanhal. A visita destaca a importância deste novo ramo de negócios na região Norte do país, utilizados principalmente para o transporte de minérios em ferrovias do Estado. O cônsul conheceu as instalações da empresa, com detalhes técnicos do projeto, investimentos em tecnologia e maquinário.

O cônsul ficou impressionado com a diversidade de produtos que a empresa desenvolve e sua capacidade de investimento e capacitação empresarial. “É interessante ver uma empresa com raízes japonesas contribuindo com o crescimento do Pará através de investimentos em tecnologia para a fabricação de estruturas metálicas para a área de mineração, biodiesel e caldeiraria, além do importante projeto da construção de vagões no Pará”, afirmou Yukio Numata. Ele destacou ainda que considera a Oyamota uma das empresas amigas do consulado que representa a saga japonesa no Pará e no Brasil, sendo motivo de orgulho para a comunidade.

Para Roberto Kataoka, diretor da empresa, a visita do cônsul foi importante pois estreita o relacionamento do consulado com os imigrantes. “O objetivo dessa relação é a cooperação entre Brasil e Japão com possibilidades de futuras parcerias para acordos de transferência de tecnologia e importação de equipamentos.”

Pioneirismo

A fabricação de vagões é fruto de uma parceria com a empresa chinesa Qiqihar Railway Rolling Stock “Nosso maior sonho sempre foi de internacionalizara empresa. Com garra e confiança começamos esse processo, primeiramente lá do outro lado do mundo com a chinesa Qiqihar Railway Rolling Stock, em que firmamos uma join venture para a produção de vagões, negócio em que somos pioneiras no estado e uma das únicas no país”, afirmou Roberto Kataoka, sócio diretor da Oyamota.

Além disso, no dia do aniversário da empresa, último dia 10 de novembro, a Oyamota firmou sua segunda parceria internacional com a GA Expertise “Agora com a GA entramos com a internacionalização e transferência de tecnologia para trabalhar com excelência em biodiesel e bioenergia. Temos muito a comemorar”, completou Roberto. (Ascom Oyamota)

DEPUTADOS APROVAM TAXA SOBRE MINERAÇÃO.


Deputados aprovam taxa sobre mineração.

Quarta-Feira, 14/12/2011, 03:11:00.


O acordo entre o governo e a oposição garantiu a aprovação, por unanimidade, do projeto que institui a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM), que prevê que cada tonelada de mineral extraído no Pará será taxada em três unidades fiscais, atualmente algo em torno de R$ 6. Uma perspectiva de arrecadação de R$ 800 milhões anuais para os cofres do Estado.

A reunião no dia anterior com a maioria dos membros da bancada do PT assegurou ao governo estadual a aprovação por unanimidade do projeto, que foi aprovado com três emendas parlamentares. A maioria da Casa excluiu, no entanto, a proposta de emenda do líder do Psol, Edmilson Rodrigues, que previa a supressão do inciso III do artigo 6º, que concede ao poder Executivo a prerrogativa de reduzir o valor da taxa quando for conveniente.

O líder governista, Márcio Miranda, que articulou a aprovação da matéria com a oposição, garantiu que a manutenção do artigo 6º integralmente dá ao Executivo a flexibilização para reduzir as taxas de produtos minerais que posteriormente possam ser desvalorizados no mercado internacional.

Outra emenda do deputado Eliel Faustino (PR) exclui as pequenas empresas da taxação. O projeto original previa a inclusão apenas das microempresas. Já o líder do PT, Carlos Bordalo, assegurou na matéria emenda que permite que a taxa mineral instituída seja cobrada no exercício seguinte à aprovação da lei, após 90 dias da publicação no Diário Oficial “O Estado precisa ter soberania sobre suas riquezas. Esta proposta é essencial e o PT não faz oposição ao Estado do Pará. A nossa oposição é ao governo”, acentuou Bordalo.

O líder do PV, Gabriel Guerreiro, afirmou que o Estado do Pará não pode continuar sem competência para cuidar das riquezas minerais do seu subsolo, por isso, a única forma de assegurar de imediato que se faça justiça ao Estado seria a aprovação imediata da TFRM.

O Projeto deverá ser encaminhado ao governador Simão Jatene ainda esta semana. Ele terá até 15 dias para publicá-lo no Diário Oficial do Estado (DOE) e, a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem, a lei deverá entrar em vigor.

A previsão é de que nos primeiros três meses seja realizado apenas o cadastramento das empresas. Como especificado na própria Lei, após 90 dias as taxas começarão a ser cobradas. A Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado do Pará (Seicom) é que receberá o poder de polícia para fiscalizar estas atividades.

(Diário do Pará)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

D. ALBERTO TAVEIRA ANUNCIA TEMA DO CÍRIO 2012


Ter, 13 de Dezembro de 2011 00:00

Fundação Nazaré de Comunicação.

O Arcebispo metropolitano de Belém, no Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, anunciou nesta segunda-feira, 12, que o tema do Círio de Nazaré 2012 será "Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria”.

Segundo Dom Alberto, o Círio de Nazaré quer glorificar a Trindade Santíssima, com a Virgem Maria e do jeito de Maria. "Aquela que é a Virgem Fiel nos ajudará a viver a lei de Deus com alegria. Com Maria, Virgem da Escuta e Modelo de virtude, queremos viver os mandamentos da Lei de Deus", destacou.

Uma novidade do próximo Círio é que o evento será a primeira atividade da Arquidiocese de Belém no Ano da Fé. O Papa Bento XVI publicou recentemente a Carta Apostólica “Porta fidei” onde proclamou o Ano da Fé em toda Igreja. Este terá início no dia 11 de outubro de 2012, no 50º da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013.

No ato do anúncio, o Santo Padre destacou também que no dia 11 de outubro, a Igreja celebrará os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (CIC), promulgado pelo Beato Papa João Paulo II, "com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé".

A abertura oficial do Círio será no dia 9 de outubro de 2012. No dia 10, acontecerá a apresentação do Manto de Nossa Senhora de Nazaré, e no dia 11, os fiéis farão a adoração a Jesus Sacramentado, em comunhão com toda a Igreja no início do Ano da Fé. No dia 12 - Solenidade de Nossa Senhora Aparecida -, acontecerá o translado para Ananindeua e as atividades do Círio prosseguirão como nos anos anteriores.

Veja artigo de Dom Alberto Taveira Corrêa sobre o tema do Círio 2012

"Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria”.


1. MOSTRAR A FORÇA E A BELEZA DA FÉ: O Papa Bento XVI publicou uma Carta Apostólica sob forma de "Motu Proprio", chamada “Porta fidei” (Carta Apostólica Porta Fidei, n. 4): "Decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé”.

2. O CÍRIO NO ANO DA FÉ: No dia 11 de outubro de 2012, estaremos em adoração a Jesus Sacramentado, depois da abertura oficial do Círio no dia 9 e a apresentação do Manto de Nossa Senhora de Nazaré no dia 10. No dia 12 de outubro, Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, faremos o translado para Ananindeua e seguiremos com tudo o que já é nosso costume. O Círio 2012 será a primeira atividade da Arquidiocese de Belém no Ano da fé!

3. NOSSO CAMINHO DE EVANGELIZAÇÃO EM PREPARAÇÃO AO QUARTO CENTENÁRIO: Bento XVI deseja que se valorize o Catecismo da Igreja Católica, o que reforça o programa já estabelecido na Arquidiocese, com o qual caminhamos para o quatro centenário da Cidade de Belém e do início da Evangelização da Amazônia com as diversas partes do Catecismo.

4. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA: Alguns ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica abrem a perspectiva da escolha do tema do Círio 2012:

Chamado à felicidade, mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O socorro divino lhe é dado em Cristo pela lei que o dirige e na graça que o sustenta: “Portanto, meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas muito mais agora em minha ausência, realizai a vossa salvação, com temor e tremor. Na verdade, é Deus que produz em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu agrado” (Fl 2, 12-13).

A Lei nova ou Lei evangélica é a perfeição, na terra, da Lei divina, natural e revelada (Catecismo da Igreja Católica, n. 1949). É obra de Cristo e tem a sua expressão, de modo particular, no sermão da montanha. É também obra do Espírito Santo (Catecismo da Igreja Católica, n. 1965) e, por ele, torna-se a lei interior da caridade: «Estabelecerei com a casa de Israel uma aliança nova. Hei de imprimir as minhas leis no seu espírito e gravá-las-ei no seu coração. “Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo» (Hb 8, 8-10).

A Lei evangélica (Catecismo da Igreja Católica, n. 1970) implica a escolha decisiva entre «os dois caminhos» e a passagem à prática das palavras do Senhor; resume-se na regra de ouro: «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-o, vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas» (Mt 7, 12). Toda a Lei evangélica se apóia no «mandamento novo» de Jesus, de nos amarmos uns aos outros como ele nos amou.

«Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?» Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde, primeiro, invocando a necessidade de reconhecer a Deus como «o único Bom», o Bem por excelência e a fonte de todo o bem. Depois, declara-lhe: «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos». E cita ao seu interlocutor os mandamentos que dizem respeito ao amor do próximo: «Não matarás; não cometerás adultério: não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe». Finalmente, resume estes mandamentos de modo positivo: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mt 19, 16-19). A esta primeira resposta vem juntar-se uma segunda: «Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me» (Mt 19, 21). Esta resposta não anula a primeira. Seguir Jesus implica cumprir os mandamentos. A Lei não é abolida: mas o homem é convidado a reencontrá-la na pessoa do seu mestre, em quem ela encontra o seu perfeito cumprimento (Catecismo da Igreja Católica 2052-2053).

Jesus diz: «Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15, 5). O fruto, a que se faz referência nesta palavra, é a santidade de uma vida fecunda pela união a Cristo. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2074). Quando cremos em Jesus Cristo, comungamos de seus mistérios e guardamos os seus mandamentos, o Salvador mesmo vem amar em nós o seu Pai e seus irmãos, nosso Pai e nossos irmãos. Sua pessoa se torna, graças ao Espírito, a regra viva e interior do nosso agir. «É este o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei» (Jo 15, 12).

4. POR CRISTO, COM CRISTO, EM CRISTO:

Tudo de bom que acontece chega ao Pai por Cristo, com Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo. A oração eucarística se conclui com a “doxologia”, proclamação da glória de Deus. Tudo expressa o louvor a glória, a honra, a bênção, a adoração. Nossa vida cristã é acolher a vida que vem de Deus e caminhar para a Trindade, a comunhão plena com Deus, por Cristo, com Cristo, em Cristo. De fato, Ele é a porta das ovelhas! (Cf. Jo 10, 9)

5. MARIA DISCÍPULA, FILHA, MÃE E ESPOSA:

“O Evangelho conta que uma estrela guiou os Magos até Jerusalém e depois até Belém. As profecias antigas comparam o futuro Messias com um astro celeste. Foi também atribuído a Maria este emblema: se Cristo é a estrela que conduz a Deus, Maria é a estrela que leva até Jesus” (João Paulo II, Ângelus da Epifania, 6 de janeiro de 2003). Nós a saudamos como discípula fiel, filha de Deus Pai, esposa do Espírito Santo, mãe de Deus Filho.

6. MARIA, MULHER DE FÉ, MODELO DA IGREJA:

Quem viveu a fé da Igreja, de modo excelente e humilde, numa plenitude de graça que é insuperável, foi Maria. Quando dizemos em todas as missas “não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”, esta oração não seria tão real se não tivesse existido alguém – Maria – que viveu assim, em plenitude, a fé. (Cf. Giacomo Tantardini, “30 dias”, n 7/8, 2011, p.17).

7. AS VIRTUDES DE MARIA QUE A IGREJA DEVE IMITAR:

“Ao passo que, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (Cf. Ef 5,27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família dos eleitos. A Igreja, meditando piedosamente na Virgem, e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, penetra mais profundamente, cheia de respeito, no insondável mistério da Encarnação, e mais e mais se conforma com o seu Esposo. Pois Maria, que entrou intimamente na história da salvação, e, por assim dizer, reúne em si e reflete os imperativos mais altos da nossa fé, ao ser exaltada e venerada, atrai os fiéis ao Filho, ao seu sacrifício e ao amor do Pai. Por sua parte, a Igreja, procurando a glória de Cristo, torna-se mais semelhante àquela que é seu tipo e sublime figura, progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, e buscando e fazendo em tudo a vontade divina. Daqui vem igualmente que, na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos que cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os homens” (Lumen Gentium 65).

8. “AO PAI, POR CRISTO, NO ESPÍRITO SANTO, COM MARIA E DO JEITO DE MARIA”:

O Círio de Nazaré no Ano da Fé quer glorificar a Trindade Santíssima, com a Virgem Maria e do jeito de Maria. Aquela que é a Virgem Fiel nos ajudará a viver a lei de Deus com alegria. Com Maria, Virgem da Escuta e Modelo de virtude, queremos viver os mandamentos da Lei de Deus. O tema será “Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria” (Cf. Stefano de Fiores, “Maria - Nuovissimo Dizionario”, EDB, 2006, página 1089, verbete “Mediatrice”).

A vivência autêntica dos mandamentos começa no amor do próprio Deus, que ama, com amor ciumento, o seu povo. Só na resposta a este amor nascerá uma prática adequada da lei de Deus. Maria deu sua resposta a Deus, disse seu sim ao próximo e percorreu o caminho da fidelidade à lei.

Com Virgem do Magnificat louvaremos a Deus Uno e Trino, envolvendo todas as pessoas que participarem, como romeiros da fé, do Círio 2012.

GOV. SIMÃO JATENE FALA SOBRE O PÓS PLEBISCITO NO PARÁ.


Em entrevista, Jatene fala sobre o pós-plebiscito.

Segunda-Feira, 12/12/2011, 23:05:19 - Atualizado em 12/12/2011, 23:11:32

O governador do Estado do Pará, Simão Jatene, foi o convidado da noite de hoje (12), do programa Argumento, comandado por Mauro Bonna. Jatene respondeu perguntas do apresentador e de paraenses que enviaram mensagens pela internet, sobre o Pará pós plebiscito.

“Em uma sociedade democrática, as decisões se fazem pela maioria, mas nesse fato, o fato de a grande maioria opinar sobre alguma decisão não tira a legitimidade da vontade de mudar”, afirmou o governador. “Na divisão existem os interesses localizados das classes, mas não dá pra negar o que hoje está acontecendo. É preciso ter humildade de admitir”, disse Jatene com relação aos problemas enfrentados pelo Pará e também por outros estados brasileiros.

Sobre o Plebiscito, o governador afirmou: “Precisamos acima de tudo tirar lições. Todas as lideranças, independente de partido, tem que reconhecer que é legítimo o interesse. O homem votou por mais saúde, mais educação, mais segurança. Naquele momento estava buscando melhoria na qualidade de vida”.

O governador falou sobre o Pacto Federativo, que segundo ele, não corresponde às necessidades básicas da população. “Não temos tido condições de articular recursos para o estado”.

MUDANÇA DE CAPITAL

Durante a entrevista, foi levantada uma antiga discussão sobre a transferência da capital do Estado para Belo Monte. "Se mudar capital e não existir recursos, ela será uma capital pobre. Temos que rever as taxas tributárias do país", comentou Jatene

“Os estados brasileiros, pela forma como está a divisão e recursos, padecem de uma insuficiência de recursos. Somos maiores produtores de bauxita, os segundos maiores de ferro, produtores de recursos florestais e a renda per capita é metade da media nacional”, explicou o governador.

“Nosso sistema fiscal não contribui para que estados e municípios que tem economia e recursos naturais possam ter isso no orçamento, mais escolas, mais hospitais”, argumentou. "Quem disser que vai acabar com a probreza vai estar forçando. Temos que rever o pacto federativo e buscar resolver as necessidades".

MINIMIZAR PROBLEMAS

Jatene falou sobre a questão das distâncias no Estado e apresentou uma possível solução. “Pode ser minimizada pelo avanço tecnológico, as grandes corporações fazem teleconferência”, disse.

O governador comentou ainda sobre concursos e reajuste para salários de professores; sobre demora na liberação de licenças ambientais para criação de portos em Santarém, sobre os ajustes no Navegapará e sobre a paralisação do projeto Ação Metrópole.

“É um projeto importante, mas como o governo estava com problemas de regularização das compras, agora no final de ano é que voltamos a ter dinheiro para as ações, estamos rediscutindo a questão do financiamento”, explicou Jatene sobre o Ação Metrópole. “Projeto Ação Metrópole não é simplesmente um corredor, é transporte”, completou.

"Todos tem o direito de ter uma vida digna e nunca a esperteza vai se sobrepor à sabedoria", disse. “Coragem pra mudar, mas humildade para ouvir, compreender que temos “, finalizou.

(DOL)

LEI KANDIR GERA PERDA DE BILHÕES AO PARÁ.


Terça-feira, 13/12/2011, 07h23

Lei Kandir gerou perda de bilhões, diz economista.

Passada a euforia da campanha do plebiscito sobre a divisão do Pará, o Estado terá duas pautas fundamentais para serem debatidas, especialmente pela classe política e pelo governo estadual, na busca do caminho para o desenvolvimento econômico e social do Pará. É o que defende o presidente do Conselho Estadual de Economia Corecon), o economista Eduardo Costa.

Costa aponta que a revogação da Lei Kandir – Lei Complementar 87/96 -, e a mudança da lei que taxa o consumo da energia e não a produção devem ser as duas pautas que o governo do Estado, parlamentares, entidades de classe, conselhos profissionais, além de instituições de ensino, precisam tomar para si como luta fundamental para reverter a situação de penúria de recursos que o Pará enfrenta com a desoneração da exportação de matérias-primas e da cobrança do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o consumo da energia, prejudicando o Pará, Estado produtor de energia pela hidrelétrica de Tucuruí e posteriormente pela usina de Belo Monte.

Para o economista, não há dúvida que um consenso no plebiscito foi a questão da Lei Kandir, onde todos reconhecem que é prejudicial ao Pará, como a principal causa da falta de capacidade de investimento do Estado. Costa aponta que o Plano Plurianual (PPA) paraense destina apenas R$ 270 milhões para investimentos, recurso insuficiente para todo o Estado.

Ele afirma que de 1997, quando a Lei Kandir entrou em vigor até 2010, dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) constatam que o Pará já perdeu R$ 21.5 bilhões em arrecadação com a desoneração dos impostos. “A Lei Kandir é a grande causadora da baixa capacidade de investimento do Estado do Pará”, assegura Costa.

PROJETOS

O presidente do Corecon Pará enfatiza que os grandes projetos atraem também a migração sem medida e cita o exemplo de Altamira, com previsão de atrair cerca de 100 mil pessoas com a construção da usina de Belo Monte. Com a migração vem a demanda por serviços públicos em todas as áreas, geração de trabalho e renda, educação, saúde, segurança pública, entre outros pelos municípios e pelo Estado.

Por outro lado, não há contrapartida por parte das empresas que se beneficiam com a Lei Kandir. Ele explica que o Estado do Pará contribui para a balança comercial brasileira, mas a contrapartida das grandes empresas é ínfima. A compensação Financeira pela Exportação de Recursos Minerais (CFEM) destina apenas 3% do faturamento das empresas para os municípios onde se localizam os projetos minerais.

“O Estado do Pará tem sido lesado. A Lei Kandir precisa ser a agenda primordial do Pará. É preciso fazer pressão, enfrentar o Congresso Nacional a reformar o sistema tributário brasileiro”, acentua Costa.

O economista lembra que a reforma tributária está em discussão no Congresso Nacional mas, segundo Costa, a classe política paraense continua apática, ainda não colocou como prioridade nas suas agendas. “A exportação de produtos paraenses precisa se materializar em benefícios para seu povo, para o desenvolvimento do Estado”, ressalta.

Por outro lado, a visão de Eduardo Costa é de que não haverá impacto em outros Estados com a revogação da Lei Kandir. Ele explica que quando foi editada em 1996, o país vivia outro momento econômico, o presidente Fernando Henrique Cardoso trabalhava para estabilizar a moeda e acumular reservas, além de saldo na balança comercial.

Na atualidade, completa Costa, a conjuntura brasileira é diferente, o país tem reservas cambiais, portanto, o que falta é vontade política para enfrentar o problema.

“O que constatamos é uma grande apatia dos políticos ao tema, mas precisamos abrir os olhos e criar uma grande campanha em que todas as instituições do Estado se unam em torno da revogação da Lei Kandir. Falta uma liderança capaz de aglutinar os diversos setores do Estado em torno da mesma causa. As discussões ainda esbarram nos interesses político-partidários”, acentua. Para Eduardo Costa, caberá ao governador Simão Jatene cumprir o papel de liderança política.

PERDAS

Eduardo Costa afirma que de 1997, quando a Lei Kandir entrou em vigor, até 2010, dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) constatam que o Pará já perdeu R$ 21.5 bilhões em arrecadação com a desoneração dos imposto. (Diário do Pará)

domingo, 11 de dezembro de 2011

MOSQUEIRO, LOUVA NOSSA SENHORA DO Ó.


Domingo, 11/12/2011, 02h29.

Mosqueiro louva Nossa Senhora do Ó.

O distrito de Mosqueiro comemora este domingo o 143º Círio de Nossa Senhora do Ó, padroeira do balneário. Neste ano, a festividade traz como novidade uma extensa programação cultural que toma a ilha até o dia 18 de dezembro, com o sorteio de um carro zero para comunidade católica da Bucólica.

O festejo mantém a tradição de procissão, realizada sempre no segundo domingo de dezembro, mesmo que o plebiscito sobre a divisão do Estado tenha sido marcado para o mesmo dia - a organização da festividade decidiu manter a data do calendário católico.

A assistente social Raí Cezar, coordenadora geral do Círio de Mosqueiro, em 2011, aposta que a realização do plebiscito não vai afetar na participação da população na grande procissão. “Esperamos receber cerca de 200 mil pessoas. A organização do plebiscito não observou as manifestações religiosas das comunidades que acontecem no Estado, mas não deixaríamos de realizar nosso Círio, que já é uma tradição centenária”.



PREMIAÇÃO

De acordo com a assistente social, a paróquia está organizando a festividade desde abril deste ano e teve a iniciativa de realizar shows para comunidade, além de um sorteio com prêmios para a população. “Além de shows populares com a musicalidade da cultura paraense, também temos na programação shows gospels de bandas da terra e que vêm de ouras localidades. Umas das atrações é o cantor Cosme de Oliveira, do Rio de Janeiro, um jovem que conseguiu ser resgatado do mundo da violência e das drogas através da igreja católica e hoje faz sucesso com músicas de louvor trazendo abordagens de esperança e fé para outros jovens”, diz.

Raí Cezar explica ainda que a maioria dos prêmios são doações de empresário e políticos do Estado. O maior prêmio é um Celta zero quilômetro, que ainda não está totalmente pago. “Faltam apenas R$ 10 mil para quitá-lo, o que é uma benção, pois estamos tendo todo apoio possível para a realização da festividade”.

Com apoio da TV RBA, a coordenação do Círio também vai premiar os participantes com uma moto Honda 125. Os outros prêmios são uma geladeira, quatro fogões e cinco notebooks - doações de empresários e políticos que se interessaram pela causa.

As cartelas são vendidas na sala de plantão do Círio com o valor de R$ 2. O sorteio será no dia 18 de dezembro, no último dia da festividade.

Anúncio do nascimento de Jesus envolve tradição cristã

Mosqueiro iniciou a programação do Círio desde ano na última segunda-feira, 05, com o movimento popular de lavagem da Igreja Matriz, juntamente com o Corpo de Bombeiro. Na terça-feira, a segurança pública da ilha realizou uma romaria em homenagem à santa. Na quarta-feira, foi a vez dos motoqueiros, com a moto-romaria. Na quinta-feira, aconteceu a “Caminhada da Fé” e na sexta-feira o encerramento das peregrinações se deu com uma missa na igreja matriz.

No sábado de manhã, a homenagem veio da comunidade da Ilha do Caruaru, com uma ‘remaria fluvial’. À tarde foi a vez dos ciclistas, que sairam do Porto do Pelé em direção à Igreja Matriz.

Às 18h, a missa que antecede a trasladação deu início ao Círio de Mosqueiro. A santa saiu da Igreja Matriz para a paróquia do Sagrado Coração de Jesus, onde pernoitou.

Este domingo, por volta das 7h, a santa volta para a Igreja Matriz, com previsão de chegada às 12h.

A programação da festividade de louvor a Nossa Senhora do Ó seguirá até o dia 18, com várias atrações culturais e show pirotécnico com cerca de três mil foguetes na Praça Matriz, na Vila.



HISTÓRIA

Também conhecida como senhora da fertilidade, Nossa Senhora do Ó recebeu nome devido a um episódio ocorrido com Maria: no momento em que foi informada pelo anjo Gabriel que seria mãe de Jesus, admirou-se com a bondade de Deus e teve a expressão de surpresa: “Ó”!

Em Mosqueiro, os louvores à santa iniciaram em 1868, quando um pároco à época propôs à comunidade que louvasse outra santa em vez de Nossa Senhora de Nazaré. Com grande aceitação da comunidade local, a santa tornou-se padroeira da ilha.

(Diário do Pará)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

AUMENTA EM 55% O NÚMERO DE PADRES.


Brasil: Estudo revela aumento de 55% no número de padres em 20 anos

Lisboa, 09 dez 2011 (Ecclesia) – O Centro de Estatísticas Religiosas e Investigação Social (CERIS) do Brasil publicou um novo estudo que revela um aumento de 55,79% no número de padres católicos no país entre 1990 e 2010.

No documento, os responsáveis pela investigação destacam ainda o crescimento no número de diáconos permanentes, que passaram de 632 para 2711, mais que triplicando o seu número em apenas 20 anos.

O Anuário Católico 2012, lançado pelo CERIS, apresenta “um retrato do atual quadro no aumento do número de paróquias, dioceses, bem como o significativo aumento no número de sacerdotes e diáconos permanentes”.

Situação inversa encontra-se no quadro da evolução do número de religiosas, que caiu de 35 039 em 1961 para 33 386 em 2010.

“Esta amostragem do CERIS contesta, por um lado, teorias como a da secularização e a do enfraquecimento da Igreja Católica, que perde fiéis para outras denominações religiosas, ou mesmo para o ateísmo, como algumas pesquisas censitárias apontam”, pode ler-se, na introdução do estudo.

OS APAIXONADOS BUSCAM NOVAS FORMAS DE MANIFESTARSEU AMOR.


Os apaixonados buscam novas formas de manifestar seu amor

As manifestações da devoção mariana e a Festa da Imaculada em Roma

Por Márcia Ferreroni

ROMA, quinta-feira, 8 de dezembro de 2011(ZENIT.org) – Ao longo dos tempos as manifestações marianas brotam com originalidade em diversas partes do mundo. Em Roma acontece o tradicional Atto di Venerazzione dell`Immacolata.

Na Piazza Mignanelli, próxima a Piazza di Spagna está localizada a estátua que receberá a homenagem de Bento XVI em ocasião da Festa da Imaculada neste dia 08 de dezembro.

Pio IX fez colocar no topo de uma coluna, a estátua da Imaculada Conceição no ano de 1857, poucos anos depois da promulgação do dogma. A coluna que sustenta a estátua, com quase 12 metros de altura, tem um metro e meio de diâmetro e, na ocasião da inauguração, foi levantada por uma corporação de 200 bombeiros. Daqui deriva a tradição, renovada a cada 8 de dezembro, de um bombeiro coroar a imagem.

Esta é uma das inúmeras manifestações da devoção mariana que, ao longo dos tempos e nas mais variadas geografias vão brotando com a originalidade própria do amor: os apaixonados procuram os novos modos de manifestar seu amor.

A devoção mariana fora predita na Sagrada Escritura, nas palavras de Maria a Isabel “todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48) e se apóia na centralidade de Cristo, nosso único Senhor. Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado (cfr. Hebreus 4, 15), nascido de uma mulher (Gal 4,4). Sendo para nós modelo de tudo, não deixou de amar sua Mãe e honrá-la cada dia (Ex 201,12). Assim que se pode afirmar que Jesus foi o primeiro e o maior devoto de Maria, sua Mãe.

Apenas isto já bastaria para que todos os cristãos nos sentíssemos impelidos a honrar Maria, a Mãe de Jesus. Mas a Sagrada Escritura nos permite ir ainda mais além na nossa devoção mariana. O cristão, que deseja identificar-se com Cristo em tudo, até o ponto de não viver senão a vida de Cristo (Gal 2, 20), pode ser também ele, filho de Maria. Talvez não ousássemos tanto se o próprio Cristo não nos tivesse convidado a fazê-lo quando, ao pé da Cruz, dirigindo-se a nós na pessoa de João (Jo 19, 26-27) nos deu Maria para ser nossa Mãe. Maria, Mãe de Jesus é, então, Nossa Mãe ou como gostamos de dizer Nossa Senhora.

Isto nos dizia o Papa há alguns anos na solenidade de hoje: “Maria não se coloca somente numa relação singular com Cristo, o Filho de Deus que, como homem, quis tornar-se seu filho. Permanecendo totalmente unida a Cristo, Ela pertence também de modo integral a nós. Sim, podemos dizer que Maria está próxima de nós como nenhum outro ser humano, porque Cristo é homem para os homens e todo o seu ser é um "ser para nós". Como Cabeça, dizem os Padres, Cristo é inseparável do seu Corpo que é a Igreja, formando juntamente com ela, por assim dizer, um único sujeito vivo. A Mãe da Cabeça é também a Mãe de toda a Igreja; ela é, por assim dizer, totalmente despojada de si mesma; entregou-se inteiramente a Cristo e, com Ele, é entregue como dom a todos nós. Com efeito, quanto mais a pessoa humana se entrega, tanto mais se encontra a si mesma.” (Homilia do Papa Bento XVI,8 de Dezembro de 2005)

Essa proximidade de Maria com cada um de nós – apoiada em Cristo – é a base de toda devoção mariana e nos leva a apoiar-nos nela, “Mãe de toda a consolação e de toda a ajuda, uma Mãe à qual, em qualquer necessidade, todos podem dirigir-se na própria debilidade e no próprio pecado, porque Ela tudo compreende e para todos constitui a força aberta da bondade criativa” (ibidem).

Os verdadeiros devotos de Maria não só vêem que podem recorrer sempre a Ela, mas sentem-se também eles procurados por Maria, que como Mãe vai ao encontro de cada um dos seus filhos. “É nela que Deus imprime a sua própria imagem, a imagem daquela que vai à procura da ovelha perdida, até às montanhas e até ao meio dos espinhos e das sarças dos pecados deste mundo, deixando-se ferir pela coroa de espinhos destes pecados, para salvar a ovelha e para a reconduzir a casa. Como Mãe que se compadece, Maria é a figura antecipada e o retrato permanente do Filho” (Ibidem).

Todas as devoções marianas – tão variadas quanto variadas são as manifestações do amor dos homens – levam-nos sempre a Cristo, com palavras de São Josemaría cada um de nós pode experimentar que “a Jesus sempre se vai e se “volta” por Maria (Caminho, n.495).

"SOMOS ADMINISTRADORES DA CRIAÇÃO, NÃO PROPRIETÁRIOS DELA".


"Somos administradores da criação, não proprietários dela"

Cardeal Maradiaga participa da Cúpula do Clima em Durban

H. Sergio Mora

ROMA, quinta-feira, 8 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - O Protocolo de Kyoto não é suficiente e a cúpula de Durban não é apenas uma circunstância política. O problema do aquecimento global é verdadeiro, mas vai além do político, pois é um desvio na obra da criação. Há esperança de que o público comece a entender o problema e é preciso trabalhar duro para criar essa consciência, especialmente entre os jovens.

São aspectos destacados em entrevista a Zenit pelo cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, em seu retorno da Cúpula de Durban. A XVII Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que começou em 28 de novembro naquela cidade da África do Sul, terminará nesta sexta-feira e terá que decidir sobre o futuro do Protocolo de Kyoto, ou seja, sobre como reduzir as emissões de gases de efeito estufa daqui até 2020.

Representantes de cerca de 190 países sentaram-se à mesa de negociações na convenção das Nações Unidas e deverão definir como reforçar o protocolo, cujas medidas anti-emissões de gases expiram no próximo ano, e se ele será prolongado até 2020 com o fim de reduzir o aquecimento global.

O Vaticano está representado pelo núncio apostólico no Quênia. O cardeal Maradiaga participa como presidente da Caritas Internacional.

Maradiaga afirma que a situação "não é apenas um fenômeno de aquecimento global, mas um desvio na obra da criação", porque, segundo ele, "ainda não temos a perspectiva de ser administradores da criação em vez de seus proprietários".

A cúpula, portanto, não é apenas uma "circunstância política", embora, infelizmente, ela "tenda a reduzir o problema a isso", lembrou o purpurado. "Devemos falar de algo que é da humanidade, que é um bem comum a todos".

Para o presidente da Caritas Internacional, a opinião pública está mudando quanto à necessidade de se defender a criação: "Sobre isso, eu acredito que há mais consciência a cada dia".

Maradiaga meniconou ter participado, no início da cúpula em Durban, de uma palestra de um prêmio Nobel que expunha as evidências científicas das mudanças climáticas. O cardeal se mostrou convencido da veracidade do problema e afirmou que "não se trata de manipulação da comunicação social".

“Esta semana será decisiva e esperamos que as grandes potências dêem um passo adiante”, embora "não seja suficiente dizer que ‘manteremos o Protocolo de Kyoto’; precisamos de medidas concretas. Claro que seria uma tragédia se o Protocolo de Kyoto morresse em Durban, mas queremos mais do que apenas a sua continuidade. O protocolo em questão é muito limitado quando comparado com o que devemos fazer. Por isso é importante que a opinião pública perceba que precisamos construir um futuro melhor para a humanidade".

O cardeal disse que a Caritas Internacional começou a trabalhar para educar, especialmente os mais jovens, na defesa da criação. Ele citou, por exemplo, a reunião da semana passada entre Bento XVI e sete mil jovens, e o discurso "muito forte e adequado, feito pelo papa, a fim de levantar a questão".

O papa Bento XVI, na Sala Paulo VI, se dirigiu aos jovens participantes no projeto "Ambientemo-nos na escola", patrocinado pela Fundação "Sorella Natura", no Dia da Salvaguarda da Criação, 29 de novembro.

Ele disse que “não há um bom futuro para a humanidade sobre a terra se não educarmos todos para uma forma mais responsável de vida e de relacionamento com a criação”, e se, neste contexto, “for esquecido o reconhecimento do valor da pessoa humana e da sua inviolabilidade em cada fase da vida e em toda a sua condição”.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O QUE AS MULHERES ENSINAM AOS HOMENS


O que as mulheres ensinam aos homens

O trabalho não é tudo na vida

ROMA, segunda-feira, 7 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - A diferença de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres na sociedade diminuiu significativamente em diversas áreas, tais como o acesso à saúde e à educação, mas, não acontece o mesmo no campo do trabalho. Enquanto isso, hoje, tem havido uma grande mudança: os jovens trabalhadores ao contrário de antes, pensam como as mulheres, que a carreira não é tudo na vida.

O indicam os dados do estudo Closing the gap, publicado no The Economist do passado 26 de Novembro, e analizado num artigo do diário vaticano L'Osservatore Romano.

A diferença entre homens e mulheres, diz o estudo, ainda se registra principalmente nas oportunidades de carreira e de salário.

O dossiê constata que, depois da euforia dos anos 90, os resultados atuais deixam uma frustração forte. Em particular surge a dificuldade de conciliar trabalho e maternidade, especialmente quando se considera que a tarefa das crianças não deva ficar exclusivamente a cargo das mulheres.

Além disso, nota-se uma forte ausência feminina na gestão empresarial. Isto, apesar de vários estudos terem mostrado que as mulheres na chefia de empresas ou de seu conselho de administração levaram a resultados muito bem sucedidos.

O estudo realizado pelo The Economist, explica algumas razões que criam a diferença, e indica como primeira coisa que o mundo do trabalho é organizado com regras criadas há várias décadas atrás, nascidas com uma ideia de paridade, diferentes das existentes quando o marido trabalhava e a mulher ficava em casa.

As novas regras, portanto, davam o mesmo tratamento a ambos, o que o estudo indica como errado porque o problema não é resolvido aplicando as mesmas regras, já que as mulheres são diferentes.

Segundo: porque é errado pensar que ser mãe não afeta a carreira, ainda que tenham menos filhos ou os tenham mais tarde. É só pensar que é neste período que as suas colegas iniciam a programar suas carreiras.

Terceiro: as mulheres podem se tornar inimigas de si mesmas, ao não ter as devidas possibilidades no campo laboral: são muito escrupulosas, menos seguras e se autopromovem menos, não costumam dar sua opinião se não estão absolutamente seguras.

E por último, a discriminação mais sutil: enquanto os trabalhadores são promovidos pelas suas potencialidades, as trabalhadoras, ao contrário, o são pelo que realmente conseguem, ou seja, que avançam mais lentamente.

O estudo dá uma indicação importante: os homens jovens, que entram no mundo do trabalho, o vem de maneira diferente do concebido pelos seus pais.

Estão menos obcecados pela carreira e mais interessados em encontrar um equilíbrio razoável entre o trabalho e o resto de sua vida e é isso o que as mulheres querem já faz um tempo, diz o semanário. Um novo fator que os empregadores não poderão ignorar.

O artigo da jornalista italiana Giulia Galeotti, publicado no jornal Vaticano, analisa os dados e indica que o estudo também mostra que não vale o modelo masculino, tomado como indicador pela emancipação feminina dos anos sessenta.

E que a realidade revela que as mulheres não renunciam do que elas são, e que, além do mais, ensinam algo aos homens: o equilíbrio entre o trabalho e o resto da vida. E conclui que "depois de tantas afirmações teóricas de admiração e reconhecimento, os homens decidem aplicar à sua vida uma parte importante da opção que move a existência feminina.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

NÃO A DIVISÃO DO PARÁ: AOS "ABUTRES" DE PLANTÃO.


NÃO A DIVISÃO DO PARÁ.

AOS “ABUTRES” DE PLANTÃO.

Os separatistas exigem a todo custo o “esquartejamento” imediato do Estado do Pará. Todos sabem que essa gente que quer a separação do Estado, visa interesses próprios e dos partidos políticos.

Esses “senhores” e seus partidos têm como único objetivo e preocupação a conquista do poder. Por outro lado é triste ver que em meio a essa disputa entre “sim” ou “não”, muitos se colocam de modo indiferentes o que é extremamente lamentável.
O que observamos dos separatistas é a conquista ávida e imediata do poder. Pronunciam-se como porta voz de uma “nova era”.

Essa “gente” que quer nos separar, afirma que o povo de Belém, o povo da Capital não tem consciência. Dizem alguns que a falta de consciência para com os irmãos do Tocantins e de Carajás é motivo determinante pela ausência de compaixão para com seus irmãos.

Ora meus queridos separatistas, o grande plano que vocês querem executar no Brasil é o de erigir “filiais de corrupção”. Não existe preocupação com a alfabetização, com a saúde, segurança, educação, etc...

O que vocês buscam é encontrar mais uma maneira de se darem bem. De enxerem seus bolsos e cuecas de dinheiro DE FAVORECEREM SEUS FAMILIARES, PARENTES E AMIGOS QUE, NÃO CONTRARIAM AS SUAS IDÉIAS, ao passo que, o dinheiro que vocês roubam deveria ser destinado ao povo e as suas necessidades básicas.

Lembram de Judas Iscariotes? Ao ver Maria Madalena que lavava os pés do Cristo com um nardo de bálsamo puro de alto valor, disse: “Por que não se vende este perfume por trezentos denários e se da o dinheiro aos pobres?” (Jo.12,4-8)

Nós sabemos que Judas não estava preocupado com os pobres coisa nenhuma, o que ele queria mesmo era o dinheiro, pois o mesmo tomava conta da bolsa comum. É a intenção dos “senhores” separatistas. Não tem preocupação com os pobres nada, mas, querem as riquezas de nosso povo. Querem tomar conta de nossos bens. Chega de sermos usurpados por “boas intenções” dessa “gente” que nem aqui mora.

Nós da Capital do Estado estamos sendo vistos como: inaptos, despreparados, imaturos, incapazes, mal educados. Estão transformando o povo de Belém em um “mostro”. Isso é perigoso para nossa gente. Podemos sem perceber estar criando “ranço”, “rixa” entre um povo que por tradição sempre foi unido e fundamentalmente bom.

Esses separatistas, todos de fora, aqui chegam, foram bem recebidos, criaram seus “gados” e suas famílias, fizeram crescer seus negócios e seus patrimônios e agora querem cuspir no prato que comeram por longos anos.

Vieram para o Pará porque em seu Estado natal não tiveram a oportunidade que tiveram em terras paraenses de ser alguém na vida. Tudo o que possuem, conquistaram aqui no Pará e agora, querem nos dar um ponta pé na bunda.

Tenho acompanhado a fala dos separatistas: “a massa de Belém é imatura, incapaz, não tem condições de sozinha conduzir todo o Estado”. Acham que quem comanda o Estado e o povo de Belém são crianças imaturas.

Acontece que, esse “povo-criança” que alguns dizem que somos não é e nem será presa fácil para os “abutres”, politiqueiros, desonestos que pregam falsas promessas.
Estes “abutres” acham que somos bobos da corte. Querem se cercar dos bobos para lhe proporcionarem divertimentos e gargalhadas de prazer por estarem nos roubando debaixo de nosso nariz.

Devo lamentar profundamente a sorte de vocês “abutres”, politiqueiros, “aves de rabina” que, querem separar o Estado do Pará. Lamentar a sua infelicidade por não ver o Estado do Pará separado.

Seus ouvidos têm horror à verdade, vocês têm medo de ouvir a voz sincera de um povo que não querem separatistas causando desunião, mas gente que venha para cá se unir a nós e ajudar no crescimento do Estado, tendo como escopo o povo paraense.

O Pará tem uma vocação materna, educativa, eminentemente social. Essa vocação materna define a fisionomia do nosso povo e do nosso Estado.

Talvez por termos essa fisionomia materna, de acolhermos a todos que aqui chegam, estamos pagando hoje esse preço por “filhos (as)” ingratos e rebeldes.

Querer criar uma nova sociedade edificada exclusivamente sobre o espírito separatista, torner-se-a em pouco tempo uma sociedade mutilada e viciada, condenada inexoravelmente à esterilidade do raciocínio frio, à inanição, reduzida a um mecanismo onde irmãos, os verdadeiros irmãos, pela força do acontecimento poderão não mais se falar separando-se definitivamente o que seria lamentável.

Urge, a bem do povo do Pará, um corretivo à loucura de querer separar-nos. Ao contrário disso, compete-nos é procurar corrigir os erros, os vícios, a miséria e buscar a união e não a separação.

O discurso que ouvimos dos separatistas é que o povo do Carajás e do Tocantins é sacrificado. Quer dizer que só aqui no Pará o povo é sacrificado? Nos outros Estados da Federação o povo não é sacrificado? Na maior cidade do país, São Paulo, lá o povo por ventura não passa por sacrifícios? Argumento paradigmático dos separatistas aproveitadores de plantão.

O povo do sertão brasileiro sofre há anos com a seca e a cada eleição a “promessa” se renova: “vamos acabar com a seca” e nada. Desde criança escuta essa frase e hoje com 51 anos de idade continuo ouvido o mesmo discurso e continuo vendo os nossos irmãos passarem sede e fome por causa de “politiqueiros” mentirosos e aproveitadores.

Quer dizer que a crise estabelecida no Brasil agora é porque o povo do Norte está sacrificado!!?? Nunca olharam para cá, para nós amazônidas, nortistas a não ser com os olhos da cobiça e do poder. Querem nossas riquezas e nossos bens.

Chega de retóricas e dessecamentos filosóficos, de “promessas” utópicas, de quimera para o nosso povo. Se estiverem preocupados com a situação de pobreza dos nossos irmãos porque não se unem a nós ao invés de querer nos separar.

São tempo e hora de buscar uma unidade espiritual e política. Foi por esta falta de união e de princípios – decoro - que o Brasil chegou à triste situação moral dos nossos dias. Um grande barco sem velas, batido pelos temporais e desejado pelos “abutres”.

O Brasil hoje está retalhado pela ambição e egoísmo dos seus homens públicos a soldo do capitalismo internacional travestido de dinheiro brasileiro (Cia. Vale do Rio Doce).

Invadido pela torrente do materialismo e pela miséria do ateísmo, o Brasil é sugado pelas oligarquias, humilhado pelo terror das irresponsabilidades e por aqueles que “nunca sabem de nada”.

Talvez nossa crise maior seja a da “consciência” dos politiqueiros e aproveitadores. Sem que seja esta resolvida, não poderemos solucionar o problema do Brasil e com isso, mais e mais “separatistas” aparecerão para “esquartejar” o Brasil e cada vez mais serem erigidas “filias de corrupção”.

Luiz Gonzaga Rodrigues
Ananindeua- Pará – Brasil.

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DIGA NÃO A DIVISÃO A DIVISÃO.


DIGA NÃO A DIVISÃO DO PARÁ!

Você já se perguntou a quem realmente interessa a divisão do pará ou de qualquer outro estado?
Você já se perguntou o que realmente irá melhorar pra você com a divisão?
Analise com cuidado e veja quem, em seu municipio, está lutando a todo custo para dividir o Pará .
Por que os grandes empresários e os políticos(que nada fazem para melhorar a sua vida e a cidade) estão a favor da divisão?
Você acha que com a divisão eles irão aplicar o dinheiro publico na cidade, melhorar a educação, a saúde, as estradas, dar incentivos aos agricultores? Se achas isso, responda por que eles não fizeram agora?
Você sabia que todo ano o orçamento municipal cresce? Que milhões de reais deixam de ser arrecadados em impostos todos os anos dos grandes empresários de seu municipio, por que eles provavelmente financiam a campanha dos politicos que hoje governam sua cidade?Que a maioria dos recursos federais e estaduais somem quando chegam nos municipios? Então quais as mudanças ocorrerão com a divisão do Pará, além da criação de mais cargos politicos?
O NOSSO PROBLEMA NÃO É GOVERNO DISTANTE. O NOSSO PROBLEMA SÃO OS GOVERNOS AUSENTES E CORRUPTOS, POR ISSO DIGA NÃO NO PLEBISCITO.



frente1Deputado Edmilson Rodrigues declarou:

“Quero reiterar minha absoluta convicção de que dividir o Pará será a consumação de gravíssimo atentado aos interesses imediatos e históricos do povo paraense. Se prevalecer a opinião dos separatistas, serão criadas três unidades federativas fracas, três Estados pobres e desprovidos de força econômica e política”.





HINO DO ESTADO DO PARÁ

LETRA: ARTHUR PORTO
MÚSICA: NICOLINO MILANO
ADAPTAÇÃO E ARRANJO: GAMA MALCHER

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Estribilho

Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo, e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã !

Segundo alguns pesquisadores, o Hino ao Pará surgiu em época anterior ao ano de 1915 e não tinha caráter ou sentido oficial, desconhecendo-se qualquer ato que tenha oficializado naquela oportunidade.

Cantado pelos alunos do "Colégio Progresso Paraense", foi publicado em 1895, na página 5 dos "Annaes do Colégio Progresso Paraense", edição comemorativa do tricentenário da fundação de Belém.

O referido Hino se tornou oficial com o nome de "Hino do Pará" através da Emenda Constitucional nº 1, de 29 de outubro de 1969.

AUTORES

O professor dr. Arthur Teódulo Santos Porto foi autor da letra do "Hino ao Pará". Ele era conhecido intelectual e educador, fundador do "Colégio Progresso Paraense", nascido em Pernambuco em 1886 e falecido em Belém-PA em 1938. Embora atribuída a Gama Malcher, professor de canto coral daquele colégio, a autoria da música é na realidade de Nicolino Milano, violonista, compositor e regente brasileiro, nascido em Lorena-SP, no ano de 1876 e falecido no Rio de Janeiro em 1931. O Maestro Gama Malcher foi o autor da adaptação e do arranjo musical para canto coral.

SIMBOLISMO

A letra deste Hino é um verdadeiro poema de exaltação ao Pará. Ela fala da beleza natural do Estado, da exuberância de suas matas e flores, dos seus rios, do heroísmo do seu povo e traz uma mensagem de otimismo e esperança para o futuro.

(Fonte: www.pa.gov.br)

RBATV REALIZA DEBATE SOBRE DIVISÃO DO PARÁ


Terça-feira, 29/11/2011, 07h59.

RBA TV realiza o primeiro debate na sexta.

A RBATV realizará o primeiro debate sobre o plebiscito, que ocorrerá dia 11 de dezembro, para o eleitor paraense decidir sobre a divisão do Estado para criação dos Estados do Carajás e Tapajós. O debate ocorrerá nesta quinta-feira (dia 1°) e todos os quatro parlamentares presidentes das frentes pró e contra Carajás e Tapajós já confirmaram presença. Todos concordam que será a oportunidade para os eleitores ainda indecisos terem acesso a informações sobre os argumentos para a divisão ou para manutenção do território do Pará.

O gerente geral de Jornalismo, Adil Bahia, afirma que a RBATV mantém a tradição de realizar o primeiro debate nas eleições paraenses, mesmo o plebiscito sendo um pleito atípico porque coloca em discussão as diferentes regiões do Estado. Bahia explica que as regras do debate foram aprovadas pelos representantes das frentes e que a emissora está preparada para mais esse desafio com a intenção de dar a oportunidade de esclarecimento aos eleitores.

Documento com a cópia das regras do debate foi enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) juntamente com convite para que o TRE envie representante para acompanhar o debate.

O debate plebiscito 2011 será realizado na sede da RBATV, dia 1º de dezembro, às 22 horas. O sorteio será realizado às 21 horas e a ordem de sorteio de perguntas e respostas respeitará alternância das frentes opositoras. No entanto, não será permitida a exibição de quaisquer documentos durante o programa.

A duração prevista para o programa é de 1h30, contendo cinco blocos. Cada pergunta será feita em 30 segundos e as respostas em dois minutos e mais um minuto para réplica e tréplica, cada. No último bloco, serão destinados dois minutos para cada participante fazer as considerações finais, respeitando a ordem do sorteio realizada antes de iniciar o debate.

FRENTES

Os representantes das frentes aguardam com muita expectativa a participação no debate da RBATV. O presidente da frente pró Tapajós, deputado Joaquim de Lira Maia, afirma que a boa audiência em todo o Estado da RBATV contribuirá para levar ao eleitor a informação “sem maquiagem” sobre o plebiscito. Para Maia, o debate é, acima de tudo, uma grande oportunidade para o eleitor, principalmente para aqueles ainda indecisos.

O formato de reunir os representantes das quatros frentes, para Lira Maia, é o mais justo, porque torna o debate mais equilibrado, mesmo em uma eleição como um plebiscito, em que o que está em discussão não são candidaturas, mas ideias. “Para o eleitor menos emotivo é uma oportunidade de uma análise racional”, ressalta Maia.

Já para o presidente da frente contra o Tapajós, deputado Celso Sabino, o debate vai ser fundamental para ajudar a tirar as dúvidas, principalmente dos eleitores do sul e do oeste paraense, as duas regiões com pretensões de se dividir para se tornarem novos Estados. “Vamos tentar desfazer ideias distorcidas que estão sendo veiculadas na campanha, sem ofensas e com esclarecimento ao eleitor”, enfatiza Sabino. O representante do “não” ao Tapajós acredita que a iniciativa da RBATV propicia uma grande chance de esclarecimento à população paraense.

Para o presidente da frente pró Carajás, deputado João Salame, infelizmente, a campanha do plebiscito na mídia está sendo levada para o lado muito emocional. Por isso, o debate na RBATV será fundamental para que a discussão prevaleça para o lado racional, expondo os dados reais com precisão para que o eleitor faça sua escolha com consciência.

João Salame acredita que o formato do debate cara a cara é a melhor opção para a discussão sobre a divisão do Pará porque coloca os quatro representantes em situação de igualdade. O presidente da frente contra o Carajás, deputado Zenaldo Coutinho, não foi encontrado pela reportagem.

SERVIÇO

O debate plebiscito 2011 será realizado na sede da RBATV, dia 1º de dezembro, a partir das 22 horas, com transmissão ao vivo.

A duração prevista para o programa é de 1h30, em cinco blocos.

(Diário do Pará)

JOVENS BRASILEIROS SEM TRABALHO E POUCO ESTUDO


terça-feira, 29 de novembro de 2011.

Relatório mostra jovens brasileiros sem trabalho e com poucos anos de estudo.

*Por Raquel Júnia /EPSJV-Fiocruz.

Se você está na faixa etária de 16 a 29 anos, cursa ou já terminou o ensino superior, tem um trabalho com carteira assinada e ganha mais de dois salários mínimos, saiba que você faz parte de uma porcentagem muito pequena da juventude brasileira. O Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, lançado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a maior parte dos jovens do Brasil não estuda, apenas trabalha ou procura emprego, tem em média 9,2 anos de estudo, ou seja, sequer termina o ensino fundamental, e ganha menos de dois salários mínimos. Apesar de ter havido melhorias tanto na garantia do emprego formal, com carteira assinada, para a juventude, quanto nos níveis de escolaridade, os indicadores mostram que o desafio ainda é grande.
A publicação dedica um caderno ao tema da juventude e fornece um retrato das condições de trabalho dos jovens entre os anos de 2005 e 2010. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, a taxa de desemprego na faixa etária de 16 a 29 anos foi de 18,6% em 2010. Entre as regiões metropolitanas analisadas – São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e Distrito Federal –, a maior porcentagem de jovens desempregados está em Recife, que apresentou em 2010, taxa de desemprego de 27,5%. Em 2004, entre os jovens que tinham emprego no Brasil, 44% não tinham carteira assinada; já em 2009, este percentual caiu para 37,4%. As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam mais trabalhadores jovens sem carteira assinada. São estas regiões que têm também os maiores índices de trabalho não remunerado entre os jovens ocupados – 9,5% na região Nordeste e 8,5% na região Norte. A região Sul vem em seguida, com 6,5%.
Para a pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Neise Deluiz, os dados mostram a urgência de uma reflexão sobre as políticas públicas para a juventude no país. "Em um país que quer se desenvolver no sentido de dar a sua população maior qualidade de vida, em uma sociedade democrática em que as pessoas realmente possam ter condições de saúde, educação, trabalho e renda, a juventude é um desafio. É preciso ter políticas de trabalho e renda para elas e as políticas que nós temos são muito incipientes. A escolaridade, que é fundamental, fica em segundo plano”, sustenta. A professora afirma que o desemprego da juventude é um fenômeno mundial, mas cada país adota caminhos diferentes para lidar com o problema. Ela comenta que em alguns países da Europa, por exemplo, a estratégia é atrasar a ida do jovem para o mercado de trabalho, mantendo-o na escola, o que não acontece no Brasil, sobretudo com os jovens mais pobres. Aqui, segundo a professora, predominam também formas precarizadas de trabalho, o que não garante qualidade de vida e autonomia ao jovem.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também alertou recentemente sobre o surgimento de uma "geração traumatizada” devido ao desemprego juvenil. Segundo a OIT, em 2010 havia no mundo 75,1 milhões de jovens desempregados, o que representa uma taxa de 12,7% de desemprego. A organização sugere ações para reverter o quadro, como desenvolver uma estratégia integral de crescimento e criação de empregos focada nos jovens; melhorar a qualidade dos empregos com fortalecimento das normas do trabalho e investir em educação e formação de qualidade, entre outras.
Formação
De acordo com os dados do Anuário, o Brasil engrossa as estatísticas apresentadas pela OIT. E, especificamente em uma das ações sugeridas pela organização para enfrentar o problema – o investimento em educação e formação de qualidade –, o país tem um gargalo. É esta a opinião da professora Neise Deluiz, que pesquisa o Pro Jovem, um dos principais programas do governo federal voltados à formação da juventude para o mercado de trabalho. Ela comenta que o emprego é uma necessidade e também um desejo de muitos jovens que, ao se depararem com as condições burocráticas e pouco atrativas do ensino médio tradicional, acabam abandonando a escola para trabalharem ou buscarem emprego. "Muitos vão estudar à noite, e a escola não é interessante, com conteúdos que não os ajudam a se desenvolver nos planos científico, cultural, social, o que leva ao abandono”, descreve. Além disso, a professora lembra que não há no Brasil cobertura suficiente para atender toda a demanda pelo ensino médio. E reforça: "Nem esse direito à educação ainda foi conquistado”.
De acordo com Neise, a lista de ocupações que mais empregaram os jovens em 2010, presente no Anuário, revela a posição que esses jovens com baixa escolaridade e formação precária têm ocupado no mercado de trabalho. No ranking apresentado no documento, levando-se em conta as jovens mulheres, em primeiro lugar está o trabalho como agentes, assistentes e auxiliares administrativos; em segundo, como operadoras de comércio em lojas e mercado. Em seguida, com porcentagens muito parecidas, aparecem funções como operadoras de telemarketing, caixas e bilheteiras (com exceção de caixas de bancos) e alimentadoras de linhas de produção. Para os jovens do sexo masculino, o primeiro lugar muda, mas o restante do ranking é parecido: eles trabalharam mais como ajudantes de obras civis, em segundo lugar, como alimentadores de linhas de produção e, com percentuais parecidos, aparecem em seguida aqueles que trabalharam como operadores do comércio em lojas e mercados e agentes, assistentes e auxiliares administrativos.
Para a pesquisadora, as condições atuais de educação perpetuam essa situação de empregos que garantem pouca autonomia à juventude. "Uma das categorias mais importantes da discussão sobre educação profissional é a dualidade estrutural da educação brasileira, que não é recente, é histórica. E isso se aprofunda quando vemos uma parte da população sendo encaminhada para o ensino médio e até superior de baixa qualidade, e uma elite que tem direitos e acesso a uma educação de qualidade. Isso faz com que existam duas redes paralelas, uma que encaminha para os trabalhos de qualidade, de direção da sociedade, e outra que encaminha para o trabalho precário, perpetua a divisão social do trabalho e a hierarquização da sociedade de classes. A dualidade estrutural confirma e legitima essa separação da sociedade de classes”, analisa. A pesquisadora complementa que os jovens pobres conseguem trabalhos "facilmente descartáveis”, que não exigem grande qualificação, embora o empregador demande que ele tenha o ensino médio. "É interessante que o mecanismo de seleção no mercado de trabalho hierarquiza de novo essa juventude, mas sem aumentar a qualidade do trabalho e sem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Elas ganharão de um a dois salários mínimos, vão achar que está tudo bem porque têm uma carreira assinada, mas não terão possibilidade de ascensão social. Uma ou outra pessoa talvez poderá ascender socialmente, se ela conseguir estudar e conseguir transpor essa barreira da inclusão precarizada, se ela encontrar uma brecha muito pontual, pode ascender. Mas a massa ficará onde está”, questiona.
Segundo os dados do MTE e Dieese, em 2010, os jovens com ensino médio completo, se comparados àqueles que não concluíram esta fase de ensino, apresentavam níveis salariais um pouco mais altos. Trinta e um porcento deles ganhavam mais de dois salários mínimos, mas a maioria, 61,9%, recebia de um a dois salários mínimos, e 7% até um salário mínimo. Já entre aqueles que não completaram o ensino médio, apenas 19,2% recebiam mais de dois salários mínimos, 65% de um a dois salários, e 15% menos de um salário mínimo. Neise lembra que essa associação entre escolaridade e aumento salarial é bastante frequente, mas que é preciso esclarecer até que ponto esse balanço é positivo. "Os economistas adoram fazer essa associação entre escolaridade e renda e realmente isso acontece. As pessoas que vão conseguindo galgar patamares mais altos de escolaridade têm uma ascensão de renda maior, só que isso também tem um limite: não é possível passar muito de um determinado patamar e não há uma ascensão social em termos de autonomia cultural, intelectual, o que existe é uma correspondência da escolaridade com o tipo de função. Mas sempre com os seus limites. Com a escolaridade há mais condições de disputa, mas não necessariamente um emprego de fato, com qualidade, carteira, direitos”, reforça.
No âmbito da pesquisa que Neise realiza com jovens matriculados no ProJovem do Rio de Janeiro, ela percebe que apesar de terem diversas qualificações, eles não conseguem trabalho, o que demonstra que nem sempre o currículo recheado de formações garante uma posição no mercado. "Sessenta e cinco porcento dos jovens entrevistados na pesquisa fizeram cursos de qualificação em várias áreas, e mais de um curso. Isso revela também a falta de opção desses jovens após o ensino médio: eles não têm emprego e vão fazendo cursos com a expectativa de que vão conseguir emprego por causa daquele curso. Eles acabam assimilando a ideologia de que o problema é deles e quanto mais curso fizerem, mais estarão aptos a concorrerem a uma vaga, sem que tenham a consciência de que isso é um problema estrutural do país. Então, eles se culpabilizam e a sociedade os culpabiliza. Essa culpabilização do trabalhador pela sua situação de desemprego e de precariedade é parte do discurso ideológico para deixar todo mundo nas mesmas situações”, observa.
De acordo com o anuário, de 2008 a 2010, 484 mil jovens estavam inscritos no programa ProJovem trabalhador, a maior parte deles do sexo feminino e na faixa etária de 18 a 24 anos. De acordo com o MTE, o programa atende jovens em situação de desemprego e que sejam membros de famílias com renda per capita de até um salário mínimo. Podem participar jovens que estejam cursando ou tenham concluído o ensino fundamental ou o ensino médio. Para Neise, o programa não consegue garantir uma formação de qualidade com apenas 350 horas de duração, e, especificamente, no caso do Rio de Janeiro, ela identifica outro problema: os contratos com as Organizações Não-governamentais, que não executam bem o programa e não são acompanhadas de perto pelo poder público. A professora entrevistou os estudantes do ProJovem que recebem formação na área de saúde. "Os alunos tinham muitas críticas sobre a infraestrutura institucional do programa. Ele foi executado por uma ONG em todo o Rio de Janeiro, que atrasou o repasse dos recursos de passagem e das bolsas. Muitos desistiram por isso. Além disso, acharam muito precário o curso em termos da formação em saúde, o conteúdo fraco, as apostilas ultrapassadas, não se sentiram capacitados para enfrentarem o mercado de trabalho. O que eles acharam interessante foi a parte de cidadania, chamada de qualificação social”, relata. Neise, explica que, no caso deste curso analisado por ela, diz-se que a formação seria na área de saúde, e, de acordo com a professora, de fato a intenção seria formar os jovens para que trabalhem no setor saúde, mas em posições como atendente de farmácia, de laboratório de análises clínicas, recepcionista de consultório médico e odontológico. "São profissões que estão na CBO [Cadastro Brasileiro de Ocupações] como recepcionista e garantem baixos salários”.
Desigualdade entre a juventude
Os dados do Anuário mostram ainda que há desigualdade no acesso ao trabalho e à educação entre jovens negros e brancos e também entre homens e mulheres. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, em 2010, a taxa de desemprego era maior entre as mulheres, 22,2%, enquanto entre os homens os índices atingiram 15,3%. Na mesma região, os negros apresentavam taxa de desemprego de 21,2%, enquanto os não-negros de 17,2%. A divisão sexual do trabalho também fica bastante evidente com o estudo: em Fortaleza, por exemplo, 14,5% das jovens apenas cuidam dos afazeres domésticos, não estudam e não trabalham fora.
Para Neise, é importante compreender que não há um conceito único de juventude, mas sim a existência de "juventudes”. "Há diversas origens e condições dos jovens que diferenciam os salários e as posições na sociedade. Isso acontece com os adultos também, mas com os jovens isso é pior, porque esse é um seguimento desprivilegiado no mercado de trabalho. Se tiver um movimento de demissão, ele será o primeiro a ser demitido”, diz. A professora acredita que políticas públicas universalistas é que garantirão mais direitos às diversas juventudes. "Em um modelo mais justo, mais igualitário, as políticas universalistas garantiriam o direito de todos à educação, ao emprego, ao trabalho e à renda”, sintetiza.
(*) Texto publicado originalmente na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).

in Adital Jovem: http://www.adital.com.br/jovem/
Postado por Onivaldo Dyna às 09:03

EXEMPLO DE VIDA E O ENSINAMENTO DE JOÃO PAULO II


Enfrentar a dor e a doença no espírito do evangelho.

Bento XVI lembra o exemplo de vida e o ensinamento do papa João Paulo II

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 28 de novembro, 2011 (ZENIT.org) - O XXVI Congresso Internacional do Pontifício Conselho da Pastoral da Saúde culminou sábado de manhã, 26 de Novembro, com a audiência que os participantes tiveram com o Papa Bento XVI. O tema do Congresso é “A pastoral sanitária à serviço da vida à luz do magistério do Beato João Paulo II. Na audiência também estavam presentes os prelados encarregados pela Pastoral da Saúde nas respectivas Conferências episcopais. O discurso do Santo Padre foi precedido pela homenagem de monsenhor Zygmut Zimowski.

Bento XVI recordou a contribuição indelével que o seu predecessor, o beato João Paulo II deu à pastoral sanitária, especialmente através da fundação, em 1985, do Pontifício Conselho dos Profissionais Sanitários, a instituição, há vinte anos atrás, do dia Mundial do Doente e, mais recentemente, com a Fundação "O bom Samaritano".

O Papa João Paulo II", proclamou que o serviço à pessoa doente no corpo e no espírito constitui um constante esforço de atenção e de evangelização de toda a comunidade eclesial, segundo o mandato de Jesus aos Doze, de curar os enfermos (cf. Lc 9,2)" , disse seu sucessor.

Em uma passagem, citada ontem pelo Papa Raztinger, da Carta Apostólica Salvifici Doloris, João Paulo II escreveu: "O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: esse é um daqueles pontos nos quais o homem está, em certo sentido, ‘destinado’ a superar a si mesmo, e é chamado a isso de uma maneira misteriosa "(No. 2).

Com a sua encarnação, Deus, explicou Bento XVI, "não eliminou a dor", mas em Cristo crucificado, revelou que "o seu amor desce também no abismo mais profundo do homem para dar-lhe esperança."

Portanto, o serviço de acompanhamento que se realiza aos "irmãos doentes, solitários, provados muitas vezes por feridas não só físicas, mas também espirituais e morais" põem em “uma posição privilegiada para testemunhar a ação salvífica de Deus, o seu amor pelo homem e pelo mundo, que abraça as situações mais dolorosas e terríveis ", disse o Papa.

"A Face do Salvador morrendo na cruz", acrescentou, nos ensina a "preservar e a promover a vida, em qualquer fase e qualquer que seja sua condição, reconhecendo a dignidade e o valor de cada ser humano."

A dor e o sofrimento "iluminados pela morte e ressurreição de Cristo" tiveram um reflexo vivente nos últimos anos da vida terrena de João Paulo II, cuja "fé inabalável e segura invadiu sua fraqueza física, tornando a sua doença, vivida pelo amor à Deus, à Igreja e ao mundo, uma participação concreta no caminho de Cristo ao Calvário ", disse Bento XVI.

Em conclusão, o Santo Padre desejou que os participantes da Audiência sejam capazes de "descobrir na árvore gloriosa da Cruz de Cristo", conclusão e Revelação plena de todo o Evangelho da vida "(Evangelium Vitae, 50)", seguindo os passos do "testamento vivido pelo beato João Paulo II em sua própria carne".

POR QUE OS JOVENS ABANDONAM A IGREJA?


Por que os jovens abandonam a Igreja?

Um livro tenta entender as razões

Pe. John Flynn, LC

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.

Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.

1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.

2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.

3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.

Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.

Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.

O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.

Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.

Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.

Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.

Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.

Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.

Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.

De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.

Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.

A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.

Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.

Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.

Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.

Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.

Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.

Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.

Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.

No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.

Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.

Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

REJEIÇÃO A DIVISÃO DO PARÁ CONTINUA FORTE.


Campanha na TV não muda a rejeição à divisão do PA.

Data 29/11/2011 as 21:51 h Autor Editoria Vezes 32 Idioma Global

Aumentou o nível de conhecimento dos eleitores do Pará sobre o plebiscito de dezembro, mas a rejeição à divisão do Estado continua predominante.

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem, 62% dos eleitores são contra a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós.

A reportagem é de Aguirre Talento e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 27-11-2011.

Nessa pesquisa, a segunda do Datafolha sobre o plebiscito, houve um pequeno aumento no nível de rejeição ao desmembramento do Pará, mas dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram entrevistados 1.015 eleitores paraenses entre os dias 21 e 24 deste mês. A pesquisa foi encomendada em parceria entre a Folha e as TVs Liberal e Tapajós (afiliadas da Rede Globo).

Em 11 de dezembro, os eleitores do Pará irão às urnas opinar se querem que o Estado se separe e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

A principal diferença no cenário da nova pesquisa para a anterior, divulgada há duas semanas, é que foi realizada dez dias após o início da propaganda plebiscitária na TV e no rádio.

Comandado por Duda Mendonça, o marketing separatista tem feito apelos aos eleitores de Belém, região que concentra o maior eleitorado, para que votem a favor da divisão e deixem a "esperança vencer o medo".

A campanha nos meios de comunicação, no entanto, ainda não foi capaz de mudar o opinião do eleitor para além da margem de erro.

A principal alteração constatada na nova pesquisa é que os eleitores se consideram mais bem informados sobre a divisão do Pará: 96% dizem ter tomado conhecimento do plebiscito e, dentro desse universo, 33% dizem que estão bem informados.

Na pesquisa anterior, 92% sabiam do plebiscito e, desses, 19% se consideravam bem informados.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, ressalta que a pesquisa é um retrato deste momento e que a campanha entra agora em uma fase decisiva.

Prova disso é que agora se intensificam as carreatas e os debates. Nas duas semanas finais, estão previstos três debates na televisão com os representantes das frentes de campanha sobre a divisão.

"É comum que os eleitores tomem a decisão sobre seus votos só nos últimos dias", afirmou Paulino.

A aprovação à ideia da divisão caiu até mesmo entre os eleitores das regiões que querem se separar.

No Carajás, por exemplo, 78% se dizem a favor do Estado do Carajás, uma queda de seis pontos percentuais em relação ao último levantamento do Datafolha.

No Tapajós, 74% são a favor do novo Estado - uma oscilação negativa de três pontos percentuais.

A maior resistência, porém, continua na região chamada de "Pará remanescente", que permaneceria inalterada com a divisão.

A rejeição é acima de 80% e tem se refletido em uma hostilização das campanhas separatistas. No último domingo, a primeira carreata dos defensores da divisão em Belém foi recebida com vaias.

http://www.ihu.unisinos.br/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

NÃO: CONTRA A CRIAÇÃO QUE CRIARÁ ESTADOS MISERÁVEIS.


NÃO:Contra a divisão que criará estados miseráveis.

O governo do Estado toca um programa de descentralização da administração. O objetivo é manter a presença integrada de órgãos do Estado nas principais regiões do Pará, a exemplo de projetos como a Estação Cidadania, implantado no bairro do Jurunas, em Belém. Nesta entrevista exclusiva cedida ao DIÁRIO, através dos jornalistas Frank Siqueira e Raimundo Sena, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB), principal representante da frente contra a criação do estado de Carajás, admite essa preocupação do atual governo com o desejo das várias regiões do Pará de maior proximidade de representações do poder público - fato que em si serve de combustível para clamores separatistas. Porém, também é enfático: a divisão proposta para o Pará poderá resultar em nada mais que o gravamento da fragilização da economia paraense. Para Coutinho, além da redivisão de um bolo econômico marcado pelo ainda baixo nível de produção, o cenário pós-plebiscito pode trazer ainda maiores agravantes, como os resultados negativos da disputa tributária entre os entes federados: “Quando se divide, você traz para dentro desta área territorial a guerra fiscal que hoje é externa a esse território”, argumenta.

Zenaldo Coutinho, 50, é natural de Belém. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Pará, foi eleito vereador de Belém por duas vezes e duas vezes deputado estadual. Presidente da Assembleia Legislativa em 1995, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1999 e hoje já está em sua quarta legislatura.

Este ano se licenciou da rotina parlamentar para assumir a chefia da Casa Civil da Governadoria e depois também a Secretaria Especial de Proteção e Desenvolvimento Social. No entanto, deixou o governo no último dia 31 de agosto e reassumiu o cargo de deputado federal, justamente para se dedicar à campanha contra a divisão territorial do Pará. Confira a entrevista cedida com exclusividade ao DIÁRIO DO PARÁ:



P: O senhor saiu do governo para assumir a campanha contra a divisão do Estado. Atuar na Secretaria Especial de Proteção Social o impediria de atuar na frente?

R: Impediria. Nas primeiras minutas de resolução do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] publicadas não havia impedimento, mas quando nós tivemos a audiência pública em Brasília, os próceres da divisão do Carajás solicitaram ao TSE que restringisse a participação de parlamentares licenciados que estivessem no executivo - com endereço certo. O TSE acabou acolhendo e eu imediatamente me afastei.

P: A frente de defesa da integridade territorial do Pará tem uma estratégia definida de campanha para mobilizar a população...

R: Nós tivemos convenções da frente contra Carajás e contra o Tapajós, reunindo diferentes partidos e três segmentos da sociedade, representações das mais diversas, desde líderes sindicais, líderes de comunidades, líderes partidários, um mix da representação social. A estratégia de marketing, com as nossa quatro agências tupiniquins, papachibés, acho que até simbolicamente é um bom enfrentamento entre as nossas agências, do talento e da inteligência do Pará, contra o estrangeirismo do Duda Mendonça.

P: Do ponto de vista econômico, qual será a consequência desse desmembramento para o Estado remanescente e para as áreas que pretendem se tornar independentes?

R: O Pará, com toda a sua potencialidade econômica, ainda é muito pequeno em termos de produção. O nosso PIB [Produto Interno Bruto] representa algo em torno de 1,3%, 1,4% do PIB nacional. Então nós já temos, a nível de quantitativo nacional, uma produção muito baixa. Se nós nos dividirmos por três, nós seremos três míseros estados. Segundo, quando se divide, você traz pra dentro desta área territorial a guerra fiscal que hoje é externa a esse território. Hoje a gente briga com o Maranhão, com Goiás, com o Tocantins, com o Amazonas. No momento em que nós nos dividirmos, nós vamos trazer a guerra fiscal para o Pará, Carajás e o Tapajós. Ou seja, você já vai acertar as receitas existentes. Hoje nós já temos empresas consolidadas dentro do Estado que pagam determinados níveis de impostos. Amanhã, na luta pra transferir para Marabá, para Santarém ou para manter aqui, nós vamos ter a redução dessa carga tributária. Ou seja, há ainda a possibilidade real de a guerra fiscal vir agredir mais ainda os cofres públicos. Terceiro, você aumenta o custo da máquina administrativa. De repente tu tens, hoje, uma estrutura de executivo, de assembleia [legislativa], de judiciário e tribunais de contas. Com a divisão você terá três estruturas de assembleias, de tribunais de contas, de executivo, e eu estou falando só da área burocrática, não estou falando da área fim. Não estou falando de polícia na rua, professor na escola, médico no hospital. Me refiro exclusivamente à área meio, a área cara da burocracia. Então, são bilhões de reais a serem investidos na instalação e na manutenção dessa burocracia. E aí eu pergunto como isso pode dar capilaridade econômica aos três estados? Então, os três estados acabam sendo caros. Para você ter uma ideia, um estudo apresentado pelo IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], do pesquisador Rogério Boeri [Rogério Boeri Miranda], no ano passado, identificava que o estado do Tapajós, por exemplo, ia ter um custo de manutenção da sua máquina de algo em torno de 51% do PIB, quando a média nacional está na ordem de 12%, 13% e o suportável é no limite de 16%. Ou seja, economicamente, caos absoluto. O estado vai viver para manter a sua máquina, não para prestar os serviços públicos para a população. Não é para construir estradas, não é para dar segurança, não é para construir hospital e manter hospital, nem para dar escola. É para manter a sua máquina dos seus apaniguados. Portanto, eu diria que economicamente pode ser bom para meia dúzia de empresas e será certamente para meia dúzia de políticos.

P: O legislativo já tem uma representação no Pará inteiro, o judiciário tem uma capilaridade em função da distribuição espacial de juízes e promotores. O executivo tem um modelo muito centralizador. Não haveria uma maneira de o executivo se fazer presente fisicamente em todas as regiões do Estado, evitando esse tipo de sentimento separatista?

R: É óbvio que nós temos que aperfeiçoar nossas políticas públicas. Esse é um dos grandes desafios da governança. O governador Jatene implantou já, neste início de governo, uma atuação descentralizada, inclusive com a transferência da sede de governo. Já fez isso no Baixo Amazonas e em Marabá, regiões sul e sudeste. Não só levando o governo a visitar as regiões, mas já anunciando obras e serviços como também tendo um diálogo com a região, ouvindo as suas demandas. Então, já há um modelo sendo praticado hoje. Porém, mais do que isso – e você tem razão –, nós temos que estabelecer fisicamente o governo, a construção de estruturas na região. Hoje já existem as regionais de saúde, as regionais de educação, as regionais de transporte, mas você não tem a presença física do governo com autonomia de gestão pro dia a dia, pro cotidiano. Esse é o grande desafio. Mas o governo elabora um programa de descentralização física do Estado, a começar pelas duas macrorregiões sul e do oeste. Inclusive nós temos já alguns exemplos bem sucedidos no país com alguns programas, como, por exemplo, o Poupa Tempo, do governo de São Paulo, já até expandido para outros estados. E já começamos, inclusive em Belém, com uma experiência piloto para conseguir levar isso adiante, que é a Estação Cidadania, que foi implantada no Jurunas, num modelo piloto, experimental para você poder levar isso de uma maneira a integrar. E, se você visita lá o modelo, verifica que não é só o Executivo. Então, você acaba podendo integrar outros poderes e fazer com que seja uma presença do Estado, não do governo, mas do Estado. (Diário do Pará)