segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PADRE "DIFERENTE" VIRA O PREFERIDO DOS NOIVOS.

Atualizado em 29/01/2012 às 12:19

Padre ‘diferente’ vira o preferido dos noivos

Aos 39 anos, padre Adacilio já celebrou mais casamentos do que muitos sacerdotes bem mais velhos e continua sendo o preferido pelos noivos e noivas maringaenses. No dia que Kátia e Fábio subiram ao altar, por exemplo, tiveram que mudar o horário da cerimônia porque o padre tinha outros dois casamentos quase que na mesma hora. Mas, a preferência por Adacilio não é só para casamentos. A igreja que ele comanda, no Conjunto Requião, um dos bairros mais pobres da cidade, é uma das que mais crescem em frequência. E quem vai pela primeira vez geralmente torna-se propagandista do estilo do padre.

Tanta preferência pelo padre do Requião estaria incomodando outros padres, a ponto de noivos e noivas espalharem que Adacilio pode estar tornando-se persona non grata em algumas igrejas .

Mas, nem os elogios nem o possível boicote parecem preocupar o padre Adacilio Félix de Oliveira, que não tem dúvidas de que é um sacerdote diferente e diz que sua postura e as coisas que faz são parte de seu jeito de ser, de sua personalidade. Ele sabe que canonicamente não é proibido de fazer celebrações em qualquer lugar e diz que nunca foi comunicado oficialmente que não deve fazer casamentos nessa ou naquela igreja, embora várias pessoas já lhe tenham dito que ele "não pode" fazer casamentos na Catedral.

Divulgação

Um dos mais queridos e polêmicos: Adalicio defende casamentos de sacerdotes e divorciados

"Sei que não sou um padre normal porque não defendo a instituição e sim a vida" diz. "Faço o que me foi aconselhado pelo bispo em minha ordenação: ‘pregas o que crês’. Por isso procuro respeitar o pensamento das pessoas e não tentar mudá-las".


Vocação

Adacilio é mineiro, mas chegou ao Paraná ainda menino e cresceu em Cruzeiro do Sul (a 68 quilômetros de Maringá) e embora fosse de uma família de princípios religiosos firmes, não tinha pretensão de tornar-se padre até que um dia, lendo o evangelho de São Mateus foi movido pelo verso que em que Jesus diz "Quem quiser me seguir, pegue a sua cruz e me siga". E ele seguiu. Foi seminarista em Maringá e depois de ordenado já serviu em várias igrejas da região, "sempre procurando manter princípios, opiniões e interpretações próprias, desde que estejam de acordo com a Bíblia".

Polêmico

Em um ano e meio, padre Adacilio conseguiu mobilizar a comunidade da região do Conjunto Habitacional Requião para erguer a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, que hoje vive lotada, embora tenha algumas diferenças de outras paróquias de Maringá: painéis substituem as tradicionais imagens de santos, o que gerou cobrança por parte de fiéis tradicionais.
ESTILO


“Sou diferente porque não
defendo a instituição e
sim a vida”

As diferenças não estão somente na parte física da igreja, mas também no próprio padre, conhecido por sua risada inconfundível, pelas brigas políticas, por defender o casamento de sacerdotes e de divorciados sob os ritos tradicionais. Segundo o padre, como para a Igreja o sacramento nunca será desfeito, casamentos que já não existem de fato acabam gerando o adultério e o pecado.


Disputa

Mas, muito mais do que por suas posições às vezes polêmicas, padre Adacilio é reconhecido por suas celebrações de casamento, a ponto de sua agenda estar lotada. No dia em que Kátia Gasparello subiu ao altar para dizer "sim" para Fábio Sforni não foi a noiva que fez os convidados esperar e sim o padre, que pediu para mudar o horário porque em sua agenda constavam três cerimônias de casamento para aquele sábado, quase no mesmo horário.

Vitor Hugo de Araújo ao casar com a jovem Graziele fez questão que o celebrante fosse o padre Adacilio e a cerimônia agradou tanto que seu irmão, Rafael Vinícius, quis o mesmo padre ao casar-se com Maria Isabel. Essa preferência enche a agenda do padre, a ponto de ele decidir que agora vai se limitar a casamentos em sua paróquia.

"Sou muito procurado por tentar fazer esse momento tão importante para os noivos em um momento único, valorizar aquele ato tão importante na vida de dois jovens". Um dos momentos marcantes dos casamentos de Adacilio é quando ele canta. Há muitos padres que cantam, mas nem todos cantam bem e escolhem um repertório condizente com o momento.

Segundo o padre, o canto e as palavras são importantes para chamar a atenção dos presentes para a celebração, mas sempre de forma que nada venha a competir com os noivos, que são a estrela do momento.

Fonte:odiario.com

CATÓLICOS ACRESCENTAM ELEMENTOS EXÓTICOS NAS MISSAS.

As decisões do Concílio Vaticano II (1962-1965) geraram uma divisão dentro da Igreja Católica Romana. Embora alguns alegassem o abandono da tradição, com missas em latim e o sacerdote de costas para o povo, outras acreditavam que era hora de uma “abertura”. Mais tarde, com o avanço dos evangélicos e a considerável diminuição na frequência das missas por parte dos católicos, muitas foram às inovações.

Nem só das músicas e coreografias de padres como Marcelo Rossi e Fábio de Melo vive a Igreja Católica brasileira. Já existem celebrações com elementos culturais típicos de uma região ou grupo de pessoas. Surgiram assim missas tão diferentes como latina, gauchesca, afro, árabe e até sertaneja. “Na verdade, a eucaristia e os sacramentos são os mesmos. Todas essas celebrações fazem parte do que se convencionou chamar ritos litúrgicos ocidentais da Igreja Católica. Apenas foram feitas adaptações, de acordo com as peculiaridades de cada região ou grupo” explica Antônio Aparecido Pereira, da Arquidiocese de São Paulo.

Há missas bem tradicionais, que fazem o fiel se sentir em alguma catedral da Idade Média. Na Paróquia São Paulo Apóstolo, na capital paulista, é possível ver no altar o padre Aldo de costas para os fiéis, em direção ao Oriente, anunciando o evangelho em latim. Essa missa segue o chamado “antigo Rito Romano”. O padre usa inclusive as vestimentas medievais típicas. Além da batina preta, o padre usa uma túnica branca por cima e uma estola sobre o pescoço.

Com o consentimento do Vaticano e a orientação do bispo ela é celebrada uma vez por semana. Essas missas foram autorizadas em 2007 pelo Papa Bento XVI numa tentativa de reaproximar os católicos insatisfeitos com as reformulações propostas pelo Concílio Vaticano II.

No sul do Brasil, há muito que já é comum a chamada “missas crioulas”, que foram idealizadas pelo padre Paulo Murab Aripe e tiveram início nos Centros de Tradição Gaúcha (os CTGs). As celebrações utilizam símbolos da cultura gauchesca e inclusive expressões típicas foram incorporadas às homilias. Cuia de chimarrão, espeto de churrasco e lampiões ornamentam o altar.

Os cânticos são entoados no ritmo dos violeiros, e quase todos os fiéis trajam bombachas e botinas, enquanto as mulheres usam os vestidos característicos.

Adriano Rizzi, responsável pelo CGT Capitão Ribeiro, na cidade de Capitão, Rio Grande do Sul, explica como acontece a missa no galpão: “Há sete anos introduzimos a ‘missa crioula’ às celebrações do CTG e, a cada vez, um novo elemento é apresentado. Certo dia, por exemplo, o padre dispensou o sermão e pediu para algum voluntário declamar o texto de um poeta da região”,

Em São João de Meriti, perto da capital do Rio de Janeiro, as missas conduzidas pelo Frei Athaylton Jorge Monteiro Belo, o frei Tatá, usam o atabaque para ditar o ritmo da celebração. Na Paróquia de São João Batista, o instrumento de percussão que muitas vezes foi associado à umbanda e ao candomblé é ponto central da missa. Além da música animada, as cores vibrantes das roupas e colares dos fiéis são características marcantes da missa afro. Durante o ofertório, as mulheres dançam ao som dos tamborins com cestas de frutas, legumes e pães, que são divididas por todos no final do ritual.

Frei Tatá explica “A missa afro ganhou força no Brasil na preparação da campanha da fraternidade sobre o sobre o negro, em 1988 [Centenário da Abolição da Escravatura]. Quando vim pra cá em 1997, ela já havia sido consolidada por frei David Raimundo dos Santos, da Educafro, que envolveu padres, religiosos e leigos da América Latina e Caribe, com alguns teólogos ligados à teologia da libertação”, explica.

Já os imigrantes descendentes de sírios e libaneses, que ainda preservam a língua árabe inclusive nas missas, procuram a paróquia Nossa Senhora do Paraíso, em São Paulo. Essa é apenas uma das igrejas greco-católicas melquitas do país. O rito melquita, assim como o maronita, possui uma estrutura muito parecida com o rito da Igreja Católica Latina Romana (primeiro a liturgia e depois a oferenda), que tem suas raízes nos rituais da época de Constantinopla e que foram elaborados por São João Crisóstomo.

“Na Nossa Senhora do Paraíso, como temos uma comunidade árabe, fazemos a missa em grego, árabe e português duas vezes por semana.”, explica o padre sírio. “A missa é mantida assim por tradição, porque os imigrantes, especialmente os mais velhos, gostam de assistir a missa na língua que aprenderam quando crianças, sentem-se mais próximos. Também aparecem curiosos e fiéis de outras paróquias, que acham esse tipo de ritual interessante”.

Em um telão na igreja é projetada a transcrição das partes da cerimônia feitas em árabe e grego. A leitura do Evangelho é feita em árabe e português e as partes responsoriais, em que os fiéis respondem ao sacerdote, são feitas por um coral, em grego.

Em Guarinos, interior de Goiás, as missas e cerimônias como casamentos, são feitas ao som de música caipira, numa verdadeira “missa sertaneja”. Valdivino Borges Junior, conhecido como padre Junior Periquito é o responsável pela adaptação das cerimônias da Santa Sé.

“É uma celebração da missa como as outras. A diferença é que ela está carregada de elementos sertanejos e agropecuários”, explica o sacerdote que alia à batina, o chapéu de vaqueiro e um berrante. Devido ao sucesso das celebrações, reuniu uma banda de quatro músicos e gravou, no ano passado, o primeiro CD e DVD “Missa Sertaneja – Pe. Junior Periquito”. Ele diz que hoje recebe dois ou mais convites por mês e como muitos de seus encontros são itinerantes, o Padre Periquito mantém um blog e um perfil no Twitter para avisar os fiéis dos locais de reunião.

Com informações do Canal Delas – IG

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO SEREMOS LUZ NO MUNDO?

Até quando seremos luz do mundo?


Duas das mais fascinantes declarações de Jesus quando pronunciou o imortal Sermão da montanha foram estas: “Vós sois a luz do mundo” e “vós sois o sal da terra”, Mt 5.15,16.

É interessante observar que Jesus chamou os Seus discípulos de luz do mundo, mas em outra ocasião Ele declarou ser pessoalmente a luz do mundo, Jo 7.12.
Para que não se cometa erros na interpretação das duas assertivas, Ele esclareceu ser a Luz do mundo enquanto estivesse aqui na Terra.

Ou seja, após o fim do Seu ministério terreno e conseqüentemente Sua ascensão de volta ao Céu, a Igreja assumiria essa posição e essa função.

Todos sabemos que existem vários tipos de luz. As mais conhecidas e/ou populares são:
(a) Luz cósmica, Gn 1.5;
(b) Luz solar, Jr 31.36;
(c) Luz artificial, Mt 25.6 e
(d) Luz espiritual, Sl 4.8; Is 2.6;II Co 4.4,6.

A partir do primeiro capítulo da Bíblia, Deus esclarece e determina os propósitos básicos da luz, a saber:

(a) Separação, Gn 1.14; Ex 10.23; Jó 18.6; 38.15.
(b) Iluminação, Gn 1.15; Fp 2.15;
(c) Sinalização, Gn 1.14;
(d) Governo, Gn 1.16.

A Igreja tem compromissos múltiplos a cumprir na condição de luz do mundo. Ele deve manter-se separada do mundo, estabelecendo um limite que não deve ser transposto.
Ela deve fazer brilhar a luz do Evangelho, através da proclamação do Evangelho em suas diferentes dimensões: pessoal, familiar, comunitária, coletiva e mundial; deve sinalizar para o mundo os seus deveres, na condição de voz profética de Deus e, finalmente, deve impor sua autoridade sobre as impiedosas e destruidoras trevas que assolam o mundo.

Ela deve atentar para as características fundamentais da luz espiritual:

(a) Ela é divina, Sl 47.3; I Jo 1.5. Como luz do mundo, Jesus é SOL, Ml 4.12. Mas, também como luz, a Igreja é LUA, Ct 6.10, ou seja, a luz não lhe é inerente. Ela a recebe do Sol da justiça e a transmite para o mundo;
(b) Ela é permanente, Jó 18.5; Pv 18.9;
(c) Ela é outorgada, ou seja, a Igreja é despenseira da Luz divina, I Co 4.2; Sl 118.27. Precisamos ser zelosos, a fim de não deixarmos nossa luz no velador.
(d) Ela é regeneradora, I Ts 5.5; Ef 6.6. Quando os pecadores se encontram com a LUZ, é-lhes aberta a porta da transformação e da liberdade, , II Co 5.17; Jo 8.36.

A Igreja deve manter-se fiel aos seus compromissos com a LUZ, claramente estabelecidos na Palavra de Deus.

Não devemos compactuar com a escuridão moral e espiritual que tomou conta do mundo, mas manter-nos como o farol de Deus, todos os momentos e sempre.

Eis alguns de nossos compromissos:

(a) Andar na luz, I Jo 1.7; Jo 11.9;Sl 89.15; Is 2.5;
(b) Estar na luz, I Jo 2.9;
(c) Vestir as armas da luz, Rm 13.12.
(d) Trabalhar na luz, Jo 3.21; etc.

Ultimamente algumas ilustres figuras do meio evangélico parecem estar esquecidas de sua natureza e responsabilidade cristã, de modo que estão se aproximando excessivamente do ambiente de trevas.

Milhares de pessoas estão aplaudindo o fato de alguns segmentos da mídia nacional, antes totalmente contrários ao Evangelho, estarem agora abrindo espaço para cantores evangélicos, etc.

Mas há um grupo fiel que não fechou seus olhos e está conseguindo ver além da cortina. Já houve casos de cantores do Rei se exibirem ao lado de hostes de adoradores de demônios. Num desses casos, a cena foi presenciada por milhares, quase milhões. Foi deprimente saber que os que aplaudiram o hino sagrado tiveram de engolir as canções de Baal, que se lhe seguiram.

Quem pode assegurar que foi um ato evangelístico, evangelizante ou evangelizador?

Quem garante que algumas centenas de miseráveis pecadores se encontraram com Cristo naquela ocasião? Ou minha ótica estaria totalmente fora de foco?

Não estará em desenvolvimento uma perniciosa estratégia de Satanás, visando a confusão e a mistura do Evangelho de luz com o reino das trevas?

Será que nossos cantores realmente estão precisando de levar sua lâmpada para grandes palcos e depois permitirem que se ponha nelas um vinagre de Belial, ao invés do azeite do Espírito?

Já não basta a omissão do nome cristão (ou evangélico)?

Nós falamos a língua portuguesa e em português claro Evangelho é EVANGELHO (e não gospel). Não está sendo orquestrado um disfarce muito sutil, para nele, com ele e através dele começarmos a maquiar, a macular, e depois a perder a nossa identidade?
Seria isto o prelúdio de novos dias de Constantino? Se assim for, algum tempo mais tarde precisaremos de novos luteros.

Que a Luz da Igreja continue a ser luz. Que os pregadores do Evangelho preguem a Palavra. Que os cultos não sejam shows e sim cultos. Que os cantores sejam identificados como cristãos, como evangélicos e como representantes da Igreja do Senhor Jesus Cristo, e não meramente como representantes da música gospel.

Que a Igreja seja luz e não a deixe NEM SE DEIXE escurecer.

Que ela seja sal e não se deixe apodrecer.

Pr Geziel Gomes

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Ide e evangelizai": O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA.

"Ide e evangelizai": O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA.

O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA.

O PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA

Diante de Deus o homem tem sempre a oportunidade de escolher o seu caminho. O sábio escritor de Provérbios, contudo afirma: “Há caminho que ao homem parece direito, mas, ao cabo dá em caminhos de morte” (Prov.14,12; 16,25).
Adão escolheu o caminho da árvore proibida, trazendo a maldição do pecado sobre a sua descendência (Gn.2,15-17; 3,1-24; Rom.5,12-21).
A palavra profética em Deuteronômio era de que Israel abandonaria como já o fizera antes, o caminho da obediência e tomaria para si o caminho da rebeldia e se apartaria do Senhor (Ex.23,33; Dt.7,16) ao permitir-se cair na “cilada” da aliança com os cananeus.
É bom lembrar que, Deus não busca oportunidade para fazer-nos mal, nem tem prazer em irar-se contra nós. O que aqui se menciona como motivo da maldição é o desprazer a Deus (...) desobedecer a Deus (...) abandonar a Deus.
Ao estabelecer-se na terra de Canaã, o povo de Israel experimentou as pressões do novo meio sociocultural e acabou cedendo. Cedeu especialmente nos assuntos de fé, exatamente como Deus lhe havia advertido que aconteceria.
Não tem sido diferente a experiência da igreja de Jesus Cristo destes nossos dias. Os cristãos vão se rendendo aquilo que podemos chamar de “adaptacionismo excessivo”.
Estamos como igreja caminhando na contramão da instrução da Palavra de Deus e das orientações do Magistério.
São Paulo ao escrever aos Romanos 12,2 diz: “E não vos conformeis com este mundo”. Para que a igreja possa ajustar-se às tendências da “pós-modernidade”, é necessário os cristãos abrirem mão da mensagem revelacional em favor de mensagens circunstanciais, que podem variar conforme a demanda “do mercado”.
Em nossos presbitérios, muitas vezes, já não temos mais uma voz profética que denuncie o pecado e aponte para o único caminho de vida eterna – Jesus Cristo (Jo.14,6; At.4,12) mas, alguém que se ocupa de engabelar o povo, a assembléia, apontando para o “paraíso-aqui-e-agora”.
O foco não é mais a Glória do Deus Eterno, mas, a glória da criatura finita; não mais o Deus que abençoa, mas a benção em si mesma.
A sentença que pesou sobre os hebreus infiéis do passado ainda está vigente sobre todo e qualquer infiel de nosso tempo: “... virão todas estas maldições sobre ti...” (Dt.28,15).
Infelizmente hoje continua a igreja de Cristo sob a ameaça de contaminação do paganismo – adotando ritos e práticas pagãs – e com o mundanismo, relaxando seu cuidado com a pureza, com a reverência, com a santidade, com a Eucaristia.
Que Deus na sua infinita misericórdia nos conceda o seu perdão, pois o teu povo Senhor, “não sabe o que faz”.


Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém-Pará-Amazônia-Brasil
diaconoluizgonzaga@gmail.com


Inspiração: Dt. 27,14-26; 28,15-68; 30,15-20)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CONVERSÃO.


Segundo o dicionário Aurélio, converter significa: Conduzir à religião que se julga ser a verdadeira; Fazer mudar de partido, de parecer, de modo de vida; transformar-se, mudar-se; mudar de religião, opinião,etc.
Um dos momentos mais lindos e únicos na vida cristã, sem dúvida, é o da conversão. É impressionante como um Deus tão Santo e Majestoso consegue se preocupar com homens pecadores a caminho do inferno. Quando paramos para imaginar o "ato da conversão", ficamos admirados desse Deus ser tão grande, de não somente se preocupar, mas cuidar, amar, perdoar e principalmente converter o coração de homens e mulheres a caminho da perdição. Hoje, ao olharmos para as nossas igrejas, vemos diversas pessoas se converterem a Cristo depois de uma vida de derrota e fracasso, e sem dúvida, muitas delas aos olhos da sociedade nunca seriam transformadas, ou quem sabe nunca seriam salvas. Entretanto a Bíblia diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). E alguns exemplos bem claros desse tão grande amor de Deus para com a humanidade, é o fato da Bíblia relatar a história de dois "grandes" homens que se converteram a Deus, depois de viverem uma vida de pura ilusão. A primeira história se encontra no Velho Testamento, que foi a conversão do grande rei da Babilônia Nabucodonosor, e a segunda se encontra no Novo Testamento, que é a do apóstolo Paulo. Vejamos:
1º A história da conversão de Nabucodonosor
Ele reinava sobre o maior império de seu tempo, cerca de 609 a.C. Babilônia era extraordinária em grandeza; seus jardins suspensos são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo. O rei se perturbou porque outros impérios sucederiam o seu reino, e por isso, o seu orgulho o levou a uma difícil lição pessoal. Era um grande construtor. A cidade estava cheia de prédios, palácios e templos por ele erguidos.
Porém a bíblia nos traz luz sobre o seu caráter e personalidade sombrios:
 Era um rei extremamente perverso e tirano. Um homem que sitiou Jerusalém (cidade amada), levou o povo de Israel para o cativeiro na Babilônia e ali os obrigava a trabalhos forçados.
 Um homem furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia por não terem interpretado o seu sonho (Dn. 2.12).
 Um rei extremamente idólatra, que obrigou a todos os povos da região (governadores, juízes, tesoureiros, magistrados etc.) a se curvarem e adorarem a uma estátua de ouro com cerca de 30m de altura, sob pena de morte á todos que não a adorassem, seriam jogados numa fornalha de fogo ardente (Dn 3. 1-11).
 Um rei com uma personalidade cruel, que mandou jogar três homens inocentes em uma fornalha (Sadraque, Mesaque e Abede-nego), por não terem adorado a imagem de ouro (Dn. 3:20-21).
 É terrível, um rei que ficou louco! (Dn 4.32,33). Deus o fez descer ao fundo do poço. Deus tirou o seu entendimento. Deu-lhe um coração de animal. Seu cabelo cresceu como penas de águia. Suas unhas cresceram como as aves.
Vivia como animal no campo, comendo capim, pastando no meio dos bois. Sua doença era chamada de Insânia Zoantrópica - Licantropia ou Boantropia = considerar-se um animal, agir como animal. Deus colocou o "homem mais poderoso do mundo" no meio dos bois. Deus golpeou seu orgulho para levá-lo à conversão. Ele passou a comer capim, a rolar no chão com os cascos crescidos. O todo poderoso Nabucodonosor virou bicho. Foi pastar,mesmo sendo ele, o homem mais rico e mais poderoso da terra.
E o que aconteceu com ele? Converteu-se ao Deus de Israel, reconhecendo que verdadeiramente só o Senhor é Deus! Rei dos Reis e Senhor do Senhores! (Dn 4.34-37). Foi humilhado e depois transformado pelo poder de Deus!
Imaginem o rei Nabucodonosor se convertendo naquela época, deve ter sido um grande impacto na sociedade antiga! Imaginem as noticias, os comentários, jornais daquela época dizendo: extra-extra, vocês não vão acreditar! Sabem quem se converteu? O grande rei Nabucodonosor, depois de ter ficado louco, se voltou para Deus! Muitos, talvez, ficaram admirados e impressionados de como isso aconteceu, depois de tudo o que ele fez, e de tanta crueldade e tirania!
2º A história da conversão do apóstolo Paulo
Era chamado de Saulo antes de sua conversão, judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia (At 21.39). Foi ensinado na doutrina dos fariseus. Era extremamente religioso e estudioso das escrituras sagradas, pois freqüentou a Escola de Gamaliel (uma das mais importantes da época) - (At 22.3). Um homem culto e que tinha dupla cidadania (judaica e romana). Porém assim como Nabucodonosor, também possuía uma personalidade forte e prepotente:
 Foi um implacável perseguidor da igreja de Cristo (1Co 15:9; Fp 3.6; Gl 1.13).
 Era um blasfemo. Homem sem dó e sem piedade, pois foi cúmplice na morte do primeiro mártir da Igreja (Estevão), que foi morto por apedrejamento, sendo Saulo aquele que segurou as vestimentas dos apedrejadores.
 Promovia campanhas contras os cristãos e a igreja em todas as partes de Jerusalém.
 Foi um contestador incessante da doutrina ensinada por Cristo, assolando a igreja, entrando nas casas e arrastando homens e mulheres, encerrando-as no cárcere (At 8.3).
 Parecia ter grande respeito e admiração do sumo-sacerdote, pois conseguiu autorização através de cartas para perseguir e prender os que divulgavam o cristianismo. (At 9.2)
Enfim, um homem com intenso ódio no coração, movido pela raiva, amargura, incredulidade e religiosidade. Tentou de várias maneiras frear a igreja de Cristo, porém Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja do Senhor! Aleluia! (Mt 16.18b)
E o que aconteceu com ele? Converteu-se a Jesus, sendo assim, o perseguidor passou a ser o perseguido por causa do evangelho de Cristo. Reconhecendo que verdadeiramente só o Senhor é Deus! Reis dos Reis e Senhor do Senhores! Foi humilhado e depois transformado pelo mesmo poder que transformou a Nabucodonosor, o poder de Deus! (At 9. 1-19). Foi um dos maiores apóstolos. Escreveu mais da metade dos livros do Novo testamento, realizou diversas viagens missionárias, foi preso, apedrejado, passou fome, sede, nudez, injúria, perseguição, compareceu a tribunais, foi náufrago, e etc. E tudo isso agora, por amor do cristianismo que tanto se opôs. Glórias a Deus!
Quem acreditaria naqueles dias, que esses dois homens poderiam ser salvos depois de tudo o que fizeram?
Como seria as noticias de hoje anunciando duas conversões de homens comparados a Nabucodonosor e Paulo? Como seria a repercussão mundial? Será que acreditaríamos? Daríamos crédito a sua pregação? Dentre outros, aceitaríamos Osama Bin Laden como convertido?
Lições práticas:
1) Nunca devemos desistir da conversão de qualquer pessoa
Aquele que arruinou Jerusalém, que destruiu o templo, que carregou os vasos sagrados, que esmagou a cidade, que levou cativo o povo. Aquele que adorava falsos deuses e era cheio de orgulho, aquele que mandava matar seus próprios feiticeiros e também jogava na fogueira os filhos de Deus, aquele que exigia adoração à sua própria pessoa e forçava as pessoas a adorarem falsos deuses. Aquele que era o homem mais poderoso da terra, sim, esse homem se converteu. E se esse homem se converteu, podemos crer que não há conversões impossíveis para o nosso Deus todo poderoso! Devemos crer na conversão do ateu, do agnóstico, do cínico, do apático, do blasfemo, do feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do drogado, do assassino, do presidiário, do político, do espírita, do patrão, do seu cônjuge, do seu filho, dos seus pais.
Creia! Evangelize! O Deus que salva está no trono de Glória e Majestade! Aleluia!
2) O quebrantamento leva o pecador à conversão
Quebrantar= quebrar, amachucar, enfraquecer, tornar-se fraco.
A razão porque algumas pessoas não se converteram ainda, é porque ainda não foram suficientemente quebrantadas pelo Senhor. O grande perseguidor da igreja Saulo de Tarso só foi convertido quando Jesus o jogou no chão e o tornou cego, com isso, ele humilde se volta para o céu completamente quebrantado. Jesus não veio chamar justos, mas sim pecadores ao arrependimento. Ele não veio curar os que se julgam sãos, mas os que reconhecem que são doentes e pecadores. E esse foi o seu objetivo principal, convencê-los de seus pecados para que eles experimentassem a conversão!
Um recado aos pecadores inconversos: Não devemos ter um conceito elevado de nós mesmos. Não devemos ser orgulhosos e prepotentes, a ponto de não nos prostrarmos diante de Deus quando ele nos chamar. Não devemos achar que somos muito importantes ou bom demais para não nos humilharmos sob a poderosa mão de Deus.
"Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido". (Sl 34.18).
Quebrantamento é uma questão de reconhecimento de nossa fraqueza e de humildade!
Acredite! Deus pode converter o coração de qualquer pessoa, por pior que ela pareça ser.

Fonte: pedroflavio@hotmail.com

ATUALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE VIDA DO CRISTO PARA OS HOMENS DE HOJE


ENCONTRO DE FORMAÇÃO - PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ-BRASIL-AMAZÔNIA
JANEIRO/2012

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção para: Anunciar a Boa Nova aos pobres. Proclamar a libertação aos cativos, aos cegos a recuperação da vista, libertar os oprimidos e proclamar o ano Santo da Graça do Senhor”. (Lucas, 4,18).

Jesus está, atualizando através do Evangelho, o seu programa de vida para cada um de nós. Vejamos:

“O Espírito do senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção para: anunciar a boa-nova aos pobres”.
(pobres em espírito, vazios, vivem na secura espiritual, na aridez espiritual, na falta de brandura, de sensibilidade).
“Proclamar a libertação aos cativos” (presos pelos vícios... orgulho, vaidade...).
“Aos cegos a recuperação da vista”. (cegos espirituais... os irmãos cegos transtornados pelas circunstâncias da vida... privados de focar o Cristo por estarem, alucinados pelos bens materiais, pelo hedonismo, pelo sexo livre, libertinagem, etc...).
“Libertar os oprimidos”. (falta de esperança, de fé, de sonhos, de realizações na vida, de perspectiva de vida).
“Proclamar o ano Santo da Graça do Senhor”. (Cristo que salva, cura, Liberta, ama o pecador e condena o pecado).
Assim como Jesus foi o profeta que anunciou uma era de libertação, de justiça, amor, perdão, eu, você, todos nós, somos chamados pela força do nosso batismo a sermos, profetas do tempo presente e anunciarmos o Cristo vivo e ressuscitado.
Assim sendo somos chamados a ser: “Agentes de ressurreição/ de transformação/ de esperança na vida dos irmãos”.
(Lucas 4,22) “Todos testemunhavam a seu respeito e admiravam-se das palavras cheias de graça que saiam de sua boca”.
Ao falarmos com os irmãos, precisamos, falar coisas boas.
Têm gente em nosso meio que só fala palavrão, palavras pessimistas, fatalistas, derrotistas. Falam palavras só para deixar o irmão para baixo (murmurar, queixas, nada está bom).
Com Jesus não. Ele era motivador, incentivador, falava com força e intrepidez. Quando Jesus falava, Ele mostrava a necessidade do homem ter prazer no seu íntimo, no seu viver. Ter prazer de viver a vida, de saborear a vida, passando por cima das dificuldades, dos medos.
(Jo.14,27) “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz... não vos perturbeis, nem vos acovardeis”.
(cristãos tristes, acomodados, preguiçosos espiritualmente, áridos no serviço da construção do Reino de Deus.)
(Jo.14,1) “Não fiqueis perturbado, crede em Deus e crede em mim”.
(se perturba com qualquer coisa, sofre por antecedência)
(Lucas 18,1) “Jesus disse aos discípulos que é necessário rezar sempre sem nunca desanimar”.
(ser dinâmico, criativo, ativo, ser forte).
(Jo.14,12) “Eu vos asseguro que, quem crê em mi, fará as obras que eu faço e inclusive outras maiores que estas.”
(aceitando o Cristo, você coopera nas atividades, nas obras do Cristo com: Seus dons. Seus talentos. Assim, você passa a ser uma força “renovadora” do Cristo.) “Fará as obras que eu faço e inclusive outras maiores”. Com a sua participação, seu compromisso na Igreja.
Vejam o que Jesus diz a multidão: (Jo.7,37-39) “No último dia da festa (das tendas) que é a mais solene, Jesus ficou de pé (gesto de autoridade) e falou: Se alguém tem sede, venha a mim e aquele que acredita em mim, beba. E como diz as escrituras: do seu seios, jorrarão rios de água viva”.
Jesus convida a todos que tem sede (de vida, esperança, justiça, amor, perdão, ressurreição, etc) IR ATÉ ELE.
Jesus é a fonte da vida. De Jesus jorra a vida, o milagre que nós precisamos.
A vida que transforma e regenera a nossa vida, está em Jesus de Nazaré.
(Jo.8,36) “Se, pois, o filho vos libertar, sereis, realmente, livres”.
Sereis: transformados, regenerados, edificados. Agora: Você precisa deixar o Cristo fazer parte de tua vida. Você precisa ir a fonte e beber dela.
Vejam como o Cristo é: No momento em que Jesus fica de pé e fala, naquele momento Jesus não falou de regras de comportamento. Ele não falou em religião. Ele não criticou ninguém. Não falou de conhecimento religioso.
Jesus simplesmente falou sobre a necessidade de os homens terem um prazer pleno pela vida “nele” em Cristo, no filho de Deus.
“Se alguém tem sede venha até mim”. Receba a sua transformação total de vida em Jesus Cristo. (Transformação: Bodas de Caná = paralítico de Cafarnaum = cego de Jericó que chama Jesus).
Jesus está dizendo a nós que: Ele pode gerar produzir no cerne do ser humano um prazer que flui dele. Um prazer CONTÍNUO, uma satisfação total, ampla.
Meus irmãos, somente Jesus pode proporcionar ao ser humano, um êxtase emocional ou seja: Vivermos com o Cristo uma verdadeira experiência de vida transcendental.
Somente o Cristo é capaz de retirar a angústia existencial da pessoa.
Muitas pessoas recorrem às drogas, aos vícios para fugir da angústia existencial.
SÓ JESUS PROPORCIONA UM PRAZER CONTÍNUO, UMA SATISFAÇÃO TOTAL AMPLA.
(Salmo 118,5) “Na angústia eu gritei ao Senhor, Ele me ouviu e me aliviou”. O Senhor é o alívio para nossas angústias (não as drogas).
Alguns podem dizer: ”Mas eu sou pecador e Cristo não me perdoa”. Outros: “O meu pecado é muito grande, é cruel, eu fui má com as pessoas”. Outros ainda dizem: “Eu errei muito, pequei demais”.
A respeito disso, vejam o que diz São Paulo: (1 Tim.1,15) “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: Que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais, eu sou o principal”.
Observem: Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores. Jesus veio ao mundo para salvar a mim, a você, a todos nós que somos pecadores. Veio para salvar o mundo pecador.
Vejam o que diz Paulo: “Para salvar os pecadores, dos quais, eu sou o principal”.
Paulo perseguiu os cristãos, matou cristão, prendeu e mandou prender. Foi “cúmplice” na morte de Estevão. Por isso ele diz que “eu sou o principal” pecador.
Agora: olha o que diz (1 Tim.1,12-14.16). “Sou grato para com aquele que, me chamou e me fortaleceu, Cristo Jesus, Nosso Senhor que, me considerou fiel, designando-me para o ministério” (Vs.12).
Apesar do que Paulo fez, ele encontrou graça junto a Deus que o “chamou” e o “fortaleceu” e o considerou “fiel” e designou para o “ministério” de anunciar a palavra (Deus transformou Paulo no seu mais importante anunciador do evangelho).
Queridos (as), vocês não estão aqui à toa. Hoje Deus designa você para a missão, para o ministério da palavra, da liturgia, da catequese, do dízimo, para servir ao Reino de Deus nesta paróquia. DEUS TE CHAMA PARA UM COMPROMISSO COM ELE.
Você como Paulo, foi transformado, designado fiel para, servir ao seu Reino e a sua Igreja. “Sê grato a Deus por isso”.
(1 Tim.1,13) “A mim que, noutro tempo era blasfemo, perseguidor e insolente, obtive misericórdia, pois fiz na ignorância, na incredulidade”.
Se eu, se você, se nós pecamos em outros tempos, em um passado presente. Se blasfemamos contra o Cristo, a Igreja, os irmãos, se perseguimos as pessoas com a nossa atitude insolente, ofensiva, desrespeitosa, grosseira, fizemos porque, estávamos na ignorância da palavra de Deus, na incredulidade do amor de Deus.
Porém: (1 Tim.1,14). “Transbordou a graça de Nosso Senhor, com a fé e o amor que há em Cristo”.
Mesmo com o que Paulo fez mesmo com o que você fez (não importa o seu passado), “TRANSBORDOU A GRAÇA”, O AMOR DE DEUS EM SUA VIDA.
Hoje com a fé que você tem, com o amor do Cristo, você é “fortalecido” por Deus para o ministério. Chamado para o compromisso do Reino de Deus aqui na paróquia.
(1 Tim.1,16) “Por essa razão (o amor de Deus) me foi concedido (Paulo) misericórdia (compaixão) para que, em mim (Paulo) o principal pecador, evidenciasse (tornar-se claro = vidente = todos possam ver o manifesto) Jesus Cristo... e servisse eu (Paulo) de modelo (exemplo) a quantos hão de crer nele...” (Jesus Cristo).
Você é modelo, é referência, é exemplo de Deus, é canal de ligação junto aos irmãos. Deus está te usando hoje. Não importa o teu passado. Deus está se servindo de você para usá-lo no seu Reino.
(1 Tim. 2,7) “Para isso fui designado pregador e apóstolo...na verdade e na fé”.
Hoje você sai daqui “designado”, “nomeado”, “escolhido”, “marcado” por Deus como “pregador”, “arauto”, discípulos-missionários, agentes de ressurreição na verdade e na fé, ajudando na construção do Reino de Deus na terra.
(1Cor.10,31) “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer coisa, fazei-o para a glória do Senhor”.
“Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo”

Diácono Luiz Gonzaga
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PARÁ TEM SEGUNDO MAIOR SALDO COMERCIAL DO BRASIL.


Pará tem segundo maior saldo comercial do Brasil
Quarta-Feira, 11/01/2012.

Pairando acima da crise que mantém cambaleantes algumas das principais economias do planeta, o Estado do Pará empreendeu um forte ritmo de atividade em 2011 e fechou o ano com o segundo maior saldo comercial do Brasil, registrando variação positiva acima da média nacional. Com mais de US$ 18 bilhões referentes à exportação e o valor recorde de US$ 1,334 bilhão das importações, o Estado voltou a registrar um excepcional superávit, dando mais uma vez decisiva contribuição para o orçamento cambial do país.

Os dados consolidados do comércio exterior paraense, produzidos pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) e ontem distribuídos à imprensa, mostram que o Pará fechou o exercício de 2011 com saldo de US$ 16,992 bilhões, valor 45% maior que o do ano anterior. O Estado gerador do maior saldo comercial do país continua sendo Minas Gerais, que registrou no ano passado um superávit de US$ 28,366 bilhões. Os dois Estados têm, em comum, o fato de serem os maiores produtores e exportadores brasileiros de minérios.

De acordo com os números levantados pelo CIN, centro de negócios vinculado à Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), a variação do valor exportado pelo Pará em 2011, comparativamente ao ano anterior, foi de 42,86%. Esse número projeta o Pará à quinta posição no ranking dos maiores exportadores entre os Estados brasileiros. Acima dele, estão apenas, pela ordem, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Um dado curioso, quando se analisa o comportamento dos Estados da Região Norte, no tocante ao comércio exterior, resulta da comparação do Pará e Amazonas. Na lista dos exportadores, o Pará aparece em quinto lugar e o Amazonas numa modesta 17ª colocação. Quando se toma como referência as importações, a situação se inverte. O Pará, que vende muito e compra pouco, cai para a 16ª colocação. Já o Amazonas, que tem suas compras externas turbinadas pela Zona Franca de Manaus, sobe para o 7º lugar. Em 2011, seu déficit comercial atingiu a casa de US$ 11,8 bilhões.

Os dados da balança comercial do ano passado confirmam também o setor mineral como o carro-chefe da economia do Pará, com um grau até excessivo de concentração. Em 2011, a cadeia mineral respondeu por 90,02% do valor relativo às vendas externas do Estado, somando US$ 16,505 bilhões num total de US$ 18,336 bilhões. O minério de ferro bruto foi o produto que mais contribuiu para o crescimento das exportações. A variação nas vendas do minério para o mercado internacional superou os 70%, registrando um valor de US$ 11,770 bilhões

A China foi o país que mais consumiu o produto mineral paraense. Do total exportado em 2011,
US$ 5,802 bilhões foram absorvidos pelo mercado chinês. Além dos produtos minerais, a pimenta-do-reino, o dendê e a carne bovina tiveram bons resultados. A madeira, apesar de uma modesta (2,17%) variação positiva, fechou o ano com vendas externas de US$ 400 milhões.

Segundo o gerente do CIN, Raul Tavares, o Pará deve buscar a diversificação de sua pauta e o fortalecimento do comércio com outros parceiros, através de missões e encontros internacionais. “O objetivo dessa política é reduzir a taxa de vulnerabilidade da economia paraense”, explicou.

EM NÚMEROS
18 bilhão de dólares foram os ganhos registrados pelo Pará com as exportações em 2011.
16,9 bilhão de dólares foi o saldo com que o Estado fechou o ano, valor 45% maior do que o obtido em 2010. (Diário do Pará)

domingo, 8 de janeiro de 2012

INFLAÇÃO DE BELÉM É A MAIS BARATA DO PAÍS DIZ IPCA.


Inflação de Belém é a menor

Peços

IPCA divulgado ontem diz que a capital paraense é a mais barata do País

Belém teve a menor taxa de inflação registrada em 2011 entre as capitais brasileiras, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação da capital paraense fechou em 4,74%, enquanto a média nacional ficou em 6,5%.

Em 2010, o indicador em Belém foi de 6,94%, acima da média nacional naquele ano, que foi de 6,47%. Na média nacional, a variação do IPCA, de 6,5%, foi a maior desde 2004 (7,6%).

Para este resultado, a pesquisa revelou que todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação menor em Belém em relação à média nacional.

Fonte: o liberal

UNIÃO NÃO REPASSA VERBAS PARA O PARÁ.


Pará é lanterna no repasse de verba.

ORÇAMENTO

Valor de emendas de bancada sofre redução recorde: só R$ 22,2 milhões
Levantamento feito por O LIBERAL junto ao sistema Siga Brasil e Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), ambos do governo federal, revela mais um dado negativo sobre o Pará. Em relação à execução do Orçamento da União em 2011, o Estado teve um corte nas chamadas emendas de bancada - aquelas apresentadas pelos deputados e senadores da mesma unidade da Federação e que são voltadas principalmente para grandes obras de infraestrutura. Somadas, as emendas apresentadas chegavam a R$ 371 milhões. Porém, na fase do empenho, quando ela podem ou não ser garantidas para pagamento, após análise do governo e dos ministérios, o valor caiu de forma brusca: tornou-se 15 vezes menor que o apresentado pela bancada, somente R$ 22,2 milhões para utilização em 2012.

Com este total empenhado, o Pará ficou com a 25ª colocação entre as 27 unidades da Federação. É o antepenúltimo pior resultado do País. O primeiro colocado, o Distrito Federal, teve R$694,5 milhões aprovados em emendas de bancada. Um valor trinta vezes superior ao número paraense. É importante ressaltar que o Pará tem o triplo da população da capital federal e entorno.

O desempenho paraense é o pior dos últimos dez anos. O levantamento mostra ainda que o valor empenhado para 2011 é menos da metade de 2010, quando foram aprovados R$ 58,4 milhões.

DESIGUALDADES

O Pará ficou apenas à frente de Acre e Maranhão no ranking incluindo todas as Unidades Federativas. Na região Norte, o Estado foi o penúltimo. Outro dado que chama a atenção quanto ao desequilíbrio na distribuição das verbas de emendas de bancada é relacionado à região. Entre os dez piores repasses por Estado, apenas um é da região sul. Outros cinco são da região Norte. Quatro estão na Nordeste.

Fonte:O liberal

CENTRO HISTÓRICO SERÁ A PASSARELA DO SAMBA EM 2012 EM BELÉM.


Centro histórico é a passarela da folia no carnaval 2012

Blocos retornam à Cidade Velha e à Campina para fazer a festa de Momo.

centro histórico de Belém, na Cidade Velha e na Campina, será o grande palco da folia hoje em Belém, com os desfiles dos blocos que revivem o carnaval de rua da cidade. Entre 30 mil e 40 mil pessoas são esperadas a cada domingo qua antecede a semana do carnaval, de 18 a 22 de fevereiro. As praças do Carmo, Dom Pedro II, do Relógio e a da Igreja de São João Batista (São Joãozinho) serão os espaços de concentração dos foliões, que sairão pelas ruas buscando a adesão de quem estiver disposto a fazer parte da festa.

Os cortejos estão sob a responsabilidade da Associação das Fanfarras da Cidade Velha (Asfavelha), entidade que se comprometeu formalmente, pela assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o Ministério Público do Estado, a fazer "um carnaval responsável e seguro". Presidente da Asfavelha e membro da diretoria do Bloco Jambu do Kaveira, André Kaveira informa que a ideia é que os foliões possam brincar o carnaval tradicional, sem submeter aos blocos uniformizados e que não seguem a cultura das festas carnavalescas do estado.

Para garantir uma folia com segurança, o governo do Estado e a Prefeitura de Belém fornecerão apoio com efetivos da Polícia Militar, Guarda Municipal e com várias secretarias que se farão presentes para esclarecer o público sobre como brincar de forma saudável. A Secretaria de Saúde, por exemplo, encarrega-se da distribuição de preservativos; a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) ajudará a zelar pela preservação do patrimônio público e da arborização das praças.

Fonte:O liberal

NA FEIRA DO AÇAÍ BATE O CORAÇÃO DA BELÉM NOTURNA.


Na Feira do Açaí bate o coração da Belém noturna
Domingo, 08/01/2012, 07:49:49

Em cada ponto da cidade, a madrugada deixa uma marca diferente, mas há um local que consegue reunir todas as sensações, personalidades e curiosidades noturnas. É o famoso Ver-o-Peso, mais especificamente a Feira do Açaí, onde são descarregadas e vendidas as mercadorias que chegam pelo rio e abastecerão a região continental de Belém. Música, comida, bebida, trocas comerciais, ofertas de produtos ilegais. Tudo existe ali, onde todos vivem o mesmo corre-corre em busca da melhor venda e, claro, também um pouco de diversão.

Raimundo Lopes chega às 18h no local e só retorna para casa às 10h da manhã. Além das noites acordado, ele conta que lá não existe feriado, férias ou final de semana. “Aqui é sete dias na semana, todos os meses do ano”. Mas mesmo depois de 11 horas de trabalho ele ainda mantém o bom humor e a simpatia com os colegas.

“Escolhemos essa vida então não podemos ficar reclamando. A madrugada é sacrificante porque deixa a gente longe da família, com uma rotina diferente dos outros empregados, mas no final vale a pena. A gente sabe que é privilegiado por todos os dias poder contemplar a visão desse rio, que pra mim é a parte mais bonita de Belém”, diz. E quando o sol chega com os primeiros raios de luz, parte de fluxo alucinante do lado mais antigo da feira desacelera. Enquanto a maioria dos cidadãos se prepara para circular o local, a Feira do Açaí solta os primeiros bocejos e é tomada por centenas de corpos deitados no chão. Aos poucos os mesmos personagens levantam e deixam o espaço para serem substituídos pelos amantes do dia. Depois do almoço, sono e abraço na família, recomeça a preparação do trabalho. Roupa vestida, bolsa equipada, um breve sinal da cruz, Raimundo olha pro céu, vê o sol se pôr e adentra novamente ao mundo da noite em Belém.

(Diário do Pará)

ESSA OUTRA BELÉM QUE POVOA AS MADRUGADAS.


Essa outra Belém que povoa as madrugadas
Domingo, 08/01/2012, 07:38:13

Uma atmosfera diferenciada encobre a Belém noturna. Sai o ritmo alucinante, o embate de multidões, para dar lugar a uma cidade de detalhes. As luzes amareladas substituem o sol quente da manhã iluminando apenas os pontos essenciais. Sombras, penumbras e a total escuridão se dividem no clima revelador da madrugada. Os sons mudam de frequência. Em vez do trânsito alucinado, milhares de vozes misturadas e passos rápidos, vêm os murmurinhos. Os olhares mais direcionados, o sentimento de identificação com um espaço que parece ser apenas seu. Para quem optou por viver a rotina das primeiras horas do dia, Belém é um cenário de mistério e prazer.

“Trabalhar à noite não é pra qualquer um. Tem que ter coragem, atenção e gostar um pouco da solidão”.

Rodando apenas quando já não há sol, o taxista Antonio Almeida criou estratégias para resistir às artimanhas do horário. Se de dia o trânsito sufoca, de noite a sensação de independência de alguns condutores faz das vias um reduto fatal. “Não paro em sinais vermelhos. Sei os pontos onde acontecem mais acidentes e tento circular em locais mais seguros”, comenta. Mas foi justamente no momento em que as pessoas se sentem mais vulneráveis que Almeida conquistou sua admiração. “Tenho clientes que ligam para a cooperativa me requisitando, pois já criamos uma relação de confiança. Tem pessoas que a gente acompanhou crescer, sabe as histórias, vê as mudanças. É o lado bom de fazer um serviço quando menos se arriscam”, explica.

Conhecendo como poucos Belém, ele ainda encontra tempo para se encantar diariamente com a avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, seus símbolos e passageiros. “Acho uma das partes mais bonitas da cidade, especialmente assim, deserta. É um prazer impagável trabalhar aqui”, diz.

Deixando a larga avenida e tomando uma de suas transversais, as ofertas mudam de forma. Ali a vez é dos corpos captarem olhares de desejo e se exibirem de um jeito que só a discrição noturna possibilita. À 1h da manhã, B. caminha esguia pela avenida 28 de Setembro. Após alguns segundos de análise, ela escolhe o ponto onde a visibilidade e acesso parecem estar ideais. “Esse é o nosso melhor horário porque é quando a procura é maior. Os clientes saem dos bares. Alguns já são conhecidos, marcam horário. Mas todo dia tem alguém se aventurando pela primeira vez”, conta. O travesti de apenas 18 anos mantém há dois a rotina da prostituição no centro de Belém, onde estabeleceu um trato de sobrevivência. “Nos carros a gente acaba rodando todos os bairros, até os mais afastados. O risco acontece sempre, porque nunca temos a certeza de que iremos retornar. Mas eu tento aproveitar todas as descobertas, as histórias de cada um”, ameniza.

Do centro à periferia, algumas histórias tristes se repetem. Brigas, maus-tratos, preconceito. Mas Bruna controla a sobriedade com o apoio de outros que também vivem o mesmo ambiente. “Se você não fizer amizade está perdido. Ninguém sobrevive sozinho à noite. Crio laços de amizades com os clientes, troco confidências com eles, e sou sempre educada com todos, inclusive policiais”, explicava até ser interrompida por um homem num carro preto. A noite começava.

(Diário do Pará)

GARÇOM TAMBÉM VIRA PSICÓLOGO NA MADRUGADA DE BELÉM.


Garçom também vira psicólogo na madrugada de Belém
Domingo, 08/01/2012, 07:45:47

Enquanto alguns partiam para o primeiro trabalho, outros olhavam, a cada momento de descanso, o relógio. Era o caso do garçom Raimundo dos Anjos, o Rai, personagem tão tradicional quanto o próprio estabelecimento no qual trabalha, o Bar do Parque. Referência no meio da boemia belenense o espaço ainda guarda a estrutura de séculos passados, mas já sente a modernidade alterar também o funcionamento de outrora. “Antes não havia tantos bares que funcionassem de madrugada, aí todo mundo vinha pra cá. Agora, além disso, as pessoas também se incomodam com os pedintes e ficam com um pouco de medo de assalto nas redondezas”, diz. Menos turistas, menos consumidores, mais tempo para ouvir as narrativas fantásticas de cada um.

“Garçom é meio psicólogo. Tem camarada que vem sozinho e em cada cerveja que pede conta um caso da sua vida. É tanto desabafo que se a gente deixar não atende mais ninguém e fica só aconselhando”, diz. Mas mesmo os seus 20 anos de experiência no local ainda não o impediram de perceber o lado contraditório de tudo isso. “A praça foi revitalizada, está bonita, cheia de enfeites, mas as pessoas que moram nela continuam passando as mesmas necessidades. É impossível não se emocionar com mães que carregam filhos pequenos no colo e passam a noite em busca do que comer”, diz. De fato, olhares vagos, em corpos abandonados, circulavam pelo espaço numa busca perdida, seguindo as luzes dos túneis de mangueiras, um dos cartões postais de Belém. E nessa caminhada, as vidas perdidas passavam ao lado de existências já encerradas.

No cemitério da Soledade, no bairro de Batista Campos, a impressão é de vazio. Os barulhos de algumas aves e dos poucos carros que às 4h passavam por ali escondiam, na verdade, a atuação dos zeladores Iran Silva e Cristóvão Lima. Os dois gastam as madrugadas cuidando de um espaço temido por muitas pessoas mesmo sob a luz do dia, mas garantem: o maior medo é dos vivos que desrespeitam o local. Desconfiados, eles vão aos poucos perdendo o receio, baixam o facão (único instrumento de repressão que utilizam) e começam a contar as invasões que já ocorreram no cemitério - e ainda são frequentes, principalmente na madrugada dos finais de semana. “Existe um grupo, os góticos, que gostam de vir destruir o patrimônio público. Eles pulam o muro, usam drogas, roubam objetos, fazem sexo e às vezes ainda montam rituais satânicos”, diz Iran. Quando percebem o movimento ainda no início, ele e Cristóvão partem com o cachorro para espantar os invasores, mas em alguns casos eles são tantos que os zeladores ficam impotentes.

“Também já vieram ladrões armados e aí a gente não pode fazer nada. Só rezar para que a noite acabe logo e eles vão embora”, comenta Cristóvão. Entre as cenas horripilantes e os sustos iminentes, o que ele sente mais falta é da tranquilidade que a noite já representou. “Acho que a insegurança tira parte do charme de Belém na madrugada. Andar pelas ruas, bater papo com os amigos, curtir o clima mais ameno são coisas simples que ficaram perigosas de fazer”, diz.

(Diário do Pará)

TEMPORADA DE PELE AO SOL: CUIDADO.


Temporada de pele ao sol: cuidado
Domingo, 08/01/2012, 07:21:20

O sol forte que dá boas-vindas a quem chega à capital paraense ajuda a explicar o fato de ser o câncer de pele o mais frequente em todo o Estado. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer, Inca, é de que apenas em 2010 mais de dois mil novos casos tenham surgido no Pará. Em todo o país, calcula-se que tenham sido 113 mil novos diagnósticos.

Os números preocupam a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) - Regional Pará, Deborah Unger. “Como moramos em um país tropical, a companhia do sol é frequente e está intimamente ligada ao aparecimento da doença. Por isso, a gente organiza campanhas de conscientização sobre o câncer de pele” explica a representante.

O MAIS COMUM

Embora o câncer de pele seja o mais comum dos tipos de câncer, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, os percentuais de cura são bastante altos. Isso porque, segundo a dermatologista, os tipos mais comuns são os chamados câncer de pele não melanoma, raramente fatais. “Eles respondem por mais de 90% dos casos. São lesões que surgem nas áreas frequentemente expostas ao sol e, em muitos casos, o tratamento é feito ambulatorialmente, com cirurgias. Poucos são os casos que precisam ser encaminhados para o Ophir Loyola [hospital referência no tratamento de câncer no Pará]”, esclarece a médica.

LESÕES

Há pelo menos 12 anos, Raimundo Santana Ferreira, 59, autônomo, convive com idas e vindas aos consultórios dermatológicos. O sinal de alerta acendeu quando surgiu uma lesão no braço. “Lembrava uma espinha e, coincidentemente surgiu nos dois braços. Como não cicatrizava, começou a preocupar. Fui à médica e ela explicou que se tratava de uma lesão que precisaria ser retirada através de cirurgia”, conta Raimundo, que já perdeu a conta de quantas outras lesões surgiram.

A doutora Deborah afirma que o câncer não melanoma, quando retirado, dificilmente retorna. Porém, que nada impede o surgimento de uma nova lesão quando a exposição ao sol continua.

Foi o que observou seu Santana. “Apareceu nas costas, sobrancelha, na cartilagem do nariz... O último foi no tórax. No final do mês foram retiradas três lesões. Estou aguardando o resultado da biópsia”.

(Diário do Pará)

TRABALHO DE SOL A SOL AUMENTA RISCOS DE DOENÇAS.


Trabalho de sol a sol aumenta os riscos de doença
Domingo, 08/01/2012, 07:29:28


Branco de olhos claros, Raimundo Santana faz parte do grupo mais sensível aos efeitos negativos do sol. “Pacientes fototipo 1, aqueles de pele branca e olhos azuis, além das pessoas que desenvolvem atividades expostas ao sol, como pescadores, lavadeiras e agricultores, são os que mais sofrem”, salienta doutora Deborah. De acordo com o Inca, a doença atinge mais comumente indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros.

O uso de bonés, sombrinhas e camisas de mangas compridas ajuda na proteção, mas a aplicação do filtro solar é indispensável. O problema é que o preço do produto nem sempre cabe no bolso do paciente. “Eu só saio de casa com camisa de manga comprida, chapéu ou boné, mas o filtro solar nem sempre uso. Hoje já dá pra comprar, mas há 12 anos era muito caro. Acho que se eu tivesse usado como fui orientado, não teriam aparecido tantas lesões”, reflete Raimundo.

Segundo a SBD-PA (Sociedade Brasileira de Dermatologia), no Pará ainda não existem programas de distribuição gratuita de protetor solar. Nas farmácias a média de preços do produto varia entre R$ 18,50 e R$ 93,23.

BRONZEADO

Diferente de Raimundo, a estudante Jailine Cristina Almeida, 17, não foge do sol. Em busca do bronzeado perfeito, ela não se preocupa com os riscos. “A pele fica mais bonita. Dá um charme a mais. A mulher fica mais sensual, eu não me importo quando dizem que faz mal”, confessa a estudante, que com frequência se expõe ao sol, entre as 12 h e as 15h. A dermatologista, no entanto, enfatiza. “Sol apenas das 7h às 10h da manhã. E após às 16h. Sempre com proteção”.

OS TIPOS DE CÂNCER DE PELE

CARCINOMA BASOCELULAR - Considerado câncer de pele não melanoma é responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele. Aparece em forma de ferida ou nódulo, com manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Apresenta alto índice de cura.

CARCINOMA EPIDERMÓIDE - É responsável por 25% de todos os casos. Surge por meio de uma ferida e evolui rapidamente, acompanhado de secreção e coceira. Apresenta alto índice de cura, mas a possibilidade de metástase, quando a doença se espalha para outros órgãos, não está descartada.

MELANOMA - O mais perigoso dos tipos de câncer de pele aparece em 4% dos pacientes. Surgem como uma pinta escura de bordas irregulares, acompanhada de coceira e descamação. É o que mais preocupa os especialistas, porque tem alta possibilidade de metástase.

SINTOMAS

- Feridas que não cicatrizam;
- Manchas com diferentes tonalidades;
- Sangramentos em lesões;
- Sinais ou pintas que crescem e inflamam.

(Diário do Pará)

sábado, 7 de janeiro de 2012

FESTA DA EPIFANIA DO SENHOR: DOM. 8/1/12.


“Eis que veio o Senhor dos senhores, em suas mãos o poder e a realeza”. (Ml 3,1; 1 Cr 19,12)

Celebramos neste domingo a festa da Epifania. O que é a Epifania?

É a manifestação do Salvador a todos os povos e Nações. A manifestação de Deus na pessoa frágil do menino Jesus.

Todos nós somos convidados a nos sentirmos como os Reis Magos, peregrinos na fé, junto com toda a humanidade que enfrenta o cansaço da viagem longa, na busca contínua de um sentido para a vida e para as contradições e percalços da caminhada. A fragilidade de Jesus nos recorda os milhares de crianças frágeis e abandonadas pela crueldade desta sociedade hedonista em que vivemos.

Celebramos a utopia do autor bíblico que nos ajuda a atingir o objetivo da esperança cristã, construindo uma parceria com Deus Nosso Senhor.

As Sagradas Escrituras nos ensinam a caminhar, a plantar as sementes de nossa fé, vingando águas mais profundas, construindo uma parceria com o Senhor da Vida e a Humanidade.

E essa parceria entre o Senhor e a Humanidade é a festa da manifestação deste Deus que nos convida a viver a vocação “universalista” cantada pelo livro de Isaías na primeira leitura: Jerusalém é agora o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Esta visão profética, concebida para a restauração da cidade santa depois do Exílio, verifica-se plenamente quando os magos do Oriente, conduzidos por um astro desconhecido, se apresentam na cidade santa, procurando o Messias nascido na cidade de Davi, trazendo-lhe as riquezas das quais falava a visão de Isaías: ouro, incenso e mirra.

Já a Segunda Leitura(cf Ef 3,2-3a.5-6), acentuando a universalidade da encarnação para crentes e incruéis, fala de um tema que permeia toda a Carta aos Efésios: a participação de judeus e pagãos na revelação de Deus em Jesus Cristo. É assim, pois, a manifestação de Deus para todos, não apenas para o povo hebreu. Ele veio para nos salvar, é a “Luz para iluminar as nações” e a “glória de Israel seu povo”; ou seja, pelo reconhecimento que o povo hebreu deveria ter testemunhado e proclamado, o Messias seria reconhecido por todo o mundo.

Amigos e Amigas,

O escritor sagrado usa de sinais: a estrela(cf Mt 2,1-12). Herodes teve a palavra dos magos: os judeus tiveram as Escrituras. Deus nos fala de muitas maneiras. O importante é pôr-se em busca e essa procura pode durar toda uma vida.

Nesse contexto, a humanidade está representada pelos magos do Evangelho, todos os povos da terra que caminham ao encontro do grande desejo de seu coração: o próprio Deus. Ele vem até nós em Jesus, mas temos de dar também nossa ajuda, o nosso passo.

Essa busca é, muitas vezes, difícil, cheia de armadilhas, de incertezas, até de desvios. Há momentos também em que não vemos mais a “estrela”, não vemos os sinais de Deus e ficamos perdidos. Não podemos, contudo, desistir da grande aventura da vida. É preciso seguir em frente, acreditando que “depois da tempestade vem a bonança”, como reza o sábio dito popular.

A Epifania é a festa em que Deus nos mostra a sua face. Deus nos surpreende mostrando-nos a sua própria face. Em Jesus, é Deus que está presente entre nós para nos guiar na travessia da vida, para reacender em nós o desejo do céu, das coisas do alto.

Jesus pode nos falar das coisas do alto porque Ele veio do sonho do Pai Eterno. Aqui na terra, Jesus vai nos mostrar a sua face, vai nos mostrar como é o Céu. Nesta solenidade de hoje, Jesus se revela, mostra a sua face a todos os povos, na figura dos Reis que vão adorá-lo, para que todos andem no clarão dessa luz. Assim se realizarão os maiores e mais lídimos ideais da vida: a paz, a comunhão, a alegria.

Meus amigos,

Todos nós somos convidados a sermos uma comunidade-testemunha. Israel se tornou, de fato, o centro do mundo, porém não para si mesmo, mas para que nele brilhasse a luz para todos. Aos poucos, ficará claro quais os filhos que assumem verdadeiramente esta função, unindo-se ao Menino do presépio. O mesmo vale ainda hoje. O universalismo de Cristo não resplandece nas organizações internacionais, mas no testemunho do Espírito de Cristo, nas concretas comunidades de amor fraterno.
Jesus de Nazaré, nascido em Belém, é a manifestação de Deus a todos e a cada pessoa humana em todos os lugares e em todos os tempos. Nenhum povo da terra está desprovido do sentimento religioso. Todos querem ver, apalpar, escutar os seus deuses. E, sobretudo, sentir-se protegidos por eles.

Hoje temos a revelação do Deus único e verdadeiro. Em forma conhecida de todos: a forma de um homem, homem e Deus ao mesmo tempo. Realmente, Jesus é o Emanuel, (Is 8,8.10; Mt 1,23), isto é, o Deus conosco. Todos os milagres, e não só o nascimento, realizados por Jesus foram manifestações, particularmente a sua transfiguração (Mt 17,1-8). E o que fazemos hoje é manifestar a todo o mundo o nascimento do Senhor.

Os Magos estão repletos de simbolismos e o primeiro é o da universalidade da salvação. O segundo simbolismo é a missionariedade do Evangelho pregado. A universalidade da salvação veio para todos e, em vista disso, todo cristão deve ser um missionário.

No início da Igreja, a idéia dominante era que Cristo viera para poucos, para os chamados “santos”. Ao contrário, Jesus veio para todos, prosélitos, judeus, pagãos, indistintamente. Por isso, São Paulo, na segunda leitura de hoje, nos ensina que “os pagãos são co-herdeiros e membros de um mesmo corpo, co-participantes das promessas em Cristo Jesus, mediante o Evangelho” (Ef 3,6).

Em contraponto, os batizados devem assumir a grave obrigação de levar a todos a mensagem cristã. A missionariedade da Igreja faz parte da própria natureza da Igreja. Ver os povos prostrados diante do Presépio é contemplar os cristãos saindo do Presépio em direção aos quatros cantos do mundo.

Irmãos e irmãs,

Jesus é apresentado como “a luz dos povos” (Lc 2,32), é luz para todos.

Jesus não excluiu ninguém. Os Magos não foram a Belém apenas para “ver” um menino. Eles foram para adorar, conforme disseram a Herodes (Mt 2,22). E não só adoraram, caíram por terra, reconheceram que o Menino era divino, que o Menino era o Filho de Deus que se manifestou, assim, a eles, da mesma forma como se manifestará a quantos o procurarem e souberem encontrá-Lo na simplicidade e na pobreza. Os Magos nos ensinaram que Jesus não mora nos palácios de Herodes, mas na imagem de cada irmão oprimido, sofredor, descriminado pelos preconceitos fundados na soberba, na ambição, no egoísmo. Jesus é a revelação da inocência, da pureza, da caridade.

A Epifania, pela presença da estrela, é a festa da luz. Luz que é salvação no Cristo presente-presença. Com o nascimento de Jesus, a cidade terrena encheu-se de salvação, como uma sala se ilumina ao acender da lâmpada.

A salvação trazida por Jesus é um longo caminho a ser percorrido. Andaram os Magos, andou a estrela. A luz da estrela pousou sobre a casa de Jesus. Toda a salvação se encontra na pessoa de Jesus: “Em nenhum outro há salvação” (At 4,12). Por isso, ela deve ser procurada.

Somos convocados a uma comunhão universal com todos os povos, com os diferentes feitos de adorar a Deus e buscar a libertação. A estrela indica um caminho alternativo, um caminho que não passa pelo conhecimento dos grandes, mas pelo discernimento dos pequenos e fracos, o caminho que nos leva ao Menino de Belém.

Epifania é a festa da disponibilidade. Epifania é a festa da possibilidade de conhecer a Deus.

Os pastores – gente simples do povo – reconheceram o Menino Deus e voltaram ao trabalho “glorificando e louvando a Deus” (Lc 2,20). Os Magos – gente sábia – “encheram de grande alegria e, caindo por terra, o adoraram” (Mt 2,10-11).

Epifania, festa de luz, festa da salvação universal. Assim é preciso pôr-se em contínua caminhada na busca do verdadeiro encontro com Jesus. Precisamos descobrir a estrela que nos guie de forma segura ao longo do ano na busca do rosto sereno e radioso do Senhor.

Pe. Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Diocese da Campanha - MG

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA BENÇÃO DOS PAIS.


A importância da bênção dos pais


Diácono Leandro Guerra & Naiá Guerra (naia.guerra@hotmail.com)

Ao lermos a Bíblia nos deparamos desde os tempos mais antigos com o costume dos pais abençoarem seus filhos. Em várias partes do Antigo ao Novo Testamento podemos perceber que os pais são cooperadores de Deus na criação dos filhos. Assim, são canal aberto para que a bênção divina chegue até eles.

"A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces" (Eclo 3,11). Portanto, se os pais devem abençoar os filhos, devem também ser cuidadosos para não os amaldiçoarem. Todas as vezes que formos corrigir nossos filhos devemos ser cuidadosos e separar comportamento de identidade. Não podemos atacar a identidade de nossos filhos dizendo "vocês são isto ou aquilo", mas sim dizer você esta sendo corrigido por que fez "isto ou aquilo". É o mau comportamento que esta sendo corrigido e não você está sendo corrigido porque é mau. Devemos ter este cuidado, pois,

à medida que crescem, nossos filhos vão construindo sua identidade, e a convivência com os pais é extremamente importante nesta construção. Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Sagrada Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio pelo qual Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer Sua bênção chegar aos filhos.

Infelizmente vemos que em muitas famílias hoje os pais não ensinam seus filhos a importância deste gesto e vemos também que muitos até sentem vergonha de fazê-lo por achar que é apenas um costume antigo. Assim, se esquecem que tem uma missão sagrada na terra e que devem ser os primeiros mensageiros de Deus na vida de seus filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as graças divinas. Não devemos nos

preocupar apenas em dar uma boa formação humana aos nossos filhos, como: estudar em boas escolas, fazer cursos de línguas e prepará-los para o mercado de trabalho. Devemos ser colabores de Deus na formação de verdadeiros cristãos, maduros na fé e na humanidade.

Ao abençoar os filhos os pais não estão apenas desejando que coisas boas lhes aconteçam, mas estão atraindo diretamente sobre eles as bênçãos e graças dos céus. Portanto, possamos ensinar nossos filhos e netos a importância de pedir a bênção e ser abençoados, ensinando-lhes também a responder 'Amém', concordando para que esta bênção chegue até eles.

Fonte: E por falar em família

ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE BELÉM TERÁ FAFÁ CANTANDO PARA OS PARAENSES.


Aniversário com Fafá em Belém


Em comemoração ao aniversário de Belém, nos dias 11 e 12 de janeiro, vários artistas paraenses se apresentarão na Aldeia Amazônica. Entre as atrações confirmadas estão o Arraial do Pavulagem e, como não poderia faltar, a cantora Fafá de Belém, que será a grande atração da data, relembrando grandes sucessos.

Juventude do Regional Norte 2 se prepara para participar do 10º ENPJ

A Pastoral da Juventude do Regional Norte 2 da CNBB participará da décima edição do Encontro Nacional - ENPJ, no período de 08 a 15 de janeiro de 2012, realizado em Maringá (PR). São esperados cerca de 800 jovens, entre representantes, assessores e convidados, que irão reafirmar sua eclesialidade refletindo e celebrando o tema: Somos Igreja Jovem, à luz da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE 2011-2015) e do Plano de Ação Pastoral da PJ.

Encontro da ANEC prepara CF 2012

A Associação Nacional de Escolas Católicas do Brasil - ANEC realiza no dia 10 de janeiro de 2012 um encontro de Preparação para a Campanha da Fraternidade 2012, que terá como tema "Fraternidade e Saúde Pública". O evento acontecerá no auditório do Colégio Santa Rosa e objetiva proporcionar reflexões e vivências sobre o tema com vistas a envolver toda a comunidade escolar, possibilitando aos educadores concretizar projetos criativos junto aos educandos.

Primeiros Batismos de 2012

Uma cerimônia realizada na capela da residência episcopal no último domingo (1º) marcou os primeiros Batismos presididos por Dom Alberto Taveira em 2012. O pequeno João Paulo (esquerda) é filho de Rosiete e Alexandre Lobato, e Antônio Pedro Neto (direita), é filho de Michele e Nader Tuma.

Olympia promove festival de paraenses

O cinema Olympia também festeja o aniversário de Belém com uma programação especial de curtas-metragens dirigidos e produzidos no Pará. Dando início, também, às comemorações dos 100 anos de atividades do cinema, a mostra "O cinema paraense em destaque" é composta de 5 curtas-metragens que serão exibidos entre 03 e 15 de janeiro (com exceção à segunda-feira), sempre às 18h30, com entrada franca.

Artista plástica lança livro que retrata romarias

O Círio de Nazaré, maior e mais fervorosa festa religiosa do Brasil, é uma das romarias presentes no livro "Festa de Santo", lançado recentemente pela artista plástica Inés Zaragoza. Inés viajou por mais de 20 cidades brasileiras para conhecer, sentir e vivenciar as homenagens dos devotos. Trata-se de um documentário de 260 páginas com apuração jornalística e mais de 195 fotos que registram as diferentes manifestações da cultura popular, além da fé brasileira.

Pesar

O Regional Norte 2 da CNBB divulgou na manhã da última quarta-feira (4) uma nota de pesar pelo falecimento da senhora Maria do Socorro Berdoncens, genitora de Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces, Presidente do Regional e Bispo da Prelazia de Cametá.

Dona Maria era muito querida e várias vezes visitou o Brasil, nos lugares onde o filho atuou tanto como sacerdote e mesmo depois de sagrado Bispo. Sempre que passava por terras brasileiras reclamava-se bastante do calor, mas especialmente dos mosquitos. Sempre muito simpática e com o humor peculiar do povo espanhol, Dona Maria faleceu na cidade de Madri, sua terra natal. Que Deus forneça o conforto necessário aos familiares, especialmente ao querido Dom Jesus.

Exposição com réplicas do Cristo Redentor percorrerão o mundo

A cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber um dos maiores eventos da Igreja Católica de todos os tempos, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará de 23 a 28 de julho. Com a previsão de participação de milhões de jovens católicos, a JMJ já ganhou um embaixador: o Cristo Redentor.

Réplicas do monumento, com 3,8 metros de altura, serão expostas a partir de março em capitais de todo o mundo. A primeira cópia de um dos mais famosos cartões-postais da cidade será levada ao Vaticano.

Criadas por carnavalescos de escolas de samba cariocas, as réplicas da mostra itinerante "Cristo Redentor para Todos" também passarão por alguns estados brasileiros junto com os Símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. A Comissão Especial da Jornada Mundial da Juventude - formada por representantes dos governos federal, estadual e municipal e da Arquidiocese do Rio de Janeiro - conta com grupos de trabalho para melhorar a logística da cidade e disponibilizar acomodações, além de preparar a capital fluminense para a visita do Papa Bento XVI, que participará da Jornada.

A programação do evento inclui catequeses, palestras, shows e um encontro com o Santo Padre. Também está prevista a instalação de 27 palcos, espalhados por toda a Cidade Maravilhosa, que representarão os estados brasileiros. Entre os espaços estudados para receber a jornada estão o Aterro do Flamengo, Centro, Barra e Santa Cruz. O trabalho dos organizadores da JMJ foi elogiado pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko. "Devemos destacar a grande disponibilidade das autoridades civis brasileiras que trabalham para suprir as necessidades organizacionais ditadas pela JMJ", afirmou o cardeal.

"Juventude é centro das atenções da Igreja"

A afirmação é do Núncio Apostólico no Brasil, om Lorenzo Baldisseri. Segundo ele, a juventude estará cada vez mais no centro das atenções da Igreja no mundo."O pontificado de Bento XVI é marcado pela fé e por sua capacidade de anunciar com clareza, nos tempos de hoje, a palavra de Deus e Cristo Jesus na história. O Núncio também afirmou que 2012 será dedicado aos jovens, especialmente no sentido da educação para a justiça e a paz, conforme mensagem do Papa Bento XVI para o Dia 1º de janeiro.

Comissão prepara o 14º Encontro Nacional de Presbíteros

"A Identidade e a Espiritualidade do Presbítero no Processo de Mudança de Época". Este é o tema do 14º Encontro Nacional de Presbíteros, que acontecerá em Aparecida (SP), nos dias 1 a 7 de fevereiro de 2012. O encontro será eletivo, quando os presbíteros delegados das Dioceses do Brasil escolherão a futura nova presidência da CNP para o quadriênio de 2012 a 2016.

Parabéns, Dom Teodoro!

O Voz de Nazaré, em nome da Fundação Nazaré de Comunicação e seus colaboradores, parabenizam o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém, Dom Teodoro Mendes, pela passagem dos seus 48 anos de vida, neste dia 7. Que Deus continue a derramar abundantes bênçãos sobre sua vida.

Dom Teodoro é Religioso da Congregação dos Espiritanos, nasceu na Ilha de Santiago, São Miguel Arcanjo, uma freguesia de Cabo Verde. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1993, e no ano seguinte enviado em missão ao Brasil, para a Prelazia de Tefé, no Amazonas. Foi nomeado Bispo pelo Papa Bento XVI, no dia 16 de fevereiro de 2011, e sagrado dia 8 de maio de 2011, em sua terra natal, por Dom Alberto Taveira Corrêa.

Ao Bispo, felicidade e muitos anos de vida dedicada à causa do Evangelho.

Fonte: Fundação Nazaré

"OBSERVADORES DE ESTRELAS" POR: D. ALBERTO TAVEIRA.


Observadores de estrelas


DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA ARCEBISPO METROPOLITANO DE BELÉM DO PARÁA Igreja reza no início do ano, pedindo assim: "ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu". Até alcançar a meta, peregrinamos pela história, compartilhando a procura e o encontro com Deus.

As celebrações da Igreja dão ritmo à aventura humana em busca do Céu. E a devoção popular preencheu nosso imaginário de tantas cenas decalcadas do Presépio, comemoradas por lindas tradições, com as quais a música e a dança souberam cantar em verso e prosa os episódios ligados ao Mistério da Encarnação do Verbo eterno de Deus. Das mais ricas de simbolismo é o Dia de Reis, Epifania, a manifestação de Jesus Cristo ao mundo, quando visitado por homens chegados do Oriente. Eram curiosos, cientistas de seu tempo, astrônomos ou astrólogos?

Chamemo-los como quisermos, mas tinham uma característica que permanece até hoje, pois eram homens que procuravam ansiosamente a verdade. Olhando as estrelas ou seguindo rastros por terra, atrás deles há uma imensa multidão de homens e mulheres que perguntam, e nossa geração tem a responsabilidade de indicar-lhes o caminho, dizendo que o Messias nasceu em Belém de Judá. Pode acontecer que muitos fiquem decepcionados, por encontrar-nos mais "herodes" do que "sábios". Nossas informações hão de ser sinceras e honestas, sem segundas intenções, sem pretender ocupar o lugar daquele rei nascido que é caminho, verdade e vida.

O Papa Bento XVI, num encontro de diálogo e oração com representantes de várias religiões do mundo, realizado no ultimo mês de outubro na cidade de Assis, num discurso antológico, constatou com sabedoria uma situação de nosso tempo: "ao lado das duas realidades, religião e anti-religião, existe, no mundo do agnosticismo em expansão, outra orientação de fundo: pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer e todavia procuram a verdade, estão à procura de Deus. Tais pessoas não se limitam a afirmar 'Não existe nenhum Deus', mas elas sofrem devido à sua ausência e, procurando a verdade e o bem, estão, intimamente, a caminho dele. São 'peregrinos da verdade, peregrinos da paz'. Colocam questões tanto a uma parte como à outra. Aos ateus combativos, tiram-lhes aquela falsa certeza com que pretendem saber que não existe um Deus, e convidam-nos a tornarem-se, em lugar de polêmicos, pessoas à procura, que não perdem a esperança de que a verdade exista e que nós podemos e devemos viver em função dela. Mas, tais pessoas chamam em causa também os membros das religiões, para que não considerem Deus como uma propriedade que de tal modo lhes pertence que se sintam autorizados à violência contra os demais. Estas pessoas procuram a verdade, procuram o verdadeiro Deus, cuja imagem não raramente fica escondida nas religiões, devido ao modo como eventualmente são praticadas. Que os agnósticos não consigam encontrar a Deus depende também dos que creem, com a sua imagem diminuída ou mesmo deturpada de Deus. Assim, a sua luta interior e o seu interrogar-se constituem para os que creem também um apelo a purificarem a sua fé, para que Deus - o verdadeiro Deus - se torne acessível. Por isto mesmo, convidei representantes deste terceiro grupo para o Encontro em Assis, que não reúne somente representantes de instituições religiosas. Trata-se de nos sentirmos juntos neste caminhar para a verdade, de nos comprometermos decisivamente pela dignidade do homem e de assumirmos juntos a causa da paz contra toda a espécie de violência que destrói o direito. Asseguro-vos que a Igreja Católica não desistirá da luta contra a violência, do seu compromisso pela paz no mundo. Vivemos animados pelo desejo comum de ser 'peregrinos da verdade, peregrinos da paz'."

A ousadia e a coragem do Papa põe em questão nossa prática religiosa e nos abre horizontes desafiadores no ano que se inicia, à luz da Festa da Epifania. Os homens e mulheres de fé, e apelo especialmente aos que comungam comigo a fé católica, são chamados a oferecer um testemunho autêntico de Jesus Cristo e de sua presença. Têm vocação parecida como a da estrela-guia que conduziu sábios à simplicidade da gruta de Belém não tem sentido ser mais ou menos cristãos nem mais ou menos católicos. Somente Jesus Cristo vence as maiores resistências que possam existir. Não diminuir o evangelho nem pretender criar um cristianismo mitigado, pois isso não agrada ninguém. A convivência com pessoas que pensam de forma diferente será aberta, honesta e respeitosa, descobrindo o bem que existe em toda parte e oferecendo-lhe como dom as nossas convicções. Reconhecer nas estrelas que contemplam a sede de Deus, plantada indelevelmente no coração humano.

Fonte: Conversa com meu povo

CÁRITAS BELÉM DIVULGA RESULTADOS.


Cáritas Belém divulga resultados


Belém, a Casa do Pão fez um Natal melhor para milhares de famílias

A Arquidiocese de Belém, através da Cáritas, realiza anualmente a Campanha de Natal "Belém, a Casa do Pão". De acordo com a assessoria da Cáritas, "a campanha 2011 foi um sucesso e o empenho das Paróquias resultou no alcance dos resultados. Em 2010, foram arrecadadas 22.000 cestas básicas e em 2011 chegamos a 29,276, um acréscimo de 33,07%", ressalta em nota enviada ao Voz.

Algumas Paróquias não conseguiram atingir as suas metas. Outras, porém, que conseguiram ultrapassar as suas cotas propostas, solidarizaram-se e ajudaram as que não conseguiram, enviando alimentos. A Cáritas informou que o cadastramento das pessoas beneficiadas em um sistema de informática especifico, desenvolvido pela entidade, não serve apenas para o Natal, mas para um acompanhamento mais próximo de cada Paróquia com os seus assistidos. Esee cadastro servirá para o Natal 2012, com algumas atualizações.

Foi feito um estudo socioeconômico em cada paróquia . Com base nos resultados, cada uma propôs sua meta, de acordo com a própria realidade. A Arquidiocese, através da Cáritas, agradeceu o empenho incansável de todos os padres, pastorais, movimentos e serviços. "Sem a participação deles não seria possível tornar o Natal de mais de 29 mil famílias mais digno", informou a nota. No dia 29 deste mês ocorrerá uma reunião de avaliação da campanha 2011, no auditório da Cúria Metropolitana, às 9h.

Outras ações da Cáritas Belém de outubro de 2010 a dezembro de 2011

Os Núcleos da Cáritas Belém funcionaram nas paróquias ao longo de 2011 ajudando a população local em suas necessidades. A instituição já implantou 10 núcleos até agora - Paróquia Jesus Ressuscitado, Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Benevides), Paróquia São Miguel Arcanjo, Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Icoarací), Paróquia Nossa Senhora do Ó, Paróquia Santa Cruz, Paróquia Jesus Bom Samaritano, Paróquia São Francisco de Assis das Ilhas (Cotijuba), Paróquia São Francisco de Assis (Tapanã) e Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe.

Além dessas, outras paróquias estão aguardando a implantação dos Núcleos, que ocorre pela Missa de Envio, celebrada pelo arcebispo ou bispo, ou ainda pelo vigário episcopal - Paróquia Cristo Peregrino, Paróquia Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, Paróquia São Francisco de Assis (Capuchinhos) e Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças (Icoaraci).

A Cáritas Belém realizou, no período de outubro de 2010 a dezembro de 2011, 205 atendimentos na sua sede, em Belém, sendo 146 solicitações atendidas com sucesso. Entre os pedidos, constavam ferramentas de trabalho, gêneros alimentícios, pagamentos de contas, despesas com viagens, emprego, materiais de construção, emissão de documento, madeiras, cadeiras de rodas, entre outros.

A entidade recebeu durante o período, 200m de madeiras doadas pelo IBAMA, e realizou doações às comunidades necessitadas. O IBAMA também doou 9.300 kg de peixes apreendidos, que foram repassados aos seus núcleos e em paróquias, além de várias entidades que fazem filantropia, independente do credo.

Resumos dos projetos

Sanitário Ecológico Seco - Desta vez, foram as ilhas de Urubuoca e Longa que receberam os sanitários ecológicos secos, em abril de 2011. A Cáritas contou com o patrocínio da Fundación Populorum Progressio, do Banco da Amazônia e do IBAMA.

Água em Casa, Limpa e Saudável - Leva água potável à região das ilhas, contribuindo com a qualidade de vida da população da região.

Reciclando Vidas - Este projeto deve beneficiar diretamente cerca de 100 catadores de lixo e mais 500 pessoas indiretamente que sobrevivem da coleta de material reciclável no Aurá. As construções estão em fase de finalização e contam com a contribuição da Cáritas Regional, na mobilização e formação dos beneficiários do projeto.

Reciclando com arte - Em fase de construção, envolve confecção de bijuterias com o aproveitamento de sementes e outros produtos. A iniciativa surgiu a partir de uma necessidade detectada pelas voluntárias da Cáritas Belém na região ilhas. Conta com o apoio do Banco do Estado do Pará e é desenvolvido na Ilha de Urubuoca, beneficiando também a Ilha Nova.

Casa de Acolhida Carinho de Mãe - Espaço que terá como objetivo acolher mulheres grávidas em situação de risco de aborto. Mas precisa de parcerias para se tornar uma realidade.

Amigos da Cáritas - Projeto de arrecadação financeira, criado para manutenção de despesas administrativas da Cáritas.

Números

Participação de cada região episcopal com suas respectivas paróquias e percentuais alcançados.

1º LUGAR
REGIÃO SÃO VICENTE DE PAULO

Nossa Senhora de Guadalupe 200%
Santa Paula Francinetti 200%
Cristo Rei 150%
Santo Inácio de Loiola 143%
Transfiguração do Senhor 106,67%
São José Operário 100%
Santa Rita de Cássia 100%%
São Lucas Evangelista 100%%
Divino Espirito Santo 100%
Santa Teresinha - Ananindeua 89,20%
São Vicente de Paulo 56%
Cristo Peregrino 50%
TOTAIS 105,91%

2º LUGAR
REGIÃO SÃO JOÃO BATISTA

Coração Eucaristico de Jesus 208,33
São Francisco das Ilhas 200%
Santa Teresinha - tenoné 150%
Arcanjo Miguel 150%
Santa Eduwirgem 133,33
Natividade 132%
Bom Jesus Samaritano 106%
São Francisco de Assis 101,67%
Santo Antonio de Pádua 100%
Rainha da Paz 100%
N. Sra.da Conceição (Outeiro) 100%
N. Sra. de Lourdes 100%
N. Sra. De Fátima Icoarcaci 86,67%
Divina Misericórdia 83%
Santo Afonso de Ligório 75%
S. João Batista 70%
Arcanjo Miguel 66,67
N. Sra. do Bom Remédio 62,50%
TOTAIS 99,71%


3º LUGAR
REGIÃO SANTA MARIA GORETTI

Santuário de Fátima 154,55%
Capuchinhos 114,17%
São Domingos de Gusmão 112,50%
Maria Goretti 103,67%
Basílica 100%
São José de Queluz 87,50 %
ão Miguel Aracanjo 80%
São Pedro e São Paulo 38%
TOTAIS 97,34%

4º LUGAR
REGIÃO SANTANA

Santa Teresinha 109,09%
Santo Antônio de Lisboa 101,33%
Santana da Campina 100%
São Judas Tadeu 91,67%
São José 82,14%
Santissima Trindade 75%
Santa Luzia 40%
TOTAIS 90,82%

5º LUGAR
REGIÃO SANTA CRUZ

Sagrada Família 300%
Jesus Ressuscitado 134,60%
São Jorge 117,33%
Santa Cruz 107,14%
São Sebastião 103,33%
São Raimundo Nonato 102%
Imaculada Conceição 100%
São Francisco Xavier 74%
Divina Providência 60%
Perpétuo Socorro 50%
Conceição Aparecida 31,25%
TOTAIS 82,20%

6º LUGARREGIÃO MENINO DEUS

Menino Deus 108,67%
N.Sra. da Vitória 114%
N. Sra. Auxiliadora 100%
Sag. Coração De Jesus 93,67
Bom Pastor 83,33
Santa Bárbara 75%
N Sra. Da Conceição(Mosqueiro) 70,50%
N. Sra. de Nazaré 60%
N. Sra. das Graças 58,50%
N Sra. do Ó 53,75%
Sag Coração de Jesus (J. Seffer) 47,50%
N. Sra. Do Carmo 28,80%
TOTAIS 65,88 %

Fonte: Fundação Nazaré

PARABÉNS PARA BELÉM DO PARÁ.


Uma Belém além da poesia


A cidade vive, ao mesmo tempo, um clima nostálgico dos tempos áureos do ciclo da borracha e a urbanização não planejada, e clama por uma nova Belle Époque

No dia 12 de janeiro a cidade de Belém completará 396 anos. São muitas as denominações que a cidade ganha e que são fortalecidas durante o período do seu aniversário, através de homenagens em tons poéticos. Há, porém, quem diga que muitos desses "jargões" não cabem na lista de denominações da cidade, como a estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental, Bárbara Lúcia dos Anjos. "Viajando por outras capitais, eu percebi que Belém está muito atrasada", diz ela. "Belém parou no tempo. Tudo que a cidade tem hoje em questão de infraestrutura é graças à Belle Époque. Não há nada de novo", acrescenta.

São quase 400 anos de história. Durante esse período, Belém viveu momentos de plenitude, entre eles, o período áureo da borracha, no início do século XX. Nessa época, Belém recebeu inúmeras famílias europeias, o que veio a influenciar na arquitetura de suas edificações, ficando conhecida na época como a "Paris n'América".

Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial. A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e até internacional no que se refere à cultura, à econômia e à política. Fazem parte do cenário de Belém importantes monumentos, como o Theatro da Paz; museus, como o Museu Paraense Emílio Goeldi; e parques e complexos, como o Ver-o-Peso. Além disso, eventos de grande repercussão como o Amazônia Fashion Week, o Círio de Nazaré, a Feira Pan-amazônica do Livro e o Festival Internacional de Música inserem a cidade na lista de capitais que realizam grandes eventos.

Bárbara Lúcia se diz "apaixonada" por sua cidade. "Apesar de amar Belém, reconheço que é uma capital com muitos problemas e atrás de muitas outras", avalia. "Belém parece uma cidade sem prefeitura", afirma, comparando com outras cidades. A representante comercial paranaense, Roseli Cruz, que mora há 15 anos em Belém, faz a mesma avaliação. Segundo ela, a população não respeita a sua própria cidade e possui maus hábitos como o de não contribuir com a limpeza e organização da cidade. "Belém é muito bonita, mas é mal cuidada tanto pela prefeitura quanto pela população", diz.

De acordo com Roseli, desde que se mudou para Belém, percebeu mudanças na cidade. "Antes era tudo muito rústico aqui e eu vi que a cidade deu um salto, mas isso é natural. Toda cidade tem que evoluir", diz. Ao comparar com o desenvolvimento de outras capitais, inclusive a capital do estado vizinho, Manaus, Roseli diz que Belém está sempre um passo atrás. Atualmente, Belém conta com apenas duas obras expressivas - a macrodrenagem da bacia da Estrada Nova e o Portal da Amazônia.

Igreja já foca os 400 anos

Para o Bispo Arquidiocesano, Dom Alberto Taveira, "é sempre uma alegria comemorar o aniversário de Belém". A história da cidade está relacionada com a presença da Igreja em "terras amazônicas". É por isso que, desde 2007, a Arquidiocese de Belém segue com os preparativos para a celebração dos 400 anos de evangelização da Amazônia, relacionada com a própria história da cidade.

"Celebraremos os 400 anos da presença da Igreja aqui na Amazônia, a fundação de Belém e o início da evangelização. Por isso, nós queremos marcar cada dia 12 de janeiro como um grande evento", comentou o coordenador de pastoral da Arquidiocese, Monsenhor Raimundo Possidônio.

Dom Alberto informou que a Arquidiocese já fez todo o planejamento do Congresso Eucarístico Nacional, um grande evento que ocorrerá em Belém em 2016, mesmo ano em que Belém completa 400 anos. De acordo com ele, ao longo de 2012, a Arquidiocese deverá trabalhar ainda mais em prol da programação dos 400 anos. Todas essas programações previstas para 2016 prometem ser um marco tanto para a história da cidade quanto para a Igreja de Belém.

A Belém do século XXI precisa de uma nova Belle Époque

Belém vivenciou momentos de luxo e glamour na Belle Époque, que significa "bela época" em francês. Ficou conhecido assim o período da Era da Borracha ou Ciclo da Borracha. Esse sistema econômico fez com que Belém fosse considerada na época a cidade brasileira mais desenvolvida e umas das mais prósperas do mundo, não só pela sua posição estratégica - quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições.

Costuma-se relacionar vários aspectos contemporâneos da cidade com o período da Belle Époque. O próprio nome em francês faz referência a um período de cultura cosmopolita na história da Europa. Belém teria vivenciado um retrocesso, comparando a "bela época" e os dias de hoje? Esta pergunta faz parte do conjunto de discussões que norteiam muitos órgãos, grupos e setores da sociedade.

No apogeu da Belle Époque, entre 1890 e 1920, a cidade contava com tecnologias que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam. Hoje, porém, Belém consta na lista das capitais mais atrasadas do país, em vários aspectos. A cidade que teve alguns dos principais empreendimentos arquitetônicos do mundo construídos naquela época, presencia hoje a degradação dessas estruturas e o descaso do poder público pelo verdadeiro valor que essas construções representam para a sociedade.

A cidade que teve um dos primeiros cinemas do país - o Olympia, hoje o mais antigo do Brasil ainda em funcionamento - considerado um dos mais luxuosos e modernos de seu tempo, inaugurado em 1912, no auge do cinema mudo internacional, mantém atualmente um Olympia com poucas exibições e que abriga moradores de rua sobre sua marquise.

O Theatro da Paz, inspirado no Teatro Scala, de Milão, é considerado um dos mais belos do Brasil. O complexo do Ver-o-Peso, principal cartão postal da cidade, abriga a maior feira livre da América Latina, e as arquiteturas do Palácio Antônio Lemos, do Tribunal de Justiça do Estado, do Museu do Estado e da Catedral Metropolitana de Belém impressionam pela grandiosidade e riqueza de detalhes. A Praça Batista Campos é considerada uma das mais bonitas do Brasil. "Mas tudo isso veio daquela época. O que temos de novo?", questiona Bárbara Lúcia. "A Belém do século XXI precisa de uma nova Belle Époque", afirma.

De acordo com o arquiteto e coordenador do Fórum Landi, Flávio Nassar, o patrimônio histórico da cidade está "abandonado". Ocorrem apenas manutenções em prédios isolados, mas a maioria está abandonada. Ele explica que Belém viveu dois grandes períodos de destaque nos quais a cidade ganhou importantes infraestruturas patrimoniais - o primeiro foi o do século XVIII, conhecido como período Pombalino e que Belém ganhou arquiteturas de Landi como a Catedral, o Palácio do Governador e grandes igrejas como a de Sant' Ana e de N. S. das Mercês. O segundo período foi o da borracha, no qual Belém viu a construção da Basílica Santuário e a reforma da Catedral. "Belém nunca mais se encontrou depois da borracha", afirma Flávio Nassar.

Segundo Flávio, a cidade surgiu sem planejamento urbano e estratégico. "Não se pensou Belém", explica. Para ele, a capital paraense entrou na lista de cidades importantes que entraram em decadência. "Belém não foi capaz de se organizar. A última geração de paraenses não foi capaz de pensar um destino para Belém", esclarece.

Flávio diz que "em nenhuma outra época a capital paraense esteve tão abandonada como atualmente" e revela o motivo daquilo que ele considera "atraso da cidade" - "falta um plano estratégico para Belém. Falta se pensar um modelo para a cidade e dizer 'nós pensamos um futuro para Belém assim, desse jeito'".

"O que sonhamos para Belém? Queremos uma cidade caótica e cheia de pobreza ou queremos uma cidade mais limpa e reconhecida como um povo mais cristão e devoto? Isso é planejamento", explica Flávio Nassar. A ausência de planejamento estratégico também é apontada pelo engenheiro civil, professor universitário e ex-presidente do CREA-Pa, José Leitão Viana. Para ele, Belém viveu todo o século XX em função das obras de Antônio Lemos. "Não se criou estradas novas. Em relação a trânsito, a cidade está parada", avalia.

De acordo com o engenheiro, muitas obras que resolveriam o problema de infraestrutura da capital não foram em frente. "Se tinha o projeto ideal para resolver o problema do Entroncamento, por exemplo, mas ele não foi em frente", informa. "Falta infraestrutura aqui. A cidade conta com apenas uma via de acesso e saída da cidade, que é a BR 316. Quando se extinguiu a estrada de ferro em 1964, não se fez mais nada em relação à infraestrutura", explica.

Viana também esclarece que Belém está sempre atrasada porque demora-se a pensar e executar as obras. Quando elas finalmente estão sendo concluídas, a cidade já necessita de outras. "A vida de uma cidade não é estática. Precisa-se sempre de novas soluções. Essas obras que vão iniciar agora, por exemplo, vão resolver o problema até um certo tempo", justifica.

Fonte: Fundação Nazaré