segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

'IR AS CAUSAS E NÃO FICAR ..."


“IR AS CAUSAS E NÃO FICAR SÓ NOS PALIATIVOS”

Questionar, tentar remover as causas da miséria da fome e não ficar só atingindo os efeitos de forma paliativa reside toda a luta da Igreja.
Não podemos mais nos contentar só em socorrer de forma paternalista as necessidades prementes.

Evidentemente que, as urgências devem ser socorridas. A quem está morrendo de fome não se vai fazer discurso de justiça social... nós temos que dar o pão.
É hora de atacar as causas, mudar os sistemas injustos, as estruturas de pecado que levam a injustiça.

É hipocrisia, fingimento, falsidade ou diria até, comodismo de alguns, para não dizer, safadeza, profanar a Palavra de Cristo quando dizem:
“Pobres sempre tereis entre vós” (Mateus 26,11), achando que isso possa servir como um anestésico na consciência.

A estes que pensam assim, é bom lembrar-se de lerem o que Jesus irá dizer depois, em Mateus 25,44-46: “malditos, afastai-vos...”
Os pobres, a justiça social, sempre foi bandeira do evangelho, sempre foi escopo da Igreja de Cristo.
Ocorre que querem fazer a Igreja se calar, se fechar nas sacristias. Alguns meios de comunicação se metem a dar lições de doutrinas evangélicas, teológicas, bíblicas e pastorais. Não perdem ocasião para difamar a Igreja com interpretações maléficas e mentirosas.

Colocam o seu poderio de comunicação para berrarem contra qualquer ação da Igreja que beneficie os pobres e cobre a justiça social.
A Campanha da Fraternidade que se iniciou na quarta feira de cinzas com o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, quer levar todos os cristãos a refletirem a respeito da situação de injustiça social que está de forma estampada para todos verem e que marginaliza nossos irmãos mais necessitados.

É preciso entender que, a injustiça não é uma situação conjuntural, não é um estado de coisa que deva ser resolvido com paliativos ou esmolas para matar a fome. É um mal de estrutura. Injustiça estruturada, institucionalizada e orquestrada.

É bom lembrar que, no tempo de Jesus, a esmola era um meio privilegiado, integrado no sistema econômico para, remediar a injustiça. Dar esmolas, fazer de todo os bens individuais uma doação, podia ser a maneira de se fazer irmão dos indigentes, assumindo-se, portanto, sua situação ou seu estado (Atos 2, 42 – 47).

Não se tinha, ainda, consciência da alienação produzida por gestos de assistência. Não se tratava, ainda, de assumir ações coletivas para a transformação da sociedade.

Hoje, somos ainda solicitados a dar esmola. E é preciso confessar que certas situações dramáticas nos obrigam a esmolar. Mas sabemos que estes gestos supletivos não nos tornam irmãos das pessoas assistidas, mesmo quando, cheio de boas intenções, nós assim o desejamos.

Isto porque, objetivamente, aquele que dá e aquele que recebe não estão no mesmo nível...

É importante trabalhar pela instauração de uma sociedade que não fabrique mais pobres, isto é, por uma sociedade em que se realizem condições objetivas para que os homens se tornem livremente irmãos.

Precisamos de outras estruturas econômicas, outra maneira de ser cristão. Não se trata apenas de fidelidade a uma palavra “dê esmola”, cuja realização tranqüiliza a consciência.
É preciso acabar com uma sociedade baseada na exploração de uns pelos outros, no tirar proveito do outro pela sua condição social.

Portanto, a ação da Igreja, solícita e responsável, fiel ao evangelho, deve mesmo ir às causas e gritar por mudanças profundas e não contentar-se com o paliativismo.

A missão da Igreja de Cristo é denunciar tudo aquilo que se opõe a justiça do Reino. Denunciar tudo aquilo que se opõe à construção de uma sociedade melhor, justa e fraterna.

Em Gálatas 3,28, Paulo exprime bem a nova dimensão de uma existência, plenamente humana, revelada por Jesus.
“Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus.”

Mas, os privilégios têm suas raízes profundas. O mundo só se modifica lentamente. Nosso sistema social permanece, profundamente, marcado pela subordinação da mulher ao homem, dos pobres aos ricos.
O direito ao trabalho não é o mesmo para um e outro. A “organização social” é tal que, muitos subordinam suas vidas às tarefas subumanas, degradantes.

A miséria de muitos, procede em parte, da ganância de poucos que, num verdadeiro corporativismo, levam a muitos a condição de verdadeiros indigentes.

Nossa sociedade, infelizmente, permanece dominada pelos poderosos e gananciosos que, tiram da mesa dos pobres o “pão de cada dia’ deixando para estes, as “migalhas” que levam a desigualdade social.

A Igreja é, diretamente, desafiada todos os dias por esta desigualdade social, pelos privilégios de alguns.
Jesus questionou, bastante, fortemente os privilégios e as hierarquias que, a sociedade judaica estabelecia, tanto no domínio social, quanto no domínio religioso.

Pela sua solidariedade com os pecadores, com os pequenos, com os sem – lei, com os impuros, Jesus contestou fortemente as estruturas de uma sociedade que ousava se apoiar em Deus para justificar a separação entre aqueles que ensinam e os que escutam entre os que decidem e os que obedecem entre os que devem ser honrados e os que devem ser excluídos ou condenados a uma condição de miséria.

O contexto modificou-se, mas, não mudou muito a realidade das coisas. A sociedade continua tendo, como sempre teve seus marginalizados, excluídos, desclassificados, aos que ela (sociedade) dá apenas o direito do silêncio, da mordaça na boca.

Ainda não aprendemos a nos colocar à mesa para comer com os excluídos, marginalizados, para ouvi-los. É preciso entender que, paliativismo, simpatia e generosidade, não bastam para a transformação da história e como conseqüência, da sociedade.

É necessário buscar, a partir de agora, com a reflexão da Campanha da Fraternidade viver uma mudança real com o máximo de lucidez política e uma coragem profética enraizada na Palavra do Cristo.

Que a Luz do Espírito Santo possa conduzir o povo de Deus, dando a todos nós sabedoria e discernimento, afim de, acolhermos o Reino de Deus em nossas vidas e em nossa história.

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará/ Amazônia – Brasil.

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com.br

Diácos X Padres....


Diáconos X Padres
Quem perde?
A igreja católica.

Gostaria de comentar o texto publicado pelo diácono permanente José Carlos Pascoal, assessor de comunicação do CND, publicado em 09/11/09 na página da comissão nacional dos diáconos com o tema “acidental ou essencial” e acrescentar alguma coisa mais.

Meus irmãos, o Catecismo da Igreja Católica no nº 1571 diz: “...constitui um importante enriquecimento para a missão da Igreja”.
Mas, quem constitui esse enriquecimento para a missão da igreja? Os diáconos permanentes.
Eu fico então a me perguntar: - Até onde isto que diz o catecismo pode ser aproveitado pelo povo de Deus?

Após conversar com vários irmãos de diaconato, pude constatar toda uma angústia e em alguns até mesmo uma depressão espiritual por causa do diaconato.
Mas a que se deve isso? Os vários fatores. Poderíamos enumerar muitos, mas, vamos a alguns.

Somos muitas vezes deixados de lado. O enriquecimento que poderíamos produzir gerar na Igreja com nossa experiência de homens casados, pais de família, provedores de um lar, homens seculares, nos é castrado.

Somos chamados por Deus e pelo Sacramento da Ordem a vivermos uma missão de “serviço”. Cabem a nós diáconos permanentes “servir a todos”. Mas será que temos feito isto?

Infelizmente, a grande maioria dos diáconos permanentes do Brasil tem encontrado enormes dificuldades em seus ministérios. Não somos nem lembrados (como se refere nosso irmão diácono Pascoal da assessoria do CND em seu texto).

Como se não bastasse o esquecimento temos alguns padres que não nos aceitam não nos querem para o serviço do altar, muito menos em suas paróquias para o serviço ao qual fomos chamados e ordenados.
Ora, porque então convidar um homem para participar de uma escola diaconal? Porque então, tantas escolas diaconais pelo Brasil a fora? Porque então ter resgatado o diaconato a partir do vaticanoII se, aqueles que foram chamados, estudaram se prepararam, são homens íntegros, não podem servir, não podem colocar seu ministério a serviço de todos!

Ciúme, inveja, desrespeito, despreparo de alguns ordenados que, deixam os seminários cheios, robustos de liturgia e teologia, mas, estão completamente vazios estéreis de Deus, de caridade, de amor, de partilha de compaixão e misericórdia pelo povo de um “deus” que dizem servir.

É preocupante olhar em volta e observar uma paróquia com tantas comunidades (como aqui no norte do Brasil) e essas comunidades não serem atendidas espiritualmente por falta de padres ou diáconos ou leigos em condições de poderem transmitir a Palavra de Deus.

O pior acontece quando, dentro da paróquia, existe um diácono permanente e por capricho, orgulho ou vaidade do padre, este diácono não pode servir, não pode colocar-se a ‘servir a todos’, porque o “pároco” não quer diácono na sua paróquia, preferindo convidar o ministro da eucaristia (nada contra) ao diácono para realizar a Celebração da Palavra no domingo.

O diácono que se preparou por 3 ou 4 anos para o ministério é jogado no ostracismo. É deixado de lado como um saco de batata.
Ou ainda, quando alguns padres utilizam seminaristas que, muitas vezes ainda estão no primeiro ou segundo ano de filosofia não está nem na teologia, não receberam nem as “ordens menores” (leitorado e acolitato) e se enchem de vaidades. Vestidos como padres, ostentando o “clesma”, sentem-se “padres” sem ao menos saber para que lado vai a missa, mandando muitas vezes mais que os próprios padres, levando o diácono a situações constrangedoras.
O que aconteceria se após 7 ou 8 anos de intensa preparação para o presbiterado, depois de ordenado, na celebração de sua primeira missa, o padre fosse substituído pela freira e ele ficasse somente olhando?

O documento de Aparecida no número 206 diz: “Cada diácono permanente deve cultivar esmeradamente sua inserção no corpo diaconal, em fiel comunhão com seu bispo e em estreita unidade com os presbíteros e os demais membros do povo de Deus.”

Veja o que diz, “cultivar fiel comunhão com o bispo e em estreita unidade com os presbíteros...”.
Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, a palavra “estreitar” quer dizer: “tornar mais íntimo”.

Bem que nós diáconos temos procurado este estreitamento, este “tornar-se mais íntimo” com os padres, mas, eles insistem em viver o afastamento, a separação ao estreitamento.

É claro e evidente que isso não é regra, pois se caso fosse, coitado de nosso povo e de nossa igreja. Temos padres fantásticos, envolvidos com a causa do Reino de Deus. Padres zelosos, acolhedores, amigos e íntimos dos diáconos e de seu rebanho. Padres que se preocupam com o diácono e sua família estão sempre perguntando como está o ministério, se está precisando de alguma ajuda maior para que possa fazer chegar o Reino aos irmãos. Vive na prática o papel de ‘pastor de almas’ e não de “administrador de gabinete paroquial”. Onde se encontra o “conselho paroquial”? Serve para algo em algumas paróquias? Ou só é denominação?

Segue o Documento de Aparecida dizendo no nº 206: “Quando estão a serviço de uma paróquia, é necessário que os diáconos e presbíteros procurem o diálogo e trabalhem juntos”.

Acho que isso é utopia que apresenta o documento. “Diálogo e trabalho juntos”. O que mais observamos são divergências, falta de amor e caridade. Arrogância e discriminação. Presunção e egoísmo por parte de alguns que tem na paróquia, a sua “fortaleza”, deixando somente entrar, participar da mesma, apenas aqueles que lhe agradam ou comungam do mesmo pensamento para não lhe contrariar.

Que fica bem claro. SOMOS MINISTROS SAGRADOS. Diz o documento157 (diretório do ministério e da vida dos diáconos permanentes) na página 89, nº 1: “Mediante a imposição das mãos e a oração consagratória, ele (diácono) é constituído ministro sagrado, membro da hierarquia. Esta condição determina o seu estado teológico e jurídico na Igreja”.

Assim sendo, o diácono precisa ser * R E S P E I T A D O*.

Não que queiramos honras ou glórias (2 Cor. 10,31 “quer comais quer bebais quer façais qualquer coisa, fazei-o para a glória do Senhor”), mas, que sejamos tratados com atenção e dignidade por parte de alguns que, sobem no presbitério para pregar o amor, a acolhida e a dignidade, mas, não vivem aquilo que pregam.

Ou será que tudo isso é fantasia? Não passa apenas de linhas escritas sem validade? Ou será que o sacramento da ordem somente tem valor para o grau, episcopal e presbiteral?

Graças a Deus e a Virgem de Nazaré, posso desenvolver meu ministério com tranqüilidade na paróquia em que sirvo hoje (Santa Rita de Cásia – Ananindeua/PA) e tenho se não, uma relação 100% com o pároco, pelo menos estamos procurando dialogar e trabalhar da melhor maneira possível, buscando o povo, tendo como escopo, o povo de Deus.

Antes de ir ‘trabalhar’ na paróquia de Sta. Rita, tive uma experiência horrível, muito dolorosa. Servia em uma comunidade do meu bairro, quando fui chamado para uma reunião na mesma. Lá chegando para a minha surpresa, ouvi do coordenador da comunidade que o padre havia dito que se eu continuasse a visitar e celebrar na comunidade ele (padre) tinha “poder” para fechar a mesma. Tudo isso por que segundo ele (padre) a comunidade estava dando mais atenção ao diácono do que a ele (padre).
Será que era porque eu estava mais presente do que o padre? Ouvia mais a queixa, o lamento a angustia a aflição do povo do que o padre? Visitava mais os doentes do que o padre? Procurava orientar mais o povo do que o padre? Será que era porque era periferia e eu estava lá, enquanto o padre...................!

Ora meus irmãos, isto não existe. Estamos todos no mesmo barco e remando para o mesmo lado. Jesus que é Jesus pediu a colaboração de doze homens, depois vieram mais setenta e dois e assim por diante.
Não professamos a mesma fé? Não estamos na mesma igreja? Não cremos no mesmo Deus? Então isto de fechar a comunidade não existe, é ciúme bobo que não leva a nada, pelo contrário, dispersa o povo de Deus.

O diácono não quer fazer às vezes do padre, não temos essa pretensão, nós temos plena consciência de que fomos ordenados para o serviço (altar, palavra e caridade). Ocorre que, não querem nos deixar. Não estão permitindo que sejamos “servidores de todos”. Se não estão nos deixando servir naquilo para o qual fomos ordenados, imaginem cuidar de uma paróquia.

Vamos ler o que diz o código de direito canônico: Cân.517, parágrafo 2: “Por causa da escassez de sacerdotes, se o Bispo diocesano julgar que a participação no exercício do cuidado pastoral da paróquia, deva ser confiado a um diácono...”. Q U I M E R A ?

Não quero ser arrogante, mas o nosso papel hoje, em um mundo pluralista, é o de ajudar em muito a igreja católica e para isso fomos ordenados. O diácono está a serviço para ir onde o padre não pode estar.

Agora: Não vão e não nos deixam ir. “É meu território paroquial e aqui entra quem eu quero”. Esta é a mentalidade de alguns padres, I N F E L I Z M E N T E, o que é uma pena. E assim quem perde? A igreja católica.

O Livro dos Atos 3,6 diz: “Eu não tenho nem ouro nem prata, mas dou-te aquilo que tenho”.
A igreja católica tem a nós, diáconos permanentes e não está nos aproveitando. A igreja não está nos oferecendo ao mundo, por capricho e inveja de alguns. Esta nos preferindo “CASTRAR” a lançar seus servidores para “águas mais profundas”. Somos chamados pelo Documento de Aparecida nº 205 a: “acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais”.
Como acompanhar se não nos permite nem a chegar perto. Ou ainda, a comunidade ser fechada porque o diácono está lá ajudando na evangelização?

O Documento de Aparecida segue dizendo agora no nº208: “A V conferência espera dos diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras da missão”.

É o que todos nós queremos “SERVIR” como apóstolos, pela causa do Reino de Deus. É só nos deixarem, nos respeitarem, nos acolherem e reconhecer em cada um de nós diáconos permanentes, uma extensão do padre e da igreja católica nas comunidades.

Quero deixar claro uma coisa. Minha intenção não é fazer apologia contra padre a favor de diácono e sim buscar um despertar em todos nós, padres e diáconos para esse problema que a Igreja insiste em tapar com a peneira, mas que na realidade angustia a todos, pois quem perde como já me reportei é a igreja é o povo da periferia que não pode se deslocar para os grandes centros urbanos para participar da Santa Eucaristia. Acabam ficando sem a Eucaristia e sem a Palavra. Quem perde é o padre e o diácono que, ao invés de buscarem juntos a edificação do Reino de Deus aqui na terra, estão é dispersando a grande massa, ávida por escutar a Palavra de Senhor. E enquanto ‘brigamos’ os nossos irmãos que vivem de proselitismos, arrebanham as nossas ovelhas para o seu redil.

Vamos todos fazer uma grande meditação. Vamos todos buscar no respeito uns aos outros a sintonia e a harmonia necessária para juntos, remarmos a favor da mesma maré, do mesmo Deus do mesmo Reino e da mesma Igreja Católica Apostólica Romana da qual professamos.

Diácono Luiz Gonzaga (Arquidiocese de Belém- Amazônia- Brasil).
diaconoluizgonzaga@gmail.com

domingo, 21 de fevereiro de 2010

DIACONATO PERMANENETE



DIACONATO PERMANENTE

Nos últimos anos temos visto na Igreja o incremento do ministério do Diácono Permanente. Não resta dúvida de que os padres conciliares foram inspirados para esta restauração. A retomada desse ministério, como uma vocação própria, é uma grande riqueza para nós.
Tive a oportunidade de poder vivenciar várias experiências ligadas ao diaconato permanente, seja em minha paróquia, seja iniciando a escola diaconal em minha primeira diocese ou então continuando uma caminhada das mais antigas do Brasil, na arquidiocese anterior a que servi.
Percebi a importância e o valor do diaconato permanente, tanto no campo social como na presença evangelizadora da Igreja nos diversos âmbitos e também nas comunidades. Posso testemunhar por minhas experiências a riqueza da vida, da missão e trabalho diaconal o bem que se faz à Igreja.
Nem sempre as pessoas compreendem como esse passo que o Concílio Vaticano II nos deu foi profético. Muitos selecionam do Concílio apenas aquilo que querem e não acolhem esse grande dom que nos foi dado. Muitas comunidades no Brasil e no exterior já deram grandes passos nessa direção, enriquecendo a Igreja local com os diversos carismas e dons.
Se nos atualizamos com alguns números do Anuário Pontifício, ficamos impressionados com a vida diaconal em algumas dioceses nos Estados Unidos: Nova York conta com 377 diáconos, Los Angeles possui 261, e Boston com 257. Os pastores dessas megalópoles, com todos os seus desafios pastorais e sociais tão grandiosos quanto os nossos, souberam acolher a proposta conciliar e deram passos que hoje marcam o trabalho dessas Igrejas.
O importante é que “é preciso superar uma inércia ministerial das Igrejas, acostumadas a ver só um tipo de ministério ordenado na comunidade” (doc. 57 - pg. 22 – Estudos da CNBB - 1988). A ação do Espírito Santo se adiantou às nossas necessidades e missão.
Aqui na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro começou uma das primeiras iniciativas para a ordenação de diáconos permanentes ainda com o meu predecessor, Cardeal Dom Eugênio, sendo ele também um dos pioneiros na defesa desse ministério.
Tive a graça de suceder em Belém e aqui no Rio de Janeiro a Arcebispos pioneiros que trilharam esse caminho, e foram fieis ao Concílio, com a organização desse ministério hierárquico. Acredito que seria muito importante uma história dessa vocação, seus inícios, passos e com mais dados e fatos em nossa Igreja do Rio de Janeiro.
A nossa Arquidiocese criou a sua Escola Diaconal, onde os candidatos passam quase 5 anos de intensa formação doutrinal, pastoral e sacramental, de acordo com as horas-aula que são exigidas segundo os documentos que organizam a formação diaconal.
Com toda esta história e com o trabalho sendo bem desenvolvido, peço a Deus que nos envie muitas vocações para que possamos incrementar ainda mais, com o diaconato permanente, a nossa missão evangelizadora e catequética nesta grande cidade. Tive a alegria de ordenar, no dia 28 de novembro passado, o mais novo grupo de diáconos permanentes, que vem somar forças com aqueles que já caminham e servem a esta Igreja com generosidade e alegria. Agora necessitamos de olhar adiante e para o futuro.
Confio principalmente aos párocos o discernimento vocacional para que, consultadas as comunidades e os conselhos paroquiais, indiquem candidatos para serem encaminhados nessa direção. Em uma cidade como a nossa não podemos nos acomodar e sim nos colocar à escuta do Senhor para que saibamos acolher os trabalhadores que Ele envia para a messe.
Os párocos devem perceber em suas comunidades aqueles homens capazes de assumir essa caminhada vocacional, e também estar abertos para as vocações que lhe chegam espontaneamente ou indicadas por pessoas conhecidas que querem o bem da Igreja.
A própria comunidade paroquial é fonte de vocações desses homens que estão dispostos a uma doação mais radical e profunda pela causa do Evangelho. É um belo testemunho que temos ao nosso redor com tantas pessoas de diversas situações culturais e sociais se colocarem a serviço do povo de Deus com generosidade e alegria, autorizados pelas esposas e com a alegria dos filhos.
Somos chamados a dar testemunho e nos empenharmos numa lógica de comunhão ministerial, onde percebamos que a vida ministerial deve estar completa para que possa transparecer todo o múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, cabeça e fundamento de toda a vida vocacional na Igreja.
E que possamos, assim, perceber toda a riqueza de vocações e de serviços que existem no corpo da Igreja, onde todos estão a serviço de um único Senhor e de um único Evangelho. Todos, sendo diferentes na sua caminhada vocacional, e sendo diferentes no modo de vida na qual assumem os seus propósitos de bem servir à Igreja de Cristo, devem ter o firme propósito de completar em si mesmos o único ministério do Cristo, e do qual emanam todas as vocações.
Quero pedir, portanto, a todos os sacerdotes, e em especial aos párocos de nossa Arquidiocese, que, em comunhão com as diretrizes desta nossa Igreja particular do Rio de Janeiro, possam se empenhar para o frutuoso incremento das vocações diaconais. Quero reafirmar que estarei sempre empenhado, seguindo a linha de ação pastoral de meus predecessores, no desenvolvimento da vida diaconal em nossa Arquidiocese, com tanto vigor quanto tenho pelas vocações sacerdotais e religiosas.
Recordo que a seleção prévia dos candidatos nas paróquias já é um chamado, e se reveste de grande importância. A formação e o discernimento aperfeiçoarão esse chamado.
O caminho institucional é o que atualmente está em vigor: os nomes dos possíveis candidatos são enviados à Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes (Cadiperj), e, uma vez aceitos, poderão ingressar no período do propedêutico, com duração de um ano, e ao seu término poderão ser inscritos na Escola Diaconal Santo Efrém.
Peço ao Senhor da Messe que nos envie boas e santas vocações diaconais para a nossa Igreja de São Sebastião do Rio de Janeiro. O cânon 385 nos recorda que: “O Bispo diocesano incentive ao máximo as vocações para os diversos ministérios”.
Assim respondo com alegria ao pedido que a Mãe Igreja me pede: promover as vocações em todos os seus ministérios, e, agora, aqui, especialmente, o ministério diaconal.
+ Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

REBELDIA SEM MOTIVO APARENTE


REBELDIA SEM MOTIVO APARENTE
Psicóloga Lúcia ABREU
A rebeldia é considerada praticamente uma condição da adolescência. Neste período da vida, eles resolvem testar o mundo à sua volta e, principalmente, os pais. É claro que existe uma inquietação saudável, de contestar as coisas e descobrir novos mundos. Entretanto, há jovens que apresentam um comportamento “rebelde” sem nenhum motivo aparente, transformando suas vidas e a dos familiares num verdadeiro caos. Pais e filhos travam batalhas diárias tentando impor suas vontades e, na maioria das vezes, sem chegarem a um acordo.
É inegável que os filhos têm estes tipos de atitudes para chamar a atenção dos pais. Hoje em dia falta limite, a criança que não tem alguém que a repreenda provoca de alguma forma. Quanto mais solta está, mais vai querer que o adulto olhe, desta forma o filho “avisa” que está carente, que precisa de alguém para dizer o que pode e o que não pode fazer.
Os adolescentes mais rebeldes são os mais amedrontados, por isso a criação de leis internas pode ser um bom caminho. É preciso negociar. No início estabeleça pequenas regras, que tem que ser combinadas e respeitadas pelas duas partes. Fale com firmeza, mas sem grosseria e cuidado com o tom de voz. Muitos pais em vez de falar, gritam e com isso acabam perdendo a autoridade.
A diferença entre as gerações de pais pode ser apontada como um dos principais provocadores da rebeldia sem causa dos adolescentes na modernidade. Os pais dos anos 50 e 60 não tinham diálogo com os filhos e eram autoritários. Depois, eles se transformaram e passaram a acreditar que sendo amigos teriam uma relação melhor com os filhos e, com isso, raras vezes diziam não.
A permissividade dos pais acarreta a falta de limites para os filhos, fazendo com que o adolescente se rebele sem motivos. Os pais perdem o rumo da educação dos filhos quando tentam ser amigos e esquecem-se de dar limites. Não adianta ser autoritário, mas sim ter autoridade. A autoridade tem que ser exercida com diálogo, mostrando principalmente o respeito que os filhos têm que ter aos pais.
Com certeza, dizer sim aos filhos é mais agradável do que dizer um não, mas, o que nos permite definir e demarcar limite, é o não. Estabelecer limites não é proibir tudo e sim definir o momento adequado para se conceder ou negar algo.
Atitudes de rebeldia por parte dos filhos afeta toda a família. Para os pais, gera uma sensação de incompetência e de impotência. Eles acordam para o fato de que os filhos cresceram, expressam suas vontades de forma diversa da deles, não seguem os parâmetros da família, são mais influenciados pela mídia e por amigos. Enfim, pai e mãe percebem que perderam o controle e que precisam voltar a conhecer seus filhos!
Os filhos também pagam o preço pela desobediência, pois a atitude provoca uma desorganização emocional. Eles sabem que quebram regras e se sentem culpados.
A melhor atitude a ser tomada é dialogar dentro de casa. Pais e filhos devem ser claros e precisos quanto às suas dificuldades. Devem expressar francamente seus medos, remorsos, falhas, limitações. Procurem expor suas reclamações, usando um tom de voz baixo e linguagem respeitosa só assim vocês poderão ajudá-los a reencontrar o afeto e a paz de que precisam.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

COMPETIR.


“COMPETIR”

A competição, no sentido de lutar por um mesmo objetivo, pode ser uma coisa saudável.
Motiva-nos a estudar mais ou a correr mais rápido. Não há nada de errado no desafio e no incentivo para se alcançar um objetivo.
Entretanto, quando o pecado abre uma brecha e entra no espírito de competição, o objetivo do sucesso pessoal é deturpado, tornando-se uma obsessão.
Essa competição pode tirar o foco de nossa atenção do objetivo final e mover-nos a fazer comparações com os outros. Isso torna errada a competição.
Vejamos o que nos diz Paulo:
(2 Cor.10,12) “ Não nos atrevemos a igualar-nos nem a comparar-nos a alguns dos que fazem a própria recomendação. Eles, ao contrário, ao se tornarem como medida de si próprio, acabam sem perceber”.
Infelizmente, a competição tornou-se tão comum em nossa cultura, que assumimos que ela é aceita por Deus de qualquer forma. Acontece que as escrituras não concordam com essa posição.
O ideal definido na Bíblia é a cooperação, a concórdia e a unidade entre os cristãos. Várias metáforas são usadas para descrever e exemplificar essa cooperação: somos parte de um todo, o “corpo de Cristo”, a “geração escolhida” e “sacerdócio real” (1 Cor. 12,27; Ef.2,20-22; 1 Pedro 2,9).
O presente do Espírito Santo para a Igreja Primitiva veio quando os cristãos “estavam reunidos no mesmo lugar” (Atos 2,1). O apóstolo Paulo falou, em várias ocasiões, sobre a necessidade da união no Espírito (Ef.4,3).
Quando Jesus visitou, Maria e Marta elas utilizaram os seus dons em servir. Maria sentou-se aos pés de Jesus, amando e sendo amada por Ele. Marta, uma mulher “realizadora” e prática, começou a preparar a comida e o lugar para o descanso do Mestre. Entretanto, Marta desviou-se de seu objetivo de servir a Jesus e começou a avaliar o desempenho de Maria. Ambas as mulheres estavam servindo com boa intenção.
O problema ocorreu quando Marta esqueceu o fato de que ambas “jogavam no mesmo time” e resolveu julgar a irmã (Lc.10,41-42).
Queridos, os dons do Espírito existem para que trabalhemos em harmonia uns para com os outros, conforme o Espírito Santo direcionar, para que, então, todo o corpo de cristãos trabalhe em conjunto.
(1 Cor. 12,7. 11-12) “ A cada um é dada uma manifestação do espírito para o bem comum... Mas tudo é realizado pelo mesmo e único espírito, repartindo a cada um como ele quer. Como o corpo, sendo um, tem muitos membros, e os membros, sendo muitos, formam um só corpo, assim é Cristo”.
Nós somos responsáveis pelo bem-estar uns dos outros, devemos rezar uns pelos outros, fomos chamados para ter um mesmo pensamento e viver em paz.
(2 Cor. 13,11) “De resto, irmãos, ficai alegres, restabelecei-vos, consolai-vos, estai de acordo e em paz; e o Deus do amor e da paz estará convosco”.
De fato, se uma discussão surge, devemos dar “preferência” ao outro – ou desistir de nossos direitos para alcançar harmonia.
(Rom.12,10) “ O amor fraterno seja afetuoso, estimando os outros mais que a si mesmo”.

Diác. Luiz Gonzaga (Arquidiocese de Belém /Pará – Amazônia – Brasil)
diaconoluizgonzaga@gmail.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"O SENHOR DOS EXERCITOS"


“SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.” (Salmos 84:12)
Senhor dos Exércitos… Esta passagem no Livro de Salmos nos revela este grande segredo, e quando realmente entendemos, aceitamos e praticamos esta confiança nEle… o milagre acontece.
Nestes dias, por causa da nossa filha, temos assistido, e muito, aos desenhos dos “The Veggie Tales” (Os Vegetais). São desenhos baseados em passagens e ensinamentos bíblicos, tem sobre Josué, Jonas, Gideão, o bom samaritano, e muitos outros! O que estamos vendo agora fala sobre “Davi e Golias” é uma história feita para crianças, algo muito lindo, e para falar a verdade, acho que eu e meu amor gostamos mais do que a Bella!!! (rsrsrsrsrs) O que sei é que esta história me despertou nesta noite, não a do desenho, mas a verdadeira em 1 Samuel 17:45, de como Davi enfrentou aquele gigante chamado Golias. E as palavras de Davi foram: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” Davi conhecia esse segredo!!! Por isso ele não teve medo de ir ao encontro do problema, pois sabia como solucioná-lo. Isso só veio a acontecer depois de 40 dias seguidos de muita afronta por parte de Golias, ele queria que “um” do exército de Israel fosse ao seu encontro para que lutassem cada um representando o seu povo, onde o lado que perdesse seria escravo do lado vencedor, mas Israel ficou tão em “choque” com o seu tamanho (+/- 3m de altura) que nenhum homem teve forças para ir ao seu encontro, foi quando surgiu Davi, que, com uma pedra, matou aquele gigante.
Mas a pergunta que ardeu em meu coração foi: “por que, muitas vezes, agimos mais como o exército de Israel e não como Davi?” Aquele povo já tinha visto Deus agir, livrar, fazer proezas em muitos outros momentos de suas vidas, mas “por que se esqueceram disso tudo naquele momento?” Não vou falar em tom de crítica contra este povo, e vou falar por mim mesmo (pois talvez você pense diferente…), mas eu sou igualzinho a eles!!! Os milagres acontecem todos os dias, seja provisão, livramentos, cura… e muitas vezes, quando surge um novo obstáculo, um novo “gigante” em minha vida, o primeiro pensamento que vem é: “Agora ta difícil… Não sei o que fazer… Será?” e, ao invés de clamar ao Senhor dos Exércitos por mais um milagre, me entrego à murmurações, lamentações, tristeza, dúvida… louvado seja Deus por minha esposa, que sempre que me vê desse jeito me lembra que nós servimos à um Deus que é poderoso para fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (Efésios 3 : 20)!!! Mas… “Por que oscilamos tanto?” Se um dia fomos libertos, em Cristo, devemos viver como tais, livres, pois a verdade já nos foi revelada!!! “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32) O Senhor deseja ver o nosso posicionamento, fazer a nossa parte, que é “confiar nEle”. Como está em 1 Reis 18:21: “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” A pergunta foi lançada!!! Não vamos fazer parte deste povo que ficou sem resposta, que não teve forças nem coragem para defender a sua fé, mas sim daquele povo que pode levantar a cabeça e declarar: “Eu sei em quem tenho crido. Maior é o que está em mim do que o que está no mundo!!!” É isso o que Ele procura, pessoas decididas, verdadeiras, entregues não às suas dúvidas e medos, mas sim à certeza da vitória que um dia lhes foi revelada!!!
É hora de nos posicionarmos, não vamos esperar o próximo “gigante” surgir à nossa frente. Aquele que fez ontem, é fiel para fazer hoje, e fará amanhã também. Não estamos largados ao nada, sem ter a quem recorrer, mas nós temos um Pai que está disposto a tudo por Seus filhos. E Este pai está buscando estes filhos, pessoas que sabem que não estão perdidas, que tem Alguém em quem podem confiar. Ele só está esperando o seu chamado para vir correndo para socorrê-los, como está em João 4:23: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” Ele está olhando sobre a terra, buscando os Seus filhos!!! Não vamos esperar mais “40 dias de afronta” deste mundo para lembrarmos ou assumirmos nossa identidade. Vamos fazer como Davi: “Eu sou filho, e o meu Pai, além de pai, é o Senhor dos Exércitos. A quem temerei?”
A guerra já está declarada, uma guerra não só contra o mundo com todo o seu engano e maldade tentado nos oprimir mais e mais a cada dia, mas uma guerra também contra o nosso próprio “eu”, que em muitos momentos insiste em lutar na sua força ou na sua forma de pensar, onde o resultado sempre vem a ser decepção, dor… Você pode olhar para esta palavra e pensar: “Você não sabe a luta que é o meu casamento…” ou: “Eu não acho emprego em lugar algum…” ou: “Esses meus filhos, não sei mais o que fazer…” Sei que as lutas são muitas e que os “gigantes” se levantam a cada dia, mas… devemos lembrar e confiar que maior do que qualquer “gigante” é o nosso Deus!!! Sei que não é fácil, mas devemos vencer o nosso “eu” e entregar estas lutas a quem realmente pode vencê-las, o Senhor dos Exércitos. E declarar, seguindo o exemplo de Davi: “Problemas, no casamento… emprego… filhos… eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, a quem tens afrontado.”
Não desista desta luta, fique firme, sem dúvida você verá mais um “gigante” caindo derrotado à sua frente. Como está em Romanos 8:37: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.”
Diácono Luiz Gonzaga (Arquidiocese de Belém)
diaconoluizgonzaga@gmail.com.br

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não deixe a benção...


Não deixe a sua benção ser transferida para outro

Você já imaginou, Deus resolve te abençoar: aquele sonho que você tinha na vida esta prestes a se tornar realidade, a casa dos seus sonhos, o carro que tanto queria seu casamento realizado com festa e tudo, a viagem dos seus sonhos. Der repente tudo isso que era para você, é transferido para outro. Você ficaria decepcionado, arrasado ou até choraria não é mesmo?


Eu tenho uma triste noticia para você, muitas bênçãos de Deus, que são para você, são transferidas para outros e você nem percebe.


A bíblia diz: que Deus já nos abençoou. Efésios 1:3 - "Bendito o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais, nos lugares celestiais, em Cristo".
Deus já nos abençoou;
Ele já nos abençoou com todas as bênçãos;
Essas bênçãos estão armazenadas num lugar chamado "lugares celestiais";


É a nossa fé que traz as coisas que já nos pertencem.
Mas infelizmente, por causa do pecado, por não perseverarem, por não ter paciência de esperar essas bênçãos, e até por falta de Fé, elas podem ser transferida para outros, não deixe isto acontecer.


Uma vez tinha um homem, que era bem de vida, mas era um homem de cara fechado, carrancudo, vivia sempre de mau humor.
Um dia ele estava no caixa de um supermercado, esperando sua vez de passar a sua mercadoria.
Uma senhora já de idade estava com alguns Paes e leite, e pediu permissão ao homem para passar a sua frente, era rapidinho
Disse a senhora: meu filho, deixa eu passar a sua frente, é rapidinho, e o senhor tem muitas mercadorias para passar.
O homem respondeu: em primeiro lugar, eu não sou seu filho, faça como todos esperem a sua vez.
A mulher coitada ficou triste, mas não abriu a sua boca, e ficou na fila aguardando a sua vez. Quando era a sua vez de passar seu pão e leite, tocou a sirene da loja, fogos de artifício foram soltos, confetes, foi àquela festa. O supermercado estava completando o seu milésimo cliente, e como premio a pessoa contemplada poderia gastar de graça três mil reais em mercadoria.
O homem ficou com cara de bobo, se ele tivesse deixado a senhora passar a sua frente, o próximo era ele, o premi0o era para ele, mas por causa da sua ignorância ele perdeu a sua benção.


Passando esse episódio para o mundo espiritual, quantas pessoas perdem sua benção, aquilo que Deus preparou para ele, é transferido para, por causa das suas atitudes e muitas vezes até pecado contra Deus.
UM EXEMPLO BIBLICO:
Texto básico: I Sm 2. Este texto fala que por causa do pecado o sacerdócio de Eli foi transferido a Samuel
No v. 12 diz: – Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor”.
O v. 17 afirma que "era, pois muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor.
O que podemos perceber é que estes jovens estavam entregues a si mesmos, faziam o que era mal aos olhos do Senhor, sendo desobedientes, e desprezavam a oferta do Senhor. Eli que era o sacerdote, e seu pai, não corrigiram seus filhos, então Deus levantou um homem, para dizer ao sacerdote:
Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai... E eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para sacerdote, para oferecer sobre o meu altar, para acender o incenso e para trazer o éfode perante mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que dais coices contra o sacrifício e contra a minha oferta de manjares, que ordenei n a minha morada, e honras os teus filhos mais do que a mim, para vos engordades do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel? I Samuel 2:28-29
Eu o escolhi – Você foi separado, para que a glória de Deus fosse manifesta dentre todas as tribos. O sacerdote Eli negligenciou ao seu chamado, consentiu que seus filhos pecassem contra Deus. E o mais triste aconteceu, Deus o substitui pelo profeta Samuel.
Deus decidiu, não tenho mais compromisso contigo, (v.35) E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma casa firme, e andará sempre diante do meu ungido. Tome muito cuidado a benção que seria para você pode ser transferida para outro. Deus tirou o sacerdócio de Eli e passou para Samuel,


OUTRO EXEMPLO BÍBLICO
No cap. 8 de I Samuel, o povo pede a Deus um rei, e o escolhido foi Saul.
Saul, era moço e o mais belo da sua tribo, Benjamim. Samuel o unge rei, como havia sido designado pelo Senhor. Saul com passar do tempo começa a cometer vários erros em seu reinado.
E um desse erros cruciais foi, desobedecer a Deus. Através de Samuel, o Senhor deixara uma ordem: exterminar os amalequitas! Tudo seria deveria ser destruído, até os animais..
Saul desobedece e faz acordo com o rei Agague, e poupa sua vida e leva consigo os animais do rei. Na sua chegada Saul é repreendido pelo profeta Samuel. I Samuel 15:22 “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.”
E Samuel dá uma sentença a Saul dizendo: PORQUANTO TU REJEITASTES A PALAVRA DO SENHOR, ELE TAMBÉM TE REJEITOU A TI, PARA QUE NÃO SEJAS MAIS REI. I Samuel 15:23
Que tristeza para Saul, ser substituído, ser trocado. E Deus colocou em seu lugar a Davi um homem segundo o coração de Deus. Quando Davi chegou, o Senhor disse a Samuel: "Unge-o! É esse!". Samuel tomou o vaso de óleo e ungiu Davi na presença de seus irmãos. Desde então, repousou sobre Davi o espírito do Senhor.
Conclusão: A benção que Deus tem, é para você, não deixe ser transferida para outro, tome posse daquilo que esta reservada para sua vida.

O que vale mais?


O que vale mais? As palavras ou as atitudes? Por Patricia Gebrim
Outro dia ouvi alguém dizer que “o que vale é a intenção!”.
Bem, aqui vai a minha opinião: de que adianta uma boa intenção sem atitude?
De que adianta ter a intenção de ajudar alguém, se não formos capazes de mover um único osso de nosso corpo nessa direção?
De que vale a intenção de respeitar alguém, se na verdade agimos pensando apenas em nós mesmos?
De que vale a intenção de amar, se agimos com o mais puro desamor?
Em minha opinião, vale muito pouco, para não dizer nada.
Eu posso ter os mais belos pensamentos e ideais, mas se eles não vierem acompanhados de atitudes coerentes, tornam-se apenas uma cantiga para anestesiar a minha consciência ameaçada pela culpa de não ter agido de acordo com ela.
Dizer simplesmente para si próprio: “ Eu não tive a intenção de ferir ninguém” é uma desculpa para que não nos sintamos tão culpados pelo mal que causamos. É como se nos tornássemos crianças dizendo: “ Ah... Mas eu não queria que fosse assim”- como se dessa maneira o mal causado se tornasse menor, ou menos nocivo.
Será?
Talvez fosse mais honesto que assumíssemos o erro cometido, nos desculpássemos e tentássemos reparar o mal causado de alguma forma, com atitudes. Todos podem (e vamos) errar muitas vezes na vida. Faz parte de nossa condição humana. Mas lembre-se: todos nós temos um enorme potencial de reparação e podemos usá-lo criativamente, desde que escapemos da comodidade de evitar enfrentar a vida.
Palavras isoladas são para covardes, que fogem e se escondem. Apenas os corajosos são capazes da ação realmente reparadora. Coragem tem a ver com ação, com enfrentar as dificuldades de frente.
Assim, se você feriu alguém, não evite essa pessoa. Vá em sua direção e tente reparar o mal causado.
Se você gosta de alguém... Mostre! Tenha atitudes amorosas. Seja atencioso, respeite, proteja, acalente. Torne-se presente. Olhe de verdade para essa pessoa, perceba a sua existência, coloque-se no lugar dela. Saia do perímetro de seu próprio umbigo. Olhe para essa pessoa, lá no fundo dos olhos. Tente perceber o que ela pode estar sentindo e tente agir da melhor forma que puder. Não se esconda atrás de suas palavras. Palavras “bem ditas“, são as que vêm acompanhadas de atitudes, pense nisso!
Buraco infernal
É incrível como andamos todos apaixonados por nosso próprio umbigo.
Muitas pessoas dizem sentir um vazio em suas vidas e eu fico pensando se não caíram dentro de seus próprios umbigos sem perceber.
Imagine a cena... Um dia você está passeando distraidamente pela sua própria barriga procurando pela maravilhosa fonte da vida (o cordão que o ligava à mãe, de onde tudo brotava sem esforço) e cai naquele orifício primário, cai dentro de seu próprio umbigo! Muitos de nós caímos em nossos umbigos ao procurar por essa fonte irrestrita de prazer e satisfação, já pensou nisso?
Só que, ao cair nesse buraco ancestral, de repente nos percebemos isolados, separados de todas as outras pessoas... Talvez essa seja a real solidão, afinal. A fonte de nosso egoísmo e isolamento. Essa solidão que nos faz esquecer que quando prejudicamos alguém estamos ferindo a nós mesmos. Essa solidão que nos separa de todos, e lá ficamos, mergulhados em nosso poço de lamentações pessoais, envolvidos pelas profundezas de nossas crenças e problemas individuais, sem nos importarmos com ninguém mais, a não ser nossos próprios desejos e frustrações.
Se conseguirmos sair desse buraco infernal, se conseguirmos emergir de nós mesmos, mesmo que exaustos, e olharmos ao redor, veremos que o mundo é muito maior do que aquele mundinho pequeno e egoísta.
Começaremos a nos encantar com o enorme número de pessoas que circulam diariamente ao nosso redor. Na verdade, na maioria das vezes, elas já estavam lá, tentando alguma forma de nos resgatar, enviando amor em nossa direção. É incrível como ficamos cegos lá dentro de nossos umbigos!
Se não fizermos de nossos problemas a nossa bíblia, talvez possamos nos interessar um pouco mais pelas pessoas e, ao fazer isso, talvez nos esqueçamos da horrenda dor de separação.
Só assim, ao nos percebermos parte de um mundo que continua girando a despeito da profundidade de nossos buracos pessoais, será capaz de perceber que os outros existem. Nesse dia podemos finalmente passar da palavra para a ação.

ORAÇÃO PARA MOMENTOS DE DESESPERO

ORAÇÃO PARA MOMENTOS DE DESESPERO

Santa Teresinha do Menino Jesus,
que atravessastes a noite escura da alma,
sem nenhuma consolação espiritual
e, sustentada pela fé, recuperastes a alegria de viver,
implorai ao Bom Deus por mim,
para que eu seja capaz de dominar
este estado de tristeza em que me encontro,
esta treva absurda que tomou conta de meu coração.
Iluminai, Santa Doutora, minha inteligência
para que eu descubra que só Deus me basta
e que devo, em tudo e por tudo,
realizar somente a vontade d'Ele,
desse Deus Misericordioso,
que me carrega ao colo,
mesmo quando me sinto abandonado,
sem nenhuma luz a me orientar.
Dai-me crer, cheio de esperança,
que todo desespero tem seu fim
pois o amor de Jesus liberta os corações
das correntes do medo e da angústia.
Dai-me, um sorriso, ó Santinha
e providenciai para mim, junto ao Pai,
o Dom da alegria.
Que esse Dom me cure e me liberte,
me faça ver as novas luzes que se acendem:
o amor do Pai começa a brilhar para mim,
Sua misericórdia começa a me aquecer
e eu me abro à vida nova
que o Espírito Santo de Deus me traz,
o mesmo Espírito que ungiu a vossa vida,
ó Santa das Rosas, com o precioso óleo da alegria,
do qual urgentemente necessito
para poder louvar o Pai e o Filho,
sem nada a me pesar o coração.
Creio firmemente que serei atendido,
que meu brado de angústia será ouvido
e me comprometo a espalhar a vossa devoção.
Amém.
(Reze 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.
Se possível, faça uma confissão sacramental e participe de uma missa, comungando piedosamente.

Diac. Luiz Gonzaga.

ORAÇÃO DO DIÁCONO

ORAÇÃO DO DIÁCONO

Jesus Cristo,
Irmão, Mestre e Senhor
Enviado do Pai e Diácono dos Irmãos,
ensina-me a ser livre para amar e servir a família, •à comunidade, os pobres.
Espírito Santo, abre meu coração
para acolher a Palavra
e assumir a ação evangelizadora da Igreja
através do Serviço, do diálogo, do Anúncio
e do Testemunho da Comunhão.
Maria, Mãe de Jesus e Modelo da Igreja servidora.
Ajuda-me a trabalhar para construir,
com minha família, meus irmãos e irmãs
o Reino de Deus entre nós.
AMÉM!!!

Semeando a boa palavra

Tema: Semeando a boa palavra
Texto basico: Lucas 8:1-15
Texto: Provérbios 24:11

Palavras chaves:
Semeador (Mc 4:14)
Semente (Gn 47:23; Is 32:15; 2Co9:6; Gl 6:7)
Semear/plantar (Gn 26:12; Sl 126:5-6; Lc 8:5; 1Co 3:6)
Sementeira (campo semeado) (Gn 8:22)
Sega(colheita/ceifa) (Gn 8:22; Sl 126:5; Jr 8: 20; Zc 8:1; Tg 5:4, Ap 15:15)
Ceifeiro (Jô 4:36-37)
Campo (Mt 13:38)
Seara (Jl 3:13; Mt 9:37-38; Ap 14:15)

Para fixar: A bencao da fecundação, da multiplicação e da plenitude esta no coração de Deus e nas mãos do homem.

Quatro perguntas básicas:

1-Por que devemos semear? (Gn 8:21-22; 47:23;Sl 42:2; Mc 8:37;16:15)
a) Porque o coração e a alma do homem anseia desesperadamente por Deus (Sl 42:2)
b) Porque Deus o ama (Jo 3:16)
c) Porque um dia também fomos semeados (Rm 5:5)
d) Por causa da urgência (Mc 6:37)

2-Aonde devemos semear?
Não importa o tipo de solo(coração) devemos lançar semente em toda terra . O próprio Jesus ensina aos seus discípulos que a obrigação de alimentar/temperar/e iluminar o mundo e do seu povo, e de mais ninguem; cabe a voce e a mim esta tarefa e/ ou responsabilidade

3-Quando devemos semear?
4-O que devemos semear?

Introdução:
A igreja de Deus cresce quando voce e eu tomamos conhecimento da nossa co-participacao com o Espírito Santo na obra da evangelização (Lc 8:15)
Observando a parabola do semeador entendemos que ele recebeu ordem para semear a semente por todo lugar, em toda parte e em toda terra, não havendo um local especifico.
Esta parábola nos mostra claramente que o evangelho não será recebido de igual modo por todos, mas nem por isso devemos deixar de semear, mesmo diante das interferências sofridas. Vejamos algumas delas abaixo:
• a oposição satânica;
• a perseguição externa e a pressão do grupo ou meio em que vive;
• e a atração pelos prazeres do mundo;
Esta parábola traz alguns ensinos aos semeadores, como:
• ela revela as diversidades de solo;
• as resistências e perseguições, mas;
• nos mostra também que o nosso trabalho não e vão no Senhor, há a boa terra;
Mesmo com lagrimas, suor e dor certamente voltaremos com alegria nos lábios trazendo em nossas mãos os feixes ou frutos do nosso árduo trabalho no Senhor (Sl 126:5-6).
A palavra de Deus para nos hoje, e a mesma que Jose falou ao povo: " ai tendes sementes, semeai a terra" (Gn 47:23-25)
Quando aceitamos, entendemos e submetemos a nossa vida a vontade e senhorio de Cristo, se torna mais facil fazer o serviço de servo. Não há problemas em sermos submissos, ele deu-nos o exemplo primeiro (Fl 2:5-8)
Em Gênesis 26:12 nos diz que "Isaque semeou naquela terra e, no mesmo ano, colheu cem vezes mais do que semeou".
Há um segredo para esta abundante colheita. O texto diz que Isaque o fez PORQUE o Senhor Deus o abençoou.
Então, entendemos que quem nos garante uma colheita/sega/ceifa abundante e o próprio dono da seara, o Deus Todo Poderoso.
Em Marcos 6:37 vemos um grande desafio pela frente, os discípulos se viram numa situação bastante complicada, pois havia uma multidão faminta, num lugar deserto, a hora um tanto avançada, mas determinada a permanecer e ouvir mais do mestre.
Diante as alternativas dos discípulos, Jesus ofereceu-lhes uma segura e impossível aos olhos humanos, porem possível pra Deus. Jesus mostrou-lhes que:
a) eles podiam alimentar aquela multidão (Mc 6:37)
b) o pouco e suficiente para Deus fazer muito;
c) eles tinham em suas mãos a bencao de Deus (Gn 9:1)

Você já sorriu hoje?

Você Já Sorriu Hoje?

Por : Inácio Leal
Você sabia que quando sorrimos fortalecemos o nosso sistema imunológico? Você sabia que quando damos uma boa gargalhada evitamos até infartos? Pois é, o humor e o sorriso promovem em nossa vida um clima de leveza ao ponto de fortalecer a nossa saúde.
O oposto também é verdadeiro! Quando somos pessimistas, mal humorados, quando não sorrimos para a vida, estamos conseqüentemente somando em nosso corpo e em nossa vida, doenças, imunidade baixa, etc.
A bíblia é muito rica em nos orientar acerca de uma vida cheia de sorrisos e bom humor."O Coração alegre aformoseia o rosto, mas pela tristeza do coração o espírito se abate". (Prov. 15.13).
Você conhece alguém que tudo é motivo de reclamação, nada está bom? Observe que pessoas assim estão sempre atraindo e acumulando problemas, doenças e até inimizades. Entretanto, de nada adianta levar a vida reclamando e murmurando. As conseqüências são sempre negativas.
O desafio e a beleza da vida estão em sorrir com as nossas conquistas, dar uma boa gargalhada das nossas imperfeições, enfim, sorrir de nós mesmos, alegrar-se com a conquista de um amigo(a). Levar a vida com bom humor faz de cada um de nós pessoas amáveis.
"O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos" (Prov. 17.22)
A bíblia trata da alegria como um remédio! Se há um remédio que temos que tomar todos os dias é a alegria, pois é um "santo remédio", aleluia! Talvez estejamos levando a vida muito a sério ou como diz um ditado popular "tudo a ferro e fogo". A seriedade demais sufoca a alegria de viver, mas a alegria faz do nosso viver um refrigério.
Viva a vida de maneira plena e feliz! Sorria hoje mesmo! Busque um motivo neste momento para se alegrar, com certeza será um remédio que trará uma grande bênção para sua vida.
Deus te abençoe! Sorria!

Os dois reinos

OS DOIS REINOS

Segundo afirma o apóstolo Paulo , há dois reinos neste mundo: o das trevas e o da luz. Vejamos o que ele escreve aos Colossenses 1.12,13: "...dando graças ao Pai que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado".

Bem, o que é um reino? É uma comunidade composta por duas classes de pessoas: o rei, que governa, e os súditos, que obedecem e se sujeitam à autoridade do rei. Não pode haver reino sem rei; tampouco pode haver reino sem súditos.

O reino das trevas tem seu rei: Satanás. O reino da luz também tem o seu: Jesus Cristo. Todos nós nascemos no reino das trevas. Adão, em sua desobediência, ao não reconhecer a autoridade de Deus como Senhor e Rei de sua vida, deixa de pertencer ao reino da luz e passa ao das trevas. Desde então, todo homem que nasce da descendência de Adão, nasce no reino das trevas. Falando dos que vivem nas trevas Paulo disse: "...nas quais todos nós costumávamos outrora viver" (Efésios 2.2).

A verdadeira conversão tem dois aspectos, segundo Colossenses 1.13. O primeiro é nos resgatar do domínio das trevas. Ali estávamos, mas Deus nos tirou, nos libertou. Agora somos livres, sim, porém não para tirarmos proveito da carne e dizer: "Bem, antes éramos escravos, súditos de Satanás, agora, porém, podemos fazer o que nos der na cabeça". Se agíssemos assim estaríamos interpretando mal o evangelho de Cristo.

E isto se vê claramente no segundo aspecto da conversão: somos libertos de um reino para sermos trasladados a outro. Deus nos livra do reino das trevas e nos traslada ao reino de seu amado Filho. A verdadeira conversão, em seu aspecto pleno, consiste neste traslado. Por muito tempo pensei que seria transportado ao reino de Deus no dia em que morresse. Que logo em seguida entraria nele. Ou então, que quando Cristo viesse traria o seu reino. Porém Paulo não estava morto, nem Cristo tinha voltado quando disse, usando o verbo no tempo passado para indicar algo já consumado: "Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou ao reino do seu Filho amado...".

A idéia de que algum dia vamos entrar no reino ou que algum dia virá o reino criou em nós uma concepção errada de Cristo. Enquanto ficamos esperando esse dia chegar vemos o Senhor como nosso Salvador, nosso mediador e ajudador. E cremos que somente após sua vinda Ele será nosso rei. Por essa razão encaramos com tão pouca seriedade sua autoridade, o que tem causado debilidade e desorientação em nossas vidas. Cristo deve reinar já. Devemos, necessariamente, ser transportados a seu reino porque a verdadeira conversão consiste nisto: ser liberado de um reino para ser incorporado a outro.

Mas, como se chega a pertencer a um reino? Simplesmente tornando-se súdito do rei. Como entrar no reino de Jesus Cristo? Unicamente permitindo que Cristo venha a ser Senhor e Rei de sua vida.

Se alguém nos perguntasse a que reino pertencemos, certamente nos apressaríamos em responder: "Obviamente, ao reino da luz". Contudo, e isto seja dito sem intenção de lançar sombra sobre esta afirmação, é conveniente esclarecer quais são algumas das características destes dois reinos a fim de nos certificarmos em qual dos dois estamos. Se, em função desta análise você perceber que tem que fazer alguma correção em sua vida será o caso de que persevere em fazê-la; de modo que toda dúvida seja eliminada e que possa, então, seguir a Jesus Cristo com toda fidelidade.

UM REI DECORATIVO

Costumo descrever a igreja contemporânea como "a Inglaterra espiritual". Posso explicar. Restam, hoje em dia, poucos países governados por um regime monárquico. A Grã-Bretanha é um deles. Por perpetuar sua tradição histórica, os britânicos seguem conservando essa estrutura. É o Reino Unido da Grã-Bretanha. Existe um rei - atualmente uma rainha - com seu trono, sua pompa, seu palácio, sua corte, seu séquito. Ela recebe o aplauso, a glória e as homenagens do povo. Sem dúvida, dizem os mesmos súditos: "O rei reina, porém não governa".

O rei é um personagem tradicional, uma figura decorativa. Todos aclamam: Viva o rei! Todos honram sua figura. Porém, este não governa. Não é a autoridade suprema. Há um primeiro ministro, a Câmara dos Lordes e a dos Comuns, e são eles que governam o país como julgam melhor. Não quero dizer com isso que seja bom ou mal o que fazem na Inglaterra: simplesmente desejo explicar porque chamo a igreja de "Inglaterra espiritual".

Na igreja, quem não reconhece que Jesus Cristo é o rei? Qualquer igreja protestante, ortodoxa ou católica, declara: "Cristo é o rei!". Todos dizemos "amém" e lhe entoamos louvores. Mas a triste realidade que vivemos até hoje em nossas igrejas é que Cristo reina, porém não governa. Ele é o Rei, entretanto o primeiro ministro é o que maneja tudo. Deus quer trazer seu reino primeiramente à igreja para logo estendê-lo a todos os demais.

Convém refletirmos um momento. Deus tem prometido salvar as multidões em distintas cidades, povos e nações. Ele disse que derramará seu Espírito sobre toda carne e haverá salvação e todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Os milhares que se converterem serão somados à igreja, à comunidade que já existe. Se entre nós, que já fazemos parte dessa igreja, Cristo não governa, não governará também sobre eles. Daí a ênfase, a insistência do Senhor em que Cristo seja o Rei dessa comunidade, da igreja atual, quem a governa na prática, como também que seja o Senhor sobre todos os aspectos de nossa vida.

A LEI DO REINO DAS TREVAS

Cada nação tem uma lei, uma constituição que rege a vida de seus cidadãos. Isto também ocorre na esfera espiritual. Sei a que reino ou a que nação uma pessoa pertence, pela lei que rege sua vida. O reino das trevas tem uma lei e o reino da luz tem outra. Qual é a lei do reino das trevas? Em Efésios 2.3, o apóstolo Paulo ressalta o sistema que domina aqueles que vivem longe de Deus: "Outrora todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira."

Aqui há uma referência direta aos desejos, à vontade, aos pensamentos de nossa carne, contudo, como podemos identificá-los? Quais são os desejos e os pensamentos da carne? Quais são as vontades da carne? Muitas vezes tomamos a palavra carne como referência ao sensual, ao perverso. Porém, segundo a linguagem da Bíblia, a carne é nossa natureza humana não regenerada, a que herdamos de Adão, nossos impulsos, desejos, pensamentos e vontade própria, que, depois da queda, estão contra a vontade de Deus. O desejo de minha carne é meu próprio desejo, por mais saudável e ingênuo que me pareça. Satisfazer os desejos da carne é fazer o que eu quero; a vontade de minha carne é "fazer o que me dá na cabeça" e os pensamentos da carne consistem em levar à ação tudo o que me ocorrer. Concluo, então, que a lei que rege o reino das trevas é esta: viva como quiser, faça o que lhe der vontade, o que você gosta, o que lhe convém, o que lhe ocorrer.

A LEI DO REINO DA LUZ

O reino de Deus tem uma lei muito diferente: viva como Ele quer.

Viva, sim, como o Senhor manda, como Ele ordena e não como você quer. Que simples, mas enorme diferença isto representa!

Que lei se cumpre em sua vida? A que reino você pertence? Como é a sua vida? Como você quer, ou como Ele quer? Não basta cumprir sua vontade em alguns aspectos da vida; há que cumpri-la em todos os aspectos. Não se trata de obedecê-lo apenas quando nós queremos, mas em qualquer circunstância.

Já não posso mais reger minha conduta; minha vontade deve estar definitivamente rendida a Ele. Já não posso traçar minhas próprias normas dentro da sociedade em que vivo, nem, tampouco, em meu próprio mundo interior. Existe uma única lei que deve me reger: viver como Ele quer. Se em algum momento me encontrasse agindo contra sua lei, imediatamente deveria corrigir-me, dizendo-lhe: "Senhor, perdoa-me; é tua lei que deve cumprir-se sempre em minha vida". Mas se sou atrevido ou indiferente, e faço o que me convém, posso enganar a Deus? As Escrituras declaram (Gálatas 6.7): "Não se deixem enganar: de Deus não se zomba".

E de outra parte Davi exclama (Salmo 139.7): "Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?" A vida cristã é para ser vivida de frente para o Senhor e à luz de sua presença, com toda transparência. Honestamente, qual é a lei que se cumpre em nossas vidas? Em relação a muitas coisas, fazemos o que Ele quer; mas não é verdade que com respeito a muitas outras, fazemos o que queremos? Então, a que reino pertencemos? Não podemos ficar com um pé de cada lado. Deus quer uma definição para esta situação. Devemos estar inteiramente à sua disposição para viver, sempre, conforme sua vontade.

Ensinamentos da mães de antigamente.

Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE:
Pra lembrar, e rir.
Coisas que nossas mães diziam e faziam...
Era uma forma, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, não nos aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, nem matando os outros por aí. e o melhor é a ultima frase




Minha mãe ensinou a
VALORIZAR O SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO.
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS..
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA..-.
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"

Minha mãe me ensinou o que éMOTIVAÇÃO...
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!"

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
" FECHA A BOCA E COME!"

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..."

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"

Minha Mãe me ensinou MEDICINA...
"PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE."

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."

Minha Mãe me ensinou sobreJUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"

Minha mãe me ensinouRELIGIÃO...
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO.-..
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO..-.
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"

Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO...
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

Brigadão Mãe !!!
Eu, não virei bandido...

O FILHO DE DEUS?

"O Filho de Deus?
Jesus, Ele próprio, alguma vez disse ser o Filho de Deus?"



Gabriel sabia que Ele era.
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. (Lucas 1:35)
Satanás sabia que Ele era.
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. (Mateus 4:3)
Demônios sabiam que Ele era.
E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? (Mateus 8:29)

E também de muitos saíam demônios, clamando e dizendo: Tu és o Cristo, o Filho de Deus. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o Cristo. (Lucas 4:41)
Seus discípulos sabiam que Ele era.
Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus. (Mateus 14:33)
O centurião sabia que Ele era.
E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus. (Mateus 27:54)
Marcos sabia que Ele era.
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus; (Marcos 1:1)
João sabia que Ele era.
E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus. (João 1:34)
Natanael sabia que Ele era.
Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. (João 1:49)
Marta sabia que Ele era.
Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. (João 11:27)
O eunuco etíope sabia que Ele era.
E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. (Atos 8:37)
Paulo sabia que Ele era.
E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus. (Atos 9:20)



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AH, mas você quer as próprias palavras de Cristo???!!! Será você como ESTE povo?
És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis; (Lucas 22:67)
*** Cristo admitia que Ele era Filho de Deus.
Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus? (João 10:36)
Jesus concordava com aqueles que clamavam que Ele era o Filho de Deus e o Rei dos Judeus.
63 Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. 64 Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. 66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. (Mateus 26:63-66)

Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João 18:37)
Jesus clamava ser o "Eu Sou" que existiu antes de Abraão.
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (João 8:58)
Eis porque eles O crucificaram! O sumo sacerdote bem percebeu que Cristo clamou ser o Filho de Deus!
63 Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. 64 Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. 66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. (Mateus 26:63-66)
Ele DISSE, àqueles que estavam junto ao túmulo de Lázaro, que Ele era o Filho de Deus.
E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. (João 11:4)
Ele clamou ser Um com o Pai.
Eu e o Pai somos um. (João 10:30)
E Ele PROVOU que Ele era o Filho de Deus, ressuscitando da morte.
Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, (Romanos 1:4)
E agora, CRERÁ você no Filho de Deus, como este homem [logo abaixo]?
35 ¶ Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? 36 Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? 37 E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. (João 9:35-37)
Cristo o acolherá como a um amado ou como a estes [logo abaixo]?
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. 6 E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. 7 Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. 8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. (Apocalipse 21:5-8)
Crer ou descrer [em Cristo, tudo que a Bíblia ensina sobre ele] é SUA escolha. VOCÊ ESCOLHE - céu ou inferno.

Jesus é o Filho de Deus. Isto foi testificado por todos esses observadores [acima citados, e pelo infalível Espírito Santo, autor de cada letra das Escrituras], e o próprio Cristo confessou ser [o Filho de Deus. João 9:35-37; 11:4].

A PROSPERIDADE DA ALMA

A Prosperidade da Alma

“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”. (III João 2)

Este texto reflete, ao meu entender, não apenas o sentimento do apóstolo João por Gaio, seu amigo e irmão em Cristo, mas revela a vontade de Deus para todos os seus filhos. Jesus ensinou que se nós, que somos maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais o Pai Celestial não dará coisas boas aos que lhe pedirem? (Mt.7:11). Assim como um pai terreno deseja o melhor para seus filhos, o Pai Celeste também deseja o melhor para os seus. Paulo declarou aos romanos que se Deus “não poupou a seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm.8:32). É indiscutível o fato de que Deus quer o nosso melhor. O apóstolo estava dizendo aos cristãos de Roma que se o Pai Celeste deu o que tinha de melhor – Jesus – não há nada que Ele não possa nos dar!

Creio que Deus deseja nossa prosperidade, o melhor para cada um de nós. Mas o que é prosperidade? A Concordância de Strong define a palavra grega traduzida como “prosperidade” (euodoo), da seguinte forma: 1) ter uma viagem rápida e bem sucedida, conduzir por um caminho fácil e direto; 2) garantir um bom resultado, fazer prosperar; 3) prosperar, ser bem sucedido. A palavra também era aplicada no sentido material (I Co.16:2), mas reflete a idéia de ir bem em todas as coisas. Prosperar, portanto, não é só ter necessidades materiais supridas, mas IR BEM na vida espiritual, ministerial, familiar, na saúde e no trabalho.

Deus quer que prosperemos, e nós mesmos desejamos isto. Mas a prosperidade que experimentaremos do lado de fora, nas circunstâncias, está diretamente ligada à prosperidade que provamos do lado de dentro, na alma. João declarou a Gaio:

– “Quero que você seja próspero... como é próspera a tua alma”.

Ou, em outras palavras:

– “Quero que você prospere TANTO QUANTO sua alma é próspera”.

Podemos dizer que se a alma de Gaio fosse pouco próspera, João estaria desejando que ele fosse tão pouco próspero quão pouco próspera era sua alma. Mas sendo ele muito próspero, então o apóstolo então estaria dizendo que gostaria que Gaio fosse muito próspero como muito próspera também era a sua alma.

Entender a prosperidade da alma é um passo importante para se prosperar nas circunstãncias, uma vez que o que provamos por dentro pode determinar a dimensão do que provaremos por fora.

A PROSPERIDADE PODE SE TORNAR EM MALDIÇÃO

Tanto na Escritura Sagrada quanto na história, encontramos exemplos de pessoas que prosperaram exteriormente sem prosperarem interiormente, e o resultado é sempre o mesmo: a bênção acaba se tornando em maldição. Um destes exemplos é o rei Uzias:

“Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar”. (II Crônicas 26:5)

Com a bênção de Deus, Uzias alcançou aquilo que, sozinho, não teria alcançado:

“...divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi MARAVILHOSAMENTE AJUDADO, até que se tornou forte”. (II Crônicas 26:15b).

Entretanto, seu coração mudou quando alcançou prestígio e poder. Suas conquistas o levaram a agir de forma errada:

“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus”. (II Crônicas 26:16)

Porque a prosperidade circunstancial não foi acompanhada da prosperidade de alma, aquilo que deveria ser bom, se tornou algo ruim. E a história de Uzias se repete na vida de muitos outros em nossos dias. Nossas Igrejas estão repletas de histórias de gente que buscou ao Senhor, alcançou o sucesso em sua vida profissional, familiar, ministerial, mas não se deixou prosperar na alma na mesma proporção em que propsperou nestas áreas. O resultado é sempre o mesmo: não souberam lidar com sua nova condição. A fama, o prestígio, a promoção, as conquistas e o dinheiro os levaram a ruína. Muitos terminaram longe de Deus e sem estas coisas, exatamente do jeito que Paulo advertiu a Timóteo:

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. (I Timóteo 6:9,10)

Muitos já enriqueceram às custas de perderem outros valores interiores, inclusive sua própria fé. Este não é o desejo de Deus para nós. Por isso devemos propsperar em nossa alma. Uma alma próspera é aquela que não se prende à ganância e avareza. É despojada do egoísmo e do orgulho. Se uma pessoa está prosperando materialmente mas seu coração se prende ao dinheiro, é porque sua alma não vai bem. É este entendimento que percebemos na oração de Agur:

“Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus”. (Provérbios 30:7-9)

Ele examina sua alma e reconhece dois perigos: o de pela pobreza furtar e quebrar princípios divinos e também o de prosperar e se esquecer de Deus. Se a prosperidade de alguém o privar da comunhão com Deus, então ela se transformou em maldição. A condição de nossa alma pode se tornar um fator limitante para a prosperidade exterior. Assim como um pai não deseja presentear um filho com algo que o prejudique, também o Senhor não deseja nos acrescentar algo que nos afaste de seu propósito.

Mas, se por um lado a oração de Agur reflete o entendimento de que a bênção não pode nos afastar de Deus, por outro não deve gerar em nós o sentimento de que nossa atual condição interior deve servir de limite à prosperidade exterior. Se percebemos um coração que se afastará de Deus com a riqueza, devemos buscar o desprendimento, que é uma das evidências da prosperidade interior.

MUDANDO O CORAÇÃO

A prosperidade não deve ser evitada pelo risco de ser transformada em maldição. Se assim fosse, Deus nunca prosperaria alguém como Uzias. O conselho divino é que policiemos nosso coração:

“...se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração”. (Salmo 62:10)

Devemos manter nosso íntimo alinhado com os princípios e valores do Reino de Deus, de modo que a prosperidade material não nos leve à ganância, avareza e egoísmo. Não precisamos de uma mentalidade franciscana que foge da riqueza como se este fosse o problema. Devemos permitir que nossa alma seja tratada pela Palavra de Deus e pela ação do Espírito Santo. Assim como não fugimos deste mundo nos trancando num convento para tentarmos nos santificar escondendo-nos do pecado, também não fugimos do dinheiro e da prosperidade para não pecar. Devemos tratar com nosso coração, e nos manter conscientes de qual é nosso maior tesouro.

Algumas pessoas se baseiam na oração de Agur para evitarem a prosperidade. Mas não entendem a essência da oração dele, que é não querer prosperar se isto significa afastar-se de Deus. Se percebemos em nosso íntimo uma inclinação a isto, devemos buscar o trato de Deus e a vitória sobre este tipo de inclinação. Não oro como Agur; peço a Deus que me faça prosperar na alma, que me prepare para prosperar do lado de fora sem que isto se torne um problema.

VENCENDO O EGOÍSMO

Um outro texto que tem sido mal entendido por muitos cristãos é o que fala sobre juntar tesouros no céu:

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mateus 6:19-21)

Alguém disse que Jesus ensinou que não podemos ter tesouros aqui na terra, mas não foi isto que ele disse. Ele disse: “não ACUMULEIS para vós tesouros sobre a terra”. Esta palavra traduzida do original grego como “acumular” é “thesaurizo”. De acordo com a Concordância de Strong, significa: “ajuntar e armazenar, amontoar, acumular riquezas, manter em estoque, armazenar, reservar”. Há algo sobre a prosperidade da alma que precisamos entender: ela nos leva a viver acima do egoísmo. O propósito de prosperarmos materialmente não é o de REPRESAR os recursos só para nós, mas o de COMPARTILHARMOS o que Deus nos dá. Devemos ser como o leito de um rio, por onde os recursos sempre passam; não param de entrar mas também não param de sair.

Juntar tesouros no céu é algo que se faz não só investindo no galardão que vem através de se ganhar almas, orar e jejuar, etc. Todas as vezes que o Novo Testamento fala sobre juntar tesouros no céu, envolve algo que a pessoa faz com seus recursos terrenos. O Senhor Jesus disse ao jovem rico para vender seus bens e dar aos pobres, e disse que isto significaria ter um tesouro no céu (Mt.19:21). Muita gente acha que ter um tesouro no céu é não ter nenhum tesouro na terra. Mas, em outro texto bíblico, vemos o princípio de entesourar no céu sem deixar de ter posses na terra; Paulo disse a Timóteo:

“Exorta aos ricos do presente século que... pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida”. (I TImóteo 6:17-19)

Ou seja, uma pessoa não precisa ficar sem tesouros na terra para ajuntar nos céus. Ela tem que aprender a não represar para si, mas transbordar para outros. A razão pela qual muitos não alcançam uma maior prosperidade em Deus é justamente pela mentalidade egoísta de querer represar só para si. Precisamos entender que muitas vezes Deus não vai responder algumas orações que são puramente egoístas:

“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”. (Tiago 4:3)

Quando o que a pessoa quer receber de Deus é só para si mesma, isto é visto como desperdício, como esbanjamento. O plano divino é de que transbordemos. O que alcançamos nunca deve ser só para nós mesmos, mas para compartilhar com outros. Foi isto que o apóstolo Paulo ensinou aos efésios:

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade”. (Efésios 4:28)

Não podemos ganhar apenas o suficiente para nossas necessidades, mas para suprir a necessidade de outros também (além de contribuirmos com o Reino de Deus). E vencer o egoísmo, criando uma mentalidade de transbordar recursos, é prosperar na alma.

VENCENDO O ORGULHO

Além do egoísmo, um dos venenos que atingem a nossa alma e nos impedem de ser interiormente prósperos, é o orgulho. Paulo mandou Timóteo advertir acerca deste perigo:

“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento”. (I Timóteo 6:17)

Uma inclinação normal do ser humano é achar que suas conquistas são fruto de seu esforço e habilidade e esquecer da intervenção de Deus. Nabucodonozor foi julgado por isto (Dn.4:29-36). Mas depois de sair de seu estado de loucura, louvou a Deus e falou de como Deus humilha ao que anda na soberba:

“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba”. (Daniel 4:37)

Quando colocou seu povo na terra de Canaã, o Senhor também os advertiu a não se tornarem orgulhosos de suas conquistas:

“Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”. (Deuteronômio 8:17,18)

A soberba precede a queda (Pv.16:18). Portanto, só poderemos ter prosperidade permanente do lado de fora se nossa alma prosperar vencendo o orgulho e trilhando o caminho da humildade.

VIVENDO A PROSPERIDADE INTERIOR

Passamos a viver a prosperidade interior quando Deus é nosso maior valor, e O colocamos (com seus valores) antes de qualquer outra coisa. Um dos textos bíblicos que melhor reflete este equilíbrio (da prosperidade externa ser proporcional à interna), é a declaração do Senhor Jesus Cristo sobre colocar o reino de Deus em primeiro lugar:

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6:33)

Se prosperamos espiritualmente, prosperaremos física e materialmente. Que o Senhor nos ajude a alcançar isto!

Davi e sua familia.

INTRODUÇÃO
Apesar de Davi ser um homem segundo o coração de Deus, ele era homem como nós, cheio de qualidades, mas, não perfeito. Veremos que este homem deixou de observar ou vigiar, no tocante a Pessoa de Deus e à sua Palavra, trazendo sobre sua família repentina decepção. Nesta lição veremos as conseqüências do pecado de Davi, não que Deus o estivesse punindo, mas, todo pecado cometido traz suas conseqüências, isso é fato.
A EDUCAÇÃO JUDAICA
Quando o povo judeu saiu do deserto e entrou em Canaã, eles não tinham um sistema educacional organizado. Esse sistema desenvolveu-se à medida que o povo progrediu, sofrendo as influências das práticas das nações circunvizinhas.
No inicio, portanto a educação estava centrada no lar. Era responsabilidade da mãe educar os filhos e filhas até os três anos de idade (provavelmente até o desmamar). A partir dos três anos de idade, os meninos aprendiam a lei com o pai, e os pais ficavam também responsável por ensinar um ofício aos filhos. Um rabino disse certa vez: “ um pai que não ensina ao filho um ofício útil está educando-o para ser ladrão”. Jesus não só era filho de carpinteiro (Mt 13.55), mas também o era (Mc 6.3).
Isso explica porque existiam grupos de trabalhadores em linho e oleiros morando no mesmo lugar (I Cr 4.21-23). As meninas podiam vir a ter uma profissão, trabalhando talvez como parteiras (Ex 1.15-21) e cantoras (Ec 2.8). A educação era basicamente religiosa, capacitando as crianças a compreenderem a natureza de Deus pelo que Ele fizera e o que Ele exigia na lei. Deuteronômio 6 é uma passagem-chave: as palavras do shema (credo): “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás pois o Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda a tua alma, e com toda tua força (vv.4,5), deviam ser ensinadas, discutidas, usadas na adoração para declarar simbolicamente que elas faziam parte da mente e da conduta, e usadas como um lembrete toda vez em que se entrava ou saía de casa (Dt 6.4-9; ver Sl 121.8).
As crianças eram estimuladas a fazer perguntas sobre as festas (Ex 12.26; Dt 6.20-25), mostrando-lhes objetos que desconhecessem (Ex 13.14,15; Js 4.6), assim se tornava natural ensiná-las sobre os atos de Deus. Quando os santuários começaram a fazer parte da vida do povo judeu, é bem possível que as pessoas que trabalhavam neles tivessem começado a prover algum tipo de educação formal. Samuel estava sendo ensinado por Eli, sacerdote de Silo (I Sm 1.24). O próprio Samuel estabeleceu uma escola de profetas em Ramá (I Sm 19.18-21), e algumas escolas teológicas vieram a surgir mais tarde (2 Rs 2.5-7; Is 8.16). Essa a origem da prática de chamar o sacerdote de “pai”, este exercia a função de pai ao ensinar as crianças (2 Rs 2.3,12).
Essa era a maneira dos judeus educarem seus filhos, não conhecemos outra forma de se transmitir o conhecimento e a tradição que não fosse essa mencionada. Um fato complicador, no entanto, era a cultura pagã existente nas nações circunvizinhas, fato que exigia muito cuidado dos pais na criação dos filhos.
Se analisarmos a educação dos hebreus fundamentada na lei de Deus, podemos concluir que uma criança bem ensinada jamais esqueceria as leis de Deus as quais norteariam toda sua vida. Mas, não são esses princípios que vimos na vida dos filhos de Davi.

POSSIBILIDADES DA DESTRUÍÇÃO DA FAMILIA DE DAVI
Agora podemos imaginar duas situações:
1. Davi negligenciou de fato, não ensinado a lei de Deus para os seus filhos como era comum ao povo judeu;
2. Não foi falta de ensinar a lei para os seus filhos; foi o fruto da semente que ele mesmo plantou.

Este é o momento de refletir muito sobre: Como vai o nosso lar, no que se refere a educação dos filhos, bem como suas vidas espirituais.
Mas, quero enfatizar a responsabilidade e influência espiritual dos pais sobre os filhos.

De acordo com o texto (2 Sm 12.1-15) deixa claro que o problema na família de Davi teve seu nascedouro no mundo sobrenatural, ou seja, foi conseqüência do pecado do sacerdote do lar, quando este desprezou o próprio Deus e sua Palavra. ... porquanto me desprezaste; .... Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante dos seus olhos? (2 Sm 12.5,9).

O pecado que Davi foi tão grave que era digno de morte. ... e disse a Natan: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso (2 Sm 12.5).
Davi não morreu fisicamente, mas recebeu uma sentença dolorosa “Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher” (2 Sm 12.10). A base espiritual da sua família a partir de então estava ameaçada, talvez alguém pode questionar “mas quem pecou foi Davi, ele tinha que sofrer só, os seus filhos não deveriam sofrer junto com ele”, é um pensamento aceitável a princípio, mas, não podemos esquecer da justiça e soberania de Deus, não devemos analisar os filhos de Davi isoladamente, mas sim num todo - uma família.

Davi destruiu a família de um servo fiel e simples, “E disse Urias a David: A arca, e Israel, e Judá ficam em tendas; e Joab, meu senhor, e os servos do meu senhor, estão acampados no campo; hei-de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa ”(2 Sm 11.11). Assim como ele destruiu um lar premeditadamente, recebeu com a mesma moeda, não significa que Deus não havia o perdoado.
Dizem que o pecado pode ser comparado como “um prego que estava em uma tábua; que após ser tirado do seu lugar, o orifício onde estava permanece”.

A TRAJETÓRIA DA DESTRUÍÇÃO NA FAMILIA DE DAVI

Cap 12-15.
Deus envia Natã para revelar seu pecado (1-7);
Morte da criança (18), para lhe mostrar o salário do pecado (Rm 6.23);
Sofreu a vergonha do incesto, dos seus filhos, Tamar e Amnom (13.1-23), para lhe lembrar da podridão moral que ele mesmo semeou (11.4);
Morte de Amnom (13.28-29), para lhe lembrar a morte de Urias (9; 11.15);
Sofreu usurpação do trono pelo seu próprio filho, Absalão (15. 1-18), para lhe lembrar que usurpou o lugar de Urias (11.3);
Sofreu a vergonha e afronta quando Absalão coabitou com as suas concubinas (16. 21-22), para lhe lembrar o que ele fez à mulher de Urias (11.2-4);
Morte traiçoeira de Absalão (18. 12-15), para lhe lembra a traição na morte de Urias (9; 11.14-17);
Surgimento de praga (24.10-17), para lhe lembrar o seu orgulho e torná-lo humilde.

As falhas de Davi refletiram sobre suas mulheres e na educação de seus filhos. Nada fez para corrigir Amnom, que pela lei deveria ser morto (Lv 18.29), o que foi cumprido indiretamente, por Absalão. E quando Absalão mata Amnom, persegue-o por longos meses, estabelecendo uma discriminação entre seus filhos, o que agrava no futuro, tanto na vida política como a doméstica de Davi.

CONCLUSÃO
Vimos que o lar não pode subsistir sem uma boa educação, os filhos não podem viver sem o acompanhamento dos pais. Mas, ficou claro pra nós que a fidelidade do sacerdote do lar e a sabedoria da esposa, são imprescindíveis para se ter um lar bem estruturado e cheio das bênçãos de Deus.

Encontro com catequista

Encontro com os Catequistas
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Dia: 14/11/09 - Hora: 15h30min
Público alvo: jovens adolescentes
Local: Salão Paroquial


Texto: Filipenses 3,13-14 “Irmãos, consciente de não tê-la conquistado ainda, só procuro uma coisa; esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente. Corro para a meta, para o prêmio celeste, para Deus que, nos chama em Cristo Jesus”.

Paulo não andava a “ermo”, por acaso, sem saber o que fazer nem para onde ir. Ele possuía objetivos definidos. Veja o que diz: “... lanço-me em perseguição do que fica para frente”. Ele tem por fim, por meta, escopo: “o céu, o prêmio celeste”.

Vamos refletir: Qual o seu objetivo? O que você busca na sua vida enquanto filho (a), estudante, catequista, discípulo missionário? O que você procura no seu ministério?

Paulo deixa tudo muito bem claro: “esquecendo o que fica para trás...”. Dor, sofrimento, perseguição, injustiça, prisão, etc. O missionário não deve parar diante das dificuldades no seu ministério. Veja o que fala Deus a Josué.
(Josué 1,2) “Moisés meu servo, morreu. Agora te levanta! Atravessa este Jordão tu e todo este povo para a terra que dou aos israelitas”.

O que aprendemos aqui: Atitude, coragem, alegria, diante das adversidades. Levantar-se, colocar-se de pé, ereto e caminhar e não ficar se lamentando porque as coisas não saíram do jeito que eu queria ou havia planejado.

Vejamos o que nos diz o Documento de Aparecida nas páginas 24 e 25.
“Ser cristão não é uma carga mais um dom... a alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio... a igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes”(conf. Mateus 9,35-36).

Veja o que diz o evangelista São João 5,17. “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”

O catequista, o missionário, evangelizador, deve lutar para alcançar os seus objetivos. Manter-se acima da média, não pode ter medo, mas ser corajoso, alegre e determinado naquilo que faz jamais ter medo de desafios, pois a vida é feita de desafios.

Veja o que nos aconselha São Paulo em 1 Cor. 15,58. “Irmãos bem amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, sabendo que vosso trabalho não é inútil no Senhor”.

“Fazei incessantes progressos...”. Isso significa estudar mais, trabalhar mais, preparar-se não somente para ser bom de conteúdo, mas, para ser um exemplo, um bom profissional, excelente cristão, ótimo catequista. Buscar mais a Deus através da oração, da leitura da bíblia e da participação na eucaristia.

Vamos refletir: Tenho progredido no meu ministério? Tenho estudado mais a palavra de Deus? Buscado a oração? Alimentado minha alma com a eucaristia?

Com relação em progredir na Palavra de Deus, vamos novamente ao Documento de Aparecida paginas 115 e 116. Diz o documento: “... é condição indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. Por isso, é necessário educar o povo na leitura e na meditação da Palavra: que ela (Palavra) se converta em seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito de vida (conf. João 6,63). Do contrário, como vão anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente?

Diz o Salmo 119, 130. “A descoberta da tua Palavra ilumina e trás discernimento...”

O mesmo Salmo também orienta os jovens para buscarem o caminho da pureza. Veja o que diz o versículo 9. “Como um jovem conservará puro o seu caminho? Observando a tua Palavra”.

Em relação à oração diz o texto de 2 Cor. 11,27. “... fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, orações, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez”.

Paulo era um homem de oração. Ele não permitia que o trabalho como tecelão, sua atividade profissional, interferisse no seu trabalho missionário, na sua intimidade com Jesus através da oração.
Atentem bem para o texto: “numerosas orações”.

Vamos refletir: Como é a minha oração? Quanto tempo eu tiro para rezar? Minhas atividades do dia-a-dia interferem na minha oração, me afastam da oração? Tenho participado de vigílias?

Observem que, Jesus que é Jesus, o próprio Filho de Deus, não tomava nenhuma atitude, não fazia nada sem antes entrar em comunhão com o Pai através da oração. Ele fazia uma oração de intimidade, chamava o Pai de Abba – que quer dizer, ‘paizinho’.

Vejamos este texto de São Mateus:

Mateus 14,23 “Depois de despedir o povo, subiu, sozinho no monte para rezar”. Encontramos aqui: intimidade, privacidade, unidade, unicidade, ou seja, eles estão forjados, colocados, introduzidos um no outro. “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”

O progredir na eucaristia: A eucaristia é o ápice, o ponto mais alto da vida do cristão. Ao comer e beber o corpo e o sangue de Cristo consagrado, o cristão come e bebe a vida do próprio Cristo.
(João 6,56) “Quem come a minha carne e bebe do meu sangue, vive em mim e eu nele”. Encontramos aqui a união íntima do discípulo com o mestre, a união permanente do crente com o Cristo salvador.

Catequistas, é preciso entender que, Jesus é uma realidade a ser interiorizada, internalizada (viver em mim e eu nele). Essa comunhão íntima, existencial entre o discípulo e o mestre deve produzir harmonia entre os dois através da eucaristia.

Vamos refletir: Tenho vivido esta harmonia, esta comunhão intima existencial com o Cristo através da eucaristia?
Tenho comungado o corpo e sangue de Cristo eucarístico com que freqüência?

Voltemos ao Documento de Aparecida agora na página 276. “Daí a necessidade de dar prioridade nos programas pastorais à valorização da Missa dominical. Temos de motivar os cristãos para que participem dela ativamente e, se possível, melhor ainda com a família. A assistência dos pais com seus filhos à celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O domingo significou ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado... o encontro com Cristo na eucaristia suscita o compromisso da evangelização e o impulso à solidariedade: desperta no cristão o forte desejo de anunciar o evangelho e testemunhá-lo na sociedade para que ela seja, mais justa e humana... só da eucaristia brotará a civilização do amor...”

Atenção para o que vai dizer Paulo agora: (1 Cor. 11,29) “Aquele que come e bebe sem discernimento o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”.

Para evitar essa condenação, cada qual deve examinar a si mesmo. Esse alto exame permite que nos reconheçamos como membros do corpo de Cristo, sua própria igreja.

Vamos refletir: Tenho feito esse alto exame, esse censo crítico de mim mesmo? Tenho comungado o corpo e o sangue de Cristo com discernimento ou tenho comungado de forma banal a buscar a minha própria condenação?
(quantos contra testemunhos dentro da família, no trabalho, na escola, na pastoral, no grupo, movimentos e serviços da Igreja).

Precisamos aprender com Paulo. (1 Cor.11,1) “Sede meus imitadores como eu mesmo sou de Cristo”
Em 1 Cor. 10,31 diz Paulo: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer coisa, fazei para a gloria do Senhor”.

Vamos refletir: Tenho feito, realizado as obras do Senhor, ou tenho buscado as minhas obras o meu eu, o meu egoísmo, o meu individualismo, egocentrismo.
Tenho procurado: “Glórias para mim?” ou tenho dado “glórias a Deus com o meu ministério?”.

Sabe o que costumamos dizer: “Imita você ao Cristo”, “faz você o que o Cristo fez”. Com Paulo a coisa foi diferente. É como se ele estivesse falando hoje a todos nós: “Pode me imitar, imita a minha vida, pratica o que eu pratico, porque eu Paulo, imito na prática a vida do Cristo, eu vivo aquilo que o Cristo viveu”.

Vamos refletir: “Qual a sua prática de vida? Você é modelo cristão? Você é cristão que atrai ou repeli ao irmão?

Muito cuidado com a soberba da vida. Cuidado com o jogo do querer mostrar quem você é. Tem gente usando a graça, o poder de Deus para mostrar quem ela é, e não para mostrar a graça e o poder de Deus, cuidado.

Tem gente que quer mostrar que é: Mais santo que o outro, mais piedoso que o outro, mais capaz que o outro, está em um nível superior ao outro, mostrar que só ela pode profetizar que o Espírito Santo é superior nela, quer ser reconhecido, chamar a atenção de todos, C U I D A D O com a soberba da vida.

Cuidado com o jogo do mostrar quem você é. Vejamos o Salmo 119,37. “Desvia meus olhos do fascínio da vaidade, faze-me viver em teus caminhos”.

Vamos terminar refletindo: O que eu estou fazendo aqui? Foi o chamado de Deus que me trouxe aqui, ou estou porque o namorado ou a namora veio e eu não quero que os ‘gaviões dêem em cima dela ou dele? Estou aqui porque quero viver meu batismo ou por vaidade, para aparecer, mostrar quem sou? É o que quero para minha vida? Este é o meu objetivo a ser buscado? Quero ser catequista ou só aparecer para os brotos?

(Filipenses 3,13-14) “Esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente”.


Diácono Luiz Gonzaga
diaconoluizgonzaga@gmail.com