quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DIGA NÃO A DIVISÃO A DIVISÃO.


DIGA NÃO A DIVISÃO DO PARÁ!

Você já se perguntou a quem realmente interessa a divisão do pará ou de qualquer outro estado?
Você já se perguntou o que realmente irá melhorar pra você com a divisão?
Analise com cuidado e veja quem, em seu municipio, está lutando a todo custo para dividir o Pará .
Por que os grandes empresários e os políticos(que nada fazem para melhorar a sua vida e a cidade) estão a favor da divisão?
Você acha que com a divisão eles irão aplicar o dinheiro publico na cidade, melhorar a educação, a saúde, as estradas, dar incentivos aos agricultores? Se achas isso, responda por que eles não fizeram agora?
Você sabia que todo ano o orçamento municipal cresce? Que milhões de reais deixam de ser arrecadados em impostos todos os anos dos grandes empresários de seu municipio, por que eles provavelmente financiam a campanha dos politicos que hoje governam sua cidade?Que a maioria dos recursos federais e estaduais somem quando chegam nos municipios? Então quais as mudanças ocorrerão com a divisão do Pará, além da criação de mais cargos politicos?
O NOSSO PROBLEMA NÃO É GOVERNO DISTANTE. O NOSSO PROBLEMA SÃO OS GOVERNOS AUSENTES E CORRUPTOS, POR ISSO DIGA NÃO NO PLEBISCITO.



frente1Deputado Edmilson Rodrigues declarou:

“Quero reiterar minha absoluta convicção de que dividir o Pará será a consumação de gravíssimo atentado aos interesses imediatos e históricos do povo paraense. Se prevalecer a opinião dos separatistas, serão criadas três unidades federativas fracas, três Estados pobres e desprovidos de força econômica e política”.





HINO DO ESTADO DO PARÁ

LETRA: ARTHUR PORTO
MÚSICA: NICOLINO MILANO
ADAPTAÇÃO E ARRANJO: GAMA MALCHER

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Estribilho

Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo, e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã !

Segundo alguns pesquisadores, o Hino ao Pará surgiu em época anterior ao ano de 1915 e não tinha caráter ou sentido oficial, desconhecendo-se qualquer ato que tenha oficializado naquela oportunidade.

Cantado pelos alunos do "Colégio Progresso Paraense", foi publicado em 1895, na página 5 dos "Annaes do Colégio Progresso Paraense", edição comemorativa do tricentenário da fundação de Belém.

O referido Hino se tornou oficial com o nome de "Hino do Pará" através da Emenda Constitucional nº 1, de 29 de outubro de 1969.

AUTORES

O professor dr. Arthur Teódulo Santos Porto foi autor da letra do "Hino ao Pará". Ele era conhecido intelectual e educador, fundador do "Colégio Progresso Paraense", nascido em Pernambuco em 1886 e falecido em Belém-PA em 1938. Embora atribuída a Gama Malcher, professor de canto coral daquele colégio, a autoria da música é na realidade de Nicolino Milano, violonista, compositor e regente brasileiro, nascido em Lorena-SP, no ano de 1876 e falecido no Rio de Janeiro em 1931. O Maestro Gama Malcher foi o autor da adaptação e do arranjo musical para canto coral.

SIMBOLISMO

A letra deste Hino é um verdadeiro poema de exaltação ao Pará. Ela fala da beleza natural do Estado, da exuberância de suas matas e flores, dos seus rios, do heroísmo do seu povo e traz uma mensagem de otimismo e esperança para o futuro.

(Fonte: www.pa.gov.br)

RBATV REALIZA DEBATE SOBRE DIVISÃO DO PARÁ


Terça-feira, 29/11/2011, 07h59.

RBA TV realiza o primeiro debate na sexta.

A RBATV realizará o primeiro debate sobre o plebiscito, que ocorrerá dia 11 de dezembro, para o eleitor paraense decidir sobre a divisão do Estado para criação dos Estados do Carajás e Tapajós. O debate ocorrerá nesta quinta-feira (dia 1°) e todos os quatro parlamentares presidentes das frentes pró e contra Carajás e Tapajós já confirmaram presença. Todos concordam que será a oportunidade para os eleitores ainda indecisos terem acesso a informações sobre os argumentos para a divisão ou para manutenção do território do Pará.

O gerente geral de Jornalismo, Adil Bahia, afirma que a RBATV mantém a tradição de realizar o primeiro debate nas eleições paraenses, mesmo o plebiscito sendo um pleito atípico porque coloca em discussão as diferentes regiões do Estado. Bahia explica que as regras do debate foram aprovadas pelos representantes das frentes e que a emissora está preparada para mais esse desafio com a intenção de dar a oportunidade de esclarecimento aos eleitores.

Documento com a cópia das regras do debate foi enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) juntamente com convite para que o TRE envie representante para acompanhar o debate.

O debate plebiscito 2011 será realizado na sede da RBATV, dia 1º de dezembro, às 22 horas. O sorteio será realizado às 21 horas e a ordem de sorteio de perguntas e respostas respeitará alternância das frentes opositoras. No entanto, não será permitida a exibição de quaisquer documentos durante o programa.

A duração prevista para o programa é de 1h30, contendo cinco blocos. Cada pergunta será feita em 30 segundos e as respostas em dois minutos e mais um minuto para réplica e tréplica, cada. No último bloco, serão destinados dois minutos para cada participante fazer as considerações finais, respeitando a ordem do sorteio realizada antes de iniciar o debate.

FRENTES

Os representantes das frentes aguardam com muita expectativa a participação no debate da RBATV. O presidente da frente pró Tapajós, deputado Joaquim de Lira Maia, afirma que a boa audiência em todo o Estado da RBATV contribuirá para levar ao eleitor a informação “sem maquiagem” sobre o plebiscito. Para Maia, o debate é, acima de tudo, uma grande oportunidade para o eleitor, principalmente para aqueles ainda indecisos.

O formato de reunir os representantes das quatros frentes, para Lira Maia, é o mais justo, porque torna o debate mais equilibrado, mesmo em uma eleição como um plebiscito, em que o que está em discussão não são candidaturas, mas ideias. “Para o eleitor menos emotivo é uma oportunidade de uma análise racional”, ressalta Maia.

Já para o presidente da frente contra o Tapajós, deputado Celso Sabino, o debate vai ser fundamental para ajudar a tirar as dúvidas, principalmente dos eleitores do sul e do oeste paraense, as duas regiões com pretensões de se dividir para se tornarem novos Estados. “Vamos tentar desfazer ideias distorcidas que estão sendo veiculadas na campanha, sem ofensas e com esclarecimento ao eleitor”, enfatiza Sabino. O representante do “não” ao Tapajós acredita que a iniciativa da RBATV propicia uma grande chance de esclarecimento à população paraense.

Para o presidente da frente pró Carajás, deputado João Salame, infelizmente, a campanha do plebiscito na mídia está sendo levada para o lado muito emocional. Por isso, o debate na RBATV será fundamental para que a discussão prevaleça para o lado racional, expondo os dados reais com precisão para que o eleitor faça sua escolha com consciência.

João Salame acredita que o formato do debate cara a cara é a melhor opção para a discussão sobre a divisão do Pará porque coloca os quatro representantes em situação de igualdade. O presidente da frente contra o Carajás, deputado Zenaldo Coutinho, não foi encontrado pela reportagem.

SERVIÇO

O debate plebiscito 2011 será realizado na sede da RBATV, dia 1º de dezembro, a partir das 22 horas, com transmissão ao vivo.

A duração prevista para o programa é de 1h30, em cinco blocos.

(Diário do Pará)

JOVENS BRASILEIROS SEM TRABALHO E POUCO ESTUDO


terça-feira, 29 de novembro de 2011.

Relatório mostra jovens brasileiros sem trabalho e com poucos anos de estudo.

*Por Raquel Júnia /EPSJV-Fiocruz.

Se você está na faixa etária de 16 a 29 anos, cursa ou já terminou o ensino superior, tem um trabalho com carteira assinada e ganha mais de dois salários mínimos, saiba que você faz parte de uma porcentagem muito pequena da juventude brasileira. O Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, lançado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a maior parte dos jovens do Brasil não estuda, apenas trabalha ou procura emprego, tem em média 9,2 anos de estudo, ou seja, sequer termina o ensino fundamental, e ganha menos de dois salários mínimos. Apesar de ter havido melhorias tanto na garantia do emprego formal, com carteira assinada, para a juventude, quanto nos níveis de escolaridade, os indicadores mostram que o desafio ainda é grande.
A publicação dedica um caderno ao tema da juventude e fornece um retrato das condições de trabalho dos jovens entre os anos de 2005 e 2010. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, a taxa de desemprego na faixa etária de 16 a 29 anos foi de 18,6% em 2010. Entre as regiões metropolitanas analisadas – São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e Distrito Federal –, a maior porcentagem de jovens desempregados está em Recife, que apresentou em 2010, taxa de desemprego de 27,5%. Em 2004, entre os jovens que tinham emprego no Brasil, 44% não tinham carteira assinada; já em 2009, este percentual caiu para 37,4%. As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam mais trabalhadores jovens sem carteira assinada. São estas regiões que têm também os maiores índices de trabalho não remunerado entre os jovens ocupados – 9,5% na região Nordeste e 8,5% na região Norte. A região Sul vem em seguida, com 6,5%.
Para a pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Neise Deluiz, os dados mostram a urgência de uma reflexão sobre as políticas públicas para a juventude no país. "Em um país que quer se desenvolver no sentido de dar a sua população maior qualidade de vida, em uma sociedade democrática em que as pessoas realmente possam ter condições de saúde, educação, trabalho e renda, a juventude é um desafio. É preciso ter políticas de trabalho e renda para elas e as políticas que nós temos são muito incipientes. A escolaridade, que é fundamental, fica em segundo plano”, sustenta. A professora afirma que o desemprego da juventude é um fenômeno mundial, mas cada país adota caminhos diferentes para lidar com o problema. Ela comenta que em alguns países da Europa, por exemplo, a estratégia é atrasar a ida do jovem para o mercado de trabalho, mantendo-o na escola, o que não acontece no Brasil, sobretudo com os jovens mais pobres. Aqui, segundo a professora, predominam também formas precarizadas de trabalho, o que não garante qualidade de vida e autonomia ao jovem.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também alertou recentemente sobre o surgimento de uma "geração traumatizada” devido ao desemprego juvenil. Segundo a OIT, em 2010 havia no mundo 75,1 milhões de jovens desempregados, o que representa uma taxa de 12,7% de desemprego. A organização sugere ações para reverter o quadro, como desenvolver uma estratégia integral de crescimento e criação de empregos focada nos jovens; melhorar a qualidade dos empregos com fortalecimento das normas do trabalho e investir em educação e formação de qualidade, entre outras.
Formação
De acordo com os dados do Anuário, o Brasil engrossa as estatísticas apresentadas pela OIT. E, especificamente em uma das ações sugeridas pela organização para enfrentar o problema – o investimento em educação e formação de qualidade –, o país tem um gargalo. É esta a opinião da professora Neise Deluiz, que pesquisa o Pro Jovem, um dos principais programas do governo federal voltados à formação da juventude para o mercado de trabalho. Ela comenta que o emprego é uma necessidade e também um desejo de muitos jovens que, ao se depararem com as condições burocráticas e pouco atrativas do ensino médio tradicional, acabam abandonando a escola para trabalharem ou buscarem emprego. "Muitos vão estudar à noite, e a escola não é interessante, com conteúdos que não os ajudam a se desenvolver nos planos científico, cultural, social, o que leva ao abandono”, descreve. Além disso, a professora lembra que não há no Brasil cobertura suficiente para atender toda a demanda pelo ensino médio. E reforça: "Nem esse direito à educação ainda foi conquistado”.
De acordo com Neise, a lista de ocupações que mais empregaram os jovens em 2010, presente no Anuário, revela a posição que esses jovens com baixa escolaridade e formação precária têm ocupado no mercado de trabalho. No ranking apresentado no documento, levando-se em conta as jovens mulheres, em primeiro lugar está o trabalho como agentes, assistentes e auxiliares administrativos; em segundo, como operadoras de comércio em lojas e mercado. Em seguida, com porcentagens muito parecidas, aparecem funções como operadoras de telemarketing, caixas e bilheteiras (com exceção de caixas de bancos) e alimentadoras de linhas de produção. Para os jovens do sexo masculino, o primeiro lugar muda, mas o restante do ranking é parecido: eles trabalharam mais como ajudantes de obras civis, em segundo lugar, como alimentadores de linhas de produção e, com percentuais parecidos, aparecem em seguida aqueles que trabalharam como operadores do comércio em lojas e mercados e agentes, assistentes e auxiliares administrativos.
Para a pesquisadora, as condições atuais de educação perpetuam essa situação de empregos que garantem pouca autonomia à juventude. "Uma das categorias mais importantes da discussão sobre educação profissional é a dualidade estrutural da educação brasileira, que não é recente, é histórica. E isso se aprofunda quando vemos uma parte da população sendo encaminhada para o ensino médio e até superior de baixa qualidade, e uma elite que tem direitos e acesso a uma educação de qualidade. Isso faz com que existam duas redes paralelas, uma que encaminha para os trabalhos de qualidade, de direção da sociedade, e outra que encaminha para o trabalho precário, perpetua a divisão social do trabalho e a hierarquização da sociedade de classes. A dualidade estrutural confirma e legitima essa separação da sociedade de classes”, analisa. A pesquisadora complementa que os jovens pobres conseguem trabalhos "facilmente descartáveis”, que não exigem grande qualificação, embora o empregador demande que ele tenha o ensino médio. "É interessante que o mecanismo de seleção no mercado de trabalho hierarquiza de novo essa juventude, mas sem aumentar a qualidade do trabalho e sem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Elas ganharão de um a dois salários mínimos, vão achar que está tudo bem porque têm uma carreira assinada, mas não terão possibilidade de ascensão social. Uma ou outra pessoa talvez poderá ascender socialmente, se ela conseguir estudar e conseguir transpor essa barreira da inclusão precarizada, se ela encontrar uma brecha muito pontual, pode ascender. Mas a massa ficará onde está”, questiona.
Segundo os dados do MTE e Dieese, em 2010, os jovens com ensino médio completo, se comparados àqueles que não concluíram esta fase de ensino, apresentavam níveis salariais um pouco mais altos. Trinta e um porcento deles ganhavam mais de dois salários mínimos, mas a maioria, 61,9%, recebia de um a dois salários mínimos, e 7% até um salário mínimo. Já entre aqueles que não completaram o ensino médio, apenas 19,2% recebiam mais de dois salários mínimos, 65% de um a dois salários, e 15% menos de um salário mínimo. Neise lembra que essa associação entre escolaridade e aumento salarial é bastante frequente, mas que é preciso esclarecer até que ponto esse balanço é positivo. "Os economistas adoram fazer essa associação entre escolaridade e renda e realmente isso acontece. As pessoas que vão conseguindo galgar patamares mais altos de escolaridade têm uma ascensão de renda maior, só que isso também tem um limite: não é possível passar muito de um determinado patamar e não há uma ascensão social em termos de autonomia cultural, intelectual, o que existe é uma correspondência da escolaridade com o tipo de função. Mas sempre com os seus limites. Com a escolaridade há mais condições de disputa, mas não necessariamente um emprego de fato, com qualidade, carteira, direitos”, reforça.
No âmbito da pesquisa que Neise realiza com jovens matriculados no ProJovem do Rio de Janeiro, ela percebe que apesar de terem diversas qualificações, eles não conseguem trabalho, o que demonstra que nem sempre o currículo recheado de formações garante uma posição no mercado. "Sessenta e cinco porcento dos jovens entrevistados na pesquisa fizeram cursos de qualificação em várias áreas, e mais de um curso. Isso revela também a falta de opção desses jovens após o ensino médio: eles não têm emprego e vão fazendo cursos com a expectativa de que vão conseguir emprego por causa daquele curso. Eles acabam assimilando a ideologia de que o problema é deles e quanto mais curso fizerem, mais estarão aptos a concorrerem a uma vaga, sem que tenham a consciência de que isso é um problema estrutural do país. Então, eles se culpabilizam e a sociedade os culpabiliza. Essa culpabilização do trabalhador pela sua situação de desemprego e de precariedade é parte do discurso ideológico para deixar todo mundo nas mesmas situações”, observa.
De acordo com o anuário, de 2008 a 2010, 484 mil jovens estavam inscritos no programa ProJovem trabalhador, a maior parte deles do sexo feminino e na faixa etária de 18 a 24 anos. De acordo com o MTE, o programa atende jovens em situação de desemprego e que sejam membros de famílias com renda per capita de até um salário mínimo. Podem participar jovens que estejam cursando ou tenham concluído o ensino fundamental ou o ensino médio. Para Neise, o programa não consegue garantir uma formação de qualidade com apenas 350 horas de duração, e, especificamente, no caso do Rio de Janeiro, ela identifica outro problema: os contratos com as Organizações Não-governamentais, que não executam bem o programa e não são acompanhadas de perto pelo poder público. A professora entrevistou os estudantes do ProJovem que recebem formação na área de saúde. "Os alunos tinham muitas críticas sobre a infraestrutura institucional do programa. Ele foi executado por uma ONG em todo o Rio de Janeiro, que atrasou o repasse dos recursos de passagem e das bolsas. Muitos desistiram por isso. Além disso, acharam muito precário o curso em termos da formação em saúde, o conteúdo fraco, as apostilas ultrapassadas, não se sentiram capacitados para enfrentarem o mercado de trabalho. O que eles acharam interessante foi a parte de cidadania, chamada de qualificação social”, relata. Neise, explica que, no caso deste curso analisado por ela, diz-se que a formação seria na área de saúde, e, de acordo com a professora, de fato a intenção seria formar os jovens para que trabalhem no setor saúde, mas em posições como atendente de farmácia, de laboratório de análises clínicas, recepcionista de consultório médico e odontológico. "São profissões que estão na CBO [Cadastro Brasileiro de Ocupações] como recepcionista e garantem baixos salários”.
Desigualdade entre a juventude
Os dados do Anuário mostram ainda que há desigualdade no acesso ao trabalho e à educação entre jovens negros e brancos e também entre homens e mulheres. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, em 2010, a taxa de desemprego era maior entre as mulheres, 22,2%, enquanto entre os homens os índices atingiram 15,3%. Na mesma região, os negros apresentavam taxa de desemprego de 21,2%, enquanto os não-negros de 17,2%. A divisão sexual do trabalho também fica bastante evidente com o estudo: em Fortaleza, por exemplo, 14,5% das jovens apenas cuidam dos afazeres domésticos, não estudam e não trabalham fora.
Para Neise, é importante compreender que não há um conceito único de juventude, mas sim a existência de "juventudes”. "Há diversas origens e condições dos jovens que diferenciam os salários e as posições na sociedade. Isso acontece com os adultos também, mas com os jovens isso é pior, porque esse é um seguimento desprivilegiado no mercado de trabalho. Se tiver um movimento de demissão, ele será o primeiro a ser demitido”, diz. A professora acredita que políticas públicas universalistas é que garantirão mais direitos às diversas juventudes. "Em um modelo mais justo, mais igualitário, as políticas universalistas garantiriam o direito de todos à educação, ao emprego, ao trabalho e à renda”, sintetiza.
(*) Texto publicado originalmente na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).

in Adital Jovem: http://www.adital.com.br/jovem/
Postado por Onivaldo Dyna às 09:03

EXEMPLO DE VIDA E O ENSINAMENTO DE JOÃO PAULO II


Enfrentar a dor e a doença no espírito do evangelho.

Bento XVI lembra o exemplo de vida e o ensinamento do papa João Paulo II

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 28 de novembro, 2011 (ZENIT.org) - O XXVI Congresso Internacional do Pontifício Conselho da Pastoral da Saúde culminou sábado de manhã, 26 de Novembro, com a audiência que os participantes tiveram com o Papa Bento XVI. O tema do Congresso é “A pastoral sanitária à serviço da vida à luz do magistério do Beato João Paulo II. Na audiência também estavam presentes os prelados encarregados pela Pastoral da Saúde nas respectivas Conferências episcopais. O discurso do Santo Padre foi precedido pela homenagem de monsenhor Zygmut Zimowski.

Bento XVI recordou a contribuição indelével que o seu predecessor, o beato João Paulo II deu à pastoral sanitária, especialmente através da fundação, em 1985, do Pontifício Conselho dos Profissionais Sanitários, a instituição, há vinte anos atrás, do dia Mundial do Doente e, mais recentemente, com a Fundação "O bom Samaritano".

O Papa João Paulo II", proclamou que o serviço à pessoa doente no corpo e no espírito constitui um constante esforço de atenção e de evangelização de toda a comunidade eclesial, segundo o mandato de Jesus aos Doze, de curar os enfermos (cf. Lc 9,2)" , disse seu sucessor.

Em uma passagem, citada ontem pelo Papa Raztinger, da Carta Apostólica Salvifici Doloris, João Paulo II escreveu: "O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: esse é um daqueles pontos nos quais o homem está, em certo sentido, ‘destinado’ a superar a si mesmo, e é chamado a isso de uma maneira misteriosa "(No. 2).

Com a sua encarnação, Deus, explicou Bento XVI, "não eliminou a dor", mas em Cristo crucificado, revelou que "o seu amor desce também no abismo mais profundo do homem para dar-lhe esperança."

Portanto, o serviço de acompanhamento que se realiza aos "irmãos doentes, solitários, provados muitas vezes por feridas não só físicas, mas também espirituais e morais" põem em “uma posição privilegiada para testemunhar a ação salvífica de Deus, o seu amor pelo homem e pelo mundo, que abraça as situações mais dolorosas e terríveis ", disse o Papa.

"A Face do Salvador morrendo na cruz", acrescentou, nos ensina a "preservar e a promover a vida, em qualquer fase e qualquer que seja sua condição, reconhecendo a dignidade e o valor de cada ser humano."

A dor e o sofrimento "iluminados pela morte e ressurreição de Cristo" tiveram um reflexo vivente nos últimos anos da vida terrena de João Paulo II, cuja "fé inabalável e segura invadiu sua fraqueza física, tornando a sua doença, vivida pelo amor à Deus, à Igreja e ao mundo, uma participação concreta no caminho de Cristo ao Calvário ", disse Bento XVI.

Em conclusão, o Santo Padre desejou que os participantes da Audiência sejam capazes de "descobrir na árvore gloriosa da Cruz de Cristo", conclusão e Revelação plena de todo o Evangelho da vida "(Evangelium Vitae, 50)", seguindo os passos do "testamento vivido pelo beato João Paulo II em sua própria carne".

POR QUE OS JOVENS ABANDONAM A IGREJA?


Por que os jovens abandonam a Igreja?

Um livro tenta entender as razões

Pe. John Flynn, LC

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.

Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.

1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.

2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.

3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.

Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.

Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.

O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.

Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.

Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.

Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.

Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.

Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.

Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.

De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.

Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.

A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.

Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.

Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.

Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.

Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.

Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.

Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.

Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.

No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.

Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.

Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

REJEIÇÃO A DIVISÃO DO PARÁ CONTINUA FORTE.


Campanha na TV não muda a rejeição à divisão do PA.

Data 29/11/2011 as 21:51 h Autor Editoria Vezes 32 Idioma Global

Aumentou o nível de conhecimento dos eleitores do Pará sobre o plebiscito de dezembro, mas a rejeição à divisão do Estado continua predominante.

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem, 62% dos eleitores são contra a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós.

A reportagem é de Aguirre Talento e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 27-11-2011.

Nessa pesquisa, a segunda do Datafolha sobre o plebiscito, houve um pequeno aumento no nível de rejeição ao desmembramento do Pará, mas dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram entrevistados 1.015 eleitores paraenses entre os dias 21 e 24 deste mês. A pesquisa foi encomendada em parceria entre a Folha e as TVs Liberal e Tapajós (afiliadas da Rede Globo).

Em 11 de dezembro, os eleitores do Pará irão às urnas opinar se querem que o Estado se separe e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

A principal diferença no cenário da nova pesquisa para a anterior, divulgada há duas semanas, é que foi realizada dez dias após o início da propaganda plebiscitária na TV e no rádio.

Comandado por Duda Mendonça, o marketing separatista tem feito apelos aos eleitores de Belém, região que concentra o maior eleitorado, para que votem a favor da divisão e deixem a "esperança vencer o medo".

A campanha nos meios de comunicação, no entanto, ainda não foi capaz de mudar o opinião do eleitor para além da margem de erro.

A principal alteração constatada na nova pesquisa é que os eleitores se consideram mais bem informados sobre a divisão do Pará: 96% dizem ter tomado conhecimento do plebiscito e, dentro desse universo, 33% dizem que estão bem informados.

Na pesquisa anterior, 92% sabiam do plebiscito e, desses, 19% se consideravam bem informados.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, ressalta que a pesquisa é um retrato deste momento e que a campanha entra agora em uma fase decisiva.

Prova disso é que agora se intensificam as carreatas e os debates. Nas duas semanas finais, estão previstos três debates na televisão com os representantes das frentes de campanha sobre a divisão.

"É comum que os eleitores tomem a decisão sobre seus votos só nos últimos dias", afirmou Paulino.

A aprovação à ideia da divisão caiu até mesmo entre os eleitores das regiões que querem se separar.

No Carajás, por exemplo, 78% se dizem a favor do Estado do Carajás, uma queda de seis pontos percentuais em relação ao último levantamento do Datafolha.

No Tapajós, 74% são a favor do novo Estado - uma oscilação negativa de três pontos percentuais.

A maior resistência, porém, continua na região chamada de "Pará remanescente", que permaneceria inalterada com a divisão.

A rejeição é acima de 80% e tem se refletido em uma hostilização das campanhas separatistas. No último domingo, a primeira carreata dos defensores da divisão em Belém foi recebida com vaias.

http://www.ihu.unisinos.br/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

NÃO: CONTRA A CRIAÇÃO QUE CRIARÁ ESTADOS MISERÁVEIS.


NÃO:Contra a divisão que criará estados miseráveis.

O governo do Estado toca um programa de descentralização da administração. O objetivo é manter a presença integrada de órgãos do Estado nas principais regiões do Pará, a exemplo de projetos como a Estação Cidadania, implantado no bairro do Jurunas, em Belém. Nesta entrevista exclusiva cedida ao DIÁRIO, através dos jornalistas Frank Siqueira e Raimundo Sena, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB), principal representante da frente contra a criação do estado de Carajás, admite essa preocupação do atual governo com o desejo das várias regiões do Pará de maior proximidade de representações do poder público - fato que em si serve de combustível para clamores separatistas. Porém, também é enfático: a divisão proposta para o Pará poderá resultar em nada mais que o gravamento da fragilização da economia paraense. Para Coutinho, além da redivisão de um bolo econômico marcado pelo ainda baixo nível de produção, o cenário pós-plebiscito pode trazer ainda maiores agravantes, como os resultados negativos da disputa tributária entre os entes federados: “Quando se divide, você traz para dentro desta área territorial a guerra fiscal que hoje é externa a esse território”, argumenta.

Zenaldo Coutinho, 50, é natural de Belém. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Pará, foi eleito vereador de Belém por duas vezes e duas vezes deputado estadual. Presidente da Assembleia Legislativa em 1995, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1999 e hoje já está em sua quarta legislatura.

Este ano se licenciou da rotina parlamentar para assumir a chefia da Casa Civil da Governadoria e depois também a Secretaria Especial de Proteção e Desenvolvimento Social. No entanto, deixou o governo no último dia 31 de agosto e reassumiu o cargo de deputado federal, justamente para se dedicar à campanha contra a divisão territorial do Pará. Confira a entrevista cedida com exclusividade ao DIÁRIO DO PARÁ:



P: O senhor saiu do governo para assumir a campanha contra a divisão do Estado. Atuar na Secretaria Especial de Proteção Social o impediria de atuar na frente?

R: Impediria. Nas primeiras minutas de resolução do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] publicadas não havia impedimento, mas quando nós tivemos a audiência pública em Brasília, os próceres da divisão do Carajás solicitaram ao TSE que restringisse a participação de parlamentares licenciados que estivessem no executivo - com endereço certo. O TSE acabou acolhendo e eu imediatamente me afastei.

P: A frente de defesa da integridade territorial do Pará tem uma estratégia definida de campanha para mobilizar a população...

R: Nós tivemos convenções da frente contra Carajás e contra o Tapajós, reunindo diferentes partidos e três segmentos da sociedade, representações das mais diversas, desde líderes sindicais, líderes de comunidades, líderes partidários, um mix da representação social. A estratégia de marketing, com as nossa quatro agências tupiniquins, papachibés, acho que até simbolicamente é um bom enfrentamento entre as nossas agências, do talento e da inteligência do Pará, contra o estrangeirismo do Duda Mendonça.

P: Do ponto de vista econômico, qual será a consequência desse desmembramento para o Estado remanescente e para as áreas que pretendem se tornar independentes?

R: O Pará, com toda a sua potencialidade econômica, ainda é muito pequeno em termos de produção. O nosso PIB [Produto Interno Bruto] representa algo em torno de 1,3%, 1,4% do PIB nacional. Então nós já temos, a nível de quantitativo nacional, uma produção muito baixa. Se nós nos dividirmos por três, nós seremos três míseros estados. Segundo, quando se divide, você traz pra dentro desta área territorial a guerra fiscal que hoje é externa a esse território. Hoje a gente briga com o Maranhão, com Goiás, com o Tocantins, com o Amazonas. No momento em que nós nos dividirmos, nós vamos trazer a guerra fiscal para o Pará, Carajás e o Tapajós. Ou seja, você já vai acertar as receitas existentes. Hoje nós já temos empresas consolidadas dentro do Estado que pagam determinados níveis de impostos. Amanhã, na luta pra transferir para Marabá, para Santarém ou para manter aqui, nós vamos ter a redução dessa carga tributária. Ou seja, há ainda a possibilidade real de a guerra fiscal vir agredir mais ainda os cofres públicos. Terceiro, você aumenta o custo da máquina administrativa. De repente tu tens, hoje, uma estrutura de executivo, de assembleia [legislativa], de judiciário e tribunais de contas. Com a divisão você terá três estruturas de assembleias, de tribunais de contas, de executivo, e eu estou falando só da área burocrática, não estou falando da área fim. Não estou falando de polícia na rua, professor na escola, médico no hospital. Me refiro exclusivamente à área meio, a área cara da burocracia. Então, são bilhões de reais a serem investidos na instalação e na manutenção dessa burocracia. E aí eu pergunto como isso pode dar capilaridade econômica aos três estados? Então, os três estados acabam sendo caros. Para você ter uma ideia, um estudo apresentado pelo IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], do pesquisador Rogério Boeri [Rogério Boeri Miranda], no ano passado, identificava que o estado do Tapajós, por exemplo, ia ter um custo de manutenção da sua máquina de algo em torno de 51% do PIB, quando a média nacional está na ordem de 12%, 13% e o suportável é no limite de 16%. Ou seja, economicamente, caos absoluto. O estado vai viver para manter a sua máquina, não para prestar os serviços públicos para a população. Não é para construir estradas, não é para dar segurança, não é para construir hospital e manter hospital, nem para dar escola. É para manter a sua máquina dos seus apaniguados. Portanto, eu diria que economicamente pode ser bom para meia dúzia de empresas e será certamente para meia dúzia de políticos.

P: O legislativo já tem uma representação no Pará inteiro, o judiciário tem uma capilaridade em função da distribuição espacial de juízes e promotores. O executivo tem um modelo muito centralizador. Não haveria uma maneira de o executivo se fazer presente fisicamente em todas as regiões do Estado, evitando esse tipo de sentimento separatista?

R: É óbvio que nós temos que aperfeiçoar nossas políticas públicas. Esse é um dos grandes desafios da governança. O governador Jatene implantou já, neste início de governo, uma atuação descentralizada, inclusive com a transferência da sede de governo. Já fez isso no Baixo Amazonas e em Marabá, regiões sul e sudeste. Não só levando o governo a visitar as regiões, mas já anunciando obras e serviços como também tendo um diálogo com a região, ouvindo as suas demandas. Então, já há um modelo sendo praticado hoje. Porém, mais do que isso – e você tem razão –, nós temos que estabelecer fisicamente o governo, a construção de estruturas na região. Hoje já existem as regionais de saúde, as regionais de educação, as regionais de transporte, mas você não tem a presença física do governo com autonomia de gestão pro dia a dia, pro cotidiano. Esse é o grande desafio. Mas o governo elabora um programa de descentralização física do Estado, a começar pelas duas macrorregiões sul e do oeste. Inclusive nós temos já alguns exemplos bem sucedidos no país com alguns programas, como, por exemplo, o Poupa Tempo, do governo de São Paulo, já até expandido para outros estados. E já começamos, inclusive em Belém, com uma experiência piloto para conseguir levar isso adiante, que é a Estação Cidadania, que foi implantada no Jurunas, num modelo piloto, experimental para você poder levar isso de uma maneira a integrar. E, se você visita lá o modelo, verifica que não é só o Executivo. Então, você acaba podendo integrar outros poderes e fazer com que seja uma presença do Estado, não do governo, mas do Estado. (Diário do Pará)

TODOS CONTRA A DIVISÃO DO PARÁ.


Segunda-feira, 28/11/2011, 02h49

Quatro carreatas pela unidade do Pará.

Unir diversos grupos, mobilizar toda a sociedade e manifestar a posição contrária à divisão do Estado. Esse foi o objetivo da manifestação realizada na manhã de domingo (27), em Belém, por organizadores das duas frentes contra a criação dos Estados do Tapajós e Carajás. No total, quatro carreatas, que saíram de distintos pontos da Região Metropolitana, levaram milhares de pessoas às ruas e deram mais ânimo ao plebiscito, marcado para 11 de dezembro.

Ganhando força e adeptos no decorrer do trajeto, as carreatas se encontraram por volta das 13h na Praça do Operário, em São Brás. Lá, tomado por bandeiras e faixas, o espaço ganhou as cores da bandeira paraense, vermelha e branca, para mostrar o desejo de manter o Estado unificado.

“Você pode estar insatisfeito com todos os políticos, governador, prefeito, vereador, mas em quatro anos você pode mudar a situação, com o seu voto. Mas se o Pará for divido não há como voltar atrás. Não haverá outro plebiscito”, explicou o deputado estadual Celso Sabino, presidente da Frente Contra Tapajós.

ARGUMENTOS

Ele e outros representantes políticos, entre eles o presidente da frente Contra Carajás, deputado estadual Zenaldo Coutinho, usaram diversos argumentos para provar que a criação de dois novos estados só trará prejuízos à população. “Eles querem saquear o Pará. Perderemos 85% de nossas riquezas naturais, 80% das florestas, ficando com apenas 17% do território atual”, frisou Sabino.

Procurados por vários eleitores, eles tiraram dúvidas acerca do processo de votação e ratificaram a obrigatoriedade do exercício da cidadania. As carreatas também incitaram o ideal de identidade e orgulho em fazer parte da federação. “Será o melhor para o nosso Estado. As pesquisas já demonstram, no dia 11 todos serão 55”, reforçou Zenaldo.

De forma semelhante pensa o administrador Lucia Ribeiro. Também investiram no slogan “É como foi dito na carreata, precisamos de políticos melhores e não mais políticos”, afirmou.

Desde sábado, os organizadores fizeram distribuição de CDs com as músicas e slogans da campanha e, durante o evento, também distribuíram milhares de adesivos com o número 55. A professora Heliana Malcher foi uma das que pegou o material. “Lá em casa todas as janelas já têm um (adesivo), mas quero botar também no carro e levar pra casa do meu filho”, contou. Segundo a organização, aproximadamente 700 pessoas participaram do evento.

TRÂNSITO

As quatro carreatas deixaram parte do trânsito da capital lento, principalmente porque percorreram vias de intenso fluxo como a Almirante Barroso. Poucos carros e agentes da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) estavam no local. (Diário do Pará)

sábado, 26 de novembro de 2011

AGORA JÁ É 60% DOS QUE REJEITAM A DIVISÃO


Mais de 60% dos eleitores rejeitam divisão do Pará, diz pesquisa

26/11/2011 9:56, Por Redação, com Vermelho.org.br
Pará

Manifestantes fazem protesto contra divisão do Pará

Duas semanas após o início da propaganda do plebiscito em TV e rádio, a maioria dos eleitores do Pará continua rejeitando a divisão do Estado. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta , 62% dos eleitores paraenses são contra a divisão do Pará para a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada no último dia 11, houve um pequeno aumento da rejeição aos novos Estados. A oscilação, porém, está dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram entrevistados 1.015 eleitores entre os dias 21 e 24 de novembro. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 50.287/2011.

A propaganda do plebiscito na TV e no rádio ainda não foi capaz de causar alterações significativas nas intenções de voto dos eleitores paraenses. Em 11 de dezembro, eles irão às urnas decidir se querem que o Pará se separe e dê origem a mais outros dois Estados: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

Na região do chamado Pará remanescente está a maior resistência aos novos Estados: 85% são contra o Carajás e 84% são contra o Tapajós. A aprovação à divisão caiu até mesmo entre os eleitores das regiões que querem se separar. No Carajás, 78% se dizem a favor do novo Estado, uma queda de seis pontos em relação ao último levantamento. No Tapajós, 74% são favoráveis ao novo Estado, uma oscilação negativa de três pontos.

Déficit

O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) divulgou ontem mais um estudo com as simulações possíveis em relação à divisão do Estado do Pará, com a criação dos estados de Carajás e Tapajós. Alguns dos dados apontam que os dois novos estados e mais o Pará remanescente já nasceriam deficitários.

O Pará sairia de uma realidade de superávit de R$ 277 milhões e passaria a um Pará remanescente com um déficit de R$ 778 milhões, situação idêntica aos dos novos estados, com o Tapajós apresentando um déficit R$ 964 milhões e o Carajás registraria o maior saldo negativo, estimado em R$ 1,9 bilhão.

O estudo do Idesp mostra que, no que diz respeito ao equilíbrio financeiro, estimou-se uma despesa fixa de R$ 1,4 bilhão, que independe do tamanho populacional e do Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelo estado. De acordo com o Instituto, a proposta de divisão não é relevante como solução para os problemas regionais existentes, pois apesar da possibilidade de incrementos nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), bem como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para alguns municípios, o saldo entre receita e despesa seria deficitário.

Ainda segundo o levantamento feito pelo Idesp, esses desequilíbrios financeiros acarretariam sérias implicações para a construção da infraestrutura desses estados, para o atendimento à população por equipamentos públicos referentes a educação, saúde, segurança, dentre outros, e para os investimentos necessários à promoção do desenvolvimento econômico e social.

Alerta

Os pesquisadores alertam, no entanto, que a inexistência de debates ou audiências prévias que apoiem ou esclareçam essa proposta dificulta a discussão de indicadores sociais, econômicos, financeiros e ambientais que sustentem o debate principal: a unidade ou divisão do Estado e o bem-estar da população.

O estudo considerou aspectos legais e científicos que permitiram a organização, a avaliação e a sistematização de informações estatísticas e cartográficas, além de simulações da despesa total, da arrecadação total, dos repasses do Fundo de Participação do Estado e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), informações que somadas subsidiam a tomada de decisão da população no plebiscito do próximo dia 11.

– Os resultados mostraram a importância de se observar algumas questões: o processo de federalização do Pará é de grande relevância, pois suas consequências são automaticamente transpostas para os novos estados, visto que historicamente os grandes planos e projetos federais cujos desdobramentos são permanentes – abertura de rodovias federais e seus desdobramentos na colonização e na política agrária (BR-010 e BR-230), o Polamazônia, o Programa Grande Carajás, a implantação da Hidrelétrica de Tucuruí, entre outros – não levaram em conta os planos e projetos de desenvolvimento local, diz a pesquisa.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

58% DOS PARAENSES REJEITAM A DIVISÃO DO ESTADO. "NÃO E NÃO" A DIVISÃO.


Divisão do Pará é rejeitada por 58% dos eleitores.

O resultado da pesquisa sobre as intenções de votos da população paraense no plebiscito sobre a criação dos Estados do Carajás e Tapajós agradou os lados a favor e contra a divisão. A pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, divulgada ontem, aponta que 58% da população é contra a divisão e 33% a favor. O presidente da frente para a criação do Carajás, deputado estadual João Salame (PPS), afirma que os números refletem a realidade e até surpreenderam, mostrando que quase a totalidade da população do sul paraense é a favor da criação do Carajás.

Ele explica que como 65% da população paraense está concentrada no nordeste paraense, onde se localiza a capital, é natural que os números estejam neste patamar. Porém, para Salame, com o início da campanha na mídia, desde ontem, a expectativa das frentes pró Carajás e Tapajós é que a cada dia mais eleitores façam a adesão à criação dos novos Estados com o conhecimento da realidade das regiões que querem se dividir para criar o Carajás e o Tapajós.

“A meta é conquistarmos os que são contra, mas não se sentem suficientemente informados e admitem a possibilidade de mudar”, ressalta o líder da frente Carajás.

Segundo João Salame, as pesquisas encomendadas pela frente Carajás apontam que mais da metade dos contrários à divisão não têm informação sobre a realidade das duas regiões que pretendem se tornar novos Estados.

Da mesma forma, o presidente da frente contra o Tapajós festeja os dados da pesquisa, alegando que 58% de intenções de votos contra a divisão já era esperado e a tendência, segundo o deputado estadual Celso Sabino (PR), também é aumentar.

Para Sabino, a partir dos programas eleitorais na televisão e rádio, as frentes contra a divisão têm oportunidade de desfazer as informações, segundo ele, incorretas, repassadas pelas frentes a favor da divisão. “Esperamos que munidos de informações corretas a vantagem do Não aumente e que o Pará continue unido, grande e saia deste plebiscito fortalecido”, enfatiza Sabino.

A pesquisa do Datafolha foi realizada no período de 7 a 10 deste mês, em 42 municípios do Pará, ouvindo a opinião de 880 pessoas. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 46041/2011.

Como resultado, 58% dos entrevistados responderam que não querem a divisão e 33% que sim, querem a criação do Tapajós e do Carajás. 10% dos entrevistados disseram que são indecisos sobre a criação do Tapajós e 8% são indecisos sobre a criação do Carajás. A pesquisa foi encomendada em uma parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós.

(Diário do Pará, com informações da Folhapress).

MATO GROSSO QUER "ROUBAR" TERRAS DO PARÁ".


Quinta-feira, 24/11/2011, 02h54

Terra na divisa com o Mato Grosso é do Pará

Não é ainda uma decisão definitiva, mas o Pará sai na frente, e com uma enorme vantagem comparativa, no contencioso que vem sustentando com o Estado de Mato Grosso por causa da indefinição de limites. O Serviço Geológico do Exército Brasileiro emitiu esta semana, como estava previsto, o laudo da perícia judicial realizada na área fronteiriça entre os dois Estados. O relatório confirmou que as terras cujo domínio é pleiteado pelo Mato Grosso pertencem efetivamente ao Estado do Pará.

O processo, sob apreciação do Supremo Tribunal Federal, resulta de ação civil ordinária impetrada perante o STF em 2004 pelo Estado de Mato Grosso, reivindicando seu domínio sobre uma extensa faixa fronteiriça de três milhões de hectares, segundo dados divulgados ontem à tarde pela assessoria da PGE do Pará.

Ao dar ontem a informação, em Belém, o Procurador-Geral do Estado, Caio de Azevedo Trindade, acrescentou que o laudo pericial do Exército já foi anexado ao processo que tramita no Supremo Tribunal Federal e que se encontra em poder do ministro Marco Aurélio Mello, relator da matéria. De acordo com o procurador, a previsão é de que o julgamento do processo venha a ser marcado para o início de 2012. O Pará vai para o julgamento numa posição bastante confortável, conforme frisou, porque tem a seu favor o laudo pericial elaborado pelo Exército.

RELATÓRIO

Há cerca de duas semanas, o diretor do Serviço Geológico do Exército Brasileiro, general de divisão Pedro Ronalt Vieira, já havia anunciado para meados deste mês a entrega do relatório, uma versão do qual – adiantou ele na ocasião – já se encontrava sob análise. Pedro Ronalt informou que o limite questionado entre os dois Estados localiza-se na região do rio Teles Pires, onde está a cachoeira Salto das Sete Quedas.

Para o Governo de Mato Grosso, a demarcação da área foi feita de forma equivocada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi com base nesse entendimento que decidiu, há sete anos, ingressar com ação ordinária no Supremo pedindo a redefinição dos limites. Na hipótese – agora considerada pouco provável – de o Mato Grosso ter reconhecida a sua pretensão, a fronteira entre os dois Estado teria que ser elevada no oeste paraense em torno de 100 quilômetros, seguindo-se então uma linha reta até o norte da ilha do Bananal. Essa área teve seu domínio pacificamente conferido ao Pará, sem nenhuma contestação, em estudo de demarcação feito pelo IBGE em 1900.

A defesa do Pará, sustentada pela Procuradoria-Geral do Estado, está amparada em farta e consistente documentação, incluindo provas constituídas por laudos, mapas, fotografias, documentos, filmagens do local e análise jurídica. Um ponto em particular chama a atenção na peça jurídica preparada pela PGE. Trata-se da situação de ocupação no vizinho Estado, provocando a expansão do desmatamento no Mato Grosso em direção ao Estado do Pará. Com isso, ganhou corpo o temor do avanço da fronteira agrícola daquele Estado sobre as terras atualmente pertencentes ao patrimônio fundiário do Pará.

‘ERRO’

Para o Governo de Mato Grosso, a demarcação da área foi feita de forma equivocada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

JULGAMENTO

A previsão é de que o julgamento do processo venha a ser marcado para o início de 2012.

(Diário do Pará)

PARAENSES QUE SÃO CELEBRIDADES NÃO QUEREM A DIVISÃO DO PARÁ.

Celebridades fazem campanha contra a divisão do Pará.

Jogadores de futebol, atriz e cantora são contra divisão do Estado. Políticos de outros Estados defendem separação.

As campanhas contra e a favor da divisão do Pará em mais dois Estados (Tapajós e Carajás) começaram oficialmente nesta terça-feira, 13 de setembro. Neste primeiro momento, são permitidas apenas a realização de comícios, panfletagem, divulgação das campanhas em carros de som e por meio da internet. A propaganda em rádio e na televisão começa em 11 de novembro, um mês antes do plebiscito.

Leia também: Fafá de Belém é contra divisão do Pará e diz que Estado é "soma dos seus cheiros"

Oficialmente, as campanhas pró e contra a divisão do estado vão colocar de lados opostos personalidades do esporte e música e líderes políticos. Os jogadores do Santos, o meia Paulo Henrique Ganso e o lateral-direito, Marcos Rogério Lopes, o Pará, já confirmaram participação na campanha pelo não à divisão do Estado. A atriz Dira Paes e a cantora Fafá de Belém também farão campanha contra a divisão do Estado.

Pela proposta, o Pará será o menor dos três Estados surgidos da separação.

Do lado do “sim” pela criação de Tapajós e Carajás, até o momento, o maior nome é o do publicitário Duda Mendonça. As frentes a favor da divisão do Pará serão reforçadas por políticos de outros Estados e por governador e ex-governadores do Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.As duas frentes prometem reunir, no mesmo lado, adversários políticos de partidos como PSDB, PR e PT. Um exemplo são as frentes contra a divisão do Pará: duas são lideradas por caciques do PR no Pará e outra por líderes do PSDB.

Oficialmente, foram formalizadas cinco frentes que deverão entrar na disputa. São três frentes contra a divisão e duas a favor.

As três frentes contra a divisão do Pará têm como coordenadores os deputados estaduais Eliseu Faustino (PR) e Celso Sabino (PR), além do deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB), ex-chefe da Casa Civil do governo Simão Jatene (PSDB). Mas uma destas frentes ficará de fora. Existe uma disputa entre Faustino e Sabino para saber qual fará o embate contra a criação de Tapajós. A frente liderada por Coutinho fará campanha contra Carajás.

Do lado separatista, foram registradas duas frentes: a Frente Pró-Estado de Tapajós, coordenada pelo deputado federal Lira Maia (DEM-PA), e a “Frente por um Pará mais forte”, liderada pelo deputado estadual João Salame (PPS), pró-Carajás.
A princípio, as três frentes contra a divisão do Estado estão realizando ações independentes enquanto as frentes a favor da divisão do Pará trabalham de forma articulada.

As primeiras manifestações públicas foram coordenadas pelas frentes a favor da divisão do Pará, com atos públicos em Marabá (possível capital de Carajás) e nas 27 cidades que poderão compor o Estado de Tapajós. Cada frente, pelas regras estipuladas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), poderão gastar até R$ 10 milhões na campanha.

Fonte: IG

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PADRES CASADOS: REALIDADE OU UTOPIA?


Padres casados: realidade ou utopia?

Novembro 8, 2011 por cremp

Curitiba, 7 de novembro de 2011

Caríssimo Padre José Édson da Silva (diretor da Associação dos padres casados no Brasil)

Venho, por meio dessa, refletir sobre o trabalho que vem sendo feito, não só no Brasil, mas em muitos países, por sacerdotes que se casaram. Indo direto ao assunto, percebi que todos os modos bíblicos, salutares espiritualmente, educados , éticos e cristãos, já foram tomados sem surtir nenhum efeito sobre o pensar da Igreja Romana sobre o celibato presbiterial. Querendo ou não, não pertencemos mais ao grupo específico, seleto para alguns, e insistimos em usar a mesma lógica. Existe, portanto, muito papo e pouca ação (não quero dizer aqui que não fazemos nada pela e para a Igreja que amamos, mas que aquilo que fazemos está longe de abalar as estruturas eclesiais existentes). A Igreja Romana continuará insistindo que “muitos são os chamados e poucos os escolhidos” e jamais abrirá brecha que sequer insinue o matrimônio entre seus representantes. E eu me pergunto se Deus é tão “burro” de chamar apenas mil para uma missão que exige cinco mil. Acontece que ele chama e o vocacionado responde sim ao exercício ministerial, e vem a Igreja e impõe: então não vai casar! Ai é claro que muitos não perseveram no chamado. E se a Igreja colocasse o celibato como opcional, as coisas mudariam de figura. Mas… Não nos iludamos. Para eles, Deus se revela, como sabemos apesar de não concordarmos, também na Tradição (compreendida como algo estático, que não se muda. O ou seja, sempre foi assim e assim sempre será. Pois nas Sagradas Escrituras encontramos argumentos pró e contra de modo que somente ela não fundamenta a necessidade ou obrigatoriedade do celibato para o sacerdote) . Sabemos da necessidade de sacerdotes. O povo também sabe e é o primeiro que deveria se rebelar contra os insuficientes serviços prestados pela Igreja. A Igreja não forma um número suficiente de padres e acaba por terceirizar tal trabalho as Ordens e Congregações religiosas e, bem sabemos, o terceirizado não tem o mesmo compromisso que o Pe diocesano tem com sua comunidade. Com todo o respeito aos religiosos. Pois se a paróquia tiver precisando do padre, mas seu superior provincial precisar também, vence o provincial e não o querer da comunidade. Considerando tais premissas, é necessária uma tomada de posição, por parte das associações de padres casados e demais órgãos afins de todo o mundo, que abale as estruturas eclesiais, rompendo com a Tradição da Igreja, ou melhor, com a idéia que se formou da Tradição da Igreja, sem necessariamente romper com a unidade. Lembrando que o conceito de unidade vai muito além de pertença a um dado ou específico grupo. Com as Igrejas não católicas, por exemplo, temos uma relação de unidade apesar de pensarmos diferente sobre a mensagem deixada por Jesus. Como? Retomando nossos afazeres sacerdotais. Celebrando missas e dando ao povo o que ele merece: um serviço ministerial de qualidade e quantidade suficiente. Nós sabemos muito bem como conduzir o Povo de Deus. Fomos formados para isso. E muitos são aqueles que não se sentirão constrangidos em freqüentar nossas missas, pois nada será diferente. Inicialmente seremos objeto de críticas por parte de católicos e não católicos, mas seremos também exemplos santos do exercício ministerial. Pois o matrimônio, só agrega e a nada restringe. Precisamos dessa coragem. Sozinho será difícil, mas juntos muito podemos. Caso contrário continuaremos sendo como o sino que toca sem tocar a ninguém.

Atenciosamente

Pe Paulo Sérgio de Faria (casado – no civil) Mestre e Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia, Especialista em Mariologia, Comunicação Social e Informática na Educação.

"ESSA IGREJA É MINHA!"


“Essa igreja é minha”!

"Essa igreja é minha" e aqui eu deixo entrar quem eu quiser. Aqui, só se divulga o que eu autorizar. Aqui só celebra quem eu mandar.

Em algum tempo, alguns anos passados, a igreja se colocava como exclusiva dos "crentes" e ninguém que não seguisse ou andasse conforme seu costume não era bem vindo ou não poderia freqüentar, pois a igreja era de portas fechadas ainda que em sua estrutura física estivesse aberta.

Donos de igreja. Como seriam chamados nos dias de hoje esses “líderes” que, não usavam como deveriam a igreja.

Aqueles que estavam dentro da igreja, deveriam quando estivessem fora, pregar a Palavra que ouviam e ensinando, fazer assim mais discípulos.
Mas era exatamente ao contrário a forma de se ver a igreja desses tempos antigos, pois, a acepção de pessoas era comum, mas felizmente ou infelizmente ficava restrita apenas a pessoa.

Nos dias de hoje, muita mudança aconteceu. A igreja amadureceu, ela começou a exercer a função principal que é a de levar o evangelho a toda criatura, e assim tem sido feito há muitos anos.

A igreja cresceu, tomou forma e ficou muito conhecida. Ficou “famosa”.
Muitos líderes começaram a aparecer na mídia. Padres cantores, pregadores começaram a ficar famosos e o evangelho foi se difundido entre milhares e milhares de pessoas, chegando a nações que antes não tinham acesso.

Ocorre que, o descontrole desse tal crescimento também é visível nos dias de hoje, já que muitos não suportaram tal crescimento.

Descambaram para outros caminhos, uns pela falta de fundamento da verdadeira Palavra de Deus, outros pela ganância ou vaidade.

Mas isso não deveria acontecer com a igreja em seu contexto, ou seja, a vaidade e a ganância não poderiam chegar à igreja de Jesus Cristo.

Infelizmente alguns, a minoria de uma grande maioria pensa que é dona da igreja.
"Essa igreja é minha" e aqui eu deixo entrar quem eu quiser. Aqui, só se divulga o que eu autorizar. Aqui só celebra quem eu mandar.

Você certamente já ouviu alguém dizer essas coisas. Isso mostra o quanto da falta de unidade na igreja o que nos faz perder muito no Reino de Deus.

O que eu não posso admitir é que pessoas que pensam e dizem que um dia estará com Jesus, ainda fazem acepção de pessoas, não permite que os "seus membros" ou suas ovelhas tenham acesso a outra informação que não seja aquela determinada por ele.

Alguns até proíbem os "seus" de participarem de outras atividades de outras pregações, de freqüentarem outras capelas outras celebrações ou grupos de orações mesmo sendo professada a mesma fé, como se tivesse total controle daqueles que eles consideram "seus".
Isso me entristece, em saber que a igreja de Atos, que deveria ser a de hoje, está longe... muito longe...
A igreja deveria voltar às origens, mas não as origens de um século atrás, e sim de 200 séculos.

Autoritarismo de alguns que querem até manipular os próprios irmãos de ordem. Determinando o que tem de ser feito ou não. O que deve ser realizado ou não. Os locais de deve o irmão ir ou não, como se ele detivesse total soberania sob os demais irmãos de ordem.

Só é manipulado ou enganado quem não tem o conhecimento da Palavra da vida. Só é manipulado quem não conhece a si próprio.

O pior de tudo é saber que, terão que dar conta de tudo e certamente acham que as respostas que eles darão satisfarão Aquele que fará a pergunta... Engano... Vivem enganados...

São cegos que vêem e não querem sair do seu trono, se é que existe trono para eles, talvez um caixote que eles vêem como trono.

Donos de igreja. Chego a me perguntar se quando da PARUSIA esses tais, deixarão Jesus entrar ou simplesmente irão distribuir um folheto, e olha que esse folheto poderá ser direcionado a eles mesmos, os donos de igreja, e talvez quem sabe, pedindo de volta o direito de ser o Dono da Igreja, o que é de direito a JESUS.

Abram os seus olhos... Ou melhor, abram os seus corações para alternativas, mas que não fuja do verdadeiro ensino, o ensino da Palavra da verdade.

Jesus, é o único caminho, a verdade e a vida.
Corram, fujam dos donos de igreja. Procurem o verdadeiro Dono: Jesus!

Deus os abençoe!

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Pará – Amazônia – Brasil

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

GRANJA DO ICUÍ VIRA MILTICAMPI UNIVERSITÁRIO.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deputados aprovam doação da Granja do Icuí para multicampi universitário em Ananindeua.

A educação em Ananindeua venceu! Os deputados estaduais aprovaram ontem, por unanimidade, a doação da Granja do Icuí para o município para a construção de um multicampi universitário da UFPA e do IFPA e, futuramente, da UEPA e UFRA, transformando a área num grande centro de ensino e pesquisa científica.

Resta agora a sanção definitiva do Governador Simão Jatene. O terreno foi residência oficial dos Governadores do Pará até 2006 e tem uma área de 246 mil metros quadrados. A decisão coroa a minha luta de dois anos pela implantação do multicampi, mobilizando parlamentares estaduais e federais, reitores das universidades e até ministros de Estado.
A previsão é que em 2012 sejam ofertadas vagas para cursos em Ananindeua.

Postado: Blog do Helder às 12:24

A GRANDE FAMILIA CATÓLICA CRESCE A CADA DIA.


23/11/2011 12.27.1o

Todos os dias 34 mil pessoas no mundo passam a fazer parte da "família" da Igreja Católica

Roma (RV) - Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da “família” da Igreja Católica. É o que revela o relatório anual da “Situação da missão global”, realizado em 2011, e segundo o qual o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis. Números que desmentem o clichê de que vivemos em uma sociedade moderna cada vez mais secularizada e relativista, que rejeita tudo aquilo que tende ao transcendente, mas que, ao contrário, demonstra a vitalidade de uma Igreja que renova e aumenta sua comunidade de fiéis. Segundo os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digital, e retomados pela agência Zenit, no mundo hoje existem dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho. Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos.

“Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo. Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes "clássicos" são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia. Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia. Aqueles que o estudo define "cristãos marginais" (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.

“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina). A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas. (SP)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CAMINHANDO COM O REI DAVI NO SÉCULO XXI


EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

CAMINHANDO COM O REI DAVI NO SÉCULO 21

Estou no Antigo Testamento, a Bíblia está aberto no livro dos Salmos, precisamente no salmo 50 ou 51, do genial Rei Davi. Vou me deter um pouco por aqui...
Interessante, aqui no Antigo Testamento, sinto-me abafado, cheio de temor, até certo ponto revoltado com tantos casos de escravidão, violência, injustiça, perspectiva de vida eterna indefinida. Muitas vezes misericórdia confunde-se com vingança e amor com ciúme. A Felicidade só é vista pelos profetas que, como porta-vozes do Altíssimo, prometem-na aos escolhidos.
Entretanto, no Novo Testamento, sinto-me diferente, realmente livre, alegre, compassivo, justo, amoroso, em processo de restauração de vida, sempre em busca da vida eterna da qual Jesus Cristo mostrou, com sua vida cheia de amor, o Caminho e concretizou-o com sua morte e ressurreição dos mortos. A misericórdia provém de um Pai que é só amor, que ama os filhos, dos quais é também irmão, companheiro, amigo, que ampara os esquálidos, desvalidos, subnutridos...

O ADULTÉRIO HEDIONDO
Rei Davi, segundo rei judaico escolhido por Deus para substituir Saul, o primeiro rei. Davi é pastor, jovem, formoso, poeta, cantor, músico, destemido, herói do povo porque mata seu terror, o gigante Golias, com apenas uma pedrinha de baladeira. É casado com Micol, filha do rei Saul, mas, certo dia, do seu palácio vê na casa em frente uma graciosa mulher de corpo escultural tomando banho. É Betsabé, esposa do fiel soldado Urias que se encontra pelejando no campo de batalha.
O rei, cativado por tão formosa fêmea, ordena a seus ordenanças que tragam aquela mulher a seu aposento real. Juntos, os dois, adulteram a família do fiel soldado. Da relação com Davi, Betsabé concebe. O rei fica em polvorosa, pois, pelo tempo, o filho não pode ser de Urias porque há muito não tem contato com a mulher, está na guerra...
O rei, para safar-se desse incômodo, ordena a seus generais que mandem Urias para morrer na frente de batalha e, assim, não descobrir a falcatrua real. O profeta Natã, homem de Deus, repreende sua majestade por tal leviandade. Davi cai na real de que ultrapassou o limite do seu poder, que é apenas um homem sem poder algum na vida do próximo, arrepende-se da hediondez praticada e pede clemência ao Altíssimo, mas morre o filho concebido em adultéio, morre também Urias na frente do campo de batalha...

SALMO 50/51, DE DAVI

APÓS O REI SER ADMOESTADO PELO PROFETA NATÃ

Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares
Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo
Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão
Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.
Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.

Estes personagens, Davi, Saul, Micol, Betsabé, Urias, Natã, viveram, aproximadamente, há mil anos antes de Jesus Cristo, nosso Salvador. Os fatos realizados ainda fazem parte da cultura do ser humano hodierno, mas considerados horrendos pelo Criador, que é harmonia e pureza, e pelos homens de boa vontade.
Rei Davi, além da memória do seu reinado fiel a Deus, figura na literatura mundial como expoente máximo no Livro dos Salmos da Bíblia devido à sua intimidade com o Divino. Momentos há que exprime o que Cristo fala quando encarnado no meio de nós...
Estou me retirando do Antigo Testamento e me dirigindo ao Novo, vou ouvir algumas pregações de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre as bem-aventuranças sentado ao pé da montanha. Você está convidado a me acompanhar...

Inspiração: Livros I e II Samuel e Salmos

FONTE:maju@amazon.com

ANANINDEUA TERÁ UM NOVO E MODERNO MERCADO MUNICIPAL.


Terça-feira, 22/11/2011, 03h18

Autorizadas obras de mercado em Ananindeua

O prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, assinou, na tarde de segunda-feira (21), a ordem de serviço para iniciar as obras do novo mercado do Distrito Industrial. Com investimento de R$ 3.531.280,00 proveniente de emenda parlamentar da deputada Elcione Barbalho, o novo mercado beneficiará cerca de 200 feirantes.

Localizado na avenida Zacarias de Assunção, principal rua do bairro, o mercado será dividido entre barracas e boxes, adaptados para os diversos seguimentos, como hortifruti, pescado e açougue, entre outros. Os trabalhos devem começar em 15 dias, com prazo para entrega de oito meses.

A obra representa uma grande mudança para os trabalhadores do local, já que o último mercado construído foi há 20 anos, pelo então governador Jader Barbalho. “Essa obra vai trazer muitos benefícios para todos nós que dependemos desse lugar para sobreviver. O prefeito está atendendo nossa reivindicação. Agora teremos um local adequado e com segurança para trabalhar”, afirmou Antônio Soares, feirante no local há 25 anos.

“Um mercado com toda infraestrutura é uma antiga reivindicação dos moradores. Além de fazer todo o ordenamento dos feirantes, vai resolver o problema de trânsito na área”, destacou o prefeito Helder Barbalho.

Na próxima segunda-feira (28), os feirantes serão remanejados para dois galpões com toda infraestrutura necessária e barracas padronizadas, alugados pela Prefeitura de Ananindeua, onde ficarão até a entrega do novo mercado. (Diário do Pará)

É O QUE OS "ABÚTRES" QUEREM, NOSSA RIQUEZA. DESCOBERTA NOVA MINA DE FERRO EM TUCURUI - PARÁ


Terça-feira, 22/11/2011, 02h43

Descoberta nova mina de ferro em Tucurui (PA).

Empresários de Tucuruí anunciaram o descobrimento de uma mina de ferro a apenas quatro quilômetros do centro da cidade, no sudeste do estado. O anúncio causou uma grande reviravolta na cidade, que passa por uma recessão na geração de empregos, devido ao término do ciclo das grandes obras do Governo Federal que dominaram, ao longo dos anos, o mercado de trabalho de Tucuruí e região, com a construção da hidrelétrica e das eclusas.

A notícia está sendo comemorada como “a salvação para a falta de empregos na cidade e o retorno ao crescimento que se encontra estagnado no município”. O empresário Jahir Gonçalves Seixas, de 89 anos, foi quem anunciou a descoberta da mina de ferro, que estaria localizada nas proximidades da Casa Penal. Segundo ele, após os estudos realizados por empresa especializada, contratada para avaliar a possibilidade de instalação de um hotel em suas terras, foi constatada, às proximidades do quilômetro 4 da BR-163 (rodovia Transcametá), a existência de uma mina de ferro, que seria a maior existente na região de Carajás.

Mas, para a exploração da mina de ferro em Tucuruí, muitas barreiras terão que ser vencidas. Na localidade encontram-se os mananciais que abastecem a cidade com água potável, além da obra do novo cemitério público.

A empresa que vier a assumir a instalação da mina terá que realizar uma reestruturação da área para poder receber a autorização ambiental para a extração do minério.

A região foi no passado bastante impactada com o barramento do rio Tocantins e até os dias atuais ainda não teve totalizadas as suas compensações, pelas perdas territoriais na fauna e flora, culminando com o fechamento do Tocantins. Com a definição de uma empresa responsável pela exploração, a expectativa é que a situação seja diferente, com a população tendo oportunidades de observar as condicionantes e exigir seu cumprimento antes da exploração das riquezas do município.

A empresa Vale, responsável pela maior planta de exploração de minério de ferro no Pará, e referência em pesquisa mineral, foi contactada pela reportagem, e ficou de enviar nota ao jornal tão logo tivesse um posicionamento a respeito do assunto.

(Diário do Pará)

"PLEBISCITO PARA DIVISÃO CAUSARÁ MÁGOAS E RESSENTIMENTOS ENTRE OS PARAENSES"


Publicado em Segunda, 21 Novembro 2011 11:40

O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), disse que o plebiscito para a divisão do Estado causará mágoas e ressentimentos entre a população paraense.

Em artigo publicado neste domingo (20) nos jornais "Diário do Pará" e "O Liberal", Jatene demonstra preocupação pela crescente rivalidade entre os habitantes do Pará remanescente e os moradores dos possíveis novos Estados.

"Paraenses, ainda que eu deseje o contrário, tudo leva a crer que, seja qual for o resultado do plebiscito, o dia seguinte será marcado por mágoas, ressentimentos e desconfianças que podem se tornar duradouras", escreveu o governador.

É a primeira vez que Simão Jatene vem a público se pronunciar sobre o plebiscito da divisão do Pará, que ocorrerá em 11 de dezembro.

"Não posso aceitar que a luta pela divisão do território se transforme em divisão do nosso povo", diz no artigo.

Os paraenses decidirão se querem que o Estado se divida e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

Ele classifica de "vale tudo" a campanha do plebiscito no horário plebiscitário gratuito em TV e rádio e fala que estão tentando "destruir a autoestima do paraense".

Jatene pede aos paraenses que impeçam essa crescente rivalidade.

"A Europa está cheia de exemplos em que as lutas religiosas, étnicas, deixaram feridas que não cicatrizaram. Não podemos permitir que isso aconteça conosco."


Fonte: FOLHA.COM

"IGREJA SÓ SE RENOVA NA MISSÃO" D. CLAUDIO HUMMES.


22/11/2011 11.52.23

Dom Cláudio Hummes:"É preciso ter consciência de que a Igreja só se renova na missão"

Rio de Janeiro (RV) - O atual presidente da Comissão para a Amazônia, Dom Cláudio Hummes, esteve no Rio de Janeiro, na primeira quinzena de novembro, orientando duas turmas do clero arquidiocesano, em retiro espiritual. Na entrevista especial, concedida ao jornalista Carlos Moioli, ele falou de sua nova missão, e também de toda a riqueza de conhecimentos que experimentou na sua longa trajetória de serviço à Igreja. A sua vida, pautada pela simplicidade franciscana, é um testemunho de como ser discípulo missionário de Jesus Cristo, independente do lugar ou das circunstâncias.


Entrevista:

– O senhor vem exercendo um ministério fecundo à frente de várias realidades distintas. Já governou uma região operária industrial, a maior metrópole do Brasil, o clero do mundo inteiro, e agora tem pela frente o grande desafio de articular a evangelização na Amazônia, o “pulmão do planeta”. Conte um pouco dessa trajetória.

Dom Cláudio – Quando jovem padre, eu queria ser missionário na Amazônia. Logo no início, fui para Roma, para doutorar-me em Filosofia, em vista da falta de professores na congregação. E fui. Em todo o meu ministério, dentro do espírito franciscano, nunca fui de pedir para fazer isso ou aquilo. Em 1963, voltei ao Brasil, onde exerci por oito anos a função de professor no seminário da congregação e ainda na PUC de Porto Alegre.
Depois de dirigir a Província Franciscana dos Frades Menores no Rio Grande do Sul por quatro anos, fui eleito para a diocese paulista de Santo André, uma região operária e industrial. Era o ano de 1975, fim da ditadura militar, e o início das grandes greves, onde despontava a figura de Lula. Por apresentar propostas justas e democráticas, decidimos apoiar as greves, na expectativa da redemocratização do país, o que realmente aconteceu, culminando com a chegada de Lula à presidência. Foram 21 anos de grande aprendizagem, que me deram suporte para os desafios que estavam por vir.
Depois fui para Fortaleza e, em menos de dois anos, tive a oportunidade de conhecer a pobreza do Nordeste brasileiro e, por outro lado, de compartilhar as alegrias e esperanças de um povo amigo, acolhedor e muito religioso.
Transferido para São Paulo, para suceder a Dom Paulo Evaristo Arns, conheci de perto os desafios das favelas, dos moradores de rua, e de outros aspectos sociais onde nem sempre os direitos humanos são respeitados. Junto com a opção pelos pobres, muito foi feito no campo da evangelização. Também houve conquistas significativas, como o retorno ao ar da Rádio Nove de Julho, a conclusão das obras da Catedral e a construção de um seminário para a Teologia. Foi um tempo particular, que me fez compreender o que é a presença da Igreja numa grande metrópole, globalizada e conectada com o mundo.
No final de 2006, vem a nomeação para assumir a Congregação para o Clero, em Roma. Fui, apesar dos 72 anos. Era o desejo do Santo Padre. Foram tempos difíceis, com o surgimento na mídia dos casos de pedofilia, quando o Papa sofreu muito, mas assumiu a responsabilidade e tomou posições firmes para sanar o problema. Dentro desse panorama conflitante e doloroso, é lançado o Ano Sacerdotal, com resultados positivos, mais do que esperávamos. A Congregação para o Clero se empenhou não só com o incentivo de grandes eventos, mas para que o Ano Sacerdotal chegasse até as paróquias. Os relatórios que recebemos dão testemunho das maravilhas que aconteceram no mundo inteiro, fortalecendo a relação entre os padres e os fiéis. A expectativa para a conclusão do Ano Sacerdotal, no Vaticano, era a presença de pouco mais de três mil padres. Havia até a proposta de reunir os padres para concelebrarem com o Papa na parte de cima da Praça de São Pedro. Para a emoção do Papa e de todos nós, a vigília e a celebração contou com mais de 15 mil padres, de todos os continentes. Aos 76 anos, com minha missão concluída em Roma, decidi voltar para servir à Igreja no Brasil. Acolhido na Arquidiocese de São Paulo, recebi as faculdades de vigário geral para desempenhar trabalhos pastorais.
Por fim, veio a grande surpresa, quando a presidência da CNBB me confiou a direção da Comissão para a Amazônia. Aceitei com alegria o novo desafio, lembrando do desejo no frescor do meu ministério de ser missionário na Amazônia. Agora, no fim da vida, apesar da boa saúde e disposição, Deus me fazia cair no colo esse chamado. Estou muito interessado em dar minha contribuição à Amazônia por tudo o que ela representa, com o cuidado especial para que o Evangelho possa penetrar em suas entranhas.


– Agora, com a nova missão de dirigir a Comissão para a Amazônia, como o senhor vê o atual panorama da Amazônia, repleta de imensos desafios pastorais e sociais?

Dom Cláudio – A Amazônia é uma região muito especial não só para o Brasil e seus países vizinhos, mas considerada vital para o planeta. Por outro lado, ela é repleta de desafios. A grande pergunta é: Como desenvolver a Amazônia sem que ela seja destruída, mas que seja preservada com todas as suas características? O próprio país tem muitos interesses no seu desenvolvimento, mas não podemos esquecer que a região, além de sua riqueza natural, abriga povos seculares, como é o caso dos indígenas. É preciso muita discussão quando se pensa na implantação de novos projetos, como é o caso das hidrelétricas. Por sua vez, a Igreja está inserida neste contexto todo, preocupada com a evangelização do povo, em promover a justiça social, os direitos e a dignidade humana. Também, a de preservar a cultura a partir da realidade, sem impor um progresso que não convém, que não está dentro de sua história. Deve ser uma evangelização explicita, mas inculturada, pautada pelo diálogo inter-religioso. Os povos indígenas não têm nada por escrito, mas seus costumes são preservados, transmitidos entre gerações.


– Como está a articulação da proposta para a formação pastoral missionária dos futuros presbíteros? Como ela surgiu? Quais são os seus objetivos e perspectivas?

Dom Cláudio – O Santo Padre está empenhado na proposta de uma nova evangelização, urgente e universal. Uma evangelização de sair, buscar, de ir até as pessoas, onde vivem, estudam e trabalham, como fez e pediu Jesus: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. A princípio, o Papa pensa na Europa, que vive uma situação dramática de descristianização. Para a América Latina e, particularmente para o Brasil, a referência é o avanço das Igrejas Pentecostais, que estão arrebanhando um número significativo de católicos. Por quê? Seria a falta de evangelização? Sabemos que é urgente a necessidade de ir ao encontro dos batizados que não receberam uma evangelização suficiente, com qualidade.
A proposta dos bispos responsáveis pela dimensão missionária, incluindo a Comissão para a Amazônia, é a de intensificar a formação missionária dos vocacionados já no tempo do seminário. A proposta é dar centralidade à formação missionária de uma forma integral, ser uma consciência, uma prática, e que faça parte da espiritualidade. Um trabalho que não se restringe só aos seminaristas, mas que deve ser feito a partir do clero já existente. Nossos seminaristas normalmente são formados para desempenhar a função de pároco, de pastor de uma comunidade já constituída. Quando, na verdade, deveriam ser preparados para ser o primeiro, o animador, junto com as forças vivas da paróquia, de sair ao encontro das pessoas que não participam da vida eclesial. Não devemos conservar apenas o rebanho, as comunidades existentes. A Igreja não existe para si mesma, mas para a missão. Sabemos que quando uma comunidade cuida de si mesma, é porque alguma coisa não está bem. É equivocada a opinião de que primeiro deve melhorar e qualificar a própria comunidade. Ela só vai encontrar a perfeição na medida em que se abre para as necessidades dos outros. Aí sim, verdadeiramente, ela exercerá o papel de discípula missionária de Jesus Cristo. É preciso ter consciência de que a Igreja só se renova na missão.


– O que as dioceses brasileiras poderiam fazer concretamente para que a Igreja na Amazônia pudesse ter uma sustentabilidade pastoral?

Dom Cláudio – A sustentabilidade pastoral na Amazônia pode acontecer quando houver um aprofundamento da consciência missionária do clero já existente e também dos seminaristas em formação. É muito importante e necessário o envio de missionários por um tempo determinado, por parte das dioceses. Quando falamos em missionários, estamos nos referindo aos padres, religiosas, consagrados e também aos agentes de pastorais. O melhor caminho é quando os missionários são enviados pelo bispo em nome da Igreja, da diocese, evitando sempre que possível quem se apresenta apenas por projeto pessoal. Em geral, as dioceses e prelazias da Amazônia passam por dificuldades, e não possuem condições de manter missionários. Assim, as dioceses que enviarem missionários, também devem sustentar a permanência. Quando possível, também enviar recursos para que as dioceses e prelazias possam constituir a infraestrutura necessária para melhor servir o povo de Deus e desempenhar bem a missão na Amazônia.


– Qual é a reflexão a que o Senhor está direcionando os padres da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que estão fazendo o retiro anual?

Dom Cláudio – O enfoque central é no sentido de ajudar os padres a aprofundarem o conhecimento dessa nova sociedade na qual todos nós estamos inseridos. O Santo Padre fala muito na cultura do relativismo, que acaba influenciando nosso modo de pensar, de agir, de ser. Dentro da cultura moderna dominante, podemos dizer que no Brasil existe a particularidade de uma multi-cultura. Neste contexto, se faz necessário refletir quais são os elementos e metodologia que devem ser usados para que a evangelização seja mais eficaz.
Outro ponto que estou refletindo é sobre a espiritualidade do padre. A sociedade e a cultura não são mais tão católicas. A figura do padre nem sempre é apoiada na própria sociedade pós-moderna, que quer ser laica, sem vínculos com a religiosidade. Como pastor de almas, o padre precisa ter conteúdo, raízes firmes, coragem e alegria para o anúncio do Evangelho. Afinal, cabe a ele evangelizar a partir das bases, inserido no contexto de uma comunidade paroquial, para que o Evangelho possa penetrar e ser permeado por toda a sociedade.
Por fim, sobre a urgência da missão, o empenho por uma nova evangelização. A missão deve ser uma prática, uma consciência, que deve fazer parte da vida e da vocação do padre.


– À luz da reflexão que o Santo Padre fez do Salmo 119, na audiência geral do dia 9 de novembro, como a Igreja convida e trabalha à “escolha livre” dos vocacionados ao celibato, como um chamamento à devoção completa pelo Senhor e o seu reino.

Dom Cláudio – O celibato faz parte da vocação sacerdotal, uma exigência da Igreja latina. Visivelmente ela é uma norma canônica, faz parte do Direito Canônico, mas ele é mais que tudo isso, é um carisma, um dom do Espírito Santo. O celibato é sim uma escolha livre, que o vocacionado deve ir discernindo a partir da pastoral vocacional, e escolher outros caminhos caso perceba que não tem esse dom. A Igreja acentua que esse carisma se identifica de modo particular com Jesus Cristo, com sua maneira de viver e de ser, que não se casou, era celibatário. O celibato deixa o padre mais disponível, não precisando se preocupar com uma família. O seu amor vai ser para toda a comunidade, pela humanidade, um amor universal. O padre precisa cultivar o amor, que faz parte da felicidade e da realização humana, mas um amor pautado pela doação, pelo serviço. O celibato também é sinal do reino futuro. Por meio dele, o padre é um sinal do que vai ser, de fato, na ressurreição. Não podemos imaginar como será, mas Jesus nos ensina que tudo vai ser transformado, tanto a humanidade, como a criação.(SP)