quinta-feira, 9 de junho de 2011

A busca dos paraenses pelos sabores da terra.


A busca dos paraenses pelos sabores da terra.



Certa vez, em uma entrevista com a atriz Dira Paes, ela disparou um comentário engraçado e verdadeiro “tu queres identificar um paraense no aeroporto? É só olhar a quantidade de isopores. Paraense morre sem a comida da terra”. A morena famosa estava certa. A principal saudade, ou melhor, a pior ausência é sentida no paladar.

Açaí:

A gastronomia rica em sabores peculiares é unânime entre os que estão longe do Pará: “Na minha geladeira sempre tem açaí e maniçoba congelados. São duas comidas que sempre que a saudade aperta, como pra me fazer sentir um pouco mais perto de casa. Também não pode faltar a farinha. As comidas daqui não combinam, mas sempre que vou comer algo paraense, ela sempre tem que tá no meio. E quando o açaí acaba, corro para um restaurante brasileiro que fica no centro de NY”, contou Victor.

O desejo de uma grávida paraense era comida regional. Vatapá, maniçoba e o que mais pudesse encontrar “Já procurei comida paraense por aqui, principalmente na época da gravidez, quando sentia desejos, mas foi sem sucesso. Hoje nem procuro mais”, lamentou Karla Nazareth.

Os correios ajudaram a resolver a saudade de Roberta. “ Minha mãe, sempre que dá, envia farinha de tapioca, bombons de cupuaçu e castanha-do-Pará. Já encontrei um mercado por aqui que vende castanha, sempre que vou lá eu compro um saquinho”, vibra Roberta.

Ela até tentou preparar quitutes paraenses com ingredientes canadenses, mas o gosto é incomparável. “Preparei também sopa de caranguejo, mas o caranguejo não é o mesmo que temos no Brasil, eles são maiores e o gosto também não é a mesma coisa e também já fiz tapioquinha usando amido doce. Assim pelo menos dá para enganar a saudade”.

Randy encontrou um ingrediente português que poderia ajudá-lo no preparo da maniçoba. “Eu gosto muito de cozinhar e sempre que posso dou uma passada em lojas gourmet daqui, então, numa dessas minhas andanças encontrei uma lata com o desenho de uma folha de maniva. O nome do produto é Saka-Saka, portanto não tinha certeza se aquilo era ou não maniva. Resumo da ópera, resolvi levar o troço pra casa, juntei todos os ingredientes tradicionais da maniçoba e a tal da Saka- Saka transformou-se na solução para quando a vontade aperta”.

Aletheia conta uma história curiosa envolvendo o namorado e um certo sorvete regional. “A coisa que mais sinto saudade é do nosso sorvete. Já fiz meu namorado sair de uma ponta à outra da cidade atrás de sorvete regional pra mim. É o tipo de coisa que eu acordo de manhã às vezes com aquela vontade, sabe? É desesperador”.

Farinha de mandioca e açaí também estão no cardápio de Aletheia. “Açaí não tenho no congelador, pois quando eu trago sempre acaba rápido, e a farinha eu tenho um pequeno estoque. Quando minha mãe vem pra cá sempre traz alguma coisa. Da última vez em que ela veio trouxe mexilhão, que eu adoro”.

Fonte:DOL

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