sexta-feira, 26 de março de 2010

"Diante da realidade que nos cerca..."


Diante da realidade que nos cerca, devemos nos calar?

Recentemente um jovem de nossa paróquia foi brutalmente assassinado a sangue frio, um tiro na cabeça ceifou a vida de um rapaz que estava prestes a completar 25 anos de idade.
Nunca uma morte havia me abalado tanto, creio que o fato de ser alguém próximo a mim, fez-me olhar este fato com outros olhos, os olhos da indignação, tristeza, decepção e revolta....
Indignado com o fato de ficarmos a mercê da violência, triste por ver partir alguém tão jovem; decepcionado com o assassino, esse ser humano que não teve o mínimo de amor ao seu semelhante, pois para ele mais importante que uma vida, foi um bem material; revoltado com nossos políticos, que se trancam em suas mansões e em seus carros blindados e o povo “que se dane!”... E nós? Acomodamos-nos com tudo isso? Ficamos inertes? Aceitamos tudo calado? Vamos continuar a votar, nos mesmos políticos de sempre? Recentemente em nosso conjunto ouve grande revolta por parte de alguns moradores por causa do muro que construíram ao redor da igreja católica, ouve protestos, pichação no muro, distribuição de panfletos, etc.. Sou a favor sim de protestos, entretanto fico a me questionar sobre tais protestos, pois nossos ônibus continuam precários e nada ouço e nada vejo, o conjunto cada vez mais violento, e cadê os protestos? Talvez na cabeça de alguns poucos isso não importa... Fazer barulho por causa de um muro é mais importante que uma vida. Recentemente chegou em minha residência um jornal de teor contrário a direção da achajus, será que é preocupação realmente ou será somente joguetes políticos, é preciso sim mostrar erro, não devemos nos calar, e se esta nova diretoria está em erro, que se acuse realmente, porém, vamos também levantar nossas bandeiras de indignação com nossa “segurança publica”, que é quase nula em nosso conjunto, pois o que mais observamos no dia-a-dia são histórias de assaltos provocados por inúmeros jovens, o caso que citei no início teve um fim trágico. Não nos calemos meu povo, e que esse não seja mais um dado estatístico, pois William era um jovem cheio de vida, que deixou para trás uma família desesperada e destruída. Alguém após a tragédia disse que Deus quis assim, discordo! Deus não quer a maldade humana, Deus não quis que acontecesse e se aconteceu, foi porque faltou amor ao seu semelhante, jogar a culpa para Deus não vai mudar a realidade que nos cerca...
“Partiu num dia qualquer sem ao menos dizer adeus. E o que ficou? Um coração que sofre como quem espera a próxima entrada da estação. E o que separa o frio do calor é a emoção de saber que vou poder te encontrar um dia. Eternamente te encontrar, eternamente encontrar Você” (Rosa de Saron)

Ontem foi William, amanhã poderá ser eu, você, seus pais ou seus filhos.... Pensemos nisso!

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!!!

Por Alexandre Brito



Xande Brito- Paz e Bem!

quarta-feira, 17 de março de 2010

" A mentalidade consumista..."


“A MENTALIDADE CONSUMISTA FAZ DE DEUS
UM SERVO DO HOMEM”

Uma das características mais marcantes da sociedade atual é o consumismo, decorrente do capitalismo vigente. Vivemos numa sociedade de alto consumo. Em épocas remotas as sociedades eram, essencialmente, comunidades de subsistência e, posteriormente, caracterizavam-se pela troca de produtos.

Com a chegada da modernidade, com a Revolução Industrial, as relações comerciais mudaram, e a sociedade ficou dominada pelo capital. Atualmente, com o desenvolvimento notável da tecnologia, tem o potencial de criar diversos produtos que, por meio da mídia, entram em nossas casas pedindo para que os consumamos.

A cada dia surgem novos produtos, de diferentes formas, com uma variedade incrível. As pessoas se tornam clientes, com direito de escolha, afinal, na sociedade de consumo sobram opções.

Parece que apesar dos benefícios existentes nessa sociedade consumista, uma grande parte da população brasileira tem sido vítima deste consumismo desenfreado.

Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, três em cada dez brasileiros, a maioria mulheres, compram compulsivamente, sendo, portanto, portadores da “oneomania” (doença caracterizada pelo consumismo compulsivo).

A baixa auto-estima e o sentimento de vazio, característicos dessa nossa era, são responsáveis diretos pelo desenvolvimento dessa doença. Em busca da felicidade e da auto-satisfação as pessoas consomem diversos produtos, não pela necessidade, mas, pelo simples fato do prazer de comprar.

Não há nada de errado em consumir, o problema é o consumismo. São duas coisas diferentes. O consumista consome mais que o necessário para sobreviver e faz da compra um estilo de vida.

É preciso ficar atento, pois, temos nesta cultura consumista um bom número de cristãos católicos. Alguns já possuem suas próprias gravadoras, revistas e uma infinidade de outros produtos.
Sendo assim, a mentalidade consumista tem encontrado lugar entre nós católicos, de sorte que nos tornamos uma massa de consumidores de produtos comercialmente relacionados à nossa fé.

Já existem diversos sites específicos para atender às demandas do público cristão consumidor dos produtos evangélicos, com tiragem de 20.000 exemplares, e até feiras internacionais de artefatos cristãos, como CDs, DVDs, livros, etc...
Esse mercado movimenta, mais ou menos em torno de 3,5 bilhões de reais por ano.

É importante lembrar que, o que nos faz melhores cristãos não é ouvirmos CDs ou assistir DVDs evangélicos, ou colar adesivos relacionados à fé em nossos carros, motos, bicicletas, usarmos camisetas deste ou daquele produto, mas, outras atitudes como o amor a Deus, que se manifesta no amor ao próximo, no cuidado com a natureza, o planeta, no serviço ao irmão.

Não é por meio de “produtos evangélicos” que o evangelho vai impactar a sociedade moderna, mas por meio de vidas firmadas, alicerçadas no amor e serviço ao irmão.
Estamos dispostos a nos “oferecer” para o bem de todos que estão ao nosso redor?

Não sejamos espectadores consumistas enquanto a sociedade desaba ao nosso lado. Mas sirvamos ao próximo, plantando vida num mundo de morte. Esse é o evangelho do Reino de Deus.

Esta claro que a mentalidade consumista traz conseqüências não muito boas para a fé cristã.
O consumismo pode fazer os individuas transferirem o valor de descartável não só às coisas que compram, usam e trocam, mas a pessoas, regras, normas morais, relacionamentos, e princípios.

É preciso não reduzir o Reino de Deus a uma empresa com diversos produtos à nossa disposição.
Há “bens” neste reino que não podemos comprar como a salvação, à graça de Deus, os dons espirituais, a fé.
No reino de Deus não deve haver espaço para a “síndrome de Simão” (Atos 8,9-23). É bom lembrar, também, o que aconteceu àqueles que transformaram o templo de Jerusalém em “supermercado”. Jesus os repreendeu severamente (Mc.11,15-17).
A fé cristã, para não perder sua essência, não pode se render à mentalidade consumista, nem adquirir uma ética de consumo compulsório.
O desejo de consumir compulsoriamente nos distancia da motivação para servir. E para servir foi que Cristo morreu por nós (Efésios 2,10).

A mentalidade consumista faz de Deus um servo, à medida que exigimos que Ele satisfaça nossos desejos. Devemos servir a Deus, não nos servir dele.
Que o Espírito Santo nos dê a sua sabedoria na condução de nossa caminhada cristã. Que o seu discernimento nos faça a ver que é preciso servir e não ser servido.

Diácono Luiz Gonzaga (Arquidiocese de Belém/PA. Amazônia – Brasil.)

diáconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

OS FILHOS CESCEM MAIS...


OS FILHOS CRESCEM, MAS O AFETO NÃO DIMINUE

Psicóloga Lúcia Abreu

Um dia as mães (e porque não dizer os pais também) tomam um choque: percebem que seus filhos estão cada vez mais se tornando donos de seu nariz. Para alguns casais, especialmente para algumas mães esse momento é muito difícil, porque elas foram educadas para educar; viver em função dos filhos, criar seria a meta, o objetivo principal da vida.
Vou me deter no modelo de mãe “dominadora”, a que foi criada para ser mãe.
Quando os filhos começam a sair sozinhos, trabalhar, ou estudar fora, a sensação que as mães têm é de abandono e ingratidão. Muitas acham que como deram de tudo pros filhos ( e deram mesmo), não se conformam que o filho agora assuma as rédeas da vida; Pra ela é como se ele estivesse literalmente descartando a mãe. Agora ele não pára mais em casa, não telefona, enfim... ele passa a viver apenas o momento dele. E a mãe não se conforma com isso: passa a atacar de forma inconsciente, os amigos e os namorados, na tentativa de sabotar seus relacionamentos e assim ter o filho ou a filha de volta aos seus braços maternos.
Só que os filhos não percebem a coisa dessa maneira. O que pode parecer ingratidão para as mães, para os filhos é algo absolutamente natural. Essa discrepância em perceber as coisas se dá por causa da diferença de idade, e conseqüentemente de gerações, de hábitos, etc...
Vamos olhar pelo ângulo do filho:
Num determinado momento, ele percebe que já está grande demais para "ficar deitado eternamente em berço esplêndido"; ele nota que não terá mãe e pai para sempre. Nesse momento, eles percebem que precisam "dar um jeito na própria vida", e começam a buscar o relacionamento com o mundo.
Claro que nem tudo são flores na vida deles: existem atritos, conflitos, decepções, mas isso faz parte do crescimento. É fundamental para a formação do sujeito que ele passe por esse caminho de pedras.
Na cabeça deles (muitas vezes) o pensamento que passa é o seguinte:
"Eu sei que sou amado pelos meus pais, mas não sei se sou amado pelo mundo. Preciso lutar para ser aceito na sociedade da mesma forma que sou aceito pelos meus pais. A única maneira de fazer isso é ir a luta pelo meu espaço".
A mãe dominadora acha que deve conduzir o filho passo a passo nos caminhos da vida. Ela se anula por muito tempo além do necessário, na tentativa de sabotar o contato do filho com o mundo. E sem sucesso. O resultado disso é conhecido por todos: a depressão e a melancolia.
É fundamental que a mãe perceba que, embora os filhos cresçam, o afeto não diminui. Muda-se apenas a forma de demonstrá-lo. Os filhos não deixam de amar os pais quando começam a amar outras pessoas, eles estão apenas passando adiante um sentimento que receberam no berço.
Para as mães que não conseguem se desprender, a sugestão é que procurem outras atividades que lhe dêem prazer. É fundamental que ela se perceba VIVA; que ela se perceba como uma PESSOA que não precisa manter vínculos de apego para ser uma pessoa inteira. E isso só se consegue com muita força de vontade, e em alguns casos, com a ajuda de um especialista.

Lúcia Abreu é psicóloga clínica com espec. em terapia de casal e família.

quinta-feira, 11 de março de 2010

'SOU MULHER PARA QUE?"


SOU MULHER PARA QUÊ?
Psicóloga Lúcia Abreu
Você e eu fazemos parte da metade da humanidade, as mulheres. É natural então que nos perguntemos se isto tem um sentido especial. Qual é a contribuição específica que eu posso dar e o que se espera de mim como mulher? Não como profissional, como ser humano, como ser social, mas como mulher.
O que observamos é que na mulher costumam predominar certas características que chamamos de femininas. E volto a perguntar “O que é que eu sinto que tenho para dar ou para viver especificamente como mulher neste mundo, neste meu trabalho, neste meu casamento, neste meu relacionamento com meus filhos? E o que é que os outros esperam de mim como mulher?” Pode ser que as respostas não coincidam. Mas fazer este tipo de pergunta já é um passo para me definir melhor em relação a meu sexo.
Aliás, não existem respostas padrões. Existe, sim, uma sensação em cada mulher de que ela pode dar algo de diferente na vida, precisamente porque é mulher, e esse algo é tão importante quanto o que o homem pode dar, embora diferente, já que ela faz parte dos 50% da humanidade.
A primeira idéia que me vem é que a mulher é um mistério, assim como a vida, a morte e o sofrimento são mistérios. Mas a vida se desenvolve melhor onde há uma mulher com seu calor, proteção, alimento, compreensão (não explicação).
Isso tudo tem a ver com o feminino. O gosto pelo enfeite, pelo perfume, pelas cores, pela arrumação da casa, a intuição, certa magia, a fada e a bruxa, todas essas características são predominantemente femininas. Mas gostaria aqui de me limitar a um aspecto da psique da mulher, que têm sido menos estudado. Trata-se da noção de tempo, da maneira como é vivido pela mulher e que se diferencia da vivência da psique masculina.
A mulher vive o tempo muito mais como duração, por um lado, e por outro, de maneira mais cíclica, enquanto que o homem vive o tempo mais como uma sucessão de instantes e de maneira mais linear. Na vida cotidiana isso se manifesta de múltiplas formas. Na vida sexual, para a mulher não existe apenas o tempo, ou o instante do clímax sexual, mas todo um tempo antes e depois, que fazem parte da relação sexual.
Isto cria inúmeros conflitos entre o homem e a mulher, quando não é respeitada essa diferença do tempo de cada um. Mas manifesta-se também em relação aos planos para o futuro, no tempo que você define como ideal para realizar alguma coisa; é um tempo mais psicológico do que físico. Manifesta-se na sensação, geralmente mais forte na mulher, de pertencer a uma história, por ela fazer história principalmente através da procriação.
Há momentos em que uma noção de tempo deveria prevalecer sobre outra noção de tempo, e vice-versa, para qualquer ser humano, seja homem ou mulher. O interessante é que cada um descubra outra maneira de vivenciar o tempo e assim abrir o horizonte mental.
Poderíamos analisar muitos outros pontos em que as maneiras feminina e masculina de conceber a vida são diferentes. Então, para que ser mulher? Não se trata de modo algum de dizer que existem padrões ideais de comportamento, nos quais o masculino e feminino teriam vez igual. Isso é fantasia pura.
O importante é irmos descobrindo em nós o nosso próprio modo de vivenciar as coisas e sabermos ouvir qual é o modo do outro, para assim termos uma vivência mais ampla e completa da vida.

terça-feira, 9 de março de 2010

VENÇA O CONSUMISMO


“VENÇA O CONSUMISMO E NÃO DEIXE QUE ELE DOMINE VOCÊ”

Podemos perceber de uma maneira bem cristalina que o mundo de hoje é estigmatizado pela febre do consumismo.
Isto fica evidente quando os meios de comunicação se encarregam de veicular mensagem explicitas propondo este ou aquele produto como “melhor” do que o outro.
-“Compre já...”. – “Troque agora...” – “Ligue e peça o seu...”

O autor da carta aos Hebreus 13,5 diz: “Vivei sem avareza. Se contente com o que tendes, pois Deus mesmo disse: Não te abandonarei nem te desampararei”.

Ocorre que, a mídia não prega isso, claro, ela e os meios de comunicação querem vender, por isso está instaurada a ideologia consumista que é a marca da nossa sociedade contemporânea.

Deus não é contra você adquirir bens, é bom, agora, deve acontecer dentro de um planejamento financeiro. Por isso devemos gastar somente o que ganhamos.

Veja bancos e agiotas não estão preocupados se você tem ou não dinheiro para pagar uma dívida, eles querem e exigem que você os pague custa o que custar.

Salomão em suas sábias palavras diz: “O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Prov. 22,7).

O apóstolo Paulo corrobora com Salomão quando diz: “Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1 Tim. 6,10)

O consumismo da sociedade contemporânea trabalha pelos meios de comunicação, incutindo nas mentes das pessoas, necessidades que elas não precisam necessidades que não são necessárias.

O cristão precisa saber nitidamente a diferença entre o que é supérfluo necessário e indispensável.
A sociedade prega que tudo é indispensável, prega o prazer em todas as formas, o prazer de comprar e o prazer de ter, possuir.

O culto ao prazer se chama ‘hedonismo’. Vivemos em uma sociedade hedonista. Diante do hedonismo Paulo exorta: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobreviverão tempos trabalhosos. Porque haverá homens... mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus... destes, afasta-te”. (2 Tim.3,1-5).

O que é preocupante também é ver que, o consumismo tem dado o ar de sua graça em nossa Igreja.
Graças a Deus a Campanha da Fraternidade deste ano vem nos fazer refletir. “Não podemos servir a Deus e ao dinheiro” (MT.6,24).

As palavras de Cristo são claras: “ou Deus ou ao dinheiro”. A quem estamos servindo? A quem o cristão serve?

Diante do abominável consumismo em que jaz no mundo e igualmente invade a Igreja é necessário atitude por parte de todos para nos desapegarmos das riquezas e do dinheiro.

Podemos observar hoje uma mentalidade consumista dentro de nossa Igreja. E são com essa mentalidade consumista que muitos católicos vão as celebrações eucarísticas.

Aqueles que se assentam nos bancos das Igrejas, não são mais adoradores de Deus, são hoje críticos, tais quais os críticos de cinema e de futebol.

Estes “críticos” dão nota para a homilia do padre. Estão atentos para ver se a irmã “Doquinha” desafinou ou não no canto. Estão desejosos de assistir um show do ministério de música. Ávidos por louvor com “fogo”.

Estes “críticos” não entram na Igreja, porém sim, em um ‘fast foods’ religioso. “Pagaram” com a oferta, o dízimo a esmola e querem ser bem servidos.
Para estes, a “igreja” é apenas uma loja com mercadorias religiosas a serem consumidas.

As palavras de Jesus a samaritana deve ser uma boa resposta para estes “críticos”.
“Deus é Espírito e importa que os que o adoram o adorem em Espírito e em verdade” (Jô.4,24).

Será que não nos contentamos com o que temos? Temos a Igreja de Cristo, os Sacramentos e a Eucaristia. Jesus respondeu a homens ansiosos quanto à comida e o vestir o seguinte dentre tantas coisas.

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas. E não vos preocupes com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo, basta a cada dia a sua preocupação.” (Mt.6,33-34)

Precisamos fugir dos sofismas de uma sociedade consumista, ela quer que você seja um consumidor em potencial para sempre estar endividado. Assim ela (sociedade consumista) conseguirá três coisas:

1- Deixará você amargurado se não consumir.
2- Deixará você envergonhado diante dos credores para que você não pregue o evangelho a eles.
3- Transformará você num escravo do trabalho, pois você terá de trabalhar mais e mais para pagar suas dívidas, assim não terá tempo de ir a Igreja e sempre quando você for rezar estará cansado e indisposto para Deus.

Vença o consumismo e não deixe que ele domine você. Essa é uma grande guerra que o cristão precisa vencer.

Diácono Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém – Belém/Pará – Amazônia Brasil

diaconoluizgonzaga@gmail.com
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

terça-feira, 2 de março de 2010

"DUALIDADE DO VIVER"


Dualidade do viver

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. Dualidade em nosso viver são capazes de nos deixar inertes em nossa caminhada de cristão, é um dissabor que pode corroer a alma, quando estamos diante de Deus, tudo que é oculto se torna claro, e não tem como fugir. Muitas vezes queríamos fugir, queríamos que Deus fosse cego e surdo diante de nossas fragilidades humanas, só sei dizer que isso machuca e faz sofrer, de um lado um ser que luta para alcançar o céu, luta para ter o mínimo de santidade, luta para fazer o que é bom e certo, mas do outro lado do hemisfério de nossa vida, existe outro ser que é puxado com força descomunal e neste lado negativo do viver, o mal toma conta do que é bom em nós, e o errado no lugar do que é correto, porém a razão fica a porta como um grande “leão de chácara” a querer nos proteger, e a razão não se cala, grita em alto e bom som “sai deste lugar, ai não é onde deverias estar!”, entretanto, o ser quando está neste lugar recheado de escuridão quase não consegue enxergar a luz, quase não escuta a voz da razão e a voz de Deus que habita em nós, é como se ficasse cego e surdo para o ser que é bom dentro de nós.

Quando o lado ruim de nosso ser, toma-nos conta, ouve-se apenas “algo lá no fim do túnel” a repetir “aqui que é bom, aqui fazes o que queres, aqui ninguém te condena, aqui és livre!!!” e os olhos ficam quase inertes diante de tanta “tentação”, com visões prazerosas, e o ser queima de euforia, pois está neste lugar parece ser muito bom, só que nunca devemos esquecer que é euforia passageira, diferente da alegria verdadeira, que vem de Deus.

Não é fácil ser um lutador neste mundo de ilusão, nós escolhemos o lugar que queremos ficar, ou ficamos ou saímos do território chamado “trevas”, o vazio toma conta, lágrimas são derramadas, é um gritar sem som, é um estar algemado sem algemas.

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. Dentro de si, os dois seres lutam ferozmente por sua alma, é o bem e o mal; o certo e o errado; é a luz, é as trevas; a tempestade a brisa; a noite e o dia, é as lágrimas é o sorriso... É algo difícil de descrever, só quem passa por esta luta é que pode entender tais palavras, mas sei de uma coisa, a libertação de nossos caminhos obscuros depende simplesmente de nós. Se quisermos estar no caminho de Deus, devemos lutar, lutar e lutar.. “E se cairmos?” Alguém certo dia me perguntou, “levante filho, por mais impossível que pareça” respondi.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Por: Alexandre Brito

"A velhice sob a ótica dos jovens"


A VELHICE SOB A ÓTICA DOS JOVENS
Psicóloga Lúcia Abreu
Há muito tempo venho lidando com jovens, quer no consultório quer em aulas de orientação sexual ou na escola. Durante todo este tempo, uma atitude dos jovens vem me impressionando sobremaneira: a forma como eles se referem aos velhos. Fico curiosa tentando entender o que é que os leva a ver da maneira que vêem a velhice e, ao mesmo tempo, sinto-me entristecida ao ver este tipo de preconceito presente em grande parte de nossa juventude.
Em consultório, no mais das vezes em que algum adolescente comenta sobre pessoas idosas, este comentário de forma alguma vem acompanhado de uma atitude de respeito ou de gratidão. Pelo comentário, os jovens tendem a olhar para os velhos como se olha para algo que não tem mais o menor valor, algo que já deu o que tinha que dar e que, por isto, é desprezível.
Sei que alguns vão argumentar que isto é típico da juventude desde os tempos imemoriais pois os jovens estão começando um caminho já trilhado pelos velhos e, inconscientemente, os jovens sabem que o caminho terá por fim a velhice. Desprezar os velhos seria, assim, a forma de negar a possibilidade do fim da juventude, sendo uma manifestação da tão falada onipotência adolescente. Rejeitando os velhos, os jovens rejeitam a velhice que começa a nascer neles próprios.
Não nego que este tipo de argumento tem lá sua dose de razão, mas penso que ele é por demais simplista. Este tipo de explicação é parcial e alienante, como a maioria das explicações sobre ser humano que não levam em conta o contexto em que uma ação se dá, como se nós pudéssemos ser apenas parcialmente sociais.
O tempo passa e, o olhar cultural vai buscando novo foco, principalmente depois do advento da informática. O futuro passa a chamar a atenção do olhar cultural, pois é lá que as coisas acontecerão, é lá que terá resultado o esforço social de hoje. O jovem passa a ser o referencial, na medida em que nele está a necessária agilidade para acompanhar os passos do progresso humano. Novas profissões surgem, fazendo com que nem os pais nem os avós possam ser parâmetros para uma escolha de atividade profissional. O critério do jovem para a escolha profissional está principalmente na tentativa de previsão sobre como estará o mercado de trabalho daqui a algum tempo, vale dizer: no futuro.
Cheios deste novo poder, os filhos enfrentam, ativos, os pais que, indecisos e cheios de psicologismos, não sabem como se fazer respeitar, deixando de sinalizar aos jovens os importantes limites que a vida nos impõem e com os quais só com o tempo aprendemos a lidar sem necessitarmos de uma assessoria mais experiente.
Quero terminar dizendo que de forma alguma penso que seja privilégio dos jovens este descaso para com as pessoas da terceira idade, este descaso para com o passado. Isto está presente em todos nós. Os jovens somente são mais ingênuos e mostram mais claramente aquilo que com o tempo vamos aprendendo a disfarçar cinicamente.
A autora é psicóloga com especialidade em terapia de casal e família.
E-mail – lmt@oi.com.br