Domingo, 11/11/2012, 09h04
Voto direto agita bastidores do Paysandu
No próximo dia 30 de novembro, mais de mil associados do
Paysandu, distribuídos entre proprietários, remidos, conselheiros,
beneméritos e grandes beneméritos, vão às urnas, não para eleger
prefeito, vereador ou qualquer cargo público, mas sim o próximo
presidente do clube, considerado uma das maiores agremiações desportivas
do Norte e Nordeste do Brasil, num passo histórico e inédito no futebol
paraense: as eleições diretas.
“Não lembro exatamente quantos sócios vão votar, mas são mais de mil, num universo de três mil sócios”, argumenta o diretor de futebol Antônio Cláudio ‘Louro’, que chegou a declarar que estaria interessado em suceder o presidente do clube. Mas a candidatura não se confirmou. Além do presidente, os associados podem escolher os representantes do conselho deliberativo. Ao todo, são 75 membros, sendo 50 efetivos e 25 suplentes.
Na oposição, o grande ídolo bicolor
Ambos são bicolores reconhecidos, cada um ao seu modo. O primeiro nome a bater chapa e concorrer à presidência do Paysandu foi o de Vandick Lima (47). O ex-jogador, respeitado pela torcida por fazer parte do período mais vitorioso do clube, entre 2001 e 2003, quando o time venceu a Série B, Copa dos Campeões, Norte e participou da Taça Libertadores da América, fez o convite ao vice Sérgio Serra e tentam agora, oferecer ao Papão novos caminhos para a profissionalização do futebol.
“Muito dessa minha candidatura partiu do pedido dos próprios torcedores. Eu sempre demonstrei interesse de ser candidato, mas fui muito incentivado e tive a felicidade de jogar no melhor momento, quando ganhamos vários títulos e isso desperta a vontade de trazer os bons momentos de novo”, explica o também vereador, reeleito recentemente. Sua meta de campanha tem como base algumas ideias em comum com a chapa concorrente, prezando muito pelo lado da união.
“Uma coisa que a gente não pode deixar de fazer é o nosso centro de treinamento. O caminho começa pela formação de atletas, um alojamento para atletas de fora. Muitos jogadores se perdem devido a essa falta de assistência, e como o clube não tem condições de proporcionar uma boa formação, no final das contas quem perde acaba sendo o Paysandu”, acrescenta.
A condição de chapa opositora, no entanto, não isenta a possibilidade de usufruir os mesmos recursos e ideias da atual gestão, que acima de tudo, deve beneficiar o clube, e não pessoas.
“Tudo o que for bom nós vamos dar continuidade, é claro. O que não for, vamos conversar e se for melhor para o Paysandu, não continuaremos”, finaliza.
(Diário do Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário