terça-feira, 8 de novembro de 2011

DIOCESE IMPLANTA O DIACONATO PERMANENTE EM BARRETOS.


Diocese implanta o Diaconado Permanente em Barretos


O bispo diocesano de Barretos, Dom Edmilson Amador Caetano, falou para o JBR sobre a implantação do Diaconado Permanente na cidade. Confira e entrevista e saiba um pouco mais sobre este sacramento, que já tem um candidato barretense aprovado:
JBR – O que é o Diaconado Permanente?
D. Edmilson - O Sacramento da Ordem possui 3 graus: Episcopado, Presbiterado e Diaconado. Por muito tempo na vida da Igreja o Diaconado existiu como uma passagem ao presbiterado, mas na realidade é um grau do Sacramento da Ordem. O Concílio Vaticano II restaurou o Diaconado como ministério ordenado e próprio, dando a possibilidade de conferir este grau do Sacramento da Ordem também a homens casados. No contexto da ministerialidade da Igreja e, mais especificamente, no âmbito do ministério ordenado, o diácono define-se como sacramento de Cristo Servo e como expressão da Igreja servidora.
JBR – Qual a sua função/importância na Diocese?
D. Edmilson - Prefiro responder com o texto das Diretrizes do Diaconado Permanente da CNBB: “A identidade do diácono se encontra, antes de tudo, na ordem do ser. Ele recebe uma graça sacramental que determina o espírito com que exerce o seu ministério. Por isso, não deve, em primeiro lugar, ser definido a partir das funções ou dos poderes que lhe são confiados. Ele recebe uma marca indelével através da ordenação sacramental. É na sua significação que se encontra a especificidade do diaconado”. Portanto, muitas coisas podem ser função do diácono. Na máxima celebração da Igreja que é a Eucaristia, o diácono manifesta no serviço do altar esta função servidora: proclama o Evangelho, faz as preces em nome do povo, prepara o altar, orienta momentos especiais em celebrações especiais, é ministro ordinário da distribuição da Eucaristia. Algumas outras celebrações podem ser presididas pelo diácono: Celebração da Palavra, Celebração do Batismo, Exéquias (sem Missa). O diácono pode também assistir e abençoar os matrimônios, além de realizar alguns sacramentais. Contudo, como foi dito acima, não é o que o diácono faz que o define, mas como o faz na graça sacramental que recebeu. A atuação do diácono abrange três áreas de diaconia: Palavra, Liturgia, Caridade. JBR – Por que o senhor decidiu implantar o Diaconado em Barretos?
D. Edmilson - Acredito que seja um momento maduro para fazê-lo, ainda que não tenhamos uma estrutura de formação própria para acolher os irmãos vocacionados a este ministério ordenado. Com o tempo iremos criando o necessário, como foi sendo criado para a formação dos candidatos ao presbiterado.
JBR – O que qualifica uma pessoa para entrar no Diaconado?
D. Edmilson - Excetuando o que é próprio do presbítero, a mesma coisa que se exige para quem quer se candidatar ao presbiterado: vocação. Juntamente com ela exige-se formação própria: escolaridade, Teologia, frequentar uma escola diaconal (caso não tenha feito curso de Teologia regular) participação pastoral na ativa na vida da paróquia e da diocese e, quando casado, além de ser maior de 35 anos, o consentimento da esposa. Lembro que os homens solteiros que desejarem ser diáconos permanentes devem comprometer-se, como os presbíteros, no celibato.
JBR – De acordo com a circular de novembro, Barretos já tem um candidato, José Paulo Lombardi. Quais são os processos pelos quais ele deve passar até ser aceito?
D. Edmilson - O José Paulo Lombardi já foi aceito. Ele apresentou o seu pedido que foi analisado pelo presbitério e Conselho de presbíteros e, diante dos resultados, eu o aceitei. No próximo dia 05 de novembro teremos o rito litúrgico no qual ele será admitido para receber a Ordem Sacra. No dia 26 de novembro, será instituído no ministério de leitor. No mês de fevereiro, em data ainda a ser marcada, será instituído no ministério de acólito e, possivelmente, em 10 agosto, festa de S. Lourenço, patrono dos diáconos, será ordenado diácono.

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