quinta-feira, 20 de outubro de 2011

NOSSAS ESCOLHAS.


"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda".(Mateus 7.24-27).

Conversando com os discípulos Jesus Cristo falou-lhes sobre as diferentes escolhas que as pessoas fazem quando se deparam com a Palavra. Alguns após ouvirem-na escolhem praticar e outros não. Para ilustrar o peso de cada escolha, o mestre dos mestres resolve recorrer à figura de dois construtores - o primeiro tido como prudente e o segundo como insensato. O homem prudente “aquele que ouve e pratica” ao resolver construir sua casa, de imediato escolheu bem “como” e “onde” – na rocha. O insensato descrito como “aquele que ouve, mas não pratica” de igual modo fez a sua escolha que, diga-se de passagem, não foi adequada. Ao decidir construir, o mesmo não soube escolher “onde’ e “como” – resolveu edificar na areia.
Inicialmente as escolhas que cada um fez não parecia conter implicações futuras, porém, o texto nos mostra que não foi bem assim. As conseqüências das escolhas de cada um puderam ser vistas no dia em que ambas as construções foram submetidas às mesmas adversidades: chuvas, enchentes e ventos fortes. Estes intempéries não abalaram a casa do prudente "porque estava edificada sobre a rocha" , mas em contrapartida destruiu completamente a casa do insensato “que edificou a sua casa sobre a areia”. O prudente foi recompensado pela boa escolha e o insensato punido pela má.

Os ensinos de Jesus implícitos neste texto são muito ricos. Vamos refletir sobre alguns deles:

Tão Importante quanto Construir é saber “Onde” Construir

O homem prudente preocupou-se em escolher um lugar adequado para construir sua casa. Ele pensou no futuro, viu que chegaria o tempo em que sua casa seria testada por situações adversas e inesperadas e que por isso precisava ser bem edificada. O insensato pecou por não pensar nestes detalhes, escolheu um terreno perigoso por ter uma visão meramente local e temporal. Ele não cogitava a possibilidade de que a qualquer momento a sua casa sofreria com situações probatórias que viriam testar a qualidade de sua construção.
As chuvas desceram, os rios transbordaram e os ventos sopraram contra a casa tanto do prudente quanto do insensato. A do prudente permaneceu, a do insensato ruiu e foi grande a sua ruína. Todo o seu investimento foi literalmente por água abaixo pelo fato de não ter pensado “onde”.
O terreno onde escolhemos edificar nossa vida é quem vai determinar o futuro da nossa construção por isso pensar onde construir é tão importante quanto construir. Pecamos quando na construção da nossa vida nós nos apressamos demasiadamente a ponto de não nos preocuparmos com o “onde” construiremos. O terreno que escolhemos usar para edificar nossa vida deve necessariamente nos proporcionar estabilidade e segurança para que quando o dia mal vier possamos ficar firmes.
O cristão deve escolher se edificar sobre Cristo- a rocha. Nele “todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor”. Estando edificados em Cristo o crente torna-se capaz de suportar os dias difíceis, as situações de crise e de provação sem se abater. Os que escolhem construir sobre um terreno arenoso sofrem com danos e perdas, têm constantemente que lidar com prejuízos catastróficos e quando o dia mal chega não têm como se manter de pé, pois não têm estabilidade e firmeza, falta-lhes suporte.
Nossas escolhas em relação a “onde” construir devem ser, portanto precisas para que no futuro não tenhamos de arcar com os prejuízos como teve de fazer o homem insensato.

Nossas Escolhas têm um Preço

O homem prudente priorizou as bases em detrimento da estética. Calculou que o preço por construir em qualquer lugar poderia custar a sua construção e por isso resolveu escolher um lugar que lhe oferecesse estrutura para atravessar com segurança qualquer tempo. O prudente soube calcular os custos de sua escolha. O insensato por outro lado priorizou a estética em detrimento das bases. Escolheu um terreno arenoso, provavelmente próximo á praia, investiu na estética da casa, se preocupou por demais com a beleza externa e de menos com o alicerce. O insensato não calculou os custos de sua escolha.
Jesus certa vez disse que quem se propõe a construir deve primeiro calcular os custos para que não seja surpreendido. Cada escolha que fazemos na vida nos custa um determinado preço, pensar no que teremos de pagar com aquela escolha nos ajuda a escolher melhor o lugar sobre onde construiremos.
As boas escolhas nos custam um preço alto no início, mas as escolhas más nos custam muito é no final quando chegam as conseqüências. Escolher certo não é fácil exige muito pensar, muita reflexão. As vezes corremos o risco de sermos censurados, ridicularizados, rejeitados ou ignorados por nossa decisão. Este é parte do preço que temos de pagar pelas escolhas acertadas. É melhor passar por isso do que depois ter de passar pelo constrangimento e pela vergonha de olhar para os escombros do que um dia foi uma casa.
Precisamos como construtores da nossa vida calcular os custos das nossas escolhas para não sermos surpreendidos depois com a conta.

Depois da Escolha feita nos Restam apenas as Conseqüências

O homem prudente viveu as boas conseqüências de suas escolhas – sua casa não caiu, e o homem insensato com as más – sua casa caiu. É fato que cada escolha tem sua conseqüência direta. Paulo disse aos Gálatas que o que semeamos, nós colhemos – “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Nossas escolhas são como sementes que ao serem lançadas no solo germinarão e produzirão frutos condizentes com sua natureza. Depois de produzidos estes frutos não há mais o que fazer.
Nossas escolhas devem ser como sementes boas, pois ao serem lançadas no solo da vida germinarão e produzirão frutos doces e saborosos, mas se estas forem más produzirão frutos ruins e amargos com os quais teremos de lidar por um bom tempo. Não podemos achar que más escolhas gerem boas conseqüências e nem que boas escolhas resultem em frutos maus. O resultado do que escolhemos é diretamente proporcional ao que escolhemos.
Certa vez assisti a um filme no mínimo intrigante – “Efeito Borboleta 1”. O filme conta a história de um rapaz que descobriu ter poderes de voltar ao seu passado e mudar as coisas. E cada vez que ele voltava ao seu passado e mudava as coisas, automaticamente ele alterava o seu futuro com suas possibilidades. A sensação que a gente tem ao ver o filme é a de que na vida várias vezes nós já desejamos esse poder de voltar atrás e corrigir um gesto, uma palavra, uma escolha, uma atitude, fazer tudo de forma diferente.
Voltar ao passado e mexer as peças é coisa que só acontece em filme. Na vida real como não se pode voltar atrás, cada um de nós tem de pensar bem nas escolhas que fazemos no presente, pois todas têm conseqüências que não poderão ser mudadas depois.

Uma Escolha Errada Compromete o Todo de uma Vida

O homem prudente foi bem sucedido porque soube escolher bem desde o início, o insensato não. Uma vida bem sucedida em qualquer âmbito é construída sobre muitas escolhas certas, é necessário muitas escolhas corretas para se ter uma vida estrutura, saudável e feliz em qualquer aspecto, entretanto, para colocar tudo isso a perder nós precisamos de apenas uma escolha errada.
Não adianta escolhermos bem uma vida inteira e num dado momento escolhermos mal, a escolha má pode custar todas as demais escolhas boas e comprometer toda a nossa vida seja no âmbito espiritual, conjugal, relacional, profissional ou social. Pensar bem sobre cada escolha é a única maneira de escolher bem sempre. Não existe um outro segredo além deste.
Pense sobre as escolhas que você está fazendo pra sua vida, lembre-se do que já foi colocado aqui e saiba que suas escolhas afetam você e os outros a curto, médio e longo prazo. Nosso futuro é decidido no agora em cada escolha que fazemos no presente e não no depois. Reflita!

Nunca escolha:

Sem Pedir a Direção de Deus – as diretrizes para uma boa escolha sempre vem de Deus que conhece o nosso futuro e sabe o que melhor para nós.

Sem Saber Onde – o terreno deve ser adequado, pois o sucesso ou insucesso de empreendimento depende dele. As bases (o lugar) têm de estar à altura da construção que se pretende.

Sem Pensar nos Custos – cada escolha tem um preço, calcular o quanto teremos de pagar pelas nossas escolhas no ajuda a pensar melhor antes de escolher. Quanto esta escolha irá me custar? Esta é a pergunta que devemos nos fazer diante de cada decisão.

De Cabeça Cheia – temos dificuldade de escolher bem quando estamos envoltos em situações que lotam nossa cabeça. O melhor momento para escolhermos é aquele em que não estamos de cabeça cheia, é aquele onde a poeira já abaixou e os ânimos já se acalmaram.

Por Influência – nossas escolhas devem ser nossas escolhas, não as dos outros. Podemos e devemos pedir conselhos, mas nunca permitir que os outros nos digam que escolha fazer. Se escolhemos pelos outros depois os culpamos quando de algum modo as coisas dão errado.

Sob Pressão – as situações de pressão são um prato cheio para as escolhas erradas, nunca se escolhe tão mal quanto em situações em que nos sentimos pressionados.

Escolha sempre, mas escolha bem. Lembrando que “Você faz as suas escolhas e as suas escolhas fazem você”. Que Deus na pessoa de seu Filho Jesus te abençoe!

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