quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Querenta e tres mil vozes cantam o Hino Nacional.


Toda abertura de jogos começa com a execução instrumental de uma parte do hino nacional das equipes participantes. No jogo em Belém não foi diferente. Primeiro o hino nacional argentino e logo em seguida o brasileiro, que foi cantado pela plateia mesmo após o encerramento instrumental do hino. Uma cena emocionante, com 43 mil vozes que deram o tom da grande festa feita pela torcida paraense, mesmo antes do início do jogo. O Mangueirão ficou verde e amarelo. A quantidade de mulheres e crianças em um cenário quase sempre masculino chamou a atenção.

A torcedora Lucineide Morhy estava com um grupo de 20 pessoas, na grande maioria, mulheres apaixonadas por futebol. “Nós sempre acompanhamos os jogos pela televisão e essa foi uma excelente oportunidade de vir ao campo. Assim é muito melhor, tem mais emoção”, falou a dona de casa que levou a neta Marina, para torcer pelo Brasil. “Estamos em um jogo histórico e essa data vai marcar a minha vida, estou emocionada. Principalmente com a notícia de que o Pará será Subsede da Copa América”, falou a adolescente.

Devidamente uniformizadas com a camisa canarinho e acessórios produzidos por elas mesmas, um grupo de cinco mulheres, duas delas com crianças de colo, faziam a festa na arquibancada. Nem a viagem de 10 horas de ônibus até a capital desanimou o grupo que veio de Curionópolis. “Valeu cada sacrifício e esforço para estarmos aqui. É a oportunidade que temos para ver a seleção e ajudar na divulgação do nosso estado”, falou Karynne Souza. O único homem do grupo era David da Conceição, que acha importante que as mulheres frequentem o campo de futebol. “As mulheres têm lugar cativo no futebol, principalmente a minha esposa que sempre me acompanha. Acho que as famílias têm que vir mais vezes ao campo pra fazer uma festa linda como essa”, ressaltou.

O pequeno Luiz, de sete anos, assistiu atento cada lance do jogo, nem parecia ter enfrentado uma viagem de 14 horas, de Oriximiná a Belém. O empresário Hélio da Silva, pai do garoto, disse que não poderia perder a chance de ver de perto a Seleção Brasileira. “Já morei em Belém e sentia muita falta de vir ao Mangueirão. Esse é um grande jogo e aproveitei a oportunidade para trazer o meu filho pra demonstrar essa paixão pelo futebol. A festa está linda e tenho certeza que a torcida paraense vai repetir esse show em 2015, nos jogos da Copa América”. O incentivo da torcida parece que foi crucial para o resultado de 2 x 0 para o Brasil. Uma grande festa na arquibancada e nos gramados onde a Seleção Brasileira levantou a taça “Nicolás Leoz” pelo Super Clássico das Américas.

Dani Filgueiras - Secom

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