domingo, 8 de janeiro de 2012

TEMPORADA DE PELE AO SOL: CUIDADO.


Temporada de pele ao sol: cuidado
Domingo, 08/01/2012, 07:21:20

O sol forte que dá boas-vindas a quem chega à capital paraense ajuda a explicar o fato de ser o câncer de pele o mais frequente em todo o Estado. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer, Inca, é de que apenas em 2010 mais de dois mil novos casos tenham surgido no Pará. Em todo o país, calcula-se que tenham sido 113 mil novos diagnósticos.

Os números preocupam a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) - Regional Pará, Deborah Unger. “Como moramos em um país tropical, a companhia do sol é frequente e está intimamente ligada ao aparecimento da doença. Por isso, a gente organiza campanhas de conscientização sobre o câncer de pele” explica a representante.

O MAIS COMUM

Embora o câncer de pele seja o mais comum dos tipos de câncer, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, os percentuais de cura são bastante altos. Isso porque, segundo a dermatologista, os tipos mais comuns são os chamados câncer de pele não melanoma, raramente fatais. “Eles respondem por mais de 90% dos casos. São lesões que surgem nas áreas frequentemente expostas ao sol e, em muitos casos, o tratamento é feito ambulatorialmente, com cirurgias. Poucos são os casos que precisam ser encaminhados para o Ophir Loyola [hospital referência no tratamento de câncer no Pará]”, esclarece a médica.

LESÕES

Há pelo menos 12 anos, Raimundo Santana Ferreira, 59, autônomo, convive com idas e vindas aos consultórios dermatológicos. O sinal de alerta acendeu quando surgiu uma lesão no braço. “Lembrava uma espinha e, coincidentemente surgiu nos dois braços. Como não cicatrizava, começou a preocupar. Fui à médica e ela explicou que se tratava de uma lesão que precisaria ser retirada através de cirurgia”, conta Raimundo, que já perdeu a conta de quantas outras lesões surgiram.

A doutora Deborah afirma que o câncer não melanoma, quando retirado, dificilmente retorna. Porém, que nada impede o surgimento de uma nova lesão quando a exposição ao sol continua.

Foi o que observou seu Santana. “Apareceu nas costas, sobrancelha, na cartilagem do nariz... O último foi no tórax. No final do mês foram retiradas três lesões. Estou aguardando o resultado da biópsia”.

(Diário do Pará)

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