quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO SEREMOS LUZ NO MUNDO?

Até quando seremos luz do mundo?


Duas das mais fascinantes declarações de Jesus quando pronunciou o imortal Sermão da montanha foram estas: “Vós sois a luz do mundo” e “vós sois o sal da terra”, Mt 5.15,16.

É interessante observar que Jesus chamou os Seus discípulos de luz do mundo, mas em outra ocasião Ele declarou ser pessoalmente a luz do mundo, Jo 7.12.
Para que não se cometa erros na interpretação das duas assertivas, Ele esclareceu ser a Luz do mundo enquanto estivesse aqui na Terra.

Ou seja, após o fim do Seu ministério terreno e conseqüentemente Sua ascensão de volta ao Céu, a Igreja assumiria essa posição e essa função.

Todos sabemos que existem vários tipos de luz. As mais conhecidas e/ou populares são:
(a) Luz cósmica, Gn 1.5;
(b) Luz solar, Jr 31.36;
(c) Luz artificial, Mt 25.6 e
(d) Luz espiritual, Sl 4.8; Is 2.6;II Co 4.4,6.

A partir do primeiro capítulo da Bíblia, Deus esclarece e determina os propósitos básicos da luz, a saber:

(a) Separação, Gn 1.14; Ex 10.23; Jó 18.6; 38.15.
(b) Iluminação, Gn 1.15; Fp 2.15;
(c) Sinalização, Gn 1.14;
(d) Governo, Gn 1.16.

A Igreja tem compromissos múltiplos a cumprir na condição de luz do mundo. Ele deve manter-se separada do mundo, estabelecendo um limite que não deve ser transposto.
Ela deve fazer brilhar a luz do Evangelho, através da proclamação do Evangelho em suas diferentes dimensões: pessoal, familiar, comunitária, coletiva e mundial; deve sinalizar para o mundo os seus deveres, na condição de voz profética de Deus e, finalmente, deve impor sua autoridade sobre as impiedosas e destruidoras trevas que assolam o mundo.

Ela deve atentar para as características fundamentais da luz espiritual:

(a) Ela é divina, Sl 47.3; I Jo 1.5. Como luz do mundo, Jesus é SOL, Ml 4.12. Mas, também como luz, a Igreja é LUA, Ct 6.10, ou seja, a luz não lhe é inerente. Ela a recebe do Sol da justiça e a transmite para o mundo;
(b) Ela é permanente, Jó 18.5; Pv 18.9;
(c) Ela é outorgada, ou seja, a Igreja é despenseira da Luz divina, I Co 4.2; Sl 118.27. Precisamos ser zelosos, a fim de não deixarmos nossa luz no velador.
(d) Ela é regeneradora, I Ts 5.5; Ef 6.6. Quando os pecadores se encontram com a LUZ, é-lhes aberta a porta da transformação e da liberdade, , II Co 5.17; Jo 8.36.

A Igreja deve manter-se fiel aos seus compromissos com a LUZ, claramente estabelecidos na Palavra de Deus.

Não devemos compactuar com a escuridão moral e espiritual que tomou conta do mundo, mas manter-nos como o farol de Deus, todos os momentos e sempre.

Eis alguns de nossos compromissos:

(a) Andar na luz, I Jo 1.7; Jo 11.9;Sl 89.15; Is 2.5;
(b) Estar na luz, I Jo 2.9;
(c) Vestir as armas da luz, Rm 13.12.
(d) Trabalhar na luz, Jo 3.21; etc.

Ultimamente algumas ilustres figuras do meio evangélico parecem estar esquecidas de sua natureza e responsabilidade cristã, de modo que estão se aproximando excessivamente do ambiente de trevas.

Milhares de pessoas estão aplaudindo o fato de alguns segmentos da mídia nacional, antes totalmente contrários ao Evangelho, estarem agora abrindo espaço para cantores evangélicos, etc.

Mas há um grupo fiel que não fechou seus olhos e está conseguindo ver além da cortina. Já houve casos de cantores do Rei se exibirem ao lado de hostes de adoradores de demônios. Num desses casos, a cena foi presenciada por milhares, quase milhões. Foi deprimente saber que os que aplaudiram o hino sagrado tiveram de engolir as canções de Baal, que se lhe seguiram.

Quem pode assegurar que foi um ato evangelístico, evangelizante ou evangelizador?

Quem garante que algumas centenas de miseráveis pecadores se encontraram com Cristo naquela ocasião? Ou minha ótica estaria totalmente fora de foco?

Não estará em desenvolvimento uma perniciosa estratégia de Satanás, visando a confusão e a mistura do Evangelho de luz com o reino das trevas?

Será que nossos cantores realmente estão precisando de levar sua lâmpada para grandes palcos e depois permitirem que se ponha nelas um vinagre de Belial, ao invés do azeite do Espírito?

Já não basta a omissão do nome cristão (ou evangélico)?

Nós falamos a língua portuguesa e em português claro Evangelho é EVANGELHO (e não gospel). Não está sendo orquestrado um disfarce muito sutil, para nele, com ele e através dele começarmos a maquiar, a macular, e depois a perder a nossa identidade?
Seria isto o prelúdio de novos dias de Constantino? Se assim for, algum tempo mais tarde precisaremos de novos luteros.

Que a Luz da Igreja continue a ser luz. Que os pregadores do Evangelho preguem a Palavra. Que os cultos não sejam shows e sim cultos. Que os cantores sejam identificados como cristãos, como evangélicos e como representantes da Igreja do Senhor Jesus Cristo, e não meramente como representantes da música gospel.

Que a Igreja seja luz e não a deixe NEM SE DEIXE escurecer.

Que ela seja sal e não se deixe apodrecer.

Pr Geziel Gomes

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