quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Encontro com catequista

Encontro com os Catequistas
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Dia: 14/11/09 - Hora: 15h30min
Público alvo: jovens adolescentes
Local: Salão Paroquial


Texto: Filipenses 3,13-14 “Irmãos, consciente de não tê-la conquistado ainda, só procuro uma coisa; esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente. Corro para a meta, para o prêmio celeste, para Deus que, nos chama em Cristo Jesus”.

Paulo não andava a “ermo”, por acaso, sem saber o que fazer nem para onde ir. Ele possuía objetivos definidos. Veja o que diz: “... lanço-me em perseguição do que fica para frente”. Ele tem por fim, por meta, escopo: “o céu, o prêmio celeste”.

Vamos refletir: Qual o seu objetivo? O que você busca na sua vida enquanto filho (a), estudante, catequista, discípulo missionário? O que você procura no seu ministério?

Paulo deixa tudo muito bem claro: “esquecendo o que fica para trás...”. Dor, sofrimento, perseguição, injustiça, prisão, etc. O missionário não deve parar diante das dificuldades no seu ministério. Veja o que fala Deus a Josué.
(Josué 1,2) “Moisés meu servo, morreu. Agora te levanta! Atravessa este Jordão tu e todo este povo para a terra que dou aos israelitas”.

O que aprendemos aqui: Atitude, coragem, alegria, diante das adversidades. Levantar-se, colocar-se de pé, ereto e caminhar e não ficar se lamentando porque as coisas não saíram do jeito que eu queria ou havia planejado.

Vejamos o que nos diz o Documento de Aparecida nas páginas 24 e 25.
“Ser cristão não é uma carga mais um dom... a alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio... a igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes”(conf. Mateus 9,35-36).

Veja o que diz o evangelista São João 5,17. “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”

O catequista, o missionário, evangelizador, deve lutar para alcançar os seus objetivos. Manter-se acima da média, não pode ter medo, mas ser corajoso, alegre e determinado naquilo que faz jamais ter medo de desafios, pois a vida é feita de desafios.

Veja o que nos aconselha São Paulo em 1 Cor. 15,58. “Irmãos bem amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, sabendo que vosso trabalho não é inútil no Senhor”.

“Fazei incessantes progressos...”. Isso significa estudar mais, trabalhar mais, preparar-se não somente para ser bom de conteúdo, mas, para ser um exemplo, um bom profissional, excelente cristão, ótimo catequista. Buscar mais a Deus através da oração, da leitura da bíblia e da participação na eucaristia.

Vamos refletir: Tenho progredido no meu ministério? Tenho estudado mais a palavra de Deus? Buscado a oração? Alimentado minha alma com a eucaristia?

Com relação em progredir na Palavra de Deus, vamos novamente ao Documento de Aparecida paginas 115 e 116. Diz o documento: “... é condição indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. Por isso, é necessário educar o povo na leitura e na meditação da Palavra: que ela (Palavra) se converta em seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito de vida (conf. João 6,63). Do contrário, como vão anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente?

Diz o Salmo 119, 130. “A descoberta da tua Palavra ilumina e trás discernimento...”

O mesmo Salmo também orienta os jovens para buscarem o caminho da pureza. Veja o que diz o versículo 9. “Como um jovem conservará puro o seu caminho? Observando a tua Palavra”.

Em relação à oração diz o texto de 2 Cor. 11,27. “... fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, orações, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez”.

Paulo era um homem de oração. Ele não permitia que o trabalho como tecelão, sua atividade profissional, interferisse no seu trabalho missionário, na sua intimidade com Jesus através da oração.
Atentem bem para o texto: “numerosas orações”.

Vamos refletir: Como é a minha oração? Quanto tempo eu tiro para rezar? Minhas atividades do dia-a-dia interferem na minha oração, me afastam da oração? Tenho participado de vigílias?

Observem que, Jesus que é Jesus, o próprio Filho de Deus, não tomava nenhuma atitude, não fazia nada sem antes entrar em comunhão com o Pai através da oração. Ele fazia uma oração de intimidade, chamava o Pai de Abba – que quer dizer, ‘paizinho’.

Vejamos este texto de São Mateus:

Mateus 14,23 “Depois de despedir o povo, subiu, sozinho no monte para rezar”. Encontramos aqui: intimidade, privacidade, unidade, unicidade, ou seja, eles estão forjados, colocados, introduzidos um no outro. “Eu estou no Pai e o Pai está em mim”

O progredir na eucaristia: A eucaristia é o ápice, o ponto mais alto da vida do cristão. Ao comer e beber o corpo e o sangue de Cristo consagrado, o cristão come e bebe a vida do próprio Cristo.
(João 6,56) “Quem come a minha carne e bebe do meu sangue, vive em mim e eu nele”. Encontramos aqui a união íntima do discípulo com o mestre, a união permanente do crente com o Cristo salvador.

Catequistas, é preciso entender que, Jesus é uma realidade a ser interiorizada, internalizada (viver em mim e eu nele). Essa comunhão íntima, existencial entre o discípulo e o mestre deve produzir harmonia entre os dois através da eucaristia.

Vamos refletir: Tenho vivido esta harmonia, esta comunhão intima existencial com o Cristo através da eucaristia?
Tenho comungado o corpo e sangue de Cristo eucarístico com que freqüência?

Voltemos ao Documento de Aparecida agora na página 276. “Daí a necessidade de dar prioridade nos programas pastorais à valorização da Missa dominical. Temos de motivar os cristãos para que participem dela ativamente e, se possível, melhor ainda com a família. A assistência dos pais com seus filhos à celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O domingo significou ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado... o encontro com Cristo na eucaristia suscita o compromisso da evangelização e o impulso à solidariedade: desperta no cristão o forte desejo de anunciar o evangelho e testemunhá-lo na sociedade para que ela seja, mais justa e humana... só da eucaristia brotará a civilização do amor...”

Atenção para o que vai dizer Paulo agora: (1 Cor. 11,29) “Aquele que come e bebe sem discernimento o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”.

Para evitar essa condenação, cada qual deve examinar a si mesmo. Esse alto exame permite que nos reconheçamos como membros do corpo de Cristo, sua própria igreja.

Vamos refletir: Tenho feito esse alto exame, esse censo crítico de mim mesmo? Tenho comungado o corpo e o sangue de Cristo com discernimento ou tenho comungado de forma banal a buscar a minha própria condenação?
(quantos contra testemunhos dentro da família, no trabalho, na escola, na pastoral, no grupo, movimentos e serviços da Igreja).

Precisamos aprender com Paulo. (1 Cor.11,1) “Sede meus imitadores como eu mesmo sou de Cristo”
Em 1 Cor. 10,31 diz Paulo: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer coisa, fazei para a gloria do Senhor”.

Vamos refletir: Tenho feito, realizado as obras do Senhor, ou tenho buscado as minhas obras o meu eu, o meu egoísmo, o meu individualismo, egocentrismo.
Tenho procurado: “Glórias para mim?” ou tenho dado “glórias a Deus com o meu ministério?”.

Sabe o que costumamos dizer: “Imita você ao Cristo”, “faz você o que o Cristo fez”. Com Paulo a coisa foi diferente. É como se ele estivesse falando hoje a todos nós: “Pode me imitar, imita a minha vida, pratica o que eu pratico, porque eu Paulo, imito na prática a vida do Cristo, eu vivo aquilo que o Cristo viveu”.

Vamos refletir: “Qual a sua prática de vida? Você é modelo cristão? Você é cristão que atrai ou repeli ao irmão?

Muito cuidado com a soberba da vida. Cuidado com o jogo do querer mostrar quem você é. Tem gente usando a graça, o poder de Deus para mostrar quem ela é, e não para mostrar a graça e o poder de Deus, cuidado.

Tem gente que quer mostrar que é: Mais santo que o outro, mais piedoso que o outro, mais capaz que o outro, está em um nível superior ao outro, mostrar que só ela pode profetizar que o Espírito Santo é superior nela, quer ser reconhecido, chamar a atenção de todos, C U I D A D O com a soberba da vida.

Cuidado com o jogo do mostrar quem você é. Vejamos o Salmo 119,37. “Desvia meus olhos do fascínio da vaidade, faze-me viver em teus caminhos”.

Vamos terminar refletindo: O que eu estou fazendo aqui? Foi o chamado de Deus que me trouxe aqui, ou estou porque o namorado ou a namora veio e eu não quero que os ‘gaviões dêem em cima dela ou dele? Estou aqui porque quero viver meu batismo ou por vaidade, para aparecer, mostrar quem sou? É o que quero para minha vida? Este é o meu objetivo a ser buscado? Quero ser catequista ou só aparecer para os brotos?

(Filipenses 3,13-14) “Esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente”.


Diácono Luiz Gonzaga
diaconoluizgonzaga@gmail.com

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