terça-feira, 13 de dezembro de 2011

D. ALBERTO TAVEIRA ANUNCIA TEMA DO CÍRIO 2012


Ter, 13 de Dezembro de 2011 00:00

Fundação Nazaré de Comunicação.

O Arcebispo metropolitano de Belém, no Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, anunciou nesta segunda-feira, 12, que o tema do Círio de Nazaré 2012 será "Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria”.

Segundo Dom Alberto, o Círio de Nazaré quer glorificar a Trindade Santíssima, com a Virgem Maria e do jeito de Maria. "Aquela que é a Virgem Fiel nos ajudará a viver a lei de Deus com alegria. Com Maria, Virgem da Escuta e Modelo de virtude, queremos viver os mandamentos da Lei de Deus", destacou.

Uma novidade do próximo Círio é que o evento será a primeira atividade da Arquidiocese de Belém no Ano da Fé. O Papa Bento XVI publicou recentemente a Carta Apostólica “Porta fidei” onde proclamou o Ano da Fé em toda Igreja. Este terá início no dia 11 de outubro de 2012, no 50º da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013.

No ato do anúncio, o Santo Padre destacou também que no dia 11 de outubro, a Igreja celebrará os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (CIC), promulgado pelo Beato Papa João Paulo II, "com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé".

A abertura oficial do Círio será no dia 9 de outubro de 2012. No dia 10, acontecerá a apresentação do Manto de Nossa Senhora de Nazaré, e no dia 11, os fiéis farão a adoração a Jesus Sacramentado, em comunhão com toda a Igreja no início do Ano da Fé. No dia 12 - Solenidade de Nossa Senhora Aparecida -, acontecerá o translado para Ananindeua e as atividades do Círio prosseguirão como nos anos anteriores.

Veja artigo de Dom Alberto Taveira Corrêa sobre o tema do Círio 2012

"Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria”.


1. MOSTRAR A FORÇA E A BELEZA DA FÉ: O Papa Bento XVI publicou uma Carta Apostólica sob forma de "Motu Proprio", chamada “Porta fidei” (Carta Apostólica Porta Fidei, n. 4): "Decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé”.

2. O CÍRIO NO ANO DA FÉ: No dia 11 de outubro de 2012, estaremos em adoração a Jesus Sacramentado, depois da abertura oficial do Círio no dia 9 e a apresentação do Manto de Nossa Senhora de Nazaré no dia 10. No dia 12 de outubro, Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, faremos o translado para Ananindeua e seguiremos com tudo o que já é nosso costume. O Círio 2012 será a primeira atividade da Arquidiocese de Belém no Ano da fé!

3. NOSSO CAMINHO DE EVANGELIZAÇÃO EM PREPARAÇÃO AO QUARTO CENTENÁRIO: Bento XVI deseja que se valorize o Catecismo da Igreja Católica, o que reforça o programa já estabelecido na Arquidiocese, com o qual caminhamos para o quatro centenário da Cidade de Belém e do início da Evangelização da Amazônia com as diversas partes do Catecismo.

4. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA: Alguns ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica abrem a perspectiva da escolha do tema do Círio 2012:

Chamado à felicidade, mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O socorro divino lhe é dado em Cristo pela lei que o dirige e na graça que o sustenta: “Portanto, meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas muito mais agora em minha ausência, realizai a vossa salvação, com temor e tremor. Na verdade, é Deus que produz em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu agrado” (Fl 2, 12-13).

A Lei nova ou Lei evangélica é a perfeição, na terra, da Lei divina, natural e revelada (Catecismo da Igreja Católica, n. 1949). É obra de Cristo e tem a sua expressão, de modo particular, no sermão da montanha. É também obra do Espírito Santo (Catecismo da Igreja Católica, n. 1965) e, por ele, torna-se a lei interior da caridade: «Estabelecerei com a casa de Israel uma aliança nova. Hei de imprimir as minhas leis no seu espírito e gravá-las-ei no seu coração. “Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo» (Hb 8, 8-10).

A Lei evangélica (Catecismo da Igreja Católica, n. 1970) implica a escolha decisiva entre «os dois caminhos» e a passagem à prática das palavras do Senhor; resume-se na regra de ouro: «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-o, vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas» (Mt 7, 12). Toda a Lei evangélica se apóia no «mandamento novo» de Jesus, de nos amarmos uns aos outros como ele nos amou.

«Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?» Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde, primeiro, invocando a necessidade de reconhecer a Deus como «o único Bom», o Bem por excelência e a fonte de todo o bem. Depois, declara-lhe: «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos». E cita ao seu interlocutor os mandamentos que dizem respeito ao amor do próximo: «Não matarás; não cometerás adultério: não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe». Finalmente, resume estes mandamentos de modo positivo: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mt 19, 16-19). A esta primeira resposta vem juntar-se uma segunda: «Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me» (Mt 19, 21). Esta resposta não anula a primeira. Seguir Jesus implica cumprir os mandamentos. A Lei não é abolida: mas o homem é convidado a reencontrá-la na pessoa do seu mestre, em quem ela encontra o seu perfeito cumprimento (Catecismo da Igreja Católica 2052-2053).

Jesus diz: «Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15, 5). O fruto, a que se faz referência nesta palavra, é a santidade de uma vida fecunda pela união a Cristo. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2074). Quando cremos em Jesus Cristo, comungamos de seus mistérios e guardamos os seus mandamentos, o Salvador mesmo vem amar em nós o seu Pai e seus irmãos, nosso Pai e nossos irmãos. Sua pessoa se torna, graças ao Espírito, a regra viva e interior do nosso agir. «É este o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei» (Jo 15, 12).

4. POR CRISTO, COM CRISTO, EM CRISTO:

Tudo de bom que acontece chega ao Pai por Cristo, com Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo. A oração eucarística se conclui com a “doxologia”, proclamação da glória de Deus. Tudo expressa o louvor a glória, a honra, a bênção, a adoração. Nossa vida cristã é acolher a vida que vem de Deus e caminhar para a Trindade, a comunhão plena com Deus, por Cristo, com Cristo, em Cristo. De fato, Ele é a porta das ovelhas! (Cf. Jo 10, 9)

5. MARIA DISCÍPULA, FILHA, MÃE E ESPOSA:

“O Evangelho conta que uma estrela guiou os Magos até Jerusalém e depois até Belém. As profecias antigas comparam o futuro Messias com um astro celeste. Foi também atribuído a Maria este emblema: se Cristo é a estrela que conduz a Deus, Maria é a estrela que leva até Jesus” (João Paulo II, Ângelus da Epifania, 6 de janeiro de 2003). Nós a saudamos como discípula fiel, filha de Deus Pai, esposa do Espírito Santo, mãe de Deus Filho.

6. MARIA, MULHER DE FÉ, MODELO DA IGREJA:

Quem viveu a fé da Igreja, de modo excelente e humilde, numa plenitude de graça que é insuperável, foi Maria. Quando dizemos em todas as missas “não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”, esta oração não seria tão real se não tivesse existido alguém – Maria – que viveu assim, em plenitude, a fé. (Cf. Giacomo Tantardini, “30 dias”, n 7/8, 2011, p.17).

7. AS VIRTUDES DE MARIA QUE A IGREJA DEVE IMITAR:

“Ao passo que, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (Cf. Ef 5,27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família dos eleitos. A Igreja, meditando piedosamente na Virgem, e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, penetra mais profundamente, cheia de respeito, no insondável mistério da Encarnação, e mais e mais se conforma com o seu Esposo. Pois Maria, que entrou intimamente na história da salvação, e, por assim dizer, reúne em si e reflete os imperativos mais altos da nossa fé, ao ser exaltada e venerada, atrai os fiéis ao Filho, ao seu sacrifício e ao amor do Pai. Por sua parte, a Igreja, procurando a glória de Cristo, torna-se mais semelhante àquela que é seu tipo e sublime figura, progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, e buscando e fazendo em tudo a vontade divina. Daqui vem igualmente que, na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos que cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os homens” (Lumen Gentium 65).

8. “AO PAI, POR CRISTO, NO ESPÍRITO SANTO, COM MARIA E DO JEITO DE MARIA”:

O Círio de Nazaré no Ano da Fé quer glorificar a Trindade Santíssima, com a Virgem Maria e do jeito de Maria. Aquela que é a Virgem Fiel nos ajudará a viver a lei de Deus com alegria. Com Maria, Virgem da Escuta e Modelo de virtude, queremos viver os mandamentos da Lei de Deus. O tema será “Ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, com Maria e do jeito de Maria” (Cf. Stefano de Fiores, “Maria - Nuovissimo Dizionario”, EDB, 2006, página 1089, verbete “Mediatrice”).

A vivência autêntica dos mandamentos começa no amor do próprio Deus, que ama, com amor ciumento, o seu povo. Só na resposta a este amor nascerá uma prática adequada da lei de Deus. Maria deu sua resposta a Deus, disse seu sim ao próximo e percorreu o caminho da fidelidade à lei.

Com Virgem do Magnificat louvaremos a Deus Uno e Trino, envolvendo todas as pessoas que participarem, como romeiros da fé, do Círio 2012.

Um comentário:

  1. Olá,

    " Das alturas orvalhem os céus,
    E as nuvens que chovam justiça,
    Que a terra se abra ao amor
    E germine o Deus Salvador"...



    Fico tão sem palavra para agradecer o carinho imensurável com que me cumula ao longo do ano que só posso lhe dizer que:
    Seja muito abençoado e feliz!!!
    Abraços fraternos de paz e FELIZ NATAL... apesar de qualquer vestígio de dor em seu coração...

    "Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes,

    e então saberás que eu me feri e também me curei."

    (Tagore)

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