domingo, 1 de maio de 2011

Beatificação de João Paulo reúne um milhão de pessoas.


Poucas horas após o final da cerimônia de beatificação de João Paulo II, a normalidade ainda está longe de regressar a ruas completamente cheias de pessoas, muitas delas ainda a caminho do Vaticano.

Durante a celebração desta manhã, os acessos pedonais ao local da celebração foram fechados por razões de segurança, estimando-se que cerca de um milhão de pessoas se tenha aglomerado em volta da Praça de São Pedro, deixando muitos de fora do pequeno Estado.

Para esses, a última oportunidade passa agora por ir à basílica do Vaticano homenagear o Papa polaco, cuja urna está exposta diante do altar principal, ali permanecendo, segundo a Santa Sé, até que a última pessoa da fila tenha entrado no edifício.

O grande afluxo de pessoas impediu que mesmo alguns madrugadores tivessem entrado na Praça de São Pedro, aberta por volta das 5h30, como aconteceu a pelo menos um grupo de portugueses e a milhares de conterrâneos de João Paulo II, que acabaram por seguir a transmissão através dos ecrãs gigantes de televisão ou mesmo pela emissão polaca da Rádio Vaticano.

Terminada a cerimônia, a partida de uns abriu espaço para a chegada de outros, que seguem diretamente para a entrada lateral da basílica, esperando a sua vez por um breve momento diante do caixão de Karol Wojtyla (1920-2005), que na segunda-feira será sepultado na capela de São Sebastião, do mesmo edifício.

Apesar de noites em claro e refeições feitas no meio da rua, onde se começa já acumular um volume significativo de lixo, os peregrinos interpelados pela Lusa e a agência ECCLESIA mostraram-se sempre satisfeitos pela oportunidade de viverem de perto a beatificação de João Paulo II, seis anos após a sua morte.

“Tenho um grande amor por este Papa e é a gratidão que me trouxe aqui hoje”, assinala uma peregrina equipada a rigor com as cores da Polônia.

Muitos jovens marcaram presença para homenagear o criador das Jornadas Mundiais da Juventude: “É o Papa da minha juventude, foi o Papa dos jovens”, podia ouvir-se, entre a multidão, no meio de bandeiras da Espanha.

As recordações dos italianos passavam, regularmente, pelo discurso proferido pelo novo beato em Agrigento, na Sicília, no ano de 1993, quando convidou os membros da Mafia a “converter-se”.

De mapa na mão e passo apressado, um grupo de portugueses, vindos de Lisboa, procura deixar o Vaticano depois de ter vivido um “momento especial”, “uma grande graça”.

Estima-se que estejam em Roma cerca de cinco mil portugueses, que viajaram de propósito para a beatificação de João Paulo II.

O ‘povo de João Paulo II’ como já lhe chamaram não quis faltar à chamada, depois de ter inundado Roma em abril de 2005, durante os funerais do Papa polaco, que muitos ainda sentem e descrevem como “um pai”.

Outra festa pode estar marcada para os próximos anos, dado que a canonização depende agora, somente, do reconhecimento de um novo milagre atribuído à intercessão de Wojtyla, um processo que é mais rápido do que aquele que levou à beatificação.

Fonte: portalum.com.br

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