sexta-feira, 22 de junho de 2012

O CUIDADO DA IGREJA COM OS NECESSITADOS.


O CUIDADO DA IGREJA COM OS NECESSITADOS

A pessoa humana precisa ser encarada como “imagem e semelhança de Deus”, o que não acontece num mundo frio, individualista e de pessoas com o “coração duro” em que vivemos, onde o ser humano tornou-se elemento descartável.

A sociedade precisa reaprender acerca do valor da pessoa humana e vê-la do mesmo modo em que é tratada por Deus na Bíblia, lembrando-nos de que o maio mandamento não é apenas: “amarás a Deus de todo o teu coração”, mas, conforme Jesus afirmou, inclui conjuntamente: “amarás ao próximo como a ti mesmo” (Mt.22,38-40).

Uma das funções da Igreja (TODOS NÓS SOMOS IGREJA POR FORÇA DO NOSSO BATISMO) é ser comunidade onde as pessoas sejam acolhidas, tratadas, curadas e se tornem prontas para ajudar outras pessoas “feridas” pela vida.

Barnabé é um dos nomes mais expressivos no Novo Testamento quanto ao compromisso com a missão de encorajamento, consolo e cura (At.9,26-27; 15,36-39).

Alguém já disse que “nós somos o único exército que abandona os seus feridos”.

Talvez isso seja uma verdade vivida por muitos na Igreja que neste momento sentem-se magoados, aflitos, feridos, decepcionados, incompreendidos, frustrados, confusos, vencidos, etc. e que não estão encontrando na Igreja a dimensão da “terapia espiritual e emocional”.

A igreja, enquanto comunidade “terapêutica” precisa entender que ninguém está isento de conflitos interiores, sofrimento emocional ou crises devido a problemas e adversidades.

A igreja necessita ser a encarnação da solidariedade e do amor de Jesus, levando ao mundo a sua proposta de paz (Jo.16,33).

A igreja precisa despertar para o fato de que diante de problemas e dificuldades o cristão, o crente deve estar ciente que Deus o ama: Deus nos ama apesar do que somos.

O Senhor pode tomar em suas mãos vidas derrotadas e estragadas e, com o seu toque restaurador, transformá-las em vidas que o homem expresse a sua alegria.

Quantas em nossa igreja estão derrotadas, vencidos pelo pecado, fracos e frios. Portanto, a igreja precisa fazer todo o possível para que os que sofrem saibam que o Senhor os ama e quer fazer deles um “vaso novo” para a sua honra, restaurando as suas vidas.

Precisamos como igreja que somos buscar estimular o desenvolvimento da personalidade e ajudar os indivíduos a enfrentarem mais eficazmente os problemas da vida, os conflitos íntimos e as emoções prejudiciais: prover o encorajamento e orientação para aqueles que tenham perdido algum ente querido ou estejam sofrendo uma decepção e para assistir as pessoas cujo padrão de vida lhes cause frustração e infelicidade.

A igreja deve ser uma comunidade de cura emocional. Se não o estamos sendo, que possamos ainda hoje, caminhar nesta direção e que em nossa igreja Deus levante conselheiros capazes de ajudar seus irmãos filhos de Deus.

Diácono Luiz Gonzaga – Arquidiocese de Belém/Pa.
diaconoluizgonzaga@gmail.com

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