quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

COISAS DE SANTO ANTÔNIO DE ANLENQUER
O testemunho da misericórdia de deus

O crente católico não tem costume de testemunhar as graças que recebe misericordiosamente de Deus através da mediação de seu santo de devoção, guarda o fato só para si. Assim, dá a impressão de que ignora a graça ou tem medo de torná-la pública.
Até que algumas vezes chega a contá-lo em conversas triviais, mas sem a consciência religiosa de estímulo à sua fé espiritual ou à edificação do irmão, o que devia ser uma obrigação contar nesse sentido também nas celebrações e/ou assembléias em espaços e momentos adequados...
Ora, naquele tempo, todas as obras que Jesus operou tornaram-se conhecidas sob o céu humano e a evangelização alastrou-se a ponto de Jesus não poder sair mais livremente em público. Estava revelado o Filho de Deus labutando como nós, no meio de nós, por nós!
E como ficamos sabendo do poder divino de Jesus Cristo? Os próprios agraciados, ou as testemunhas oculares, faziam questão de proclamar de “cima dos telhados” os benefícios recebidos em reconhecimento ao Benfeitor.
Os primeiros cristãos, tanto apóstolos como discípulos, nos contaram as graças através de suas narrações escritas, os evangelhos e as epístolas: cego de nascença que passou a ver, paralítico que levantou e andou, leprosos que ficaram limpos, fome de milhares saciada, ressurreição...
Já pensou se todas essas obras ficassem na obscuridade? Será que Jesus Cristo não seria apenas mais um profeta judaico como Elias, Isaías, Jeremias, ou um filósofo como Sócrates, Platão, Parmênides, pois são estas obras que instrumentalizam o poder divino de sua Palavra?...
Os padres não estimulam os fiéis a darem esses testemunhos de vida que, segundo Michel Quoist, que li em minha juventude, cimentam e fortalecem a estrutura religiosa do crente. Dessa maneira, muita substância que poderia fortalecer espiritualmente a fé do cristão católico e aconchegar mais os irmãos entre si, assim como o cimento entre os tijolos de uma construção, perde-se nas trevas da ignorância como reforço à tibieza do seu comportamento.
Você, Osberto, nunca recebeu uma graça de Deus? A quantos testemunhou-a como um fruto de sua amizade com Deus através de um seu escolhido? Testemunhando-a, você compartilha-a, e isso também é comunhão eclesial...
Um testemunho dessa natureza é fruto de fé, fé mesmo, de crença e amor a Deus, e não fruto da imaginação, nem de magia. Um crente católico que recebe uma graça, na verdade sua devoção está sendo premiada, que é o chamado de Deus em bom tom à evangelização do mundo que está envolvido demais pelo materialismo, foi por isso que Cristo veio e continua no meio de nós...

Diácono Eliezer Martins
Arquidiocese de Belém, Pará, Amazônia do Brasil

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