O
CUIDADO DA IGREJA COM OS NECESSITADOS
A pessoa
humana precisa ser encarada como “imagem
e semelhança de Deus”, o que não acontece num mundo frio, individualista e
de pessoas com o “coração duro” em que vivemos, onde o ser humano tornou-se
elemento descartável.
A sociedade
precisa reaprender acerca do valor da pessoa humana e vê-la do mesmo modo em
que é tratada por Deus na Bíblia, lembrando-nos de que o maio mandamento não é
apenas: “amarás a Deus de todo o teu
coração”, mas, conforme Jesus afirmou, inclui conjuntamente: “amarás ao próximo como a ti mesmo”
(Mt.22,38-40).
Uma das funções
da Igreja (TODOS NÓS SOMOS IGREJA POR
FORÇA DO NOSSO BATISMO) é ser comunidade onde as pessoas sejam acolhidas,
tratadas, curadas e se tornem prontas para ajudar outras pessoas “feridas” pela
vida.
Barnabé é um
dos nomes mais expressivos no Novo Testamento quanto ao compromisso com a
missão de encorajamento, consolo e cura (At.9,26-27; 15,36-39).
Alguém já
disse que “nós somos o único exército que
abandona os seus feridos”.
Talvez isso
seja uma verdade vivida por muitos na Igreja que neste momento sentem-se
magoados, aflitos, feridos, decepcionados, incompreendidos, frustrados,
confusos, vencidos, etc. e que não estão encontrando na Igreja a dimensão da “terapia
espiritual e emocional”.
A igreja,
enquanto comunidade “terapêutica” precisa entender que ninguém está isento de
conflitos interiores, sofrimento emocional ou crises devido a problemas e
adversidades.
A igreja necessita
ser a encarnação da solidariedade e do amor de Jesus, levando ao mundo a sua
proposta de paz (Jo.16,33).
A igreja
precisa despertar para o fato de que diante de problemas e dificuldades o
cristão, o crente deve estar ciente que Deus o ama: Deus nos ama apesar do que
somos.
O Senhor
pode tomar em suas mãos vidas derrotadas e estragadas e, com o seu toque
restaurador, transformá-las em vidas que o homem expresse a sua alegria.
Quantas em
nossa igreja estão derrotadas, vencidos pelo pecado, fracos e frios. Portanto,
a igreja precisa fazer todo o possível para que os que sofrem saibam que o
Senhor os ama e quer fazer deles um “vaso novo” para a sua honra, restaurando
as suas vidas.
Precisamos
como igreja que somos buscar estimular o desenvolvimento da personalidade e
ajudar os indivíduos a enfrentarem mais eficazmente os problemas da vida, os
conflitos íntimos e as emoções prejudiciais: prover o encorajamento e
orientação para aqueles que tenham perdido algum ente querido ou estejam
sofrendo uma decepção e para assistir as pessoas cujo padrão de vida lhes cause
frustração e infelicidade.
A igreja
deve ser uma comunidade de cura emocional. Se não o estamos sendo, que possamos
ainda hoje, caminhar nesta direção e que em nossa igreja Deus levante
conselheiros capazes de ajudar seus irmãos filhos de Deus.
Diácono Luiz
Gonzaga – Arquidiocese de Belém/Pa.
diaconoluizgonzaga@gmail.com
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