21/06/2012 00h03
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Ministério da Saúde incentiva uso de plantas medicinais no Pará
Santarém é a única cidade na Amazônia a ser beneficiada pelo programa.
Na Amazônia, estima-se que 50 mil plantas têm potencialidades medicinais.
No Pará, plantas e ervas são usadas em receitas populares e vendidas no Ver-o-peso (Foto: Igor Mota / Amazônia Jornal)
Os recursos são para estruturação, consolidação e fortalecimento de arranjos produtivos locais referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS) e buscam fortalecer a assistência famacêutica e o cultivo de plantas medicinais em doze municípios brasileiros. Santarém é a única cidade na Amazônia a ser beneficiada por esta etapa do programa.
O pesquisador Wagner Barbosa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), trabalha com o uso de etnofarmácia, interface entre a fitoterapia popular e a ciência farmacêutica e está catalogando o uso de cerca de 250 plantas medicinais do município de Igarapé Mirin, no Pará.
Segundo Wagner, no Sistema Único de Saúde (SUS), existe uma lista com 71 espécies vegetais de interesse terapêutico, entre as quais, cerca de 20 crescem na região amazônica e “as ações que o estado brasileiro vem implantando valorizam a informação popular sobre as plantas medicinais e tentam normatizar a área da fitoterapia. Isso tudo forma um contexto muito propício para desenvolvermos nossas pesquisas”, acredita.
Saiba mais:
A fitoterapia é uma opção terapêutica oficial no Brasil, ofertada no SUS, assim como outros tratamentos alternativos, como massagem, antroposofia (ciência espiritual) e acupuntura. Dados da Organização Mundial de Saúde de 1979 contabilizam que 80% da população mundial usa fitoterápicos. Apenas na Amazônia, estima-se a existência de 250 a 550 mil espécies vegetais, das quais, 50 mil têm potencialidades medicinais.
Diferente do que muitos pensam, o uso inadequado de plantas medicinais também pode causar efeitos adversos. Foram relatados 38 problemas relacionados com a utilização de plantas medicinais em medidas e/ou indicações equivocadas, no livro “Etnofarmácia: fitoterapia popular e ciência farmacêutica”, publicado pelo Núcleo de Meio Ambiente da UFPA.
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