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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O DIA DOS DIÀCONOS.
Paz em Cristo, meu irmão ou minha irmã. Ontem, 10 de agosto, 19H50, São Lourenço foi celebrado pelos diáconos permanentes da Arquidiocese de Belém. Este santo é o padroeiro destes servidores de Deus. O evento foi realizado num dos salões paroquiais da Igreja dos Capuchinhos, praticamente às escuras não fosse a fé e a criatividade dos diáconos participantes. Não havia luz elétrica em boa parte das redondezas da Igreja de São Francisco de Assis, parece expressão de um problema crônico da cidade de Belém. Estes servos de Deus arranjaram duas velas sobre o altar e uma pequena lâmpada de emergência portátil (LED) direcionada para iluminar o missal sobre o altar. Iluminação deficiente, que dava para servir malmente ao comentarista, aos leitores da Liturgia da Palavra e ao sacerdote no Missal.
Este cenário levou-me aos primórdios da Igreja, idos dos anos 250, quando os cristãos eram perseguidos acirrada e sistematicamente pelos poderosos do império romano e tinham que fazer seus cultos ao Senhor às escondidas nas montanhas, geralmente dentro de uma caverna iluminada pela luz de fogueira para não serem denunciados aos perseguidores. São Lourenço deve ter vivido muitas dessas situações no tempo de Valeriano, principalmente quando saiu a reunir todo o tesouro da Igreja espalhado pelas cercanias da cidade, os cegos, os doentes, aleijados, crianças, velhos, e apresentar ao prefeito Cornelius Saecularis...
Para mim, naquele momento no salão, as duas velas acesas sobre o altar eram a luz de Cristo em São Lourenço naquele tempo eclesial e a claridade da lâmpada de emergência portátil na parede ao fundo do altar, focando o Missal para a leitura do sacerdote, o nosso tempo transbordante de artificialidades e desamor clamando clemência. Expressão de dois tempos distintos e dois processos de evangelização de uma só Igreja!...
Dentro da sala, à pouco distância, não era possível reconhecer-se com nitidez um irmão ou irmã, tal a escuridão da caverna. Contudo, do fundo da sala, mesmo com iluminação tíbia, era realçada no altar a presença dos três condutores da celebração Eucarística, improvisada, todos paramentados de vermelho. No centro, o sacerdote Frei Nildo, da paróquia dos Capuchinhos; à esquerda, o diácono Miguel, da paróquia Nossa Senhora da Natividade; e o diácono Onildo, da paróquia do Divino Espírito Santo; lateralmente ao altar, a comentarista Alda Terezinha e seu esposo João das Graças, diácono da paróquia de Nazaré. Olhando com o olho da alma cristã era possível ver a sala toda iluminada por uma claridade santa.
Em sua homilia, curta, mas densa, Frei Nildo enalteceu a figura do diácono São Lourenço, comentou a necessidade da Igreja no mundo de hoje, deixando transparecer o alastramento do medo no coração do homem devido à falta de Deus. Conclamou todos os presentes, diácono e esposas, filhos e netos, a serem verdadeiramente cristãos neste mundo materialista, que Cristo continua sendo a única luz da Humanidade.
Numa liturgia simples, o Espírito Santo através do sacerdote transformou o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se distribuiu pelos presentes tornando-se um corpo só em comunhão.
Depois da bênção final, Frei Nildo colocou a Palavra à disposição. O diácono João das Graças, além de algumas palavras referentes ao santo homenageado e de estímulos aos irmãos, agradeceu a Frei Nildo o acolhimento naquele lugar capuchinho, e informou a todos que o retiro dos diáconos permanentes será dia 7 de setembro no Centro de Cultura e Formação Cristã (CCFC); diácono Ubiratã, da paróquia Mãe da Divina Providência, pediu a reza de uma Ave-Maria pelo irmão Sandoval e todos os que se encontram impossibilitados de locomoção devido a doenças; diácono Edmilson, da paróquia de Nazaré, lembrou a responsabilidade dos diáconos como servidores da Igreja; diácono Raimundo Nonato, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, aproveitou a oportunidade para perguntar aos presentes se alguém encontrou uma estola perdida faz um ano...
Parabéns ao diácono João Alencar, dos Capuchinhos, pela atenção dispensada aos irmãos na escuridão gerada pela CELPA, que perdurou até a madrugada.
Por intercessão da Virgem Maria e de São Lourenço, que Jesus Cristo nos conduza em nossa missão diaconal... Nós vos louvamos, dando graças, ó Senhor, dando graças invocamos vosso nome e publicamos os prodígios que fizestes(Sl 74)! Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo... Hoje, 11 de agosto, quinta-feira da XIX semana do Tempo Comum e da terceira do Saltério, branco é a cor litúrgica da Igreja que celebra Santa Clara. Liturgia da palavra: Jos 3,7-11.13-17; Sl 113/114; Mt 18,21-19,1. O Senhor esteja convosco! Ele está no meio de nós. Saudações diaconais, Eliezer Martins
FRATERNIDADE E VIDA NO PLANETA
A CRIAÇÃO GEME EM DORES DE PARTO
Arquidiocese de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, Amazônia do Brasil
CONHEÇA-SE, CONHECENDO A BÍBLIA
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