segunda-feira, 17 de maio de 2010

ESPOSA DE DIÁCONO


ESPOSA DE DIÁCONO

“Pastorear o povo de Deus” é um trabalho que apresenta grandes variações, de acordo com a época e com o lugar, mas os princípios bíblicos em relação à liderança permanecem constantes.

Na bíblia, “sacerdotes”, “profetas e “diáconos” podem também fazer alusão a posições semelhantes de liderança e muitos não eram casados por causa das circunstâncias difíceis.

Mulheres que se casaram com esse tipo de homens (sacerdotes, profetas e diáconos) ficaram ligadas a uma exigência dupla: uma vida sem lucros no mundo e um comportamento que demonstrava os mais altos padrões de integridade espiritual.

Para desenvolver uma fé completa no sustento diário dado por Deus é necessário passar por provações freqüentes.
A provisão dada pelo Senhor a seus servos é ilustrada na bíblia pelo conselho dado por Eliseu à viúva de um profeta (2 Reis 4,1-7).

Paulo também ensinou que o trabalhador é digno de seu salário (1 Tim.5,18), mas o povo de Deus, freqüentemente, falhava nisso ou era muito pobre para fornecer o sustento suficiente.

A lei mosaica responsabilizava Arão, o sumo sacerdote de Israel, e sua tribo de Levi de cuidar de todos os aspectos do culto comunitário. Os sacerdotes levitas deviam representar Deus para o povo até que a lei fosse cumprida em Cristo.

Isso exigia uma vida de santidade. Suas esposas eram escolhidas entre as virgens (Lv.21,7-13). A lei do Sinai providenciou sustento para os sacerdotes e para suas famílias de maneira adequada (Nm.18,8-20), mas, nos anos seguintes, a pobreza e a decadência espiritual ficaram registradas.

Malaquias denunciou fortemente o divórcio e a degeneração pessoal entre os sacerdotes (Ml.2,11).
Ao escrever para Timóteo seu jovem discípulo e pastor, Paulo cita as qualidades de reverência e de domínio próprio necessário à vida das esposas dos líderes espirituais (1 Tim. 3,11-12).

O estilo de vida da igreja hoje pede um nível de compromisso da mulher que serve como esposa do diácono. Equilibrar casamento, casa e família como devoção exemplar e dedicação ao ministério do esposo, requer da esposa, um espírito altruísta e de zelosa compaixão pela causa de Cristo.

Como é bom poder observar uma esposa virtuosa ao lado do esposo diácono. Ela ordena as prioridades certas – nutri um relacionamento pessoal com Deus (Mt. 6,33), ministra ao marido (Pv. 18,22; 19,14), cuida dos filhos (2 Tm1,5) e, depois cuida da casa (Tt 2,5), ainda acrescenta outras atividades que o tempo e a energia lhe permitem (Pv.31,10-31).

A esposa do diácono tem seu valor como pessoa ao assumir com humildade o papel de servidora. Ajuda o esposo como parceira espiritual, ajudando-o a obedecer à palavra de Deus e a realizar os ministérios espirituais. Ajuda como congênere de mãos dadas com o Criador para dar continuidade às gerações. Ajuda como confidente para oferecer consolo e amizade ao esposo e aos filhos. E ainda serve como companheira para proporcionar incentivo e inspiração.

Tem ainda de ter uma aparência agradável, que traz orgulho ao esposo, caráter piedoso, sem uma atitude materialista, eficácia na administração do lar, valorizando as tarefas domésticas. Ajuda como assistente espiritual do esposo, principalmente quando ele está emocionalmente e espiritualmente exausto.

Sempre tem disposição para usar sua energia, criatividade e determinação para ser digna de respeito por todos que convivem com ela.

Que a Virgem Maria, possa sempre guardar e proteger essas mulheres de força, garra, compromisso e amor pelo serviço do Reino ao lado de seus esposos diáconos.

Diac. Luiz Gonzaga
Arquidiocese de Belém/PA.
Amazônia – Brasil

diaconoluizgonzaga@gmail.com.br
diaconoluizgonzaga.blogspot.com

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MEDO DE SENTIR MEDO


O MEDO DE SENTIR MEDO
Psicóloga Lúcia Abreu

Tenho recebido diversos e-mails de pessoas pedindo ajuda por estarem vivenciando situações de medo. No consultório, recebo pessoas que relatam situações onde fica bem claro que, estão com medo de sentir medo.
O medo é uma reação saudável e protetora do ser humano. O medo “normal” vem de estímulos reais de ameaça à vida. A cada situação nova inesperada que representa um perigo, surge o medo. Mas e quando tudo tem causado medo e não conseguimos agir? Todo mundo teme algo – assaltos, aviões, doenças, solidão, entre outras coisas. A intensidade do medo é intensificada pelo histórico de vida de cada um. Por tanto, diante de nossos pavores, só nos resta duas alternativas: lutar ou fugir.
Em princípio, lutar pode ser uma reação positiva. Isso não quer dizer que fugir seja uma reação negativa. Tudo depende da situação e é preciso reconhecer os próprios limites. Quando há uma situação de ameaça real a sua vida, o medo não é uma reação patológica, mas de proteção e auto preservação.
O mesmo não acontece quando estamos sob domínio do pânico e o medo passa a tomar conta de nossa consciência. Quando em pânico, a pessoa nem foge nem enfrenta, mas fica paralisada e sem controle. Nesses casos deve-se buscar a sua origem para conseguir agir.
Situações reais de perigo exigem discernimento, mas o medo irracional, sem causa real, deve ser enfrentado. Nosso inconsciente não diferencia fantasia de realidade. Por isso, ficar pensando em todas as vezes que não conseguiu, ou ainda, que nem adianta começar, baseando-se nas experiências anteriores negativas, fará com que sua mente reaja de acordo com esse pensamento, pois o medo nasce da associação que nossa mente estabelece com essas experiências, sem discernir que não ocorrerão mais. Sua mente não sabe distinguir o que é passado e presente, realidade e fantasia. E se esse seu pensamento continuar presente, sua mente irá acreditar nele como real.
Além dos perigos iminentes e reais, nossos temores podem aparecer por causa das associações que fazemos ao longo da vida. Por exemplo: uma criança que teve sua casa destruída durante uma tempestade pode sertir-se ameaçada por uma tragédia toda vez que chover intensamente. Querendo ou não, sua mente fará essa relação. Quando alguém diz que não consegue, que vai desistir, porque sabe que não irá conseguir, geralmente são pessoas que estão com a auto-estima muito baixa e que se amam muito pouco ou não se sentem capazes de cuidar de si mesmas. Querem formulas mágicas, resultados imediatos. Querem o impossível, pois assim fica mais fácil justificarem para si mesma que irão desistir por medo.
Procure descobrir o que o medo simboliza para você, o que ele representa, pois, quanto mais o negarmos, mais poderoso ele se torna. Explore seu medo, descubra o que está por trás dele. Se tiver dificuldade para fazer isto, procure ajuda profissional. A pessoa mais prejudicada nesse processo todo é você mesma. Por isso arregace a manga e trabalhe contra tudo isso, sem pensar em desistir. Afinal ou o medo controla você ou você o controla. Qual você prefere?